Um Começo
Já tinha se passado longos 13 anos depois do fim da guerra, já não se comentava tanto sobre o assunto. Era mais um dia tedioso em Hogwarts .
Sentadas a mesa da Grifinória se encontravam: Victoria Malfoy e Sabrina Potter tomando seu habitual café da manha, e milagrosamente não estavam atrasadas, podendo assim se sentarem e conversarem sobre coisas fúteis, como garotas normais.
Victoria fazia o quinto ano e, como não era filha de Hermione, acabava tendo que enrolar em algumas matérias. Era boa somente em Poções e Feitiços, talento herdado dos pais. Seus relacionamentos com meninos, diga-se de passagem, era nulo. Não que não fosse bonita , mais não gostava de chamar atenção.
Logo depois que seus pais morreram foi morar com Sabrina e seus padrinhos, Harry e Beatriz Potter, mas sentia se paparicada demais. Então foi morar com os gêmeos Weasley, que não sabiam nada sobre o mundo feminino, a criando sem frescuras. Normalmente, meninas vestiam uniformes com saia na metade da coxa e blusa um número menor para se valorizar, Vic era o oposto, usava saia até os joelhos e blusa com três números a mais que o seu.
O salão estava distribuído nos grupos de sempre, corvinais estudando e lufa-lufas conversando e rindo. Na mesa Grifinória, onde Vic se encontrava, Sabrina, uma menina que chamava muita a atenção dos meninos mesmo não gostando disso, e Julia conversavam algo muito interessante, na outra extremidade da mesa encontrava-se Steve Weasley, primo de Victoria, um dos garotos mais populares e galinhas de Hogwarts, ele possuía um belo físico(graças ao quadribol), cabelos ruivos e olhos azuis invejáveis, um grupo formava-se ao seu redor e em seu colo mais uma presa, que Vic não duvidava nada ele nem saber o nome, um fato estranho que deve ser comentado era a o olhar ameaçador que Sabrina lançava ao ruivo. Já no outro extremo do salão na mesa sonserina também havia um grupo formado em torno de outro garanhão de Hoqwarts, Brian Zabine o goleiro sonserino, que por sua vez, não parecia muito interessado nas meninas oferecidas a sua volta, a ruiva Malfoy jogou um olhar felino em cima dele que não foi percebido por ele. Vic odiava o jeito do garoto, ainda por cima tinha que aturá-lo em festas familiares, pois a mãe de Brian , Luna Zabine, era amiga da família, Vic só parou seus devaneios quando percebeu a chegada de uma coruja misteriosa.
O salão ficou em silencio, viraram se para ver o que acontecia , não era hora do correio coruja mas uma elegante coruja preta adrentrava o Salão Principal com um pacote preso ao bico, surpreendendo a todos principalmente pela figura da coruja ser extremamente elegante. Voou por todo salão até sobrevoar a mesa onde se encontrava as garotas grifinórias, então, deixou cair no colo de Vic um embrulho. As pessoas começarão a murmurar uma com as outras, todas muito curiosas.
O que será isso? Abre logo!- falou uma Sabina muito curiosa
-Não aqui né?! Vai que não é meu, ou talvez é algo pessoal. Venha! – Victória saiu arrastando a amiga pelo braço.
Saíram apressadas em direção a saída que nem perceberam todo o Salão as acompanhando com os olhos. Mal entraram no dormitório feminino, e o pacote já foi aberto: era um livro de couro vermelho, escrito em letras douradas Virginia Weasley Malfoy.
- Isso era da minha mãe! – os olhos da garota brilharam.
-Mas como isso veio parar aqui ? Quem te deu esse livro? Você deveria saber que não se pode confiar em livros, principalmente você. Já se esqueceu da própria historia da sua mãe?
Eu não sei se ela voltaria a escrever em um diário depois daquele negocio todo. – a morena tagarelava sem parar.
-DÁ PRA PARA DE FALAR SÓ UM POUCO? – gritou e a amiga calou-se de súbito. -Eu não sei nada sobre esse livro, acabei de recebê-lo.
Fez se um silêncio assustador. Vic abriu o livro, a primeira pagina leu em voz alta: era uma dedicatória.
Para o futuro, que gosta historias.
Para a eternidade, que gosta também
E para Victoria , que foi quem que leu esta primeiro
De repente Victoria se sentiu fraca, como se o mundo a sua volta girasse. O chão sumiu por uns instantes e logo em seguida ela se encontrava em um quarto que cheirava a jasmim, era no meio do campo, podia-se ver pela janela, era todo branco a sua frente se encontrava uma cama dossel toda branca e um homem estava deitado: pálido, com cabelos extramente loiros, e um físico de dar inveja a qualquer Steve Weasley. Victoria já tinha o visto, mas custava a acreditar, virou seu rosto pra fugir da imagem que lhe trazia uma imensa dor no peito, pois ali, na sua frente, se encontrava o homem tão misterioso que tanto sonhou conhecer. Seu pai.
Mas de rosto já virado, as lágrimas vieram mais rápidas, porque debruçada sobre uma escrivaninha havia uma mulher, ela usava um vestido claro cheio de pequenas flores, os cabelos ruivos flamejantes soltos lhe caiam sobre os ombros, ela enfeitiçava um livro e logo depois o abria. A adolescente se aproximou para constatar que o que aquela mulher escrevia era o que ela acabara de ler, a mulher ruiva soltou um sorriso fraco, virou-se e foi até um berço no canto do quarto onde um bebê dormia tranqüilo. Foi a pior sensação do mundo para a garota, ela estava olhando a si própria há muitos anos atrás, quando ainda possuía uma família. A mãe levou o bebê até a cama onde o pai, com um enorme sorriso, abraçou mãe e filha.
Sentindo-se tonta ainda, uma sensação de quem lhe puxa pelos membros uma para cada lado, caiu sobre seu corpo ate sentir o rosto tocar o chão.
Vic acordou na enfermaria. Ainda sentia-se tonta, mas uma estranha sensação invadia seu corpo, era uma mistura de dor, medo, angustia e por fim: um frio de esperança.
Olhou em volta, deveria ser tarde, pois o silencio reinava na local. Observou a enfermaria, ela não estava sozinha, duas camas ao lado um primeranista dormia tranqüilo, apesar do braço enfaixado. Nos pés de sua cama estavam os habituais sapos de chocolate de Steve, um cartão de melhoras de Julia, e mais sapos de chocolate de Sabrina, mas o que mais lhe surpreendeu foi uma varinha caramelada de Brian. Aquilo intrigou a ruiva, eles normalmente não se falavam, então não havia motivos para ele lhe mandar um doce, ainda mais seu doce preferido. Resolveu ignorar aquelas perguntas, mas só por precaução, por ser um presente do moreno sonserino, resolveu testar uns feitiços Anti-poção-dor-de-barriga.
Vic não gostava muito de enfermarias, hospitais e coisas do tipo, aquilo dava arrepios na Malfoy, pigarreou vendo se chamava a atenção da enfermeira, mas Madame Pomfrey parecia roncar na sala ao lado. A ruiva resolveu se entreter com seus doces, já que não adiantaria muito pedir pra ser liberada.
Estremeceu de medo quando um vulto de capa preta adentrou a enfermaria. Cogitou a hipótese de fingir dormir, mas seu extinto grifinório a fez apontar a varinha em direção ao intruso.
-Calma ruivinha! Sou eu, seu querido amigo! – ouviu uma voz conhecida, sarcástica e divertida. E aquele habitual cheiro de canela misturado com loção pós-barba invadiu a enfermaria.
-O que quer aqui Zabine? Não lembro de ter uma amizade com você e nem de ter lhe dado liberdade para me chamar de ruivinha. - falou com os olhos felinos tirando todo o acinzentado brilhante de seus olhos que se tornaram quase pretos, de raiva.
- Calma, calma! Esse seu lado Weasley é que lhe faz mal, devia ser mais fria, assim, talvez, fosse mais elegante e desse dignidade a seu sobrenome paterno.
- Olha aqui Zabine se veio aqui pra me fazer escutar essas merdas.. – mas a ruiva não conseguiu terminar de falar, o moreno a sua frente tirava o capuz negro e revelava um peitoral nu de dar inveja, Brian vestia apenas a calça preta de seu pijama da sonserina.
-O que foi Malfoy, perdeu a voz? – arqueou uma sobrancelha. - Eu sei que sou lindo, gostoso e tudo mais, mas você me encarando assim me deixa ate constrangido. - disse cheio de si, estufando o peito
- Olha aqui seu sonserino sem sal. – apontou o dedo na cara dele. - você acha que eu repararia em você?! Faça me rir, querido! Nem em meus piores pesadelos! Você que é um egocêntrico nojento, agora fala logo o que veio fazer aqui! – disse irritada, a vontade dela era pular no pescoço do garoto e matá-lo de imediato.
- Dá pra parar de gritar?Senão daqui a pouco a Madame Pomfrey vai ver o que tanto você grita. – ela lhe lançou outro olhar mortal. - Mas antes que me azare, vou logo ao assunto. Sem falar que Isabel Bustrode está a minha espera. – disse com um sorriso de canto de lábios.
- Não me interessa com quem vai passar a noite se você não reparou! – disse com uma voz de desprezo, ignorando completamente a estranha raiva da garota desconhecida.
-Bem vamos lá, eu sei o porquê de você ter passado mal hoje. Não que eu quisesse ficar sabendo, mas meu pai me obrigou a te ajudar. E antes que você pergunte: Sim, o livro estava com ele desde quando a Sra. Malfoy o terminou e o pediu pra ficar com ele.
- Como ele me escondeu isso?Porque só me fala agora disso? – ela falava sem parar, até que parou e encarou o garoto com um olhar curioso. - E quem disse que eu posso acreditar em você, hein seu sonserinha de uma figa?!
- Calminha aí, estou só tentando te ajudar. Pra te provar trouxe isso- dizendo isso ele mostrou uma carta escrita em pergaminho preto e com o símbolo dos Zambine estampado, e entregando a uma ruiva que tentava fazer sua cara mais Malfoy de desprezo ao pegá-la. – Leia! Essa é a prova que tanto queres para acreditar em mim.
Srta Malfoy
Creio que esta hora esta de frente a meu filho, vermelha como sua mãe e descrente como o próprio Draco estaria. Mas devo lhe dizer que acredite em Brian, eu estava com o livro, e a pedido de sua mãe só pude lhe entregar agora, já que ela me ordenou tal feito. Gina queria se assegurar que você teria maturidade suficiente para tanto. Não vou mentir, lhe dizendo que nunca tentei lê-lo, mas digamos que ele nunca se revelou antes. Hoje, pela manhã, quando vi que a primeira página estava escrita, com aquela dedicatória, resolvi lhe enviar. Se não reparou ainda, as outras paginas estão em branco e deverão ficar assim até a hora certa.
Não duvide disso, sua mãe o enfeitiçou pessoalmente era a melhor bruxa em feitiços que conheci, muitos feitiços foram feitos pela própria, e por fim seu pai derramou uma poção para tal efeito que causaria em você.
Bem já lhe contei tudo que sei, então peço lhe que guarde segredo sobre este livro, você não imagina o que os jornalistas fariam para tê-lo em mãos. Creio que seja um momento para somente você saber disso, depois cuidaremos dos outros, não lhe peço para guardar segredo de sua amiga a Srta. Potter, ela é de confiança.
Por fim tenho que lhe pedir um sacrifício de sua parte, terá que conviver com Brian, sei que vocês não se dão muito bem, mas digamos que seu pai também me obrigou a deixar pessoas de confiança perto de você, então quero que se esforce ao máximo e tente estabelecer um convívio amigável entre vocês dois, depois de algum tempo creio que seu primo, Steve Weasley, possa lhe ajudar também.
Mandarei noticias!
Cuide se Victoria
Blaise Zabine
Vic terminou a carta com uma expressão de poucos amigos, além de realmente não lhe trazer grandes informações ainda teria que conviver com Zabine, aquele moreno imprestável.
- Um Duende comeu sua lingua Malfoy? – disse divertido.
-Eu não posso acreditar que vou ter que conviver com você- disse as ultimas palavras com um tom de asco.
-Fazer o que né?! Muitas garotas morreriam por essa oportunidade, ruivinha.
-Mas eu não sou uma dessas garotas que você anda. – retorquiu rápido e o encarando.
-Eu sei que não. -Disse sério e sustentando o olhar, a fazendo arrepiar.
Zabine vestiu sua capa de novo até cobrir o rosto com o capuz. Andou elegante até o criado mudo onde roubou alguns sapos de chocolate e saiu sem se despedir, deixando uma ruiva perplexa pra trás.
N/A ahhh valeu pela galera q comentou!!!!espero por mais cap esses fds!!!!
vcs gostaram da ideia??
quuluqere reclamacao ou uma jauda e bem vinda
brigada!!!!
bjuss
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