O Espelho Universo
A Profecia de Vablatsky, por trás do Império.
Volume dois da trilogia de Cassandra Vablatsky.
By Didio Razalas
Capítulo 1
O Espelho Universo
-Pa-pai? –Gaguejou Cassandra. –É você? Onde estou?
-Sim filha. Sou eu. –Falou o homem loiro. –Estamos indo a verdadeira vida. Estamos indo ao mundo dos mortos.
-Mundo... Dos mortos? –Falou a garota aterrorizada. – Eu estou morta? Não estou lembrada de ontem à noite... Ontem era meu aniversário... Só me lembro de Dot, Apolo, Paracelso e eu na lavanderia...
-Filha, você foi assassinada. Está morta. –Falou o homem meio inseguro. –Eu vim levá-la ao mundo dos mortos. Lá todos os mortos estão. É um lugar pacífico e calmo. É um mundo normal, só que com... Mortos.
Cassandra estava paralisada. Não sabia se ria da piada, ou se chorava. Como poderia estar morta, se estava... Viva. Aquilo parecia um programa trouxa de televisão. Daí a pouco, o apresentador saltava de uma moita e grita: “Você caiu na pegadinha!”. Mas o problema, é que não tinha nenhuma moita, nenhuma árvore, nada, para um ‘apresentador’ sair.
-Mas, senhor! Meu lugar não é no mundo dos mortos! É aqui! Na terra! –lamentava a garota.
-Primeiro: - Falou Joshua em um tom de bravura. –Eu não sou um senhor. Sou seu pai. Segundo. Acredite em mim! Eu já passei por isso, sei como é difícil!
-Desculpe... Vai ser difícil eu te chamar de pai... Nunca chamei ninguém de pai... Só no meu segundo ano, estava distraída e chamei a professora de astronomia de pai! – Respondeu Cassandra tentando puxar conversa. – Mas como iremos sair daqui? Estamos no meio do nada!
Sem responder, o Sr. Vablatsky, puxou a varinha das vestes pretas e então murmurou umas palavras, apontou a varinha para um lado qualquer e então uma luz prateada e forte atingiu o nada. Um buraco se revelou diante do lugar preto roxado. No que dava para ver de dentro, o lugar era escuro, úmido, e um pouco frio, pela brisa que entrara.
-Vamos entrando? – Sugeriu o homem.
-Pra onde isto vai dar?
-Para o Espelho Universo. – Respondeu entrando no buraco da suposta parede.
-Que diabos é o espelho universe?
-Um espelho que liga os dois mundos. Vamos!
Saindo da sala, e entrando no “salão”, Cassandra observava o lugar. Redondo, de pedra, com seis divisórias de modo que ficavam tiras cobrindo o resto da parede que parecia terra. (Ver capa da fanfiction).
-O que são esses corpos? – perguntara Cassandra apontando para um corpo coberto por um manto roxo. Cassandra estava se aproximando dele quando ouviu o seu pai gritar.
-NÃO! – E rapidamente sacou a varinha das vestes – DEPULSO! Cassandra voara e batera em um lado da parede.
O corpo começara a se mexer e ir à direção a Cassandra que pelo que parecia tinha desmaiado. Joshua correu em direção ao espectro emo e começou a atacá-lo com alguns feitiços muito fracos que não o afetavam.
-EXPELLIARMUS! RICTUSEMPRA! WADDIWASI! – O espectro se quer sentia cócegas. – ABAFFIATO!
O espectro caira no chão com as mãos nos ouvidos, tremendo e todo retorcido no chão. Cassandra ainda desmaiada começou a levitar sobre o encantamento do pai que com movimentos na varinha a fazia ser puxada rapidamente pelo ar.
Enquanto o espectro estava todo retorcido, Joshua saiu correndo com a filha no colo. Logo passava pelos outros espectros imóveis. Ainda não despertados pelo calor do homem suado que corria para a escuridão. Ainda correndo a filha acordara.
-O que era aquilo? Ai! Minhas costas! –Gemia Cassandra.
-Te explico depois... Temos que achar o Espelho logo!
O imenso corredor não acabava... Os espectros já tinham noção de que o homem tava fugindo deles. Acharam que eles eram “criminosos”, que queriam “roubar”, literalmente, uma morta. Esta era a função deles. Controlar um morto para que não saia do mesmo mundo, caso o contrario, o espectro tirava a varinha das vestes e conjurava um feitiço em que a pessoa se tornava um espectro. Todos os espectros já foram mortos, bom, ainda são mortos, mas se tornaram espectros tentando fugir. Ninguém até hoje sabe qual foi e quem colocou ou se tornou o primeiro espectro.
Lá estava ele, em uma moldura dourada, chegando à altura do teto, o Espelho Universo. Na moldura dourada e reluzente aparecia uma escrita de runas antigas, que parecia estar escrito “espelho universo”. O espelho estava protegido por um circulo azul, de luz, brilhante. Joshua entrou nele. Os espectros estavam chegando. Cada vez mais perto. Andavam em um ritmo ensaiado. Mais perto, mais perto... Foi aí em que o círculo começou a tremer e a engrossar, os espectros deram mais um passo e o círculo aumentou de forma em que o mesmo deu um chute em tudo o que estava em volta. Aquilo era um círculo anti-espectro. Os seres de capas rochas caíram e ficaram imóveis por algum tempo.
-Rápido! Tente se levantar! Entre no espelho! –falava Joshua descontrolado.
-Mas...
-ENTRA!
Cassandra fora botar o pé, deu uma parada, ouviu seu pai dizendo “rápido!” e então deu um passo com o pé direito. Caiu em uma sala branca com milhares de portas. Logo atrás vinha seu pai.
-Isso... Isso não é o mundo dos mortos, é? –perguntou Cassandra.
-Não – Respondeu o pai dela. O portal acabara de se fechar. –Aqui tem a porta de todos os lugares que você quer ir, no mundo dos mortos.
-Iremos para onde?
-Para casa. Aliás, agora também é sua casa. Preciso falar com você, ver a filha que eu não tinha conhecido! –Falou o homem ansioso. –Por esta porta...
E os dois saíram por uma porta qualquer. A aventura estava começando.
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