Batalha Interna



Capitulo 14 – Batalha Interna

-Gina! – berrou Ron para a escuridão. Sentiu o coração quase rasgando o peito, os olhos derrubaram lágrimas de ódio. Continuou olhando para a escuridão, esperando que tudo fosse uma brincadeira dela. Mas não era. “Porque? Logo você Gina?” pensou o garoto caindo de joelhos no chão e agora chorando de tristeza.

Harry acordou assustado com o grito. Olhou para os lados e nada viu, o quarto estava escuro demais. Pegou a varinha e disse baixinho:
-Lumus. – o quarto foi inundado por luz e ele viu Apocalipse deitada ao seu lado, dormia. Iluminou a outra cama, mas não tinha ninguém. Resolveu descer, a voz parecia a de Ron. Antes que o garoto chegasse na porta do quarto a grávida acordou:
-O que foi? – olhando para ele, assustada.
-Acho que ouvi Ron gritar. Vou ver se não foi só sonho.
-Vou junto. – e se levantou e desceram juntos as escadas.
Ao chegarem na cozinha, viram que a porta para o quintal estava escancarada e ouviram conversa na sala, foram até lá:
-O que houve? – perguntou Harry indo se ajoelhar na frente da Sra. Weasley e olhou para Hermione que também chorava.
-Gina. – e olhou para a janela atrás do sofá que estavam. O garoto entendeu e se levantou.
-Fique aqui com elas. – pediu para Apocalipse, que concordou. Saiu para o quintal iluminado pela luz da lua e não muito longe viu Ron ajoelhado no chão de terra. Correu até o amigo e o olhou nos olhos:
-O que foi? O que houve? Cadê a Gina? – disse segurando o amigo pelos ombros.
-Gina... Draco... Dormiu... Embora... – disse sem nexo, ainda estava em choque.
-O que? – perguntou Harry sem entender nada e balançou o amigo para ver se ele acordava – O que houve?
-É a Gina. – como se acordasse de uma pesadelo, se levantou e olhou para Harry com os olhos cheios de lágrimas novamente – Ela está com Malfoy. Estão juntos. Ela foi embora com ele. Eles estão... – não conseguiu terminar a frase.
-O que? Gina com Draco? – ele não podia estar escutando aquilo.
-É. – e tirou as mãos do amigo de seu ombro e lhe contou o que a sua irmã caçula havia contado para ele. Harry parecia que estava em choque e viu o amigo cair no choro. O abraçou e o levou para dentro sem dizer nada.

Ouviu alguém se aproximar da porta e olhou atenta, viu Ron entrar aparado por Harry. Viu que o ruivo tinha o rosto e os olhos vermelhos, estivera chorando. Eles foram direto para a sala. Ela terminou de fazer o chá, serviu quatro canecas e levou para a sala em uma bandeja. Quase derrubou a bandeja quando entrou na sala e escutou Harry pensar “Mas ela dormiu com Malfoy? Então não sente mais nada por mim?”
Harry ouviu o barulho das canecas na bandeja e olhou para a garota que o olhava surpresa, tratou de afastar pensamentos como aqueles, mas sabia que ela havia escutado aquele.

A Sra. Weasley chorava copiosamente, não acreditava que sua filha mais nova estava se juntando com malfoy, estava do lado inimigo agora. “Não pode ser verdade.”
-O Sr. Weasley demora a chegar? – perguntou Hermione, mas sua resposta foi respondida com um homem cansado que entrou na cozinha chamando pela mulher.
-Aqui. – disse a voz chorosa da mãe triste.
-O que houve? – disse o pai de Ron ao ver o estado que estavam todos na sala.
Ron narrou tudo, desde a hora que Gina saiu até a hora que foi embora com draco. A Sra. Weasley não parava de chorar, estava muito abalada. O Sr. Weasley nada disse, ajudou sua mulher a se levantar e a levou para o quarto.
Mione abraçou Ron e ficaram assim por um bom tempo. Harry olhava para a escuridão, esquecendo que no cômodo alguém podia escutar o que pensava.
Anita se levantou e foi para a cozinha levar as canecas vazias para a pia. Abriu a torneira e lavou as canecas, a bandeja e até o bule que havia fervido a água.
-Porque será que ela fez isso? – perguntou Harry sentando em uma das cadeiras de frente para ela.
-Por sua causa. – fechou a torneira e secou as mãos em um pano e olhou para ele. Se apoiou na pia e riu – Ela me quer morta, junto com meu filho. Me quer fora do caminho dela.
-O que? Porque? – perguntou surpreso dela saber o que Gina queria – Nosso. É nosso.
-O que?
-Você disse seu filho. É nosso filho.
-Tanto faz. – e se virou para colocar o pano no lugar – Ela queria você, mas com um filho na estrada, ficou mais difícil. Ela agora tem dois alvos.
-Gina não seria capaz disso. – e viu que Anita se apoiou com as duas mãos na pia e riu.
-Você é muito bobo mesmo. – e se curvou um pouco mais na pia, estava sentindo pontadas na barriga.
-Não sou. Só não acho que ela seria capaz de tanto. – e viu que ela riu novamente.
-Pode ser que você não ache. Mas nunca viu um coração magoado agir, pode ser mais fatal que o ódio. – e se desequilibrou quase caindo. Harry pulou da cadeira e a segurou.
-O que tem?
-Nada. Só me ajude à ir para o quarto. – e subiram para o quarto. Mal sabiam que as dores eram a indicação de que a criança estava para nascer.

Draco não podia se conter de tanta felicidade, além de estar levando uma fonte de informações para seu mestre, que iria torna-lo seu preferido, estava levando sua garota para ficar ao seu lado. As coisas estavam se encaixando.
-Não quero ver ele. – disse Gina olhando para o chão irregular e somente iluminado pela luz da lua, não sabia onde estava, nem para onde ia.
-Quem? – perguntou Draco saindo de seus devaneios.
-Voldemort. Não quero conhece-lo.
-Tudo bem. – e sorriu, ela não tinha escolha mas ele nada diria.
Chegaram em uma casa grande, com dois andares e somente duas janelas estavam com claridade. “Ele está aqui. Chegou a hora.” disse Gina para si mesma.
Entraram na casa, o Hall era pequeno e nele só havia uma escada e uma porta. Estava tudo escuro, ele a levou até a porta do Hall e entraram. Gina viu-se em uma biblioteca enorme com cadeiras, uma lareira e algumas poltronas ao fundo.
-Já volto. – disse Draco, soltando as malas de Gina no chão perto dela e saiu, fechando a porta. Ela estava com medo, o cômodo era iluminado somente pela lareira acesa. “Isso foi uma péssima idéia.” pensou Gina. Se aproximou da lareira para se esquentar, a noite estava fria.
-Medo é coisa para fraco. – disse uma voz de um canto escuro da biblioteca, fazendo Gina se virar assustada e procurar o dono da voz.
-Quem está aí? Draco? – disse tremendo, mas não era de frio e sim de medo.
-Draco? Não. – e riu, fazendo seu riso ecoar pela biblioteca toda. Gina tremia, sabia agora quem era o dono da voz.
-Não tema. Se veio até aqui é porque tem coragem. Ou talvez um sentimento mais forte. – disse saindo devagar das sombras e se postando perto da garota ruiva, que se encontrava apavorada – Talvez, raiva?
-Não. – respondeu disposta a enfrenta-lo, mesmo sabendo que morreria se tentasse.
-Não?! Vingança? – e riu da criança que o olhava nos olhos, mas tremia por dentro.
-Sim. – e o encarou, não iria deixar que visse seu medo.
-Ah. O mais belo dos sentimentos. – e riu ao ver que seu plano caminhava para o local certo. – Veio se juntar à nós?
-Nunca. – sua boca foi mais rápida que seu cérebro.
-Nunca?! Então está desperdiçando meu tempo. – e puxou a varinha, apontando para o coração dela.
-Espere. – disse sem se mexer. Estava paralisada.
-O que?
-Tenho informações sobre o Anjo. – e viu o rosto do homem sorriu por inteiro.
-Antes... – e se aproximou da garota que não moveu um músculo – Irá se unir à nós?- Gina não sabia o que fazer, estava dividida em ter seu caminho livre para ter Harry novamente para si ou se tornar alguém que não queria.
-Não machucará Harry?
-Não. Só quero o Anjo. – e riu. “Garota estúpida. O Anjo primeiro, depois o moleque e então o filho deles.”
-Tudo bem. – e engoliu seco. Faria qualquer coisa para ter Harry só para si novamente.
-Me dê seu braço esquerdo! – ordenou rispidamente.
-Porque? – sabia porque ele queria o braço, era onde marcava seus pupilos, seus Comensais.
-Me dê logo. – a garota obedeceu. Ele retirou a manga do casaco e viu que ela virou para olhar a lareira. Falou algo que ela não entendeu e encostou a ponta da varinha em sua pele e enterrou um pouco em sua carne.
Gina não queria olhar, chorava, estava feito, não tinha mais volta. Sentiu o braço esquentar, mas não queria olhar, a dor aumentou e sentiu algo subindo por seus pés. O sangue de todo seu corpo esquentou, sentiu uma certa revolta de todos, sentiu que aquilo era o mais certo que poderia estar fazendo. A calma veio devagar e se apossou dela.
-Pronto. É uma de nós agora. – e soltou o braço da garota. Ela virou o rosto para ele e de imediato viu que ela era outra, seu rosto estava calmo mas ao mesmo tempo entregava seu lado negro.
-Obrigado, Mestre. – e olhou para a marca que ainda era vermelha em seu braço.
Voldemort saiu da biblioteca sorrindo, somente Draco esperava do lado de fora. O Lord passou por ele sem dizer nada e subiu as escadas, sumindo de sua visão. O garoto entrou no cômodo, não sabia se encontraria um cadáver ou uma nova aliada. Fechou a porta e viu a garota de costas para ele, olhando a lareira. Foi até ela e parou ao seu lado.
-Vejo que aceitou. – e sorriu.
-Sim. – sem olhar para ele e com a voz fria.
-Você terá sua merecida vingança. – e se virou para ela. Ela o olhou e ele também pode notar a mudança nela – E será minha agora. – e fez carinho em seu rosto.
-E você meu. – o beijou, derrubando-o em uma poltrona e se sentando em seu colo – Só meu. – e sorriu. O que Draco menos esperava aconteceu, de sua boca saíram três palavras que ele nunca pensou dizer. Para ninguém.
-Eu te amo. – e se assustou com ele mesmo. Gina que parecia voltar ao normal, só estranhando a ardência no braço esquerdo, o olhou surpresa. Sorriu e falou no ouvido do garoto.
-Agora também te amo. – disse isso mesmo que seu coração negasse aquelas palavras. Malfoy sorriu e a beijou tirando suas roupas.


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Não me matem por favor...
Mf's Ta aí moçaaa...
Espero q gostem...
Bjokas
Valeu

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