Quando as coisas voltam a dar

Quando as coisas voltam a dar



Capítulo 13 – Quando as coisas voltam a dar certo



No outro dia pela manhã, Hermione acordou bem cedo, mudou de roupa e procurou sair antes que algum dos meninos despertasse, não deu muita sorte, pois quando estava saindo do salão comunal...
- Draquinho! Espera-me! – gritou Pansy que corria em sua direção escandalosamente.
- O que você quer agora? – falou tentando imita-lo
- Falar com você meu amor.
- Não sou seu amor, e agora estou ocupado – e saiu.
Draco também acordou cedo, deu sorte, todos ainda estavam dormindo na grifinória.
Foram ao professor, levaram um sermão, perderam pontos, mas no fim tudo deu certo.
Os alunos foram a Hogsmeade, estava no final do ano, faltavam menos de um mês para as aulas terminarem, Hermione foi à única que não foi, pois como monitora chefe, teve que resolver alguns problemas para a Profª McGonagall. Acabou rápido, foi para sala precisa, lá dentro, formava-se o salão de Hogwarts com uma decoração familiar, era um baile, certo baile de máscaras para ser mais exata. Lágrimas escorriam de seus olhos, ela não ligava. Por quê? Porque o amava... E agora sabia disso, pena que demorara bastante para perceber, agora era tarde e já havia o perdido.
Deitou-se no chão de olhos fechados, apertava sobre o peito o pingente dele e as lágrimas continuavam a escorrer.
- Por quê? – falou em tom alto – por quê? Por que eu tinha que gostar dele? Tava indo tudo tão bem entre a gente, a culpada sou eu que sempre fui indecisa, ou melhor, nunca disse o que achava, pensava, ele mudou e eu não percebi, ele me amava e não liguei, ele enfrentou tudo por mim e eu o perdi, porque sempre faço esse tipo de coisa? Por que acabo sempre afastando as pessoas que se importam, que ligam e que gostam de mim? – ela soluçava – não sou capaz de amar e ser amada, eu não o mereço, ele ficou em coma, quase morreu por mim, mas o pior, o que me mata por dentro, é que não tive oportunidade de lhe falar sinceramente os meus sentimentos, o perdi, o perdi sem ao menos dizer que o amo.
- Não precisa dizer...
Ela abriu os olhos.
- O que são palavras comparadas a um simples olhar....
- Dr... Draco...
- Não chore...
- Eu... Amo-te... – soluçava.
- Eu sei.
- Por mais que você pense, eu nunca estive distante realmente, sempre lhe olhando as escondidas, sabia quando estava alegre ou triste. A dor que sentia quando não podia consolá-la.
Ele punha sua mão que encaixava na face da menina, seus rostos bem próximos, ele mirava aqueles olhos castanhos marejados.
- Eu tentei – sussurrou Draco – tive que tentar me afastar de você... Se não Lúcio mataria minha mãe que está muito doente... Mas não pude, não consegui... É difícil sabe, num dia, vem uma simples garota, remexe a sua vida, te faz mudar, viver, ser feliz, se sentir bem, que faz ver o mundo com outros olhos, que ensina que a vida tem muitas coisas boas a se viver, que vale a pena acreditar em algo bom... Uma pessoa que consegue aquecer esse meu coração gélido, uma pessoa especial que me conseguiu ver como sou, conseguiu me amar, e me fez ama-la.
- Eu te amo como nunca amei.
Ele aproximou-se, fechou os olhos e pode sentir os lábios quentes da menina nos seus que tanta falta lhe fazia, ele a beijou, ela o retribuiu tudo a sua volta girava, e o tempo, o mundo, nada importava, o importante era que se amavam e estavam vivendo esse amor.
O beijo era doce, ao mesmo tempo salgado pelas lágrimas da menina.
- Draco... – sussurrou em seu ouvido – se eu estiver dormindo, sonhando, não deixe que me acordem, e se eu estiver acordada, não me deixem nunca dormir.
Ele sorriu. Ele era lindo quando sorria. Com suas mãos fechou os olhos da menina e fez algumas alterações na sala.
Desta vez, era o salão de inverno, onde descobriram que um era o outro.
Ele a carregou e a deitou nas almofadas em frente à lareira. Deitou ao seu lado. Ela se pôs em cima dele e o beijou.
- Não quero que faça nada que não queiras.
- Se não quisesse não faria, um dia isso vai acontecer, que seja com você, a pessoa que amo.
Ele a beijou, deitando-a e colocando seu corpo sobre o dela. A luz da lareira refletia sobre sua pele morena que a deixava mais linda.
A menina estava muito feliz, nem acreditava no que estava acontecendo, isso era o que mais ela desejava nesse último ano.
Ele então, nem acreditava que estava conseguindo fazer o que tanto desejava, que finalmente tomara coragem, sabia que não conseguiria a esquecer, quando se acha sua alma gêmea é difícil faze-la desaparecer de seu coração.
Não só seus pensamentos e coração que se encontravam, seus corpos também. Eles se encaixavam, ou melhor, se completavam de uma forma que Draco nunca havia visto ou sentido. Ele a puxava de encontro a si, era estranho como ele a conhecia, como conseguia explorar cara parte do seu corpo.
Ela passou as unhas (num tanto grandes) pelo pescoço do rapaz, o que o fez estremecer, percebendo isso fazia várias vezes enquanto o garoto se arrepiava... A beijava pelo corpo e a fazia estremecer do jeito que a tocava. Beijavam-se e seus corpos movimentavam-se num ritmo cada vez mais acelerado. Um puxando o outro cada vez mais forte sobre si. Até que suspiraram de prazer e adormeceram um no corpo do outro.
Eles se amavam. Estavam muito felizes finalmente estavam juntos, como há muito tempo desejavam. Era incrível como o destino tentava separa-los, como sempre aparecia um empecilho entre eles que os prejudicava, mas sempre no final havia algo que os unia, apesar de todas as dificuldades, eles estavam juntos, pois para o amor verdadeiro, não há barreiras, pro mais que os próprios sejam contra, no fim sempre deixam ser dominados por esse sentimento que não conseguem controlar, esse sentimento que seus próprios corações não mandam, não opinam, apenas aceitam, por mais que seja difícil e façam tudo para ser contra, o amor sempre vence, pode ser que passem 3 anos separados e apenas 3 minutos juntos, mas nesses 3 minutos, eles estão se amando e isso é o que importa, por que são apenas esses 3 minutos que fazem suas vidas valerem a pena, que dão sentido a ela, e mostram que na vida, nem sempre fazemos as escolhas que queremos, as vezes essas escolhas nos escolhem, e que não cabe a nós tentarmos muda-las ou apaga-las, pois depois de tudo elas sempre estão ali, prontas para ressurgir das cinzas, como uma fênix e curar todas as feridas com uma simples lágrima que significam muito para os corações apaixonados, mas o mais importante de tudo, é que no fim acabem juntos, e se não acabarem ou é por que o amor não era verdadeiro ou porque simplesmente ainda não chegou o fim.
Ela abriu os olhos lentamente, estava com medo que ao despertar tivesse a visão de seu dormitório e percebesse que tudo que passou de um simples sonho como tantos outros, para sua felicidade não era. Lá estava ela deitada sobre ele, sobre seu musculoso e definido peitoral para ser mais exata.
A respiração dele era calma, parecia estar dormindo com tranqüilidade depois de tantas noites em claro, seus cabelos caiam sobre seus olhos e sua pele branca e fria como sempre, mas era aquela pele fria que a confortava, naquele beijo doce que ela se perdia, era aquele colo a qual a protegia, e era de lá que não queria sair nunca, o mundo poderia acabar, mas ela não se importaria, pois naquele momento se sentia uma mulher realizada, estava feliz, e isso lhe bastava.
Ele começa a abrir os olhos lentamente. Ele a vê e sorri. Ficam parados, apenas se olhando, sem emitir som algum, apenas se perdendo nos olhares. Até que o loiro quebrou o silêncio.
- Você está linda.
Ela sorriu.
- Ta diferente...
- Diferente como?
- Está mais mulher... A minha mulher.
- Seu bobo - disse a garota afundando-se em seu peito.
Ficaram ali por um bom tempo. Depois cada um tomou um rumo diferente, levando o outro em seu coração.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.