Dumbledore



Capitulo 9 - Dumbledore

A luz que entrou pelos seus olhos pareciam fogo, ardiam muito. Com muito esforço abriu os olhos devagar, o quarto estava claro demais. Os olhos foram se acostumando com o teto e a luz, mas percebeu que estava em outro lugar, já não era mais o quarto na Toca, o teto era branco. “Será que me trouxeram para St. Mungus?” pensou ela antes de olhar para os lados.
As paredes eram brancas igualmente, o quarto tinha poucos moveis e em uma poltrona muito surrada e verde viu uma pessoa sentada. No começo não achou que realmente era ele, mas depois seus olhos se acostumaram, “Merlin, como pode?”.
-Não acredita mais em seus olhos, Anita? – disse um velhinho sentado na poltrona surrada, olhando por cima de seus óculos meia-lua, e um sorriso bobo na face.
-Você está morto, então quer dizer... – e parou de falar, o pior veio em sua mente.
-Não. Está longe disso. Anita, entenda...
-Sabe muito bem que não gosto que me chamem assim. – forçando o sorriso para ele.
-Pois bem, Apocalipse. – e viu a garota sorrir – Não nos vemos faz muitos anos.
-Sinto saudades. – e olhou com carinho para seu velho professor e amigo.
-Eu também. Mas temos outros assuntos a conversar. – e olhou para ela com certo ar de curiosidade.
-Sobre o que? – perguntou a garota se levantando da cama, pondo os chinelos e se sentando no chão na frente de Dumbledore, parecendo uma criança. A dor em seu corpo também parecia ter sumido, nem seu maior machucado nas costas doía mais – Espere.
-O que foi? – perguntou o diretor com curiosidade para ela.
-O que eu quiser vai aparecer aqui, né? – perguntava e seus olhos brilhavam.
-Sim. Tudo o que quiser.
-Ótimo. – e fechou os olhos e logo depois um maço de cigarros de menta apareceu na cabeceira da cama, um isqueiro e cinzeiro, correu até eles, acendeu um e tragou com vontade, sendo observada por Dumbledore – É um sonho, e você não me julgue, já está morto. – e riu da cara que ele fez.
-Pois bem, nunca consegui fazer você parar com isso não é?
-Por um tempo sim. Mas aproveitando que é um sonho achei melhor fazer isso na sua frente. Não tenho segredos com você. – e se sentou na frente do diretor, mas um pouco mais afastada para que a fumaça não o alcançasse – Fale.
-Bom, está namorando Harry? – direto como sempre.
-Sim. Acho... Não sei... – parecia confusa, eles não tinha conversado sobre isso.
-Qual delas?
-Ainda não sei. Acho que sim. – e tragou mais uma vez dando impressão de saudades.
-Sabe que isso não vai acabar bem, não é?
-Sei. – e se levantou andando pelo quarto – Mas não posso evitar. Gosto dele.
-E Sirius?
-O que tem? – não gostando do rumo da conversa.
-Ainda gosta dele? – perguntou olhando para a garota que parecia um trem andando para lá e para cá soltando fumaça.
-Sim. – tragando e olhando para ele.
-Gosta dos dois?
-Sim e não.
-Explique. – e se levantou para esticar as pernas.
-Nunca vou poder esquecer Sirius, talvez nunca consiga. Amei ele com toda fibra do meu ser, o senhor sabe melhor que ninguém, mas ele se foi, não vai mais voltar. Já com Harry é diferente. Gosto dele, mas sinto que é muito novo para mim. – e deu o ultimo trago naquele cigarro, apagando ele no cinzeiro e pegando outro. – Ele talvez ache que me ama. – e acendeu outro.
-Gosta ou ama Harry? – viu a garota olhar para ele tentando entender o significado daquela conversa. Pensou um pouco e olhou para ele:
-Amo. De jeito diferente ao que amava Sirius, mas com certeza amo Harry.
-Acha que ele te ama? – olhando para ela esperando para ver sua reação.
-Sim. Acho. – afirmou meio insegura.
-Terá que feri-lo, sabe disso não é? – seu rosto tinha ficado mais sério.
-Sim e não precisa ficar me lembrando. – falou irritada, não queria ter aquela conversa naquele lugar tão bom.
-Mas precisamos falar sobre isso. O amor de vocês talvez atrapalhe você de fazer o que deve. E ele também.
-QUE DIFERANÇA VAI FAZER SE EU AMO HARRY NA HORA, EU VOU MORRER LOGO DEPOIS. – gritou ela com os olhos cheios de lágrimas.
-Faz uma grande diferença. Agora as coisas vão ficar piores. – e se aproximou da garota, vendo como ela continuava baixinha. Riu disso e se lembrou do terrível destino daquela criança que ele amava como filha -Você não pode mais continuar com ele. O amor de vocês pode acabar atrapalhando o que você tem que fazer.
-O fato de estarmos juntos não vai me impedir de matar Tom. – e tragou o cigarro com raiva. Soltou a fumaça olhando a mudança na face de Dumbledore quando ouviu o nome Tom.
-Sempre achei graça. – e se sentou novamente.
-No que? – perguntou meio nervosa ainda.
-Em como você detesta que te chamem pelo seu nome verdadeiro, mas ainda insiste em chamar Voldemort pelo nome verdadeiro.
-É ridículo o nome dele. O meu eu ganhei de uma pessoa que me amava. Já ele inventou esse nome pra por medo. – e riu – O mais engraçado é que o meu “nome” é o que mais significa perigo. Dor. Morte. – apagou o cigarro e se sentou na cama, cobrindo os pés, de repente o quarto ficara mais frio.
-Bom, só posso desejar o melhor para vocês. – mas Apocalipse começou a se sentir estranha, se deitou e passou a só ouvir a voz de Dumbledore, o quarto girava e parecia escurecer, a voz dele parecia diminuir de volume, quase já não entendia - E cuidado, não fume nem beba quando estiver acordada, pode prejudicar a crian... – mas ela viu o quarto escurecer de vez e a voz de Dumbledore sumir. Abriu os olhos novamente e sentiu um enjôo muito grande. Os fechou novamente. “Não deveria ter fumado dois cigarros um seguido do outro”. O enjôo parou e ela arriscou outra vez abrir os olhos, devagar reconheceu o lugar que estava, o quarto na Toca.
Sentiu alguém lhe pegar a mão e olhou para a pessoa, ainda meio embaçada, sua visão estava uma porcaria, mas a voz era inconfundível. Mas também não entendeu o que ele dissera. Sentiu que ele largou a mão e ouviu os passos dele se afastando.
“Mas que saco de visão.” E esfregou os olhos e eles melhoraram um pouco. Olhou para Harry que já tinha saído pela porta e gritava pela casa “Ela acordou”. Subitamente sua mente foi levada as ultimas palavras de Dumbledore. Se esforçou o máximo que pode para lembrar delas “E cuidado, não fume nem beba quando estiver acordada, pode prejudicar a crian...?” Ele estava ficando louco? E então sentiu seu estomago parar na garganta, “Ele disse criança?” mas seu pensamento foi cortado por um enjôo que lhe tomou a mente e o corpo, se debruçou para pegar o lixo ao lado da cama.
Sentiu uma dor enorme no corpo, parecia que estivera amarrada na cama nas horas que estava desmaiada, tudo doía, mas a ânsia era pior. A ultima coisa que ouviu foi os passos de muitas pessoas subindo escadas e vomitou tudo o que podia e também o que não podia.


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Achei que era importante colocar o Dumbledore ness cap. por que mesmo morto ele é o melhor...
Valeu por quem ta lendo e gostando...
Brigadão garotas pelas ideias e por estarem lendo...
Bjokas

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