Confusões à meia-noite.

"On my knees, I'll ask
Last chance for one last dance
'Cause with you, I'd withstand
All of hell to hold your hand
I'd give it all
I'd give for us
Give anything but I won't give up
'Cause you know,
You know, you know"


Far Away - Nickelback




***********Semanas depois***********



_Menino come isso direito senão eu vou te botar de castigo! - Cho falava pela décima vez com Dylan, que se recusava a comer a gororoba feita pela chinesa.

_Nem pensar! Eu não vou comer esse treco nem a pau. - o menino respondia numa pose nada Malfoy.

_Olha eu não vou falar outra vez. - ela tentou dar a comida, mas Dylan assim que pôs na boca, cuspiu tudo na cara dela. - Seu moleque atrevido! - ela falou levantando a mão para bater nele, quando alguém interrompeu o momento.

_Se você ameaçar fazer o que eu penso que ia fazer, considere-se além de demitida, extraditada para a China!! - Narcisa falou numa voz firme ao que Cho nem ao menos conseguiu responder - Dylan, venha comigo. - ela falou e o menino, prontamente, obedeceu.

_Onde vamos? - ele perguntou interessado ao notar que estavam saíndo da propriedade, minutos depois.

_Almoçar fora. - a loira falou olhando para as carruagens a frente - Você só está com febre e podemos comer algo decente. Não dá pra comer o que essa Chinesinha de meia tigela pensa que cozinha né? - ela falou rindo e arrancando um sorriso do menino.



***********



Draco estava em seu escritório desde o dia anterior. Tinha milhares de propostas para analisar e cabeça nenhuma para tanto. Sentia-se um miserável desde o dia em que cometera o erro com Virgínia. "Eu não entendo porque eu fico assim, eu não gosto dela. Ela é só minha esposa e nada mais. Draco Malfoy, você precisa se concentrar!" ele repetia para si mesmo enquanto analisava o mesmo pergaminho pela vigésima vez. Tentava a todo custo não pensar no dia anterior quando, em semanas, a ruiva dirigiu um olhar para ele pela primeira vez depois do ocorrido.



****FLASHBACK****



Draco esperava 'pacientemente' a chegada da ruiva em casa. "Ela está demorando séculos para voltar daquela loja!" ele pensava aflito quando ela finalmente apareceu num PLOP. Estava com o vestido roxo e seus cabelos, antes presos em um coque rígido agora estavam ligeiramente soltos. Seu semblante era de puro cansaço. E Draco sabia, que parte daquele cansaço todo devia-se às noites em que ela chegava muito tarde em casa. Tentava enganar-se, mas só de pensar nas possibilidades do que ela poderia estar fazendo naquelas noites já cegava de ódio... ou seria ciúme? Balançando a cabeça para afastar tais pensamentos ele disse com uma voz firme:


_Estava à sua espera.



Virgínia somente olhou-o. E naquele momento, ele sentiu-se um perfeito idiota. Ela demonstrava todo o desprezo e nojo que sentia por ele com um simples olhar. Resolveu falar algo para quebrar o contato visual - está tudo bem? - ele perguntou na esperança de que ela falaria algo, mas se enganou. Virgínia apenas deu as costas e começou a subir as escadas como tencionava fazer antes dele impedí-la com sua fala. - que seja. - ele murmurou para si mesmo antes de emendar em tom audível para os ouvidos da ruiva - não se esqueça que amanhã temos um compromisso no Gringotes. - ela nada disse e nem sequer olhou-o. Continuou seu caminho sem uma única palavra, deixando para trás um loiro em péssimo estado.



******FIM DO FLASHBACK******



Draco suspirou mais uma vez. Não conseguia se concentrar nos malditos relatórios à sua frente e a perspectiva de que daqui a algumas horas teria que se encontrar com sua esposa, que nem sequer falava com ele, para tratar de assuntos financeiros somente o desanimava. Respirando fundo decidiu que estava na hora de aparatar em casa e cuidar um pouco da aparência, afinal mais de vinte e quatro horas acordado sentindo algo semelhante a remorso (mesmo que ele não admita) faz mal para a beleza de qualquer um.

Aparatou diretamente em seu quarto, não queria ver ninguém. Só precisava de um bom banho e dormir um pouco. Andou até o guarda-roupa e retirou uma camisa branca, uma cueca box cinza e bermuda preta. Pegou a toalha no outro extremo do quarto, pendurada no cabideiro, e rumou para a porta que dava acesso ao banheiro. Entrou e logo o barulho da água foi ouvido. "Uma ducha quente, tudo que eu precisava!" o loiro pensou retirando as roupas e entrando debaixo da cascata morna do chuveiro. Saiu de lá, devidamente vestido, meia hora depois para deparar-se com uma cena, no mínimo, intrigante.



_O que faz aqui? - ele perguntou passado a toalha pelos cabelos molhados, observando-a de lingerie vermelha em cima de sua cama.

_Não faz nem idéia? - Cho perguntou numa voz sensual.

_Até faço, mas não estou em condições agora. - ele falou suspirando pesadamente, nada convincente.

_Hum, você anda muito tenso, estressado... - ela falou levantando-se da cama dele e caminhando até parar atrás de Draco - precisa de uma massagem. - ela sussurrou em seu ouvido, ao que o loiro deixou um mínimo sorriso escapar.

_Onde está o Dylan? Você deveria estar cuidando dele não é? - ele falou afastando-se dela em direção à cama.

_Deveria, se sua querida mamãe - Draco fechou a cara - não o tivesse levado para almoçar fora. - ela comentou inocente.

_O que você fez à ele? - Draco perguntou analisando-a.

_Eu? Nada. - ela respondeu num sorriso cínico - digamos que eu nunca fui boa cozinheira e ele percebeu isso.

_Comida? Foi por isso que minha mãe levou ele? - o loiro perguntou descrente, sentando-se na ponta da enorme cama de dossel.

_Isso. - ela falou engatinhando na cama, na direção dele. - hum, que tal pararmos de falar dele... - enlaçou as pernas na cintura de Draco, sentando-se no colo do loiro, que ria - e agir mais?

_Agir como? -Draco afastou os cabelos negros dela da face.

_Você sabe. - ela falou antes de capturar os lábios dele num beijo voraz.




**************Beco Diagonal***************




_Mamãe! - Dylan chamou entrando na loja Artefatos & Cia, onde Gina trabalhava.

_Oi, anjinho. - Virgínia atendeu um pouco surpresa - o que faz aqui?

_Ah, aquela mulher é muito chata! - ele respondeu fazendo bico.

_Ela não te maltratou não é? - Virgínia perguntou sentindo o sangue começar a ferver.

_Não, ela fez pior. - ele comentou com voz dramática - tentou me fazer comer uma gororoba lá. - ele completou rindo e Gina sorriu. Ah, o bom humor dos Weasleys.

_Não se preocupe Virgínia, eu salvei nosso anjinho. - Narcisa falou aparecendo dentro da loja, de repente.

_Obrigada Narcisa. - Virgínia agradeceu tímida.

_Não precisa me tratar assim, me chame de Cissy. - a loira Malfoy falou numa voz doce, porém firme.

_Ok, Cissy. - Gina falou sem jeito. - então, já almoçaram?

_Não, viemos aqui pra isso. - Narcisa falou olhando para Dylan.

_Vem almoçar com a gente mãe? - ele perguntou olhando com esperança para a ruiva.

_Tá. Vou só pegar a bolsa. - ela falou sumindo pelo corredor da loja e voltando minutos depois com a bolsa a tiracolo - certo, vamos.

_Virgínia, - Narcisa começou a dizer quando já estavam no restaurante, e Dylan estava entretido brincando com os peixinhos do grande aquário no final do Le Petit - você não concorda muito com a presença daquela enferme-bruxa não é?

_Sinceramente Cissy? - a ruiva olhou para a sogra com uma expressão irritada - tudo naquela chinesa me irrita. E o pior é saber que o meu 'querido' marido sabia disso ao contratá-la.

_Humm.. Draco sabia desse seu 'desconforto' com a Chang? - Narcisa pareceu interessada.

_Sim, e aposto que ele a contratou de propósito! - acusou a ruiva.

_Ora, porque ele faria isso? Não faz sentido algum. - a loira falou servindo-se de mais vinho.

_Faz mais sentido do que parece. - a ruiva comentou pra si mesma. - Cho era namorada de Harry na escola. - Virgínia resolveu abrir o jogo com a sogra.

_E o que isso tem a ver com o Draco?

_Com ele? Nada. Comigo, tudo. Nós nos odiamos desde a época... - a ruiva falou devagar.

_Por causa do Potter? - Narcisa surpreendeu-se. "Então é isso!" ela pensou.

_Sim, mas eu não consigo entender o que ele tá querendo ao tentar enfiar aquela chinesa falsificada pela minha garganta! - Gina comentou frustrada.

_Ciúmes. - Narcisa constatou sorridente.

_Como disse? - Virgínia engasgou-se com a salada.

_Ele está testando você. - Nrcisa começou a falar animada - quer ver se você demonstra ciúmes.

_Porque ele faria isso? - Virgínia perguntou fazendo um enorme esforço para não rir da cara de animação da sogra.

_A resposta é bem óbvia, não é. - a loira respondeu simples - ele gosta de você.

_Cissy, desculpe-me, mas ... melhor a gente não falar disso, ok? - Gina falou desconfortável.

_Não consigo entender esse casamento de vocês. - a loira suspirou - mas se você prefere ignorar seus sentimentos, assim como o Draco anda fazendo, pois bem. Façam isso. Mas depois não digam que eu não avisei! - a loira levantou-se de súbito, deixando a ruiva boquiaberta em pleno restaurante. - vou embora com o Dylan, ele teve febre de manhã.

_Leve-o pra casa então, melhor ele ficar quietinho. - Gina falou ainda estática.

_Certo. - a loira apenas disse chamando o menino ruivo para voltarem pra casa.



***********Gringotes, 4pm****************



_Gostaria de fazer uma transferência. - o loiro disse ao duende responsável pelas chaves dos cofres.

_E o Sr tem a chave? - o ser pequenino de pele enrugada perguntou mal-humorado.

_Sim. - Draco respondeu entregando uma pequenina chave de ouro para o duende. Virgínia ao seu lado suspirou.

_Acompanhem-me. - o duende falou secamente levando-os para os carrinhos, que os levariam até o cofre dos Malfoy.



O percurso até o cofre de número 254 foi longo. Passaram por várias passagens subterrâneas, pequenas estradas estreitas, túneis mal iluminados, e tudo isso com Draco fazendo um enorme esforço para não enjoar. Virgínia tentava esquecer onde estava e com quem estava dividindo aquele carrinho minúsculo, quando seus olhos captaram uma porta escondida numa das curvas subterrâneas. A porta tinha o aspecto simples, parecia de madeira e era bem pequena, seu número parecia algo como 239 ela não sabia identificar, mas sentiu algo estranho e familiar naquele lugar. "Bobagem!" ela pensou forçando sua mente a sumir dali o mais rápido possível.



_Chegamos.- informou o duende mal-encarado. - o Senhor poderia me informar a senha?

_Senha? - o loiro entrou em ligeiro pânico. "Lúcio Malfoy seu filho-da-mãe!" - er... Narcisa?

_Não. - o duende respondeu impassível.

_Não? er... deixe-me pensar - Draco começava a ficar nervoso. A cada resposta que ele dava, o duende continuava imóvel feito uma estátua.

_Vai demorar muito? - Gina se pronunciou pela primeira vez desde que chegaram ao banco. Estava cansada de ficar naquele lugar escuro e frio na companhia de Draco, que tentava adicinhar a senha há exatos quarenta minutos.

_Só até ele acertar a senha. - o duende informou.

_Que ótimo! Vamos ficar aqui a vida inteira. - ela exclamou pra si.

_Ah, não me enche Weasley. - Draco respondeu mal-educado.

_Correto. - o duende disse virando-se para abrri o cofre.

_Como? - Gina e Draco perguntaram ao mesmo tempo.

_A senha era Weasley. - ele falou voltando sua atenção para destrancar a porta.

_Isso que eu chamo de senso de humor! - Draco exclamou para si olhando Gina, que bufava entendiada.




Alguns longos minutos depois, o loiro e a ruiva ganharam as ruas do Beco Diagonal. Draco com o bolso cheio de dinheiro e acesso ilimitado ao cofre de sua família. Gina com a sensação de que algo não estava bem. "Eu tenho certeza de que já vi aquela numeração antes, mas onde?" a ruiva pensava quando quase foi 'atropelada' por um grupo de estudantes de Hogwarts que passavam correndo por eles, fazendo Draco a segurar pelos braços quando ela quase foi ao chão.



_Cuidado ruiva, não vou estar aqui pra te proteger o tempo todo. - Draco falou numa tentativa de aproximação.

_Como se eu precisasse. - a ruiva falou soltando-se do esposo e aparatando em seguida, sem tempo de ouvir a resposta do loiro.

_Queria que você estivesse errada, dessa vez. - ele suspirou, andando até o Três Vassouras. Precisava de uma Cerveja Amanteigada pra digerir a sua situação com a 'esposa'.




**********Mansão Malfoy, 23hs**********



_Achei que você não voltaria hoje. - Narcisa comentou enquanto lia um livro, sentada no sofá da sala de estar da Mansão.

_Agora não mãe. Estou cansado - Draco falou, ameaçando sair do cômodo onde tinha aparatado segundos antes.

_Acho melhor você sentar aqui e me ouvir Draco Malfoy. - Narcisa falou séria, encarando-o, esquecendo o livro aberto em cima da mesa de canto.



Draco bufou, odiava ser contrariado, mas sendo Narcisa quem o pedira pra ficar, ele ficaria. Era sempre assim, por mais que ele já fosse adulto e tivesse sua própria vida, recheada de responsabilidades e irresponsabilidades também, ele sempre a obedecia. Encarou a mãe numa vã tentativa de fazê-la desistir da conversa tão tardia, mas ao encarar aquele olhar azul reprovador, achou melhor calar-se e escutar o que quer que fosse que ela tinha para lhe contar. Sentou-se num poltrona ao lado da dela, e esperou. Narcisa suspirou e não se moveu um milímetro de onde estava. Encarava-o como se o desafiasse a mover-se também. Ele não o fez. Parecia que estavam disputando quem analisava melhor quem ali, quando a loira pronunciou-se.



_Virgínia e... - ela começou- bem, nós todos temos uma reclamação a fazer. - ela foi seca.

_Sou todo ouvidos. - ele debochou. Então era pra ouvir reclamações que ela não o deixara subir?

_Queremos Chang fora daqui. - Narcisa falou direta.

_E porque? - ele perguntou curioso. "Será que a Weasley tem algo a ver com esse pedido?"

_Ela não está arcando com as responsabilidades com o Dylan. - Narcisa falou simples - e outro dia desses ela tentou encostar a mão nele, Draco. - ela disse mais alterada.- Você não pode permitir isso.

_Vou falar com ela, realmente isso é um despautério. - ele concordou. "Ah, Chang, você e sua implicância ainda vão me arrumar problemas" ele pensava quando sua mãe cortou sua linha de raciocínio.

_Falar com ela? - Narcisa alterou-se - você está doido ou o quê? Mande-a embora!

_Não vou fazer isso mamãe, tenho certeza de que a Cho...

_Cho? Então você já a trata pelo primeiro nome? - Narcisa levantou-se indignada- esperava mais respeito vindo de você Draco. Não foi essa a educação que eu te dei.

_Mãe, acalme-se. A Sra. não está falando coisa com coisa. - ele falou já de pé.

_Na verdade - ela falou calmamente - a Virgínia não me pediu nada. Eu é que não aguento mais esse pé-de-guerra entre vocês. Se você não notou, agora tem uma criança em casa, e seria muito bom se, ao menos, os seus 'casos' pudessem ficar fora dessa Mansão.

_Mamãe!

_Não me venha com 'mamãe'. Você sabe muito bem do que eu estou falando. - a loira enrolou-se no robe de seda negro - Ou você a manda embora ou então vai perder muito com isso.

_Está me ameaçando? - ele perguntou descrete. - Desde quando a Sra. faz ameaças, mãe?

_Desde nunca. - ela falou séria - isso foi um aviso, não uma ameaça. - e saiu deixando o filho boquiaberto para trás.

_Era só o que me faltava. - ele falou pra si mesmo, minutos depois ao entrar em seu quarto e deparar-se com a mesma cena de horas atrás.

_O que aconteceu? - Cho perguntou da cama, vestida com uma enorme camisa branca de Draco.

_Ah, não. Você não vai dormir aqui! - ele falou rápido e baixo, para que ninguém o ouvisse. - você me trouxe hoje problemas, sabia?

_Ué, o que você queria que eu fizesse? Ela quem começou! - Cho falou tentando defender-se.

_Mas é óbvio que ela está certa, só queria defender o menino e... - Draco falava quando percebeu a cara de interrogação da chinesa. - Do que está falando?

_Do que você está falando? - ela perguntou em desafio.

_Dylan. / A Weasley. - falaram ao mesmo tempo.

_Certo, vamos começar do começo.- Draco disse incerto - Porque raios você ameaçou bater no Dylan esta manhã?

_Ele me desobedeceu e ainda cuspiu em mim. - ela falou nervosa - e eu não vou admitir desrespeito comigo.

_Como se você pudesse exigir respeito. - ele falou baixo, ao que ela ia responder e muito mal-educadamente, pela cara que fez - tá bom, eu vou falar com ele amanhã. Não se preocupe. Agora... que houve com você e a Virgínia?

_Humpf... essa sua mulherzinha viu. Vou te contar, não sei como que você aguenta! - Cho falou numa voz irritada.

_Isso é problema meu. - ele respondeu seco - o que aconteceu? Dá pra me contar.

_Calma, vou contar. Foi o seguinte...



***********FLASHBACK DE 2 HORAS ATRÁS**************


"PLOP.

Virgínia estava cansada de tanto que rodou naquele carrinho do Gringotes. Estava cansada de ter que aturar os ataques que Draco dava quando ela chegava tarde em casa. Estava cansada do fato de estar há quase seis meses acorrentada naquela prisão, que chamavam de casamento. Estava cansada, simplesmente. E agora, pra piorar sua situação ainda tinha a tal Chang que parecia ter nascido para lhe atormentar. Caminhava para seu quarto na Mansão quando viu a porta do quarto do marido, entre-aberta. "Estranho, ele sempre tranca a porta." ela pensou encaminhando-se até lá. Curiosidade era um dos defeitos Weasley.

Achou estranho, ao entrar, e notar que vinha algum barulho do banheiro da suíte do marido. "Eu aparatei antes dele, e mesmo assim, ele não teria tempo de tirar as roupas e entrar no chuveiro, teria?" ela se perguntava, quando o barulho da ducha cessou e dez minutos depois, a porta do banheiro abriu para revelar uma Cho com os cabelos negros úmidos e vestindo uma das camisas sociais de Draco. Seu sangue ferveu.


_O que está fazendo aqui? - Gina perguntou tentando parecer indiferente.

_Como? - Cho perguntou na maior cara de santa.

_O que está fazendo no quarto do meu marido? - a ruiva perguntou enfatizando bem a parte do 'meu marido'.

_Oh, sim. - ela respondeu com um sorrisinho cínico - estava no banho.

_E porque - Virgpinia tentava não demonstrar a raiva que sentia - você tomou banho aqui? Temos muitos banheiros aqui, querida.

_Aqui estava mais próximo. - ela falou simples - sabe como é, meu quarto é no final do corredor do primeiro andar, muito distante.

_Distante? - Virgínia perguntou séria.

_Sim, você sabe. De onde eu estava antes...

_Chang, quero que saia daqui agora mesmo ou eu não me responsabilizo pelos meus atos. - Gina falou muito nervosa, com as orelhas fumegando de ódio.

_Ora, o que você pensa que vai fazer? Me bater? - falou rindo - Não seja ridícula, admita pra si mesma que o Draco nunca vai ser só seu. - Cho disse venenosa.

_Saia daqui! - Gina falou abrindo a porta para que a outra passasse.

_Está bem, tô indo. - ela falou, mas ao ficar ao lado de Gina, vermelhíssima por sinal, fez uma parada e olhou-a de cima a baixo - mas tenha isso em mente Weasley, você é muito pouco para um Malfoy.- e saiu deixando Gina furiosa para trás."


***********FIM DO FLASHBACK*************



_E foi isso que aconteceu. Ah, não sei como você consegue ficar com uma mulherzinha tão sem graça e...

_Cala a boca Chang. - Draco falou sério - saia daqui.

_O que? - Cho espantou-se - está me dispensando?

_O que parece que eu estou fazendo? Lhe mandando flores? - ele falou ríspido - vai pro seu quarto.

_Draco, mas o que... - ela falava quando a paciência de Draco acabou. - ai, me solta seu estúpido. - ele a carregada nos ombros até o corredor.

_Espero que tenha entendido agora. - ele falou fechando a porta na cara dela.




"Idiota!" ele ainda pôde ouvir, ao fechar a porta na cara de Chang. Ele estava perdido agora. Sua mãe já tinha percebido seu envolvimento além do profissional com a chinesa e se continuasse a juntar as peças ia acabar descobrindo o real motivo de seu casamento com a ruiva. "Merda! O que eu vou fazer agora? Pensa Draco, PENSA!" ele andava de um lado para o outro, dentro do quarto, tentando achar a solução para toda essa confusão de sua vida. "Minha mãe me colocou na parede e agora eu tô ferrado. Não posso me desfazer da Chang. E não posso perder a Weasley." ele pensou assustado. "Perder a Weasley? E desde quando eu me importo com ela?" ele tentava raciocinar quando ouviu leves batidas à porta.


_Entre. - ele falou mal-humorado.

_Draco? - uma voz infantil preencheu o ambiente e o fez esquecer seus tormentos por alguns instantes.

_O que faz acordado uma hora dessas? - o loiro perguntou fazendo um gesto para que o ruivinho entrasse e fechasse a porta atrás de si.

_Não tô conseguindo dormir. - ele falou simples - posso ficar aqui?

_Porque não foi dormir com sua mãe, como sempre? - ele perguntou intrigado.

_Ela não está. - ele falou tristemente. - já procurei em todo canto, mas ela não tá em casa.

_Tá, fica aqui então. - Draco falou apontando a grande cama - vou pegar um cobertor pra você. - ele falou bbuscando algo no guarda-roupas - pronto. Agora sim, você pode dormir como um Malfoy. - Dylan riu.

_Achei que um Malfoy dormisse como qualquer pessoa.

_E dorme. Mas ninguém precisa saber disso, né? - Draco falou dando uma piscadela para o garoto, que se aconchegou mais no cobertou e virou para o outro lado. - Boa noite. - o loiro falou ajeitando-se do outro lado da cama, para tentar dormir.

_Boa noite, pai. - o ruivinho falou sonolento, para espanto de Draco, que não conseguiria pregar os olhos naquela noite.

_Boa noite, filho.- ele sussurrou de volta antes de perder-se em pensamentos.



"Ela não está em casa" ele pensava afundando-se ainda mais no travesseiro. Porque eu me preocupo com ela? E porque ele me chamou de pai e eu respondi? Porque minha vida não poderia ser mais fácil, Merlin!?" ele pensava desconexo, devido ao sono até o momento que foi vencido pelo cansaço e dormiu. Um sono tão esperado por alguém que não sabia mais o que esperar de si mesmo.












***************************










N/A: Pessoaaaaaaaaaaaaaaaaassssssssssssssssss!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!




EM PRIMEIRO LUGAR, A EXPLICAÇÃO:

Estou doente! Com Rino-Faringite, não consigo falar, meu corpo inteiro dói... e a fic ficou 'abandonada' por isso... mas não se preocupem!! Estou viva, ainda... O_o'


Agora sim:

Fiquei TÃO feliz com os comentários!!!!!!!!!!!!
Me ajudaram muito a desenvolver esse cap!!!

Quem gostou da Narcisa lenvanta a mão! o/
Quem quer matar a Chang por ela ser uma FDP grita: MORRA CHINESINHA DESGRAÇADA! (essa roubei de algum comentário! rs)
Quem quer saber o que aconteceu com a Gina, dança: ê Macarena, ai! (sacanagem!! rs)


Pro próximo cap, por favor: 20 coments, tá...


Bjusssssssss

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