Fatos estranhos



A terça-feira amanheceu cinzenta, principalmente para certa ruivinha que se revirava na cama da velha enfermaria de Hogwarts, a espera de sua liberação, mas Madame Pomfrey não parecia estar com muita pressa de livrá-la daquele ambiente. A velha enfermeira caminhava tranquilamente pelo aposento, ora arrumava frascos de poções, ora limpava alguns frascos vazios. Depois de limpar um frasco de que continha uma substância pastosa e asquerosa, que Vic suspeitava ser cerra de ouvido de trasgo, a mulher liberou o primeranista, que pareceu não gostar da idéia de mais um encontro com o causador do seu ferimento. Por fim, depois de mais meia hora de sessão limpa frasco, a enfermeira foi ao leito da garota Malfoy e se deparou com um sorriso desdenhoso e impaciente, idêntico ao que um garoto loiro vivia direcionando a mesma enfermeira.
- Então, como a senhorita se sente? - Perguntou Madame Pomfrey, mais velha do que nunca, por causa do coque que prendia seus cabelos brancos.
-Muito bem, obrigada. – sorriu amarelo. – A senhora vai demorar muito pra me liberar? Tenho aula com o professor Snape e não posso me atrasar. – Perguntou a menina, mas ela realmente não devia se preocupar com o velho Snape já que o professor parecia tentar elevar a menina a um nível superior aos demais. “Não sei como foi cair na Grifinoria você deveria pertencer a minha casa, seria muito mais honrada”, era o que ele vivia lhe dizendo, mas mesmo assim ainda lhe concedia muitos pontos. Victoria e Sabrina suspeitavam que tal atitude devia-se a suas ótimas notas ou, mais provavelmente, por ser filha de Draco Malfoy.
-Claro que irei liberá-la. – sorriu maternalmente, nem ligando para a arrogância da pequena. - Mas a senhorita não tem nada para me contar? – Vic lançou um olhar espantado a mulher. Não teria como ela saber, ou teria? – Eu posso estar velha querida, mas sei que esse seu estado deve-se a uma poção, que infelizmente não pude identificar. – Vic suspirou aliviada.- Então, diga-me você tentou fazer uma poção e saiu errada? Ou alguém lhe pregou uma peça mandando tal poção? -a enfermeira parecia realmente preocupada, e descansava a mão na testa da garota para averiguar sua a temperatura.
-Sinto lhe dizer, mas sei bem menos que a senhora sobre o meu desmaio. Porém, suspeito que ele seja somente uma conseqüência por não ter me alimentado bem ultimamente. A senhora não tem motivos para suspeitar e nem se preocupar com algo. – Diga-se de passagem, Vic adorava seus genes Malfoys nessas horas de mentir descaradamente e para completar sua brilhante representação, fez uma cara de cachorro sem dono (brinde por ter sido criada pelos gêmeos Weasley).
-Não acredito que seja só fraqueza, mas como não sei realmente o que aconteceu, e a senhorita parece estar bem serei obrigada a liberá-la. Mas não pense duas vezes em vir direto para cá se tiver qualquer fraqueza. Madame Pomfrey, nem acabou a interminável lista de recomendações e a ruiva já saiu correndo da enfermaria, só concordando com tudo que a velha falava.
Correu desesperada pelos corredores, realmente aquela enfermeira tagarela a tinha atrasado bastante. A garota só teria tempo de tomar um banho, e não poderia tomar o café da manhã. Ao entrar no salão comunal da Grifinória atropelou uns terceranistas bagunceiros que impediam a passagem para o seu dormitório. Em menos de trinta minutos Victoria já corria descontrolada com destino as masmorras, e por sorte Snape estava atrasado aquele dia.
Encontrou Sabrina na porta da sala, a garota tagarelava sobre a nova capa da revista “Bruxas teen” onde um tal de Simas Bonns, atual apanhador da seleção Inglesa, aparecia sem camisa.
-Vic!!- a morena pulou em seu pescoço e repetiu o gesto de Madame Pomfrey, para se assegurar que estava sem febre.
-Sabrina você esta me sufocando - a ruiva disse com certa dificuldade, já que começava a mostrar certo tom arroxeado no rosto
-Oh sim..sim.. Desculpe-me. Mas, como você esta? Está passando bem? Eu disse que não devia ter mexido naquele livro...- foi interrompida por um discreto beliscão da ruiva, que não parecia se interessar muito no sermão que levava – Aihh isso dói sabia? – disse alisando o braço.
-Sabrina pelo amor de Godric Grifindor me diz que você não contou do livro a ninguém. – exigiu Victoria, já com as orelhas vermelhas e puxando a amiga para um canto onde ninguém pudesse ouvi-las.
-Que isso Victoria você acha que eu saiu falando pelos cantos as coisas é?! – fez-se de indignada e recebeu um olhar de repreensão da ruiva. – Tudo bem que as vezes eu falo um pouco além do normal, mas juro que dessa vez não contei pra ninguém.
-Obrigada Merlin! – disse colocando as mãos para o céu e fazendo uma cena dramática. – Tenho novidades boas e ruins. Primeiro as boas: sei quem me mandou o livro, e as ruins não são ruins são pessimamente ruins: eu... – a ruiva não chegou a terminar a fala já que certo monitor se intrometeu com um sorriso desdenhoso na face.
-Olá ruivinha! Vejo que já correu pra contar a sua grande conquista para sua amiguinha. Não te culpo, passar agradáveis momentos comigo não é pra qualquer uma. -Disse quase não segurando o riso.
-Olha aqui sua cobrinha asquerosa. Não sei quanto a você, mas para mim serão os piores momentos da minha vida. –Disse em um ar superior arqueando as sobrancelhas, quase que convidado o moreno para um duelo.
- Victoria, Victoria não tente disfarçar você vai adorar passar lindos momentos ao meu lado, aproveitando da minha popularidade. Pobre de mim terei que sujar meu nome andando com alguém como você, que parece mais um menino do que garota, aprendeu com quem a ser assim ?A deixe-me pensar.. – fez a cara mais cínica possível, e fingiu pensar.
- Não tente Zabine.. Pensar, pra você, é uma missão impossível. – respondeu seca.
- Já sei.. com os titios ruivos e encalhados? -arqueou a sobracelha em sinal de que aquela disputa era pra ele ganhar.
- Ficarei de feliz de comunicá-los da sua opinião sobre eles. – sorriu desafiadora. – Eles ficaram extremamente felizes, talvez até te presenteei, só devo lembrar que eles não são muito, digamos, luxentos. – sorriu mais ainda, com a cara de descrença do garoto. Aquela disputa era dela.
O garoto não teve tempo de revidar já que Snape passou por eles com uma cara de poucos amigos, pior que nos dias normais. Vic passou reto e nem olhou para o moreno, mas sentiu o sonserino deixar algo em um bolso de sua mochila, antes dele seguir para as estufas.
Os alunos adentram a sala apressados, pois hoje parecia um péssimo dia para provocar o professor de Poções. Snape se arrastou feito cobra até sua escrivaninha, e disse numa voz perturbadora:
-Hoje aprenderam a fazer a Poção do Sono. Muito cuidado com ela, pois se passar do tempo de cozimento você ficará dormindo por uma semana. As instruções estão no quadro e mais detalhes página 326. Não quero nenhum barulho e nenhuma poção errada. – lançou um olhar indiscreto há Mia Longbottom, a filha do atrapalhado professor de Herbologia, que parecia ter herdado esse o “dom” para poções do pai.
Quando todos pareciam compenetrados em suas poções e tentavam fazer o mínimo de barulho possível. A Malfoy dominava aquilo como ninguém, sua poção estava perfeita, Snape reparava até no modo dela cortar os ingredientes, idêntico ao modo de Draco. Severus se orgulhava daquilo, Draco era seu maior orgulho, por tudo que fez. O loiro fez o professor recompensar tudo que teve que fazer por ele, até a suposta morte de Alvo Dumbledore, e agora ele tinha um grande interesse em Victoria, tentava ensinar tudo que sabia a garota, por respeito ao pai que livrou o velho professor das garras de Voldemor, esse era um dever para Snape, e sabia que Draco gostaria que a filha dominasse as poções melhor do que ele mesmo, mesmo Draco tendo sido um dos melhores em Poções, tendo superado até o próprio Snape.
Por sua vez Victoria terminava bem adiantada sua poção, murmurou um feitiço para que a colher mexesse sozinha, e procurou o que Brian havia deixado em seu bolso, encontrou um bilhete junto com uma pagina do Pasquim, revista do avo dele.
>Me espere na sala abandonada no quarto andar. Preciso falar com você, afinal estou sendo obrigado a conviver com você. Não se atrase !Não se preocupe não vou morder, afinal, também sou um Lovegood! Pode contar comigo, não que faca isso por você, mas fui obrigado a isso.
Brian Lovegood Zambine

A ruiva achou estranhou o bilhete, pois não continha nenhuma troca de ofensa, a não ser a pequena parte de “estou sendo obrigado a isso”. Ela até sentiu-se um pouco confortada com a parte de poder contar com o moreno. Curiosa abriu a pagina arrancada do Paquim, havia uma musica de uma artista trouxa em um canto a letra de Brian dizia algo sobre não gostar da cantora mais a letra era boa.

Avril Lavigne - I'm With You

I'm standing on the bridge
I'm waiting in the dark
I thought that you'd be here by now
Estou parada na ponte
Estou esperando no escuro
Pensei que você estivesse aqui agora

There's nothing but the rain
No footsteps on the ground
I'm listening but there's no sound
Mas não há nada além da chuva
Sem pegadas no chão
Tento ouvir algo mas não há som

Isn't anyone tryin to find me
Wont somebody come take me home
Não há ninguém tentando me achar?
Ninguém virá me pegar e levar pra casa?


It's a damn cold night
Trying to figure out this life
Wont you take me by the hand
Take me somewhere new
I dont know who you are
But I'm, I'm with you
I'm with you
É uma noite maldita e fria
Estou tentando decifrar esta vida
Você não vai tentar me pegar pela mão
E me levar a algum lugar novo?
Nem sei quem você é, mas eu estou com você
Estou com você

I'm looking for a place
I'm searching for a face
Is anybody here
I know
Cause nothing is going right
And everythings a mess
And no one likes to be alone
Estou procurando um lugar
Tentando encontrar um rosto
Há alguem aqui, eu sei
Porque nada esta dando certo
Está tudo uma bagunça
E ninguém gosta de ficar só

Isn't anyone trying to find me
Wont somebody come take me home
Não há ninguém tentando me achar?
Ninguém virá me pegar e levar pra casa?

Its a damn cold night
Trying to figure out this life
Wont you take me by the hand
Take me somewhere new
I dont know who you are
But I'm, I'm with you
I'm with you, yeah
Está uma noite maldita e fria
Estou tentando decifrar esta vida
Você não vai tentar me pegar pela mão
E me levar a algum lugar novo?
Nem sei quem você é, mas eu estou com você
Estou com você

Oh why is everything so confusing
Maybe I'm just out of my mind
Yeah, yeah, yeah, yeah, yeahh
Por que está tudo tão confuso?
Talvez lá dentro de minha cabeça?
yeah, yeah...

It's a damn cold night
Trying to figure out this life
Wont you take me by the hand
Take me somewhere new
I dont know who you are
But I'm, I'm with you
I'm with you (x3)
Está uma noite maldita e fria
Estou tentando decifrar esta vida
Você não vai tentar me pegar pela mão
E me levar a algum lugar novo?
Nem sei quem você é, mas eu estou com você E
Estou com você

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