À Procura De Um Sinal.



Algumas coisinhas inutilmente importantes: 1º por eu ter lido os livros em Inglês acredito que não sei o nome de várias coisas em Português, ou pelo simples fato do costume, então essas permanecerão em sua língua original. Se por ventura alguém não souber do que se trata é só perguntar, a mim, ou a qualquer pessoa, convenhamos, alguém tem que saber, certo? =D

eu sou um tanto estranha, então isso de reflete no meu modo de escrever. O que isso quer dizer? Bem, isso quer dizer que eu adoro figuras de linguagem.

Neologismo é o meu nome do meio.

Essa fic é dedicada à Lilly Clock. Lil, meu bem, te juro que me achei agora. E juro solenemente que não mais apertarei o botão de deletar.




Capítulo, Primeiro. À Procura de um Sinal.


Era uma noite fria de inverno. Fria demais, até mesmo para um inverno, um tão frio que nem mesmo a neve quisera sair do conforto nuveal do céu, e não caíra. Mas nada disso fizera-me mudar de idéia. Saíra de casa a espera de um sinal, alguma coisa que, quem sabe, fizesse-me notar que, ali, não pertencia.

Bom, já sabia disso, mas precisava que algo comprovasse minha tese mental. Nem que fosse a lâmpada de um poste caindo sobre minha cabeça. Hmm, se a lâmpada realmente caísse em minha cabeça, aí, com certeza, saberia que a tese era mais do que verdadeira.

Andava lentamente pelas ruas geladas e desertas de um subúrbio francês. Ia zigue-zagueando os postes a espera da tal lâmpada... que nunca caia. Dei-me de ombros e suspirei... sabe, só para ver o vapor d’água que ia saindo da minha boca, quem sabe o mesmo formasse letrinhas no ar dizendo ‘Volte, Hermione. Volte.’ Mas isso aconteceu? Lógico que não.

Nessa encrenca, meti-me sozinha. E sozinha tinha que me livrar dela. Pelo menos foi o que o meu orgulho, (que ocupa vinte vezes o tamanho da minha massa corporal, multiplicado por, vejamos, log de cem na base dez elevado a nona potência?) vinha me dizendo praticamente a minha vida toda. E eu sempre decidi dar ouvidos a ele, no lugar daquele pequeno órgão que faz um tu-tum estranho dentro do meu peito, direcionado um pouquinho mais para a esquerda.

Venhamos e convenhamos, não é sempre que alguém quer dominar o mundo e você está lá para vivenciar os fatos, e depois não pensa pelo menos por um segundo que o melhor é dar no pé, certo? Quero dizer, quando foi que o Pink e o Cérebro saíram de suas gaiolas e realmente conseguiram que um de seus planos desse certo? E quando algo parecido aconteceu o que eu fiz? Sim, exatamente, eu dei no pé. E agora não sei se realmente fiz a coisa certa. Achava que o remorso era momentâneo, mas foi como se o meu peito tivesse sido rasgado e tudo que nele tinha tivesse sido esparramado no chão e eu tivesse que colocar tudo em seu devido lugar. Mas, caramba! Eu passei os últimos três anos recolhendo memórias, sentimentos e razões desse chão, e colocando-as em seus lugares, mas o remorso não passa! Desde quando remorso virou algum tipo incurável de doença causada por sanguessugas?

De volta ao motivo da minha completa revira-volta vidal. Hoje faz três anos desde a minha mudança para França; três anos desde que Ron fora chamado para ser goleiro reserva dos Chudley Cannons, ele realmente fez um estrago quando jogava pelo Puddlemere United, e ficou realmente verde quando recebeu aquele envelope laranja berrante, com aquela vassourinha desenhada que voava por todo o papel. E eu tive que sorrir ao lembrar-me disso. Nos dois tínhamos noticias importantes a dar. E como Ronald sempre foi um tanto impaciente deixei que dissesse primeiro... nos rimos por alguns minutos até que chegou a hora da minha noticia. Ele bateu a porta do sótão d’A Toca com tanta força que ela saiu quase voando atrás dele... enquanto ele corria pro lago e me deixava lá... pra lidar com as lágrimas, sozinha.


Faz também três anos desde que Arthur Weasley tornou-se Ministro da Magia britânica. Vejo-o sempre que ele vem acertar acordos com o Ministro francês. Três anos desde que Molly decidiu comercializar seus maravilhosos doces, que até aqui são encontrados. Também três anos desde que Ginny resolveu abrir uma livraria, para minha total e completa felicidade.

Parece que uma bomba de novidades decidiu explodir exatamente há três anos.

Mas também faz três anos desde que coisas ruins aconteceram. Mas também faz dois anos e meio para muitas outras coisas!

Dois anos e meio desde a ultima visita da Tonks... e do Remus. Dois anos e meio desde que Neville e Luna foram chamados para dar aulas em Hogwarts, de Herbologia e Adivinhação respectivamente.

Dois anos e meio desde que me formei como mestre em poções. O que, obviamente, ainda é piada pros ouvidos de todo mundo... principalmente pro Remus, que logicamente, sabia sobre o meu profundo desafeto em relação ao Snape.

“E então, Hermione. Vai dar aulas de Poções agora?” ele me perguntou em sua ultima visita, um dia depois da minha “formatura” (quero dizer, quem se forma em seis meses se o curso tem durabilidade de quatro anos e meio? E não precisa ficar me chamando mentalmente de Sabe-Tudo. Não, isso não é falsa modéstia!) De volta ao primeiro pensamento? Sim. Remus fez a pergunta quando ele e Tonks vieram em férias para França com os gêmeos, Sirius e James, que na época tinham pouco mais que dois anos.

“Você só pode ter ficado completamente maluco. Pensa bem, odeio admitir isso, mas todo mundo sabe que eu tenho um certo problema de atitude, e de humor e um problema maior ainda com erros estudantis.” Eu resmunguei, chacoalhando a minha cabeça negativamente. “Eu apenas seria igual... ou talvez pior que o Snape!” E o que disse chocou mais a mim do que a qualquer outra pessoa que possa ter ouvido isso. Ainda posso sentir a risada do Remus chacoalhando o interior de meus ouvidos, e as suaves risadinhas dos bebês que tentavam imitar seu pai.

E quando fecho os olhos ainda posso ver as imagens, como no cinema perto da casa dos meus pais... tudo ainda está ali, preso nessa memória de elefante que parece nunca falhar, quem dera se realmente fosse assim, mas essa mente falha. Essas mãos tremem... essa garganta seca e essas pernas cambaleiam e eu enfim tropeço...


Considero essa minha falta de estomago para voltar para casa um baita de um tropeço. E faz mais de quatro meses que tudo o que se passa pela minha mente é essa decisão. Não posso dizer que lá é o paraíso, porque estaria mentindo. Mas pelo menos já é seguro; tão seguro quanto se pode ser. E, mais do que tudo eu sinto falta de um dialogo que não seja entre minha consciência e eu. Ou pelo menos um dialogo que não seja sobre trabalho.

Mas posso jurar de pés juntos que vou sentir falta dos-.

É... cheguei ao lugar no qual deveria estar, vinte e três minutos atrasada mas ninguém precisa saber disso, certo?

Abracei meu sobretudo fortemente e ergui a cabeça. Lá vem bomba.

Entrei no prédio calmamente, para não dar na cara o meu atraso, e principalmente para não parecer que eu vim correndo igual uma louca do meu apartamento até aqui. Sim, eu sei que isso não aconteceu, mas não custa nada cobrir até as inexistentes evidências.


“Está atrasada, Hermione. Mais uma vez!” Vociferou Mark, um homem amável, porém intimidador, que por ventura estava com a cara muito vermelha, e as mãos tão brancas por estar agarrando aquela guitarra azul (que se fosse o pescoço de uma girafa a coitada teria morrido em menos de dois segundos) com tamanha força, ele estava obviamente, perdoe-me pela falta de educação, puto. Sabe, às vezes gosto tanto dele quanto de uma varinha com um raio verde saindo em minha direção... e sabemos o que isso significa. Mas eu acredito plenamente que ele me da sorte. Da ultima vez que eu cheguei atrasada ele berrou ‘Tomara que você tropece!’ o que não foi muito maduro por parte dele, mas eu não caí, ou tropecei ou nada parecido durante semanas!

“Não. Não estou.” Retruquei, fazendo o maior esforço pro meu sangue não empacar em minhas bochechas e me fazer corar. Eles já sabem que isso acontece quando eu minto, apesar de conseguir ficar sem desviar o olhar, essas bochechas sempre me denunciam.

“Desculpa, querida, mas você está.” Owen era, sem duvida alguma, a pessoa mais doce que conheci aqui. Sem contar que sempre comprava briga com o Mark quando eu e ele brigávamos. Pode parecer estúpido mas é bom ter alguém para brigar. Durante toda minha vida eu sempre tive alguém para brigar, e uma delas foi o Ron. É, eu sei. Ele continua invadindo a minha mente desse jeito, como se fosse uma espécie de erva daninha que estranhamente eu sempre quero manter por perto, nem que seja às custas da minha sufocação.

De volta ao Owen, e ao meu atraso.

Quando me mudei para cá os dias eram muito solitários, até que decidi sair sem rumo uma noite. Foi nessa mesma noite que encontrei o Summer Stock, um pub particularmente amigável onde se tocava as musicas mais lindas que já ouvi na vida, logicamente, elas tinham que ser dos anos 50. Obviamente era uma portinha pro passado, um bilhete de trem pra nostalgia eterna que não custava mais que 5 Euros. E dentro desse pub lá estavam eles, Mark, Owen, David e Flora, que passaram a ser minha segunda família. Eles formam uma banda que toca todos os finais de semana no mesmo lugar, então logo o Summer Stock passou a ser minha segunda casa.

Depois de alguns meses de convivência, e das minhas olhadelas nos ensaios, eles me flagraram no ato de cantarolar uma de suas musicas enquanto lavava as louças do lanche pós-ensaio. Desde então minha vida virou um pesadelo. Um pesadelo que eu gosto bastante.

Apesar de ainda estar à procura de um sinal...


-- - - -


Notas Finais:Sim, eu sei, esse capitulo ta muito fala, fala mas não diz nada. E é muito pequenino. E, meu deeeus! Onde foram parar os tão queridos diálogos? Eu também não sei onde eles estão, mas prometo que vou descobrir. Ta? Till next time. xx kitten xx

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.