R.A.B.

COMENTEM, hein?


Pouco mais de uma semana depois da vitória sobre a Corvinal, Harry encontrava-se em uma situação que se tornara bastante freqüente depois que Rony e Hermione começaram a namorar: após um dia inteiro de aulas, os amigos estavam trocando carícias em frente à lareira, ele e Gina estavam sentados conversando ema uma mesa, ora sozinhos ora com algum outro grifinório e Ama, para não perder o costume, estava sumida.
Essa era uma das vezes em que ele e Gina encontravam-se sozinhos e conversavam justamente sobre Ama.

- Eu não sei, mas eu daria tudo para saber o que a Ama faz quando some...

- Eu também, Gi. E o mais estranho é que, quando ela volta, age como se estivesse aqui com a gente o tempo todo.

- No início, eu pensei que fosse alguma coisa passageira, mas já faz mais de dois meses que ela está nessa.

Nesse instante, Ama passa pelo retrato da Mulher Gorda, e junta-se e eles.

- Olá! Nossa, parece que aqueles dois não sabem fazer outra coisa senão se agarrar, não é? – comenta ela, referindo-se, obviamente, a Rony e Hermione. Harry lança um olhar para Gina do tipo: “foi o que eu disse...”

- É mesmo Ama – comenta Gina – nunca vi...

Então Harry lembra-se de sua aula de oclumência e consulta o relógio. 18:45.

- Gi, Ama, tenho que ir, já estou em cima da hora para minha aula com o Cole.

Ambas despediram-se dele, que saiu correndo em diração à sala do professor. Definitivamente, quinze minutos era pouquíssimo tempo para ele chegar na sala de Cole. Se, pelo menos, a escola não fosse tão grande seria moleza.
Chegou, finalmente, para sua aula, sete e cinco.

- Professor? – chamou ao bater na porta.

- Só um instante! – e depois do barulho inconfundível de mesas sendo deslocadas e coisas sendo jogadas dentro do armário, o professor gritou: - entre!

Harry empurrou a porta e dirigiu-se até a mesa do professor.

- E aí, Harry? Pronto para mais uma aula?

- Lógico!

- Ok – e o professor, em uma atitude típica dele, tomou, repentinamente, um ar sério – Mas antes eu preciso ter uma conversa muito importante com você.

- Horcruxes? – perguntou Harry.

- Sim, Harry, Horcruxes.

- O que foi que a Ordem descobriu?

- Lembra-se do medalhão? – perguntou Cole e antes de obter uma resposta, continuou – então, devo admitir que ainda não descobrimos quem é R.A.B, mas, confesso que por acaso, um membro da Ordem, em uma de nossas buscas, achou o medalhão e você não vai acreditar aonde... – e ele mesmo completou – na Russia, dá para acreditar? Bom, mas o mais importante é que ele estava destruído.

- Mas essa história não é muito estranha, professor?

- Pois é, nós também achamos e mandamos mais dois membros para lá para investigar a história, descobrir quem é R.A.B. e que interesse ele tinha em destruir o medalhão.

- Mas eu ainda não entendi o que esse medalhão estava fazendo na Russia...

- Muito menos nós, mas é certo que, quando concluirmos as investigações, te informaremos imediatamente. Mas agora vamos para nossa aula, né?

- Ok.

- Vamos lá, te darei dez segundos para esvaziar sua mente, deixá-la livre de qualquer pensamento – disse ele, já olhando no relógio – a partir de... agora!



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Dessa vez, a aula acabou onze horas e, ao voltar para a sala comunal, viu que Rony, Hermione e Gina estvam conversando. Tirando o trio, o salão estava vazio. Até Ama já parecia ter ido dormir.

- Harry! Pensei que você não chegaria nunca, cara! – comentou Rony.

Harry aproximou-se e sentou-se à mesa onde os amigos estavam.

- A gente estava te esperando...

- E foi muito bom, Mione. Tenho uma novidade para vocês em relação as horcruxes.
Então deu uma olhada ao redor, como que para se certificar de que realmente não havia mais ninguém lá embaixo, e contou aos amigos sobre o medalhão.

- Mas na Rússia?! E o que ele estava fazendo lá?

- Não sei, Gi. Na verdade, nem a própria Ordem. Eles vão começar uma investigação agora.

- Se pelo menos a gente pudesse ajudar... – comentou Rony.

- Bom, poder a gente pode...

- Como Mione? – questionou Gina – Fugindo de madrugada sob a capa do Harry e indo parar lá na Ordem, onde com certeza eles vão nos mandar de volta?!

- Não seria uma má idéia fugir – disse Rony – é só a gente não ir parar na Ordem. A gente poderia ficar lá no Caldeirão Furado. Ou então nos transfigurarmos em ratos e ir para lá.

- Sinceramente, não acho que nada disso dará certo – começou Hermione – e, na verdade, minha idéia é bem mais simples...

- E qual é a sua idéia? – perguntou Harry

- A nossa infalível e fiel amiga... biblioteca!

- Tá, Mione, eu sei que você tem uma paixão por livros e, como você mesma disse, acha a biblioteca infalível, mas não acho que vamos achar o que é R.A.B. em um livro da biblioteca.

- Não, eu também não acho isso. Mas a gente poderia pesquisar um pouco sobre a história da magia russa, os mistérios russos, alguma coisa do tipo...

- Não sei se vai adiantar muito não, mas não custa nada tentar - concordou Gina.

- Bom... melhor do que ficar aqui parado sem fazer nada, não é? – Harry também aceita a sugestão de Mione.

- Vamos lá, Rony! – incentiva Hermione – não custa nada, não é?

- Tá bem! Me convenceram!


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E assim começou a tarefa árdua de, de segunda e sexta depois das aulas e durante todos os finais de semana, Harry, Gina, Rony e Hermione, ficarem enfurnados na biblioteca o tempo todo. Ama, apesar de não saber direito do que se tratava, também ajudava e Harry só não estava com os amigos no horário de suas aulas com Cole. Quando tinham treino de quadribol era Hermione quem ficava incubida de procurar. Quinze dias depois eles ainda não tinham achado nada realmente útil.

- E se a gente pegasse uma permissão para pesquisar na seção reservada? – sugeriu Gina.

- Isso, Gi! Aposto como Cole não vai recusar. Vou falar com ele hoje mesmo na aula de DCAT.

Assim, no dia seguinte eles apresentaram uma autorização e tiveram acesso aos livros da seção reservada.
Separaram pilhas e pilhas de livro e levaram para uma mesa próxima, onde sentaram-se sem nem conseguir se ver por causa dos livros. Harry analisou seus títulos e pegou um que lhe chamou bastante atenção: Grandes Bruxos da História Mágica. Puxou o livro da imensa pilha e leu o subtítulo: : conheça os bruxos que marcaram a história internacional da magia, dos mais conhecidos aos mais impopulares. Abriu no índice e começou a passar o dedo pelo mesmo, em busca de algo que pudesse ser útil, parou ao ler: grandes nomes russos. Consultou a página indicada e começou a ler rapidamente o que estava escrito:

--- Josef Kasyanov
Kasyanov foi um bruxo muito famoso da história russa. Podemos encontrar muitos grandes feitos atribuídos a seu nome, entre eles a implantação da lei ...


Pulou para o de baixo.

--- Taimyr Gorbachev
Foi um revolucionário que lutava pelos direitos dos bruxos nascidos trouxas. Porém sua marca sempre foi os meios violentos que usava. Certa vez, presenciou um homem xingando uma mulher de sangue-ruim e, em decorrência desse fato, liderou uma revolução no estado, que teve como resultado sete mil mortos ...

Pulou novamente.

--- Rachmaninoff Bakunin
Apesar de pouco conhecido, Bakunin foi realmente importante para a história russa. Foi um defensor do bem e queria exterminar o mal não só da Russia, mas de todo o mundo. Também lutava pela paz entre bruxos e trouxas. Hoje em dia, seus ensinamentos continuam sendo seguidos através de seu bisneto que, inclusive, criou uma associação em sua homenagem ...

- Já acharam alguma coisa? – perguntou Rony – porque eu não achei nadinha!

- Eu também não – disse Harry antes de fechar o livro que estava em suas mãos e pegar um outro. Segredos do Mundo Mágico.

- Têm certeza que não acharam nenhuma dica, a menor que seja?

- Não Mione – respondeu Gina – pelo menos da minha parte nada. A não ser alguma coisa do tipo: - abaixou os olhos e leu uma parte do texto – “os bruxos russos têm o estranho costume de comer” Ah! Esse nome estranho aqui que eu não sei falar mas que é “um assado de carne de vampiro com chifre de unicórnio e muita pimenta” Eca! Deve ser muito ruim! E caro também!

- Ah! Nem deve ser tão ruim! – disse Rony sarcasticamente – quem nunca sonhou em comer chifre de unicórnio?! O difícil mesmo deve ser engolir!

- Deixe de ser burro Rony! É lógico que não é para comer né?! É só para dar gosto!

- Mas mesmo assim Mione – defendeu Harry – deve dar um gosto maravilhoso, não?! Mal posso esperar para provar! E, para completar: muita pimenta. É lógico, né?! Se não tivesse bastante pimenta para te deixar com a boca ardendo para o resto da vida, qual seria a graça? – completou, sendo sarcástico.

- Tá, que seja! Dá para voltar ao nosso objetivo principal agora? Amanhã vocês têm treino de quadribol, então hoje tem que ser um dia bem produtivo. – disse Mione.

E assim continuaram o dia todo, procurando por uma coisa que desconfiavam que não iriam encontrar em livro nenhum da biblioteca.
Para alívio de Harry, que não agüentava mais ver livro na sua frente, o dia seguinte foi bem mais tranqüilo. O treino de quadribol fez realmente bem para sua mente, que já estava cansada de ver letras e mais letras. Parecia ter produzido o mesmo efeito sobre seus aimigos.

- Bem que a gente poderia tirar uma folguinha dos livros no próximo final de semana, não é? – perguntou Rony, na volta do treino de quadribol.

- Não seria uma má idéia. Daqui a pouco minha cabeça entra em curto circuito! – respondeu Harry.

- Duvido a Mione deixar – disse Gina – mas que não seria nada mal... ah! Isso é verdade.

- Tá, eu não quero fugir das minhas responsabilidades e tal, mas a Ordem também está nessa busca e eu, sinceramente, não acho que esses livros vão nos levar a lugar algum. – declarou Harry.

- E, além do mais, um final de semana não faria mal, não é ? – concordou Gina

Quando chegou o sábado, foi realmente difícil convencer Hermione a não fazer a busca.

- Vai, Mione! Não custa nada! Só dois dias! – insistia Gina.

- Ok! Vocês vão, mas eu vou continuar com a busca!

- Ah, não! Você vai me deixar sozinho o final de semana inteiro?

- Por que, Rony? Você faz tanta questão da minha companhia assim, é?

- Claro! Você é minha namorada!

- Então, já que quer tanto assim que eu fique do seu lado ... – interrompeu a frase.

- Você vem então, Mione?

- Não! Você que venha comigo para a biblioteca.

- Ah, Mione...

- Poxa Mione, vamos lá para fora, vem! – pediu Harry.

- Olhe, Mione – apoiou Gina – está fazendo um dia lindo lá fora!

- Já disse que não! – e dizendo isso, virou as costas e saiu andando, decidida, em direção à bilioteca.

Harry, Gina e Rony saíram para os jardins. Chegando lá, encontraram Ama conversando na beira do lado com Lilá Brown. Foram para perto dela e começaram a conversar com elas. Rony evitava o olhar de Lilá, assim como ela o dele.

- Que milagre ver vocês fora da biblioteca!– comentou Ama .

- Pois é, resolvemos tirar uma folguinha... – comentou Rony – já não estava mais suportando aqueles livros.

- Ah, é melhor irem se conformando com a idéia de passar o dia todo na biblioteca, ou vocês não lembram que esse ano temos os N.I.E.M’s?

- Ai, Ama! Não precisava lembrar! – reclamou Lilá – só de pensar em biblioteca, tenho náuseas.

- Ainda bem que meus N.O.M’s já foram e N.I.E.M’s só ano que vem! – comemorou Gina.

- Você não sabe a sorte que tem, Gi! No Natal já vou logo me preparando psicologicamente para, no próximo semestre, passar o tempo todo estudando, isso sem contar os deveres de casa que, com certeza, triplicarão. – lamentou Harry.

Passaram a tarde toda conversando sobre vários e vários assuntos e quando eram cinco e meia da tarde, subiram. Então, Harry, Gina, Ama e Rony resolveram fazer um campeonato de xadrez. Hermione ainda não tinha chegado. Resolveram que começaria Harry contra Ama e Gina contra Rony. Quem ganhasse de cada dupla iria disputar a final. Rony ganhou facilmente de Gina.

- Ah! – reclamou Gina – contra o meu irmão não tem graça! Ele sempre ganha todas...

- Fazer o quê, né maninha? Eu sou muito bom!

- E convencido também.

Harry nunca tinha visto Ama jogar xadrez, mas ela jogava incrivelmente bem! Ganhou de Harry com folga.
Logo, a final ficou sendo: Rony contra Ama. O jogo estava muito bom, os dois jogavam muito bem, mas, com o tempo, foi ficando realmente chato para assistir. Parecia não acabar nunca! Harry e Gina resolveram desistir de assistir o jogo e engressaram em uma conversa animada, até que...

- GANHEI! – gritou um animado Rony, depois de uma hora de jogo. – GANHEI!

- Fique sabendo que foi só porque eu fiquei com pena e deixei, hein? – brincou Ama.

- Ah, tá! Eu finjo que acredito...

Rony passou o resto da noite comentando suas jogadas, segundo ele, de gênio. Já eram onze e meia e Hermione ainda não tinha chegado. A sala comunal já estava vazia, até Ama já tinha ido dormir, restando apenas Rony, Harry e Gina, que insistiam em esperar Hermione.

Quando já eram meia-noite, a garota entra, finalmente, na sala, com um enorme sorriso estampado no rosto e dois livros no braço.

- Adivinhem? Descobri o que é R.A.B, ou melhor, quem é, ou melhor, os dois. Ah! É uma história muito longa, mas se estiverem dispostos a ouvir...



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Curiosos?
Hehehe
Eu sou má, não é?
Adoro fazer suspense...
Não demorei para postar dessa vez, não é?
Espero que gostem e, COMENTEM!!!!!
Beijos e até o 13!!!

Ah, gostaria de agradecer também a todos vocês que têm comentado na minha fic, isso é realmente importante para mim!!!

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