Consequências II



N/A de uma autora revoltada: ESSA MELECA DO F.F. NÃO TÁ ATUALIZANDO O ARQUIVO COMO UM SÓ, ACHO EU QUE É PQ ESTÁ MUITO GRANDE.
Só atualiza arquivo com menos de 90 páginas... Então o capitulo 6 ficará dividido em 2, ok?! Bjs!

Música da vez : Linkin Park - Crawling

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Capitulo 7 – Conseqüências II

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Ao chegar à mansão, Draco saiu correndo para o quarto de Kalena. Como ela pode fazer isso com ele? Ela foi a melhor coisa que poderia acontecer a ele desde Vardo. Não queria perdê-la. Ele subiu praticamente correndo, de dois em dois degraus. Parando na porta do quarto de sua irmã, Draco pode perceber o resultado da burrada de seu pai.

Para ele, seu pai não deveria ter matado o Stuart na frente de sua irmã. Custava ele ter levado sua irmã para casa e o sangue ruim para uma masmorra? Será que era muito por os dois separado por um tempo? E depois ter colocado-o sob império e como um ato de benevolência deixar Kalena conversar com o seu “maridinho” para que ele a destratasse e desse um fora nela? E só assim ele “sumisse no mundo”? Não! Não custava absolutamente nada ter feito dessa forma. Tomaria mais tempo, mas seria só isso. E quais seriam os benefícios? Seria Kalena nos braços da sua verdadeira família toda chorosa e disposta a se tornar uma cidadã, ou quem sabe uma comensal.

Mas seu pai tinha que fazer tudo errado. E qual fora o resultado daquela palhaçada há quinze dias atrás? Kalena desfalecida na cama. Pálida e respirando fracamente, com o seu corpo magro debilitado por uma inconseqüência que ela resolveu arcar. Draco poderia ver perfeitamente que aquela atitude de sua irmã, era uma tentativa desesperada para fugir.

Mas a situação estava ainda pior do que Draco poderia imaginar. Mesmo debilitada, Kalena se recusava a receber um tratamento adequado. Ela segurava firmemente uma mangueirinha que estava devidamente injetada em sua veia. Para Draco, aquele deveria ser a poção que ela deveria tomar, mas ela não queria. Lucius estava lívido de raiva, mas não se debatendo feito um louco. Ele já tinha pegado a sua varinha para ameaçar Kalena. Severo e Narcisa também estavam no quarto. Os dois serviam de escudos para que Lucius não fizesse nada que poderia se arrepender depois.

- Lucius por favor... – disse Narcisa – a sua filha está muito debilitada. Não faça nada que possa se arrepender depois.

- é exatamente isso que ela quer Lucius – fora a vez de Severo – ela quer que você use uma das imperdoáveis.

- Kalena... – disse Lucius em um tom de aviso

- o que foi Malfoy? Vai amarelar? – disse Kalena querendo a qualquer custo atormentar seu pai – você não passa de um covarde! Eu já entendi qual é a sua especialidade. Você gosta de matar pessoas que estão dormindo em suas camas ou pessoas desarmadas, como você fez com a minha mãe e meu marido!

- tire a mão dessa mangueirinha – exclamou Lucius – é uma ordem de seu pai Kalena!

- eu já te disse o que você precisa fazer. – disse Kalena sussurrante. Ela não tinha forças nem para falar direito, mas mesmo assim era desafiadora com seu pai – só há um feitiço no mundo que poderá me obrigar a soltar essa maldita mangueira. Por que não tenta usá-la em mim.

- entenda uma coisa Lucius – disse Severo firme – ela está muito debilitada. O corpo dela não agüentará a uma imperdoável. Ela vai morrer se tentar.

Draco estava estarrecido com aquela cena. Como é que ninguém a vigiou? Como é que deixaram ela chegar tão perto da morte? E por que ninguém a convencera a se tratar? Ela não era tão irracional assim! Ela era até uma bruxa bem fácil de se lhe dar! Pelo menos Draco achava isso de sua irmã. Não vendo alternativa para por um fim naquela loucura toda, berrou!

-CHEGA!!!! Abaixa essa maldita varinha pai, ou eu mesmo farei! – Draco estava com seu pai na mira de sua varinha

- ela se recusa

- eu já falei

Draco pode respirar mais aliviado. Seu pai abaixou a varinha lentamente e a guardou. Foi então que se virou para sua irmã. Precisava saber do porque. Ele percebeu também que o olhar luminoso de Kalena havia desaparecido e no lugar existia um par de olhos quase sem vida.

- Posso me sentar? Vim correndo quando eu soube. Estou cansado

- pode – disse Kalena um tanto envergonhada – também estou cansada. Não quero viver uma vida que não é minha.

- por que? – Draco já estava sentado e sentido uma profunda dor de vê-la daquele jeito.

- eu devia fazer isso. É de minha natureza lutar com toda as armas que eu tenho. Fui criada assim.

- não deveria ter sido criada assim. Onde já se viu uma Malfoy se prestando um papel desse – disse Lucius se intrometendo – será que você não entende? Fiz o que fiz para poder lhe dar o melhor.

- melhor? Você perguntou o que eu quero? O que eu sinto?

- Como pode ser tão intransigente como a sua mãe?

- chega vocês dois! – disse Narcisa dando um fim numa discussão que não levaria a nada

- a minha mãe tem razão. – disse Draco olhando feio para seu pai e depois para Kalena.

- desculpe Draco. Eu lhe juro que não queria que você me visse. Não agora. Seria muito mais fácil se você tivesse chegado 10 minutos atrasado.

-Quero ficar sozinho com minha irmã. – disse para os outros, sem tirar os olhos da irmã.

-Não vejo por que. – resmungou Lucius.

-Vem Lucius, Draco sabe o que está fazendo. – sussurrou Narcisa puxando o marido pelo braço. O loiro esperou que todos saísse para continuar.

- você... você enlouqueceu, Kalena? – disse Draco transtornado, desesperado e com seus olhos marejados. - tentando se matar!

- não... apesar do tempo em que convivemos você ainda não me compreende? Você nunca percebeu que eu vivo uma realidade no qual é diferente?

- já...

- para mim o suicídio não é muito bem visto. Mas morrer por justiça sim.

- e você usou logo o nosso pai.

- ponha uma coisa na sua cabecinha desbotada, ele é todinho seu! Não o quero como pai. Sei que errei. Eu deveria ter clamado por justiça contra o teu mestre. Aí sim seria rápido.

- você é louca, não é? Pode me dizer.

- não. Loucura seria se eu não clamasse por justiça pela morte estúpida de Richard. Quantos outros morreram da mesma forma? Poderia me chamar de louca se eu abaixasse a minha cabeça sem lutar.

- mas e eu? Você não pensou em mim como não pensou quando fugiu!

- muito pelo contrario. Foi exatamente em você que pensei antes de tomar essa atitude.

- não parece. – o loiro olhou para o lado tentando disfarçar uma pequena e solitária lágrima que caiu de seus olhos.

- Draco...

Draco pode perceber que sua irmã estava muito cansada. A voz que era vigorosa e melodiosa não passava de um sussurro decrépito. Ao ver dele, Kalena estava se esforçando ao máximo para poder explicar para ele o porque as razões daquela atitude tão radical.

- pare... por favor. Não quero que se esforce. Tome a poção... Eu vou te ouvir assim que você estiver boa...

- não! – disse Kalena enérgica – eu quero falar agora!

- mas

- por favor me escute. Você não pode imaginar o quanto o ser humano é incrível. Diante da dor da perda, podemos ficar melhores ou piores. Você, meu irmão, com certeza, iria melhorar... iria tornar-se uma pessoa mais humana...

- não... não é verdade. Você acha que somos iguais? Mas nós não somos iguais! Eu não sou tão altruísta assim. Não aprendi o que você aprendeu com a sua mãe. Eu não sei o que significa os valores que você prega...

- sabe sim... pode não parecer, mas somos bem parecidos. Como dizia o nosso avô, somos farinha do mesmo saco.

- não somos. – disse Draco um pouco intransigente

- somos. Você é que não percebe o quanto somos parecidos. Você prefere me colocar como um alvo inalcançável... numa redoma de vidro

- mas você é melhor do que eu.

- não. Draco... pare e pense só um pouco. Imagine... se você tivesse chegado os dez minutos que eu disse que você deveria ter chegado? Se você tivesse me encontrado morta? Se soubesse quem era o causador disso... o que faria? Teria dado as costas para essa imundice?

- Kalena por favor...

Lucius que escutava tudo por trás da porta pode saber o real motivo de tanto sentimentalismo. Ele ficou nervoso pois sabia exatamente o que Draco faria.

- responda, Draco.

- eu... eu viraria as costas para o nosso pai.

- só para ele?

- você sabe que não. Eu sumiria... não ia nem querer saber do Lorde e nem de ninguém...

- viu só? Depois você fala que não somos farinha do mesmo saco. Que você não é tão altruísta.

- mas isso não quer dizer que eu ia me juntar aos rebeldes. – colocou a mão sobre a mão dela que segurava firmemente a mangueirinha com a poção.

- eu sei. Não esperava que com a minha morte o comovesse tanto. Mas eu já te falei que você é o comensal que mais mata. Entenda que a cada vez que você se recuse a levantar a sua varinha e proferir a maldição da morte, uma varinha rebelde terá uma nova chance de tentar, ou morrer tentando, mudar isso...

- como pode me conhecer desse jeito?

- conhecendo. Ou você acha que eu não te observo desde o dia que você pôs os seus pés em Hogwarts.

- Le... – com a mão livre acariciou o rosto da irmã. Kalena engoliu seco, ele a chamara pelo apelido que seu marido a chamava. - Por favor. Não gosto de perder aquilo que eu tenho apreço. Eu tenho tanta coisa para aprender com você.

- Draco...

- por favor.

Kalena viu aquele fio de esperança se alargando nos olhos de seu irmão. Ela suspirou cansada. Ela percebeu que a sua obrigação com Draco não havia terminado. Muito pelo contrário... só estava começando

- é bom valer a pena.

Kalena soltou devagar a mangueirinha. Deixando caminho livre para a poção entrar e fazer seu efeito. Gradualmente, ela foi fechando os olhos. Draco não entendeu muito bem do porque dela ter fechado os olhos. Será que ele tinha chegado tarde demais?

-Professor Snape? – gritou, sabia que os três ainda permaneciam plantados do lado de fora escutando tudo. Snape atendeu ao chamado do loiro e entrou rapidamente. Draco olhou para seu antigo professor de poções querendo uma explicação. Ou até mesmo uma atitude para trazê-la de volta. Mas o que viu foi totalmente o contrario. Ele viu Severo dando o seu melhor sorriso e disse

- há uma poção de sono misturada. Ela precisa dormir.

- o que aconteceu aqui, Severo?

- Pelo que eu entendi, a sua irmã começou a fazer uma greve de fome e de sono. E para intensificar os danos dessas duas greves, ela ainda fazia pequenos feitiços. Mas eu acho que o seu pai poderá lhe explicar melhor isso.

Para Draco, agora era que vinha a pior parte. Tinha que lidar com o seu pai. Tudo bem que ele tinha mais intimidade com Kalena do que o próprio pai, mas isso não significava aquele ciúme todo. Muito pelo contrário. Era a hora deles se unirem para deixar a reeducação de Kalena a mais tranqüila possível. A essa altura Lucius e Narcisa já estavam novamente no quarto. Draco suspirou profundamente se virou para seus pais e disse

- e então pai? Vai me contar ou prefere que eu escute pela boca de Kalena quando ela acordar.

- Acho que essa conversa não precisa da minha presença. Tenho que ir.

- obrigado Severo – disse Narcisa se adiantando – Não sei o que aconteceria se você não tivesse chegado a tempo.

- ela não ia morrer. Kalena está realmente debilitada, mas a intenção era usar Lucius. – Severo se virou para Lucius. Ele precisava dizer aquilo – Ela sabe onde fica o seu tendão de Aquiles, Lucius. Se eu fosse você tomaria mais cuidado.

- eu sei...

- com licença

Severo saiu do quarto de Kalena. Nunca poderia imaginar que ela poderia ir tão longe. Antes de ouvir a menina, ele estava temeroso que Voldemort conseguisse a lealdade de Kalena. Mas agora... depois daquela cena, poderia respirar mais aliviado. Ela era uma Qadarf e não se curvaria diante de Voldemort. Draco esperou o seu antigo professor de poções se retirar do quarto de sua irmã para poder falar melhor com seus pais. Aquilo era um assunto pessoal

- Severo não está mais aqui. Pode desembuchando pai. O que aconteceu aqui?

- quantas vezes será preciso dizer que ela não é assunto seu?

- o problema é que você não entende o que está acontecendo pai. Devemos nos unir para que a Kalena possa ter o seu ingresso a essa sociedade da forma mais tranqüila possível. Você não consegue perceber que todas as vezes que brigamos, ela vai ficar do meu lado.

- quer parar vocês dois? – disse Narcisa antes de Lucius retrucar. – se vocês tiverem um mínimo de respeito por essa bas... menina, vamos descer e conversaremos lá em baixo.

Os três remanescentes saíram calados do quarto de Kalena. Ela parecia tão serena... dormindo um sono tranqüilo. Nem parecia que a poucos minutos ela estava irritando seu pai para poder receber uma imperdoável. Draco estava muito calado. Nunca poderia imaginar que em tão pouco tempo poderia deteriorar tão facilmente a sua irmã. Percebendo que os três estavam no escritório, Draco começou a falar.

- e então? Vocês podem me dizer o que aconteceu?

- antes que vocês dois comecem a se matar – disse Narcisa – eu só quero falar que a culpa de todo esse circo é exclusivamente de Lucius.

- minha culpa Narcisa?

- sim Lucius. Custava ela ter aquela maldita roupa? Para você era um afronte e mandou queimá-la.

- ela prefere um sangue ruim ao pai dela?

- um pai que, pelo que eu ouvi, fez uma proposta indecente a mãe dela e depois a matou pois não gosta de ter o ego ferido.

- vamos entrar novamente nesse assunto? – resmungou Lucius, estava cansado de tentar explicar aquela proposta recusada pela sua antiga paixão.

- tudo se resume a esse assunto, pai. – disse Draco querendo defender a sua mãe.

- não quero falar sobre isso.

- ótimo! Então conte ao nosso filho o que aconteceu. Pois ele foi o único que conseguiu convencer a sua filha a não cometer nenhum desatino. – disse Narcisa sentando-se em uma poltrona.

- então?

- ela conseguiu nos enrolar.

- Isso deu para perceber. Mas como ela conseguiu, pai? Ninguém a vigiou?

- vigiar... vigiamos. Mas ela sabe como enrolar. – fora à vez de Narcisa protestar.

- como assim?

- Kalena se recusava a descer. Preferia ficar trancada no quarto. Achei melhor não bater de frente como seu pai fez. Resolvi mandar as refeições para ela.

- e o que mais que ela fez? Ela parece uma criança.

- se recusava a falar comigo. – disse Lucius revoltado. – Com Narcisa, ela falava o extremamente necessário. Tentei forçar a convivência. Se ela não descia, eu comecei a ir com mais freqüência no quarto dela. As brigas só aumentaram. Ela me conhece muito bem... já eu...

- ninguém conseguia perceber que ela estava se negando a comer. As badejas que eu mandava o elfo levar, voltavam vazias. Aparentemente Kalena estava saudável. Claro que ela ficara um pouco pálida, como não tomava um pouco de sol. Eu presumi isso.

- claro, feitiços sem varinha! Como não pensaram nisso antes?

- Kalena sabe pequenos encantamentos. Aprendeu isso com os nômades que ela chama de família.

- Severo falou que ela não dormia?! Como isso passou?

- ela simplesmente se recusava a dormir. Quantas vezes eu entrei no quarto dela e a encontrava dormindo naquela maldita poltrona direcionada para o sudeste. Mas tudo era uma grande mentira. Ela sabia que era eu e fingia estar dormindo.

- tô vendo que ela sabe como deteriorar o corpo e os poderes mágicos que ela possui. – continuou Draco andando de um lado para outro do escritório. – Quem a encontrou?

- fui eu... Narcisa e eu íamos a uma reunião que os Gambler tinham marcado. Tentei convencê-la, mas quando eu entrei no quarto, Kalena estava dormindo na cama. Não tive coragem de acordá-la. Saímos. Não passou 10 minutos e eu retornei. Tinha esquecido de pegar um pergaminho que havia prometido ao Andrew. Então a vi no alto da escadaria. Tinha olheiras profundas e o corpo estava esquelético. Perguntei que brincadeira era aquela, mas não deu tempo dela me responder. Ela desmaiou e rolou alguns degraus. Antes que ela continuasse a rolar eu proferi um feitiço e consegui pegar o corpo dela. Foi revoltante ver a minha filha naquele estado. Havia sangue dela na escada...

- o resultado foi esse. – disse Draco concluindo.

- o que vamos fazer? – perguntou Narcissa francamente amedrontada – O Lorde não vai gostar nada disso. Ele queria que nós a vigiássemos e foi a coisa que não fizemos.

- eu não faço a menor idéia, mãe. Eu vou tentar conversar com ela... isso se Kalena também não tiver com raiva de mim. Porque senão... eu não quero nem saber.

- eu vou ter que abrir concessões para minha filha – disse Lucius como se tivesse conversando consigo mesmo.

- como assim? – perguntou Draco.

- você já a viu com roupa preta?

- só agora. – respondeu Draco. ele nunca a viu com roupa preta.

- é porque ela não suporta roupa preta. Principalmente os lençóis. Narcisa... poderia mandar o elfo trocar todos os lençóis negros no quarto de Kalena.

- posso. Eu vou comprar roupas mais coloridas para ela usar no dia a dia.

- obrigado querida.

- Lucius – disse Narcisa se levantando da poltrona – quero lhe pedir uma coisa.

- o que seria?

- onde está o corpo, ou o que sobrou, do sangue ruim?

- por que quer saber?

- Lucius, tente entender... ela precisa perceber que a vida dela mudou. E isso só vai acontecer quando ela ver o corpo do sangue ruim sendo enterrado. Dê um enterro e ela lhe dará paz e aceitará que o destino dela é se tornar uma cidadã. Dê isso a ela, Lucius.

- está certo. Vou ver o que eu posso fazer.

Parecia que havia um acordo naquela família. Muito longe de Wiltshire, Voldemort tinha mais uma conversa com Rodolphus. Ele estava se mostrando um incompetente de marca maior. Rodolphus estava sendo enrolado por uma adolescente de 18 anos. Era impressionante como a sua Ginevra fugia de suas mãos. Ela parecia areia. Quanto mais fechava as suas mãos, mais conseguia escapar. Mas agora Voldemort estava decidido a encontrá-la. Nem que para isso, tivesse que matar a todos os chineses daquele país.

-Então Rodolphus me explique mais uma vez como você, um comensal experiente, conseguiu perder de vista uns homenzinhos e uma bruxa, de novo?

Rodolphus podia ver todo o ódio que Voldemort estava sentindo e isso não era nada bom para seu bem estar físico.

-Milorde, os monges são especialistas em se esconderem e pelo que parece a senhorita Weasley os está ajudando. Sua magia tem avançado bastante dede o inicio do treinamento.

-desculpas e mais desculpas, Rodolphus. Eu sei como anda o nível de magia de Ginevra, muito obrigado. – sua voz estava carregada de sarcasmo e ódio. – O que eu quero saber é seu paradeiro e não tolerarei mais erros. Resolva este problema ou sofra as conseqüências.

-Eu tomarei as devidas providencias, Milorde.

-Rodolphus? – fez o homem se virar novamente. – se eu descobrir que você está meio que sem querer deixando que ela se esquive de mim, não terá perdão!

O comensal engoliu seco. – Não Milorde, eu nunca...

Voldemort respirou fundo buscando paciência e por segundos esvaziou a mente e pode sentir distante uma calma, uma paz interior, abriu os olhos. Definitivamente toda aquela paz não era sua, lançou um olhar sem vida para Rodolphus e levantou a mão para ele, fazendo um gesto para que ele se calasse. A muito tempo que não conseguia se conectar com sua noiva e agora de repente ela tinha baixado a guarda e pode invadir sua mente.

Ela pensava em um beijo, um beijo explosivo. Que a fez flutuar. Voldemort sorriu, ela só poderia estar se lembrando de seus beijos, que modéstia parte a faziam arder em brasa. Mas não pode se deliciar por muito tempo com os pensamentos da ruiva, pode sentir a mente dela vagarosamente levantar uma parede entre os dois e literalmente ser expulso da mente da garota. O Lorde das Trevas pareceu levitar alguns milímetros e bater fortemente contra o assento do trono.

Rodolphus o olhava espantado, mas Voldemort pareceu não ligar, estava fascinando com a certeza que a ruiva pensava nos beijos que ele lhe dera a algum tempo atrás. Bom, se ele pudesse ter ficado mais alguns segundos na mente de seu objeto de desejo se irritaria completamente, já que o beijo em questão não dizia respeito ao Lorde das Trevas, mas sim ao seu fiel seguidor que um dia ousou tocar nos lábios fadados a serem de outro.

-Minha doce Ginevra, Rodolphus. – respondeu Voldemort a pergunta que tanto o comensal se questionava se perguntava ou não.

-desculpe?

- eu acho que a minha Ginevra se esqueceu de levantar as barreiras antes de dormir... Tive o prazer de ser tragado para a mente de minha noiva. E sei exatamente onde minha presa está escondida. Dessa vez ela não vai fugir de mim...

Voldemort soltou uma gargalhada sombria que fez os pêlos de Rodolphus se arrepiarem.

§ (#.#) §

Os dias se passaram e Draco se viu obrigado a se reportar a Voldemort. Aquela missão não foi totalmente um fracasso, mas também não foi um sucesso absoluto. Para Draco o sucesso dependia o quanto Kalena estaria de bom humor quando acordasse. Quando contou que a sua irmã estava em coma induzido, Voldemort o interrompeu falando que já sabia.

Draco ficara realmente impressionado com a generosidade do Lorde. Ele havia permitido que Stuart tivesse ao menos um enterro. Se for isso que precisa para ter Kalena Malfoy no seu conselho, o Lorde parecia disposto a pagar. Estava mais que óbvio que ele queria Kalena a qualquer preço. Draco sabia que o recado tinha surtido efeito. Até porque no outro dia uma onda de autorizações de divórcio apareceu no ministério. Os planos do Lorde em purificar a sociedade estavam indo a toda velocidade.

Já Kalena permanecia adormecida. A cor e a saúde estavam voltando para o rosto delicado dela. Mas havia muito mais coisa que tinha mudado. O seu quarto também havia mudado. As ordens de Lucius foram seguidas à risca. O branco dos lençóis entrara em harmonia com a delicadeza que Kalena emanava.

Draco sempre a visitava. Mas ele não era o único a ir ao quarto de Kalena com freqüência. Seu pai também ia. Às vezes ele ficava noite adentro velando o sono dela. Draco não podia condená-lo. Ele fazia a mesma coisa quando dava. Kalena era diferente e especial. Outro que passou a “viver” na casa dele foi Victor. Parecia que ele tinha uma certa fixação por Kalena. Draco não entendia muito bem o motivo de tanta preocupação vinda daquele imprestável.

Draco ficou com uma duvida enorme martelando em sua cabeça. Como aquela bruma sabia que sua irmã estava sofrendo e precisando de sua ajuda? Se ele tivesse escutado-a desde a primeira vez, talvez tivesse impedido-a de cometer uma loucura. Mas aquilo era passado. E ficara muito feliz que tivesse chegado a tempo. Às vezes, Draco ficava impressionado com aquele sentimento de proteção que tinha com a sua irmã. Como era possível uma pessoa mudar-lhe tanto? Mas isso não era importante para Draco. Não era mesmo.

Kalena teve alta depois que o curandeiro da família disse que ela estava bem e que aquela imprudência não deixou maiores seqüelas. Ao acordar viu que não estava sozinha. Lucius e Draco estavam sentados cada um de um lado da sua cama. Os dois loiros abriram um sorriso tranqüilo para Kalena. Ela percebeu que não deveria estar em seu quarto. Tudo estava tão branco, que seus olhos chegavam a doer. As cortinas, os lençóis. Até mesmo a sua camisola era branca. Ela pensou que estava em um hospital.

- eu estou em um hospital?

- não. – disse Lucius.

- onde estou? – disse Kalena.

- no seu quarto. – disse Draco rindo da cara de interrogação de sua irmã

- mas...

- mandei arrumar de acordo com as suas vontades.

- dormi por quanto tempo? – se apoiou na cama e levantou o tronco, ficando sentada.

- cinco dias. Eu preciso falar com você, minha filha.

- você não gosta de falar. Você age feito um louco. Pensa como um louco. E quando eu preciso que você se porte como tal, você tem crise de consciência.

- quando é que você vai parar de me atacar desse jeito? Eu sou o seu pai!

- pai? Você nunca se portou como pai. Nem comigo e nem com o Draco. Se depender de mim, nunca vou parar de lhe atacar. – Lucius rolou os olhos, ela já estava bem melhor. Por que para atacá-lo daquela forma, só tendo energia de sobra.

- quer parar vocês dois? – disse Draco antes que seu pai pudesse perder a paciência. Mas pelo rosto dele parecia que isso não iria acontecer.

- hoje eu não vou revidar, Draco. Cansei de trocar chumbo com essa cabecinha dura.

- Le... o nosso pai...

- desde quando você usa o meu apelido? – disse Kalena voltando a se deitar. Ela ficara momentaneamente tonta.

- bem... eu ouvia o Stuart te chamando assim... ele te chamava, porque eu não posso?

- Ta bom Draco. – não discutiria com o irmão, as crises de ciúmes dele eram as piores.

- Kalena – interrompeu Lucius. – eu quero te dizer que providenciei um enterro para o sangue ruim...

- como? – Kalena já sentara novamente.

- é exatamente isso que você ouviu... eu providenciei um enterro para o sangue ruim.

- quando? – disse Kalena com uma certa urgência na voz. – eu... eu posso ir, pai? – Lucius teve vontade de rir, era só fazer um agradinho que já estava fazendo efeito esperado. Teria a sua filha amorosa de volta.

- vai ser hoje e é claro que você vai... eu vou te levar.

- obrigada, pai...

Para Draco, ouvir aquele agradecimento vindo de sua irmã para seu pai foi único. Pensou que isso nunca poderia acontecer. Mas antes que ela pudesse comemorar, ele tinha que falar que ela tinha visitas e visitas importantes.

- Le...

- sim... – respondeu ainda em meio ao transe. Ainda não acreditava que Richard teria um enterro decente.

- o Lorde quer falar com você – continuou Draco olhando para ela e depois para seu pai.

- Estava demorando... quando?

- quando, não – disse Lucius interrompendo a conversa de seus filhos – agora. Ele está lá embaixo. O Lorde achou melhor esperá-la no escritório

- que ótimo... com certeza o assunto não é a minha saúde. O assunto seria...

- bem... – Draco ficou meio sem graça. Ela não sabia que ele a usaria para descobrir uma brecha naquela bruma de Hogsmeade.

- já sei... é sobre Hogsmeade. Alguém foi lá... não é Draco. – disse Kalena o perfurando com o olhar.

- como sabe?

- sabendo. Saiba que a bruma deixa um cheiro para os comensais que o cerca.

- tem cheiro? – Draco se cheirou discretamente, tentando descobrir algum cheiro estranho nele.

- se eu falo que tem, é porque tem. – disse Kalena se levantando devagar. – agora as donzelas poderiam sair do quarto? Quero trocar de roupa. A não ser que queiram que eu desça de camisola branca.

- claro que não! – disse os dois uníssonos, arrancando pequenas risadas da morena. Aqueles dois não passavam de um bando de ciumentos e super protetores.

- estaremos te esperando na porta. Você ainda está fraca. – disse Lucius se levantando da cama. - vamos Draco.

Draco e Lucius saíram do quarto rapidamente para que Kalena pudesse se arrumar apropriadamente. Kalena demorou bastante para se arrumar. Ao sair do quarto, Draco percebera que ela estava vestida com um conjunto lilás que a deixava com um ar mais saudável. Draco e Lucius ajudaram Kalena a andar. Ela ainda estava fraca e precisava de ajuda para se locomover.

Ao chegar no escritório Kalena pode ver que quase todos os comensais que fazem parte do conselho estavam lá... em outras palavras: os comensais mais sanguinários de Voldemort. Um esquadrão que tem uma ficha de mortes que poderia dar várias voltas ao redor da Terra. Ao fundo estava Voldemort sentando e analisando bem aquela bruxa do deserto.

- Nossa... Quase todo o conselho está aqui. Só faltou o Gambler filho.

- você sabe do conselho? Uma pária sabe da existência do conselho? – disse Rabastan impressionado.

- sei... – disse Kalena com uma displicência que Draco não conseguia acreditar – Draco, você poderia me ajudar a sentar... estou ficando tonta.

- claro

Kalena, com a ajuda de seu irmão, sentou-se numa poltrona próxima a eles. Ela estava cansada e não queria cair. Depois de estar devidamente sentada, Kalena pode contemplar melhor aqueles comensais.

- do que você sabe? – fora à vez de Rodolphus falar.

- Vamos dizer que eu sei de muita coisa... muitos feitiços... muitas poções... muitos encantamentos... muitas formas de matar.

- e você pode ensinar alguém? – disse Draco se interessando no conhecimento que Kalena tinha.

- a alguém, Draco? Não posso ensinar a comensal se é isso que quer saber. E sem contar outros fatores externos que podem influenciar na decisão de contrair um aprendiz.

- quais seriam esses fatores? – Draco a olhava de forma curiosa.

- é para isso que me tiraram da cama? Por que se for Draco, você ganha mais se pedir sozinho. Você pode, por exemplo, apelar ao fato de sermos irmãos...

- não é sobre isso que vim aqui. – disse Voldemort se levantando tentando seduzir a jovem Malfoy. Seu movimento másculo fez Bellatrix entrar em transe. Rodolphus que estava a seu lado lhe deu uma cotovelada, fazendo-a cair em si. – tivemos um primeiro encontro um tanto conturbado. Não queria que a nossa devida apresentação fosse daquele jeito. Eu dando um corretivo o seu irmão.

- não tente me seduzir. Eu não vou cair nesse seu joguinho. Vai ser melhor para mim e para o senhor se mostrar logo para que veio. Vai lhe poupar tempo.

- já que você quer ser direta, vou ser direto. Quero saber sobre Hogsmeade. Ou melhor das proteções que o cerca.

- Eu sabia que mais cedo ou mais tarde o Draco ia me usar. – lançou um olhar magoado ao irmão e voltou a olhar fundo nos olhos azuis de Voldemort. O bruxo teve vontade de rir, se ela o tivesse visto antes da transformação que sua querida noiva lhe proporcionou tinha certeza que ela não teria tanta coragem em encará-lo. - Vamos fazes o seguinte. Vocês fazem perguntas diretas se eu achar a pergunta muito estúpida, eu vou rir. Se as perguntas forem pertinentes, eu as respondo. E não adianta me ameaçar de morte, já provei que eu não tenho medo. E se me matar, eu levo a informação comigo – disse Kalena encarando firmemente Voldemort.

- já que você não demonstra nenhum tipo de medo, eu quero saber com o que eu estou enfrentando.

- não é o que, mas sim quem

- quem? Está certo... com quem estou lidando?

- Bem... o senhor está mexendo com inimigos furiosos. É com pesar que eu devo alertá-lo de que os seus temores tenham fundamentos. São eles... Os bruxos do frio. A desproporcionalidade da balança, fez com que eles agissem.

- quer dizer que é um friedan de verdade?

- você deve ser... o Rabicho?

- É! Sou eu! – disse rabicho de uma forma muito orgulhosa

- eu nem vou me dar ao trabalho de lhe responder!

Draco e Lucius se seguraram para não rir da cara que Rabicho fez. Era um misto de vergonha e raiva pela humilhação que passara.

- Aquela bruma...

- perdoe-me pela intromissão Sra. Lestrange, mas não é uma bruma. Na verdade é uma esfera transparente. E essa esfera crescerá de acordo com a quantidade de refugiados que forem para lá.

- é uma bruma, eu vi. E você nem esteve... nem ao menos sabe com que feitiços estamos enfrentando.

- não é uma bruma, sra Lestrange. A bruma tá no coração imundo e negro de quem o vê. No caso da senhora é o seu coração que anda sujo demais. Mal consegue ver a luz diante dos seus olhos – disse Kalena dando o assunto como encerrado

- o pessoal deve morrer de frio lá dentro... afinal, é um friedan. – disse Draco sem pensar.

- só se tiverem muito perto da esfera – retrucou Kalena com um sorriso enigmático.

Draco estranhou aquela atitude de sua irmã. Às vezes ela era muito enigmática e não conseguia entender o que se passava na cabecinha dela. E sem contar na quantidade de informação que ela sabia sobre Hogsmeade. Foi só então que percebeu que ela tinha mais um segredinho. Quantos mais ela teria? Será que era possível uma pessoa tão jovem ter tanta história para contar?

- Quanto tempo você morou lá, Kalena? – perguntou Draco com as sobrancelhas erguidas de forma desafiadora.

- o que? – disse Lucius estarrecido – Kalena morando em Hogsmeade?

- como percebeu Draco? foi quando falou sem pensar?

- foi

- a pergunta que eu estava esperando. Eu morei lá sim. Um ano. Eu e Richard havíamos acabado de chegar de viagem e resolvemos morar lá. Não era muito seguro ficar do lado de fora da esfera. A minha cabeça estava a prêmio. E eu tive a infelicidade de chegar bem no dia da batalha de Hogsmeade.

- então... – disse Bella com o intuito de fazer Kalena falar mais.

- olha, eu vou dar uma pista de ordem geral para saber que o terreno é minado. E darei também algo para pensar. Pode não parecer, mas essa pista vai dar muita discussão. A bruma está no coração de quem o vê, como eu já tinha dito antes. Assim como o frio. É algo que está dentro do coração. Para se ter uma noção o comensal mais rebelde será capaz de levantar a bruma que vocês dizem que o cercam como se fosse uma cortina e poderá vislumbrar todo o resplendor e a prosperidade da cidade.

- por que está dizendo isso.

- eu poderia dizer várias coisas Sra. Lestrange. Eu poderia dizer que iria facilitar a vida das pessoas de lá, mas seria uma mentira sem tamanho. Eles não estão se importando com o cerco. Para falar a verdade, eles acham divertido ver um monte de formiguinhas doidas para entrar em um prato de bolo. Mas a verdade é que eu sempre prezei a vida. E isso inclui vidas de pessoas que se tornaram comensais da morte. Muitos estão indo... muitos morrem e a mesma quantidade deserta e entram correndo para o lado de dentro da esfera. O cerco é uma grande burrice. Eu saí e ninguém me prendeu.

- você é idêntica a sua mãe. – soltou o Senhor Gambler, pai de Victor.

- eu sei. Para mim isso é um elogio... se quiserem me ofender é só falar que eu sou idêntica ao meu pai.

Bella soltou um riso pelo nariz. A bastarda era realmente maluca. Se ela soubesse o potencial que ela poderia ser dentro do conselho. Kalena começou a se levantar vagarosamente. Isso deixou alerta Lucius e Draco que a pegaram assim que ela estava totalmente reta.

- com licença. Tenho que me alimentar... ordens médicas. – a morena se soltou do braço de Lucius e Draco.

Kalena deu as costas para Voldemort e seus comensais. Em passou trôpegos, ela foi se arrastando até que Draco percebeu que ela precisava de ajuda.

- com licença, Milorde.

Draco foi atrás para ajudar sua irmã. Ela estava aspirando cuidados e ele como irmão iria ajudá-la. Rabicho achou aquela atitude infame e sacou a sua varinha. Ele não ia deixar a humilhação que passou em branco. Muito menos aquela atitude que a bastardinha tinha perante o Lorde das trevas. Mas antes que pudesse pensar em qual feitiço ele usaria contra a bastarda, Voldemort o alertou.

- guarde essa sua varinha, rabicho.

- mas Milorde.

- eu mandei guardar. Só porque você foi humilhado que lhe dará o direito de machucá-la.

Rabicho guardou a sua varinha rapidamente e ainda mais humilhado. Ele não conseguia entender porque não poderia dar um corretivo na bastarda de Lucius. A garota, além de humilhá-lo, faltou com o respeito com o Lorde.

Voldemort observava a primogênita de Lucius se afastando apoiada em Draco. ela seria uma ótima aquisição para seu conselho. Bonita, inteligente, sagaz. Se ela fosse um pouquinho mais consciente de sua superioridade teria se casado com um puro sangue e se tornado uma comensal, assim como era seu pai e irmão, pensou Voldemort. Agora só faltava confirmar se ela tinha herdado o tão valioso dom de sua mãe.

- eu não entendo, Milorde. – disse Bellatrix tirando-o de seus devaneios.

- ela vai ser uma ótima ajuda. Uma comensal sem tamanho...

- Milorde – disse Lucius não entendendo muito bem os planos de seu Lorde. – mal estou conseguindo fazer a cabeça dela para se tornar uma cidadã... agora uma comensal? É uma tarefa impossível! Nem eu sou capaz de mudá-la tanto assim!

- calado, Lucius! Quando eu quiser a sua opinião eu lhe avisarei. – retrucou Voldemort frio – tenho meus planos para consegui-la, se é isso que quer saber.

- claro Milorde. Perdoe-me. Não sab...

- eu já mandei você calar essa sua boca. Você não a cuidou direito. Deixou-a a beira da morte. Você acha que eu deveria levá-la comigo para passar um tempo na fortaleza, Lucius?

- não Milorde... por favor... minha filha não

- então pare de choramingar. – disse Voldemort encerrando a conversa com Lucius.

- mas Milorde... – disse Rodolphus não conseguindo evitar o pensamento.

- ela não me desrespeitou Rodolphus, se é isso que está pensando. Eu preciso dela bem de saúde e não sendo carregada por Draco. Tínhamos razão. Ela sabia da informação que eu precisava. E me deu mais informações do que todos dessa sala. Agora é esperar para ver se esses meus mais novos inimigos vão se revelar.

Repentinamente Voldemort saiu do escritório para poder voltar a sua fortaleza. Assim que perceberam os comensais foram atrás de seu Lorde.

Logo após de um rápido café da manhã, Lucius e Kalena foram até um cemitério simples nas redondezas de Londres. Não era bem isso que tinha em mente. Mas tinha muita coisa que estava acontecendo que Kalena não tinha pensado e que agora vivenciava. Mas o que valia era que o seu amor teria um enterro e que ela poderia presenciar. A cerimônia foi rápida e a jovem mulher voltou a chorar. Lucius percebeu que o que Narcisa previra, realmente aconteceu. Ele sabia que de alguma forma Kalena percebeu que uma fase da vida dela havia acabado. Um novo ciclo se abrira para ela.

Quando seu pai e sua irmã foram ao enterro de Richard, Draco resolveu ir para a sua casa de praia. Talvez poderia ter algum momento de paz por lá. Mas isso foi a ultima coisa que ele encontrou. Ao chegar na sua casa, Draco pode perceber que havia um destacamento ocupando a sua casa. Por um acaso, esse destacamento era regido por Lucius. Draco precisou sair de lá... agora que a sua casa estava sob a custódia do Lorde, não tinha mais para onde fugir e descansar. O loiro quis gritar todas as ofensas que estavam presas em sua garganta.

Ao voltar para a mansão Kalena pediu se poderia continuar no jardim. Lucius não fez objeção. Até porque toda a propriedade era praticamente uma fortaleza. Ela não conseguiria fugir. Ele percebeu que a sua primogênita estava mais calma, mas o sorriso, que tanto gostava de ver no rosto dela, havia desaparecido.

A morena olhou para trás, esperou o pai entrar no castelo para que pudesse andar um pouco pelo jardim. Se aproximou admirada do pequeno jardim que Narcisa cultivava, diferente dos outros tantos que se espalhavam pelo jardim que só tinham plantas perigosíssimas, naquele canteiro só havia rosas de todas as variedades, um verdadeiro espetáculo de cores. Sentou-se no chão e não conseguiu se segurar, todas as boas lembranças que tinha com Richard lhe vieram a cabeça. Sentia tanta falta dele, sabia que nunca, nunca o esqueceria. Não soube ao certo quanto tempo ficou ali, apenas saiu de seu transe quando ouviu a voz de Draco atrás de si. Limpou os rastros das lágrimas rapidamente e forçou um sorriso.

-oi. – o loiro se abaixou ao lado da irmã. – tá tudo bem? Precisa de alguma coisa?

-oi maninho. – desviou o olhar para o chão. – estou bem...

-certeza?

-aham. Só quero ficar sozinha.

Draco se levantou e deu meia volta, mas antes que pudesse se afastar Kalena o chamou.

-Draco? Pode me fazer um favor?

-Diz.

-No meu apartamento no andar abaixo onde ficou os espelhos tem uma biblioteca. Na mesa principal tem um monte de papiro com hieróglifos. Você pode pegá-los? Quero terminar de traduzi-los. Isso vai ser a minha única diversão...

O loiro hesitou por um instante, mas não tinha nada demais trazer uns papeis sem importância para a irmã.

-tudo bem. Volto em um instante. – Kalena não pode nem agradecer, Draco já tinha desaparatado. Kalena mal pode respirar aliviada e Draco já estava de volta com uma pasta preta debaixo do braço.

-nossa, quanta rapidez. – caçoou pegando da mão do irmão a pasta preta.

-meu sobrenome é eficiência. – passou as mãos pelos cabelos. – alem do mais, aquela sua biblioteca estava um lixo, enquanto estava por lá, quando ainda te procurava, eu meio que dei uma olhada e guardei as folhas soltas nessa pasta ai.

Kalena deu um sorriso, seu irmão estava se mostrando um belo de um curioso.

-mas eu não entendi nada. O que quer dizer esses símbolos? – perguntou num tom casual, não queria demonstrar tanto interesse.

-tá bom. – a morena respirou fundo. – você venceu. Vou te ensinar tudo que eu sei. Ou pelo menos tudo que eu posso te ensinar. senta aqui. – bateu de leve na grama ao seu lado, mostrando onde o loiro deveria se sentar. – ok, vamos lá. Tá vendo esse pássaro – apontou para o primeiro símbolo do pergaminho. – quer dizer...

-Draquinhoooooooooooooooo... – Kalena fora interrompida por um grito estridente, fechou os olhos em reflexo. – amorzinho, cadê você! Não adianta se esconder, sua mãe me disse que você está aqui com sua irmããããã.

Draco cerrou o punho, odiava ser chamado de ‘Draquinho’ e odiava ainda mais quando Pansy dizia as palavras cantarolando.

-Ahá... Aí estão os dois bonitinhos.

-o que é isso, Draco? - disse Kalena espantada apontando para a mulher.

-infelizmente essa é minha noiva. - falou com sua típica voz arrastada. - Pansy, como você já deve saber, essa é minha irmã.

-claro! vim conhecer a minha cunhadinha. – se ajoelhou atrás de Draco e grudou no pescoço dele.

Kalena gargalhou. – que absurdo?! – juntou os pergaminhos, se levantou e saiu andando para dentro da mansão. Pansy fechou a cara emburrada.

-Draco! sua irmã é uma grossa!

-Pois é Pansy, ela não tem memória curta, assim como eu. – Draco se livrou do abraço da morena e levantou. – Vem, preciso ter uma conversinha contigo. – Agarrou a noiva pelo braço nada carinhoso e praticamente a arrastou para dentro da casa. Pansy percebeu que estavam indo para o quarto dele. Apesar de estar machucando a forma como o noivo a segurava pelo braço as coisas mais insanas e impuras percorriam sua mente. Soltou um sorriso, era hoje que mataria sua saudade do corpo do loiro.

-ai Draquinho... sei que você está com vontade, mas não precisa tanta violência. - Draco a ignorou e abriu a porta do quarto, empurrando logo depois a morena para dentro.

-agora somos só nós dois. - disse perigosamente para a sonserina. - Pansy, Pansy. você não sabe com quem está mexendo.

- do que você está falando? – massageou o braço que Draco tinha acabado de soltar. - ai Draquinho... seu pai tava morrendo de saudades da sua irmã. Era de cortar o coração.

-e você como é boazinha foi correndo contar, NÃO É? - Draco estava perigosamente perto dela.

-Draco... calma você vai bater em uma mulher? Em mim? O que aconteceu de errado? Nada! Absolutamente nada! Olha sua irmã foi resgatada de um sangue ruim terrível e ele foi morto.

-e eu fui castigado por isso, Pansy. Você acha pouco? - sibilou venenosamente. Draco a segurou pelos braços fortemente. -não se meta mais na minha vida, ouviu bem? – Pansy concordou ferozmente, não seria louca de contrariar um dos melhores comensais da morte, não se quisesse permanecer viva até seu casamento.

Alguém abriu a porta de repente e entrou. O loiro pulou de susto. Ninguém entrava em seu quarto sem antes bater. – Draco, por favor - era voz de sua irmã, parecia que ela estava vigiando-o

-Kalena? - Draco se virou. - o que faz aqui?

- eu ouvi a sua voz um tanto alterada e venenosa.

-oras Kalena, me poupe! Até parece que não me conhece, não vou bater na Pansy. Só estou dando um aviso.

- para falar a verdade não conheço esse seu lado sanguinário. E nem quero conhecer.

voltou a olhar a mulher em seus braços, que estava aterrorizada. - E ela vai me obedecer, não é?

- vou sim Draquinho... a minha boca será um tumulo

-ótimo, agora quero que vá para casa. Tenho coisas importantes para fazer. Não te quero xeretando por aqui. - ordenou sem um pingo de paciência para a noiva.

- nossa Draquinho, o que foi que aconteceu... você costumava ser mais espirituoso. – Pansy tentou capturar os lábios de Draco, mas ele desviou. – pensei que fossemos fazer aqui. – fez um bico manhosa.

-por favor... eu ainda estou aqui. - disse Kalena enojada com a Pansy - se dê o respeito menina.

-Pansy, você quer me tirar do sério? - ameaçou. - vai logo, some da minha frente.

Pansy saiu do quarto desolada. queria poder ficar... Kalena esperou que a mulher saísse e sem poder se conter soltou uma bela gargalhada

-Draquinho? não vou me esquecer nunca desse seu carinhoso apelido.

-ouse me chamar assim e você sofrerá as conseqüências! - disse a olhando desafiadoramente.

- tá bom... queria dar um passeio no beco diagonal, preciso de umas coisinhas. Será que não tem como? Você vai comigo! Será que eu estou presa aqui?

-acho que você não poderá sair daqui, muito menos comigo por um bom tempo!

-mas o que Lucius pode temer... ele já matou o Richard

-você sabe, sou a ovelha negra da família. Você não pode andar comigo. - e logo a seguir gargalhou de sua própria resposta. Kalena não achou a menor graça, continuou séria e cruzou os braços.

- mas não é você em quem o Lorde das trevas mais bem treinou? Pensei que fosse de confiança também.

-para matar, torturar, mas não andar por aí com a preciosa filha de Lucius Malfoy!

- mas que droga, Draco! e você não é filho dele também? – insistiu.

-por uma infeliz coincidência... Agora me deixa ir logo. Tenho outras coisas a fazer. Fique bem, ok? – se inclinou para beijar a cabeça da irmã, mas parou no meio do caminho constrangido.

- eu sou preciosa em que sentido? – disse em um jeito descontraído, mas logo passou. Havia assuntos que a deixava amedrontada

-em todos os sentidos. Se você ainda não se tocou, mas você é a preferida maninha. Graças a Merlim, assim me livro de uma vez por todas do Lucius

- Draco... Lucius vai ficar aqui?

- não sei se ele ficará...

- eu não quero isso... – insistiu Kalena em mais uma tentativa desesperada em conseguir a ajuda de seu irmão para fugir – quantas vezes preciso falar?

-não quer, mas é! O quanto antes você se render será melhor. Não adianta lutar Kalena. – suspirou pensativo. - No fim, não há esperanças...

- você diz isso porque nunca eles te deram esperança pra coisa alguma! eu não vou me render... Curvar-me ou qualquer coisa do gênero.

Kalena estava furiosa com seu irmão. Como ele podia ser tão conformado? Que futuro ela teria se rendesse às vontades de seu pai?

-Kalena, você é tão sonhadora, que chega a dar dó. Não percebe que ninguém poderá derrotar Voldemort?

- você é tão oco que fico com medo de perguntar se você ama alguém que está proibido a você!

Kalena estava nervosa e soltou sem querer, mas antes que pudesse se desculpar Draco também num ato impensado soltou a mão em Kalena acertando em cheio o rosto da irmã. Tamanha fora a força de Draco que Kalena se desequilibrou e foi parar no chão. Instintivamente levou a mão ao rosto, Draco pode ver a marca vermelha de sua mão e seu coração apertou. O que ele tinha feito?

-Kalena, me desculpe. - se ajoelhou junto a irmã. - mas você me tirou do serio!

- não toque em mim, comensal. Não sei por que tentei com você, já devia saber que comensais não tem coração. Você é igualzinho ao Lucius. – Draco arregalou os olhos, não ele não era como o pai. Kalena deixou escapar uma lágrima, a secou rapidamente e continuou. - e se for muito não dirija a palavra a mim. Nunca mais.

Rejeitou a ajuda do irmão e levantou-se sozinha e rumou para seu quarto batendo com força a porta do quarto dele.

-KALENA! - Draco gritou tentando fazer a irmã voltar.

Quis se azarar, era uma anta mesmo. Perdera o controle e batera na única pessoa que demonstrou ter afeição por ele sem querer nada em troca. Agora Kalena estava zangada com ele e com toda razão. Pensou em ir ao quarto dela mas se conteve, era melhor deixar a poeira baixar, se jogou em sua cama e tentou dormir. Falaria com ela antes do jantar.

§ (#.#) §

A noite chegou sem maiores alardes. Draco mal conseguiu dormir. Também pudera. Ele fez a maior burrada em sua vida. Ele nunca imaginou que aquele maldito treinamento pudesse fazer dele um canalha que bate em mulher. Mas Kalena iria entender e perdoá-lo. Ela sempre fez isso. Um errinho a mais ou a menos, não iria fazer muita diferença. Draco tinha certeza disso. E com essa certeza, se levantou e saiu do quarto.

-Kalena ainda está no quarto? - perguntou ao dar de cara com a mãe que passava pelo corredor.

- não querido, ela está na biblioteca. ela não abriu a boca um minuto sequer. Aconteceu alguma coisa? – Narcisa observou o filho atentamente.

-não. - disse simplesmente indo para a biblioteca. Sem bater abriu a porta de uma vez entrando no lugar.

Kalena estava no divã lendo quando o viu, a única coisa que fez foi voltar a sua leitura. Draco amarrou a cara, detestava ser ignorado. Fechou a porta e se pôs frente a ela, cruzou os braços e esperou que ela o olhasse.

- pode dar meia volta comensal... – virou a página calmamente, não estava realmente prestando atenção a uma única palavra do livro, só queria se livrar do irmão. Draco não mexeu um milímetro.

-Só vou sair quando você me escutar.

-minha mãe nunca me bateu... – falou sem olhara para o loiro. – por que eu deveria apanhar de um frangote 5 anos mais novo? Pode dar meia volta comensal. Não tenho mais nada para falar.

-você me ofendeu! - tentou se defender como uma criança mal educada.

- com o que? – agora já tinha deixado de lado o livro e encarava furiosa o homem. - que você ama, mas não é correspondido? Vê se cresce!

Para a surpresa de Draco, Kalena se levantou do divã e o encarou de forma dura.

- se você não tem coragem para ir atrás... de lutar pela pessoa que ama, por favor não bata em uma mulher que consegue ver só o que há de melhor em você!

Draco piscou várias vezes, estava sem palavras. - Você não entenderia, ela é proibida para mim. Mesmo que eu quisesse... Mas vim aqui pra te pedir desculpas, ok. Eu fui um idiota, ou melhor sou um idiota.

- sai da minha frente seu covarde... por que em poucas coisas que eu me assemelho ao Lucius é que não costumo perdoar tão fácil!

-por favor. - Draco segurou o braço da irmã. - você é uma das únicas pessoas que importam pra mim. Me perdoa, tá legal?

- você conhece essa palavra? perdão? - Kalena se soltou dos braços de Draco e juntou de qualquer jeito seus pergaminhos que estavam espalhados pela biblioteca.

-está bem, você que sabe! Não vou ficar me humilhando. O comensal aqui, cansou!

-era de se esperar que se cansasse mesmo... comensais não tem saco para nada... tem uma varinha e sai matando a todos que cruzam na frente. - Kalena saiu da biblioteca com as mãos carregadas de pergaminhos e deixou o homem sozinho.

Draco estava furioso, chutou com toda sua força a mesa a sua frente. Isso que dava tentar ser legal com alguém. Nunca em toda sua vida tentou se desculpar com alguém e fora um tremendo desastre e se dependesse dele esse erro não seria cometido duas vezes.

Kalena chorava... era preciso dar uma dura em seu irmão. Do contrario, ele não teria mais salvação e isso ela não podia admitir. Draco subiu para seu quarto furioso, era um idiota ao quadrado, agora sentia um tremenda dor no pé.

Nem Draco e nem Kalena desceram naquele dia para jantar, o que deixou Lucius com uma pulga atrás da orelha. Iria dar uma dura em Draco, podia sentir que o mais novo tinha algo a ver com isso. Se levantou da mesa de jantar deixando Narcisa falando sozinha e rumou para o quarto de Draco. entrou no aposentou como se fosse um furacão.

- o que você fez à Kalena, seu inconseqüente? – exigiu.

Draco estava estirado na cama do mesmo jeito que deitara horas atrás olhando para o teto e permaneceu assim. - Não fiz nada. Sua filha que é teimosa.

- eu juro que a trago aqui. se eu descobrir que você tocou em um fio de cabelo dela. juro... – passou a mão pelo cabelo, Draco conhecia muito bem aquele tique nervoso. O pai só fazia aquilo quando estava extremamente nervoso. - ouviu bem Draco, eu juro que você não vai sequer dormir de tanta dor!

-faz o que você quiser. - dizendo isso se levantou, saiu do quarto batendo a porta. Iria para sua casa. Nem que se arrebentasse todo ele entraria na marra em sua casa.

Kalena estava em pé na sua porta e viu seu irmão saindo. Os dois trocaram por um segundo o olhar e Draco fechou ainda mais a cara e seguiu seu caminho. Kalena suspirou desanimada. Como uma pessoa podia ser tão cabeça dura. seria tão mais fácil tirar aquela eterna máscara e correr para os braços de sua amada. Mas não. Draco preferia mascarar a sua dor e sair machucando as pessoas.

Lançou ainda um olhar para trás e rapidamente voltou sua atenção para frente, queria sair dali o quanto antes. Desceu apressado pelas escadas, esbarrando em um elfo doméstico, fazendo o coitado rolar escadas abaixo. Fingiu que não viu e continuou seu caminho.

Lucius saiu atrás de Draco, ele não iria a lugar algum. Aquele moleque estava passando do limite. Mas foi forçado a parar, Kalena estava parada no batente da porta de seu quarto vendo a briga.

Ele olhou-a e com todo carinho que ele poderia ter perguntou: -o que ele fez a você?

- isso é coisa de irmão – respondeu displicente. Se ela soubesse o ódio que Lucius sentia quando não respondiam a suas perguntas.

- responda!

-nada do que você não teria feito - disse Kalena voltando para o quarto, fechando a porta bem na cara dele.

Draco se apressou para aparatar antes que Lucius pudesse alcançá-lo e recomeçar o interrogatório. Assim que chegou a sua casa pode enfim admitir que ainda gostava de sua irmã. mas ele não voltaria atrás, não mesmo. não achava que estava errado, mas sim Kalena. Tudo bem ele sabia que não devia ter batido nela, mas ele foi pedir desculpas; e ela tocou na sua ferida mais profunda, outra vez. E isso não admitiria.

Quando em sã consciência poderia ir procurar Gina e se declarar? Nunca, a não ser que quisesse morrer. Voldemort nunca admitiria saber que um de seus comensais estava profundamente apaixonado pela Lady das Trevas.

Empunhou a varinha e fixou o olhar para a porta principal da casa, estava pronto para ser recebido por um feitiço anti-intrusos feito por Voldemort, deu um passo adiante e nada aconteceu. O loiro franziu o cenho, achou a situação estranha mas estava cansado demais para pensar sobre o assunto. Adentrou a casa com o coração apertado.

Ainda lutando uma batalha interna se jogou na poltrona que Kalena tinha comprado quando morava na casa, e não percebeu que Bellatrix estava em sua casa. Mas ela não passaria despercebida por muito tempo e rapidamente fez seu sobrinho perceber que ela estava presente.

-Draco... o que o meu sobrinho tá pensando? – deu a volta na poltrona e parou frente ao sobrinho. - será que é na irmãzinha bastarda?

- o que você faz aqui? – coçou a testa sem paciência e sibilou para a "querida titia".

-o Lorde das trevas te chama e ele quer ter uma conversinha em particular com você. – Bellatrix brincava com a varinha, girando-a de um lado para o outro.

-sei... e você como é muito boazinha veio me avisar. – cruzou a perna tranquilamente.

- você vai ou não vai Draco? Por que aí eu vou ter o maior prazer em falar ao Lorde que você não quer obedecê-lo!

-me diz titiazinha querida, como se sente por ter sido trocada por uma Weasley? - Draco precisava descontar a raiva em alguém. E sabia o ponto fraco da safada da tia dele.

- como ousa falar comigo nesse tom? seu moleque insolente. – apontou a varinha para Draco que permanecia tranqüilo, estava louca para lançar um crucio no pirralho insolente. E como sempre, Draco foi mais rápido e jogou a varinha de Bella longe.

- que foi? só fiz uma pergunta simples. – caçoou da comensal, que trincou os dentes.

- vou levar isso como insubordinação seu moleque! Alguns meses com a bastarda e se acha no direito de mostrar as asinhas. Nem ela vai durar muito, aquela arrogante.

Draco gargalhou, como adorava irritar Bellatrix. Era fácil demais tirá-la do sério. Seu braço formigou e sua tatuagem queimou por instantes. Levou a mão instintivamente ao braço e esfregou.

-meu pai vai adorar ver você xingando a filhinha querida dele. – apontou a varinha para a tia. Soltou um sorriso zombeteiro e levantou-se. - Mas agora não posso conversar, Voldemort me aguarda. - e novamente desaparatou, escapando por segundos de ser atingido pela azaração lançada pela comensal. Um buraco chamuscado permaneceu no sofá. A mulher gritou de ódio.

Ao chegar ao castelo do Lorde Voldemort, Draco percorreu rapidamente o caminho que levava ao escritório. quando a conversa era particular, o bruxo das trevas fazia questão que fosse lá, onde nenhum ouvido curioso e impertinente pudesse escutar. Bateu três vezes na porta, que segundos depois se abriu magicamente.

- fico feliz que você apareceu rápido, Draco - disse Voldemort alisando nagini. Draco parecia mais pálido do que de costume, como detestava aquela cobra nojenta.

- o senhor mandou me chamar?

- quero que você vá até a China. Como bem sabe explodiu um foco de rebelião por lá.

-sim, fui informado por Rodolphus sobre os focos de rebelião e de uma possível investigação.

- não estou nada feliz. E você sabe o quanto eu odeio ficar triste.

- Irei hoje mesmo, se Milorde permitir. - queria sair de casa mesmo. Aquela viagem caíra do céu.

- não quero que mate ninguém. – Voldemort se inclinou e encarou aqueles olhos acinzentados. - a sua missão será de extremo sigilo, quero que apenas estude o local para um futuro ataque.

-compreendo. – Draco olhou nos olhos azuis de Voldemort, ainda era estranho ver aquele novo rosto do bruxo, estava acostumado com aquela face ofídica e agora Voldemort tinha a aparência de uma pessoa bem apessoada, um verdadeiro lobo na pele de cordeiro.

- quero que você descubra se o templo Shaolin é a cabeça desse foco rebelde. E mais importante, descubra se Yan Shun, aquele velho caquético ainda está vivo.

-sim senhor, voltarei assim que estiver com as informações. - Draco fez menção de sair, mas parou abruptamente. - Algo mais?

- soube, por sua mãe, que Kalena é voluntariosa. Verdade? – o loiro pode perceber o tom de excitação na voz de Voldemort. Afinal, o que ele estava planejando para a sua irmã.

-não sei dizer Milorde, Kalena e eu não nos falamos muito desde que foi para a mansão Malfoy. Só sabe ficar trancada na biblioteca.

- talvez fosse melhor se apagasse a memória dela e implantasse uma nova... assim seria mais fácil a aceitação da atual condição que ela está. – Voldemort se encostou à cadeira e entrelaçou os dedos.

-nós faremos como Milorde achar melhor. – ficou parado esperando ser dispensado.

-agora sim pode ir. – O Lorde das Trevas fez um gesto com a mão expulsando Draco e a porta do escritório se abriu.

Draco fez uma reverência e se retirou, tratou de voltar para a mansão, iria pegar somente o necessário e partiria imediatamente para a China. Estava ansioso, será que a veria mais uma vez? Só a hipótese de vê-la novamente fazia suas mãos suarem. ao chegar na mansão Lucius estava lendo o seu costumeiro jornal na sala. Balançou a cabeça, será que seu pai não sabia fazer outra coisa, é, estava ficando velho. Kalena mais uma vez se refugiara no quarto dela. Draco passou por Lucius sem dizer uma palavra sequer, mas Lucius não deixaria por menos.

-soube pelo elfo que você bateu na sua irmã. Foi isso que aconteceu? – dobrou o jornal calmamente, mas Draco o conhecia muito bem para ser enganado pelo semblante tranqüilo de seu progenitor.

-se o elfo disse. - subiu os degraus de dois em dois. Tinha pressa em sair dali, estava começando a achar que essa seria a última vez que colocaria os pés naquela casa.

- pelo visto, eu não sou o único a deixar a transição de Kalena para o nosso lado mais difícil, não é? - disse Lucius seguindo de perto o filho. - posso lhe contar uma coisa curiosa da mãe dela.

-você vai falar do mesmo jeito. - deu de ombros entrando no quarto.

Pegou sua varinha e convocou uma mala pequena. Foi para seu closet e entrou dentro, pegando poucas roupas.

- uma vez, eu e outros comensais invadimos uma comitiva que Nefertiti estava, um comensal bateu na cara dela e depois tentou estuprá-la. Sabe o que aconteceu com esse comensal?

-hum... - Draco não estava realmente prestando atenção. Enfiava de qualquer jeito as roupas dentro da mala.

- ela pegou uma cimitarra mágica, uma daquelas que todo Qadarf tem e que com certeza Kalena a tem, decepou a mão e os órgãos genitais dele. Não durou muito tempo. Sugiro que não bata em Kalena novamente. Ou ela dará um jeito de você nunca mais bater em alguém.

-aham... - disse fechando a mala e jogando-a por cima do ombro. - terminou?

- ainda não.

- é... eu sabia que não

- você deveria ser mais grato a Kalena. – Draco bufou. Ele só sabia falar na Kalena? Mais que saco. Definitivamente não voltaria mais para aquela casa de loucos. – ela não quis me dizer o porque da briga de vocês. Ela acredita que poderá transformá-lo em um homem melhor. Até parece... assassinos como nós nunca mudamos. A não ser para pior.

-está bem Lucius. Já te ouvi, agora vou cumprir as ordens do Lorde.

-outra coisa. – segurou o braço do filho, fazendo-o lhe olhar. Abaixou a voz e continuou. – Se a vir novamente não se deixe levar pelo desejo, atração, seja lá o que for. Ela é perigosa e Ele pode ser muito mais. Você sabe muito bem o que te aconteceria não é, filho?

Draco assentiu com a cabeça, estava enganado ou seu pai estava lhe dando conselhos fraternais?

-agora suma das minhas vistas, imprestável. você tem a moleza de sua mãe.

Lucius saiu do quarto sem nem olhar para trás, Draco apertou os dentes em ódio. Será que só sabiam falar dela também. Inferno. Bufou apertando com força as alças da mala e foi de encontro ao seu destino. China.

§ (#.#) §

Um mês se passou desde o dia que Draco teve que viajar. Um mês que Kalena não tinha nenhuma noticia de seu irmão. Nem ela e muito menos Voldemort sabiam de Draco, mas este não estava preocupado, sabia que Draco podia se cuidar sozinho. Ao contrário de Kalena. Quando descobriu tal acontecimento, ela teve um ataque de ira que nem ela fora capaz de imaginar.

Tudo ocorreu bem no meio de uma festa. Lucius estava decidido que devia dar uma festa para apresentar Kalena para os seus iguais. Meio a contra gosto Kalena apareceu na festa. Talvez Draco apareceria e ela poderia conversar com ele. Mas não foi isso que aconteceu. Draco não apareceu na festa. Não se contendo de preocupação se viu obrigada a perguntar. Quando descobriu que Draco fora sozinho espionar o templo em uma festa em sua homenagem, ela teve um acesso de raiva e quebrou quase tudo que estava na sua frente.

Kalena teve que ser detida por três comensais e ser devidamente sedada. Enquanto ela estava dormindo, Voldemort pôde caminhar e bisbilhotar a vontade as coisas da mulher e assim confirmou o que Kalena Malfoy era. Ela era uma tradutora nata de runas e caracteres antigos, assim como era a sua mãe, seu avô e todos de sua antiga linhagem por parte de mãe.

Assim que ela acordou percebeu que estava cercada por um grupo consistente de comensais e com varinhas em punho. Voldemort estava sentado em sua cama e então com o seu sorriso mais falso a convidou a trabalhar na fortaleza nas traduções que estava fazendo. Kalena começou a praguejá-lo em árabe e ela só parou quando ouviu de Voldemort que lá ela poderia captar alguma noticia de Draco. Coisa que não conseguiria na mansão Malfoy. Vencida, Kalena acabou concordando. Voldemort ficou feliz com a rendição dela. Pouco a pouco ela acabaria se tornando uma cidadã e quem sabe mais tarde seria uma comensal, uma ótima comensal, na opinião de Voldemort.

Mesmo trabalhando dentro da fortaleza, pertos das pessoas mais detestáveis na face da Terra, as noticias de Draco ou da missão suicida dele eram bem escassas. Para Kalena foi a experiência mais cruciante que teria. Ela era obrigada a conviver com Voldemort, Lucius e principalmente Victor. Victor... Kalena tinha um assunto pendente com ele... mas não daria o braço a torcer. A única pessoa que ela queria era Draco. Kalena precisava pedir desculpas a ele... não devia ter entrado num assunto delicado de forma tão direta. Pelo menos aquele mês serviu para alguma coisa. Descobrira, por Rodolphus, o motivo de tanta amargura de Draco. O terrível treinamento dele em Vardo e a paixão não correspondida.

Kalena estava na sua mais nova sala, pensando no mês que passou. A sala era bem confortável, porém não poderia por as cores que gostava. No momento trabalhava em umas escrituras realmente complicadas. Era realmente a sua única diversão. Absorta em seus pensamentos, Kalena foi tragada pela realidade. Parado na porta feito uma estátua, estava Victor. Kalena o percebeu somente por causa da quantidade absurda de perfume meio adocicado que ele usava. Ela odiava quando mandava ele para buscá-la. Parecia que todos daquele conselho faziam questão de ver o jovem Victor ser humilhado. A mulher se levantou e fingiu procurar um livro qualquer na estante abarrotada de livros velhos.

- Milorde quer falar com você.

- eu sei o caminho – disse Kalena de costa para Victor. – não precisava se dá o trabalho.

- mas o Milorde sabe que você não iria se mandasse um simples convite.

- Agora ele pensa que me conhece – murmurou para si. - já que você virou menino de recados... fale para ele que só vou dar qualquer assessoria assim que terminar de criar uma nova tabuleta de traduções.

- mas...

- ou é isso, ou é nada... agora some!

- o Lorde não vai gostar... – passou a mão pelo cabelo arrumando-o de forma displicente.

- sabe qual é a principal diferença de nós dois? Eu não estou nem aí para o que ele goste ou deixe de gostar... agora manda o recado...

O moreno deu um meio sorriso. Sempre adorou aquele jeito de tripudiar que ela sempre fazia. Isso a tornava mais especial ainda. Não vendo alternativa, ele a deixou sozinha e mais aliviada, a morena voltou ao trabalho. Porém não passando mais que cinco minutos, Victor estava na mesma posição que antes.

- Kalena...

- você de novo... – suspirou pesadamente, nem se deu o trabalho de encarar-lo.

- dá pelo menos me olhar direito?

- ou o que?

- anda... o Lorde tá nos esperando. – disse Victor quase implorando.

- tá... – rangeu os dentes, insatisfeita.

Kalena levantou o olhar e viu que o moreno a comia com os olhos. Ela odiava aquele homenzinho desprezível. Perdera as contas de quantas intrigas ele fora capaz de fazer contra Richard, quando ainda namoravam em Hogwarts.

Victor fora seu melhor amigo no colégio. Conheceram-se no trem. Tudo bem que ele era um pouco narcisista, mas ele sempre conhecia um jeito de fazê-la sorrir. O tempo passou e ele inevitavelmente descobriu o segredo de Kalena. Porém o jovem rapaz deu o maior apoio para que ela freqüentasse mais a casa de seu pai. A amizade deles só aumentava. Muita gente apostava que Kalena e Victor iam acabar namorando e se casando. Mas aí veio Richard. Um ano mais velho, nascido trouxa e muito mais charmoso. Kalena se encantou com ele e a amizade que ela tinha com Victor esfriou completamente.

Mas Victor acabou descobrindo que as brincadeiras que ele adorava fazer para Kalena ver era na verdade uma máscara para esconder que a amava. Ele lançou mão de tudo que podia para separar aqueles dois. E conseguiu. Kalena voltou para ele, e Victor investiu pesado para ter um relacionamento sério. Foi um namorico. Até porque ela acabou descobrindo toda a verdade. A briga foi feia. Os berros que ela dava podiam ser ouvidos em quase todo castelo. Do mais que Victor tentasse dizer que tudo que fez foi por amor, mais raiva e decepção ela sentia.

Mas isso fazia parte do passado dos dois. A morena balançou a cabeça tentando esquecer todas as lembranças.

Kalena se levantou e foi devidamente escoltada por Victor. Chegando ao salão de reuniões, Kalena ficou parada na porta. Voldemort achava isso engraçado e não se aborrecia nem um pouco com aquela atitude. Todas as opiniões que ela dava tinham se demonstrado em acertos espetaculares. E para ele era o que importava.

- Custava ter esperado eu terminar de fazer uma nova tabuleta? – perguntou Kalena olhando firmemente para Voldemort.

- tabuletas são demoradas para fazer e eu preciso, realmente, de sua ajuda. – respondeu Voldemort cinicamente

- não vou te ajudar, sem me dar uma noticia consistente de Draco.

- não vou te informar até eu, pessoalmente, por uma marca no seu braço esquerdo.

- eu te odeio.

- eu tenho esse dom de fazer com que me odeiem.

- feliz é aquele que tem ciência do principal dom que tem. – disse Kalena começando a sair do salão para voltar aos seus afazeres

- entra e senta srta Malfoy... porque a conversa vai ser longa – a voz de Voldemort era gélida e dura. A Malfoy não pode ignorar.

Kalena parou. Juntando a pouca paciência que tinha, ela se virou e entrou.

A reunião durou horas e Kalena permaneceu lá até o fim. Mas assim que o Lorde deu a reunião por encerrada, ela foi a primeira a sair. Voldemort percebeu que ela sempre se esquivava em assunto como chacinas, invasões de núcleos rebeldes. Mas ele sabia como driblar toda aquela resistência. Ela era um achado. Uma pupila muito acima de seu irmão. E não permitiria que ninguém a machucasse.

Kalena estava desolada. Mais uma vez ela o ajudou e mais uma vez ele se esquivou com relação ao Draco. A jovem Malfoy voltou praticamente se arrastando para a sua sala. Mas a sagacidade voltou mais uma vez. Ela viu Severo Snape, passando na porta de sua sala. Ela tinha que conseguir extrair alguma informação dele. E com esse pensamento, Kalena foi atrás do seu antigo professor.

- Severo.. será que podíamos conversar?

- algum problema? – perguntou Severo, com uma ruga em sua testa mais marcada que nunca.

- bem... por enquanto, não. Mas você tem alguma noticia de Draco? Estou preocupada com ele. - Kalena estava nervosa demais com seu irmão

-não, nenhuma. Só o Lorde é quem sabe dele. Draco costumar agir assim quando está em missão. Ainda mais essa em especial. - Severo parou mordendo a língua. Kalena não podia saber o que Draco estava fazendo na China. Ou melhor não precisava saber, já que o próprio Lorde mandou negar a ela qualquer informação sobre Draco.

- será.. – Kalena respirou profundamente e abaixou a voz. Ela havia tomado a sua decisão e não daria para trás – será que poderia me informar? Quase ninguém fala comigo. os motivos são bem óbvios... e o principal deles é que não tenho a marca da minha cidadania. Mesmo vindo pesquisar aqui todos os dias e dando toda a pesquisa para o Lorde

Severo olhou para os lados e ninguém a vista, talvez não fosse tão mal conversar um pouco com alguém que não fosse um comensal. Kalena sabia ser discreta e esquiva com um bom Malfoy. Por que não? Ela não merecia isso e a jovem era a única capaz de ajudar Draco a percorrer novos caminhos. Então Severo agarrou o braço da mulher e a carregou para uma sala vazia.

Kalena, desesperada por uma noticia de seu irmão, não parava de falar. E por isso nem percebeu que Severo tinha a levado para uma sala vazia longe de ouvidos alheios

- ele fora munido apenas com a varinha, Severo. será que ninguém entende.. se ele tiver em combate contra um dos monges, ele pode sair muito machucado. Eu estou preocupada com ele

-Draco é bastante habilidoso. E estou certo que ele não se arriscaria a bater de frente com os monges. Draco está apenas buscando noticias da sua... – O bruxo parou abruptamente, pularia essa parte, Kalena não precisava saber disso.

- de quem Severo? Conte-me alguma coisa mais consistente.

Severo hesitou por um instante, mas continuou. - De sua amada... Melhor dizendo, da lady das trevas. Como você bem deve saber. Ela está lá com os monges.

- Ginevra Weasley... Logo ela. Preciso de novas informações, Severo. Preciso saber como está meu irmão.

- não... isso poderia levantar suspeita. Já que é o seu pai que está mantendo o contato.

- Que ótimo! Estou pensando seriamente em deixar que me marquem...

- Mas isso é uma ótima noticia – disse Voldemort entrando na sala – com certeza isso me deixaria muitíssimo feliz.

Snape ficou assustado. Por quanto tempo Voldemort ouviu a conversa. Pela fisionomia dele, parece que ele apenas ouvira a parte em que Kalena declarava a sua rendição. O que mais Voldemort poderia fazer contra aquela garota?

-Milorde. – disse Snape se curvando numa reverencia – estava tranqüilizando Kalena. Dizia-lhe que Draco sabe se virar muito bem.

- é eu sei perfeitamente bem que Draco sabe se cuidar. – disse friamente para Snape. Ele se virou novamente para Kalena e percebeu que ela começou a se curvar, mas Voldemort a segurou e com um sorriso de vitória disse – quero, pessoalmente lhe marcar, minha querida. Meu melhor achado. Agora é só mais um passo e você já vai está casada.

Kalena tremeu. Só de pensar que teria que se casar com um comensal lhe causava arrepios. Mas parecia que Voldemort tinha outros planos para ela.

- quero muito saber como Draco está. Eu perdi a briga... reconheço a minha derrota. Ninguém está disposto a me dá informações – disse Kalena quase chorando – Lucius não está nem aí e Narcisa vive dizendo que eu deveria me preocupar mais em ter filhos do que saber onde Draco está. E o único meio é me tornando uma cidadã. Eu estou disposta a fazer. por favor Milorde me tire dessa aflição – ela se ajoelhou para Voldemort

Voldemort sorriu em satisfação. Aquela rebeldezinha estava começando a se por em seu devido lugar. Logo teria uma mente brilhante em seu dispor. - Draco está bem, eu mesmo lhe ensinei várias coisas, ele sabe se cuidar. É uma missão bem simples... só saber como vai a minha Lady. E ele já deve estar voltando. Pois ele já cumpriu a missão.

- verdade? – sua voz possuía um misto de felicidade e insegurança.

- não duvide de minha palavra.

Nesse momento Victor entrou na sala e estranhou Kalena ajoelhada perante Voldemort. Ela não se ajoelhava para ninguém.

-com licença Milorde... atrapalho?

- Não Victor. Muito pelo contrário. - disse Voldemort olhando para o comensal e depois para Kalena - fiquei sabendo que Victor está disposto a se casar com você, Kalena. É verdade Victor?

- é a coisa que mais desejo...- os olhos do moreno brilhavam de satisfação.

- ficarei contente se essa união acontecer. Darão um belo casal

Victor olhava Kalena com uma fome que deixava a pobre mulher amedrontada. Parecia que Victor não sabia o que era mulher há muito tempo.

- então Kalena... - disse o comensal animado

- eu acho que estaria melhor.. se você não tivesse entrado. com licença Milorde.

Kalena se levantou e saiu ignorando completamente Victor.Voldemort gargalhou, ela tinha muito que aprender. Mas nem por isso não deixava de engraçado a forma como ela dava com Victor. Em falar em Victor, Voldemort estava interessado no que o jovem comensal queria.

- então Victor, o que tem de tão importante?

Victor estava tão encantado com a possibilidade de Kalena ser uma cidadã que momentaneamente perdera o dom da fala. Depois de muito tentar foi que conseguiu.

- bem na verdade estou atrás é do sr Snape.

- permita-me Milorde?

- lógico.

- pode dizer.

- o seu carregamento chegou, sr Snape. Mas parece que veio faltando ingredientes.

- mas que ótimo! Corra atrás de Kalena, ela me prometeu me ajudar a verificar. Para cobrar, Kalena é mais qualificada.

Voldemort gostou do que ouviu. - muito bem Severo, quero que Kalena se integre ao grupo. Muito bem. Ela nem vai perceber que estará envolvida nisso até o pescoço. Agora quero que você descubra com Lucius se Draco deu noticias de minha Gina.

- claro. com licença. Vamos, Victor

- vamos. Com licença Milorde - fora à vez de Victor

Voldemort também saiu da sala distraidamente. A única coisa que faltava para a sua felicidade se completar era ter Gina ao lado dele.

Uma semana se passou desde a decisão de Kalena em entrar ao grupo de cidadãos. Kalena estava temerosa em como seria a cerimônia e se receberia sua varinha novamente. Lucius, ao contrario, festejou a entrada de sua primogênita para o grupo de cidadãos. Estava todo radiante com essa noticia. Era todo sorriso para Kalena. A jovem Malfoy estava no seu quarto na mansão. Não havia motivo para ela ficar na Fortaleza. No meio da tempestade de pensamento que estava percebeu que, apesar de tudo, ainda tinha trabalho para fazer e entregar a Voldemort. Três batidas na porta tiraram Kalena de seus devaneios.

-pode entrar -disse Kalena lendo um pergaminho extremamente difícil

Narcisa passou pelo portal, soberana. Ela pôs-se na frente de sua enteada com um embrulho nas mãos. Kalena ficou relativamente intrigada. Não precisava de mais roupa e sim de paz para terminar aquele pergaminho.

- o que é isso Narcisa?

-aqui está seu vestido Kalena. Lucius quer te ver linda, ainda mais. Apronte-se e desça às 19 horas. Não se atrase.

Kalena abriu o embrulho e viu. Era um vestido de veludo negro de gola canoa. Nas costas tinha um decote profundo. Os sapatos, de salto agulha e altíssimos, também eram negros. Dentro da caixa havia um delicado estojo. Kalena abriu e viu que era um colar em diamantes muito bem trabalhado. Ainda analisando o colar, disse:

- ele sabe que eu não gosto de preto.

- é a cor obrigatória.

- se é apenas o meu ingresso para os cidadãos, porque tanta pompa? Estou começando a achar que não vou me tornar uma cidadã, mas sim uma comensal. Só Voldemort marca os comensais e agora ele faz tanta questão de me marcar? Essa história está muito mal contada

- não seja tola, menina. Você é uma Malfoy. Isso não te basta? Você tem dois comensais na família. Você não acha que Milorde não quer ser gentil com você?

- sei... gentil?

-se precisar de ajuda, sabe onde é meu quarto. - disse Narcisa ao chegar na porta. Deu um ultimo olhara morena e saiu.

Kalena olhou para porta fechada. Ela tinha um propósito nisso. Ela faria de tudo para saber como Draco estava. Kalena se pos a estudar novamente, mas quando menos esperava viu que não podia continuar. Tinha que se trocar

Às 19 horas em ponto desceu, Lucius e Narcisa já a esperavam na sala. Ambos estavam, assim como Kalena, impecavelmente bonitos.

- fico realmente feliz que tomou juízo, minha filha. Você não sabe o quanto me orgulho disso. Uma Malfoy em seu devido lugar. – disse Lucius olhando encantado para a sua filha

- vamos logo. Não quero me atrasar. - saiu na frente, sendo logo acompanhada por Lucius e Narcisa.

Ao chegar, Kalena fora recepcionada pessoalmente por Voldemort. Ele estava elegantemente vestido e olhava para jovem com olhar de vitória. E era realmente uma vitória. Ele sabia que seu império não suportaria muito sem mentes brilhantes e perspicazes. Não poderia ter apenas assassinos, como Bellatrix, em seu império. Kalena se encaixava na primeira opção. Kalena era rebelde, disso Voldemort sabia. Mas aos poucos ele, juntamente com Lucius e Draco, minaria toda aquela rebeldia e terá todo o potencial dela ao seu dispor.

Voldemort estendeu o braço para que Kalena segurasse. A mulher aceitou muito desgostosa, mas não podia irritar o Lorde do mundo mágico, não se quisesse permanecer com sua cabeça colada ao pescoço. Era melhor usar toda a sutileza que herdara de seu pai.

- obrigada por sua gentileza, Milorde.

-disponha. Espero que você saiba retribuir com ótimos resultados. Depois do jantar gostaria de conversar com seu pai sobre um de seus pretendentes, o que você acha? - Voldemort lhe lançou aquele sorriso sedutor e dirigiu para dentro do salão, onde jantariam.

- mas... casar? Agora?

- por que não? Acho que você já está mais do que pronta para se casar com alguém do mesmo nível que você.

- o senhor também falou em pretendentes... No plural? – perguntou Kalena meio assustada com a quantidade que poderia estar no seu pé.

- sim... no plural. Não pense que são poucos. Meus comensais estão à procura de esposas de puro sangue. E você é uma das poucas que tem o mínimo de senso de superioridade. Mesmo que esse senso seja a força.

- o Milorde não tem certeza que é só o Victor?

- tenho. Por que?

- porque ele me persegue no castelo inteiro. É impressionante como ele consegue me achar

- são desejos juvenis de um namoro reprimido e mal resolvido. Conheço a história de vocês dois. – completou ao ver o olhar espantado da mulher. - E sim, Victor não é o único. Mas pelo que sei seu pai está mais inclinado para o jovem Victor. Até porque os dois são amigos.

- não... por favor... ele é um zero a esquerda, se acha o mais lindo de todos.

Voldemort gargalhou com prazer. Em partes a jovem tinha razão - Lucius. -chamou o comensal virando a cabeça para trás. - sua filha tem um senso de humor extraordinário. – de repente Voldemort se virou e a cor de seus olhos mudou violentamente para o vermelho - Não importa o que você ache. Se seu pai estiver de acordo com o casamento, você terá que abaixar essa cabeça insolente e obedecer. - sibilou para a morena.

- se Milorde acha – concluiu Kalena amedrontada.

Da mesma forma que aqueles olhos vermelhos ameaçadores apareceram, se foi e um sorriso cínico se formou – Mas antes de você esquentar a sua cabecinha com o seu casamento, vamos a sua iniciação que é o verdadeiro motivo desse jantar

Kalena sentiu as suas mãos suarem, em nervosismo. Era agora. Ela estava frita. Não havia platéia para a iniciação de Kalena. Era apenas ela e Voldemort.

Voldemort a conduziu até ao velho altar. Ela se deitou pressentindo que algo de errado estava acontecendo. A iniciação para o ingresso de um cidadão não era assim. Ou será que era? Em meio da duvida que a corroia, Voldemort a marcou. E quando menos Kalena pode perceber, já sentia a dor dilacerando seu braço e seu coração recém curado. Fora rápido demais e quando menos percebeu o marco do infinito em forma de duas cobras estava em seu braço.

Kalena olhava para a marca, as duas cobras se entrelaçando e formando o símbolo do infinito pareciam estranhamente borradas. Quantas vezes ela viu aquele símbolo nas pessoas fracas. E em todas, aquela marca estava num negro muito forte. Mas dela parecia que era apenas um borrão. Mas aqueles pensamentos foram varridos quando viu Voldemort parado na sua frente com uma caixa comprida. A morena parou de esfregar a marca que ardia e levantou os olhos para Voldemort.

- um presente para o meu achado... para a minha mais nova cidadã

Kalena tremia ligeiramente, levantou as mãos e pegou a caixa. Apesar de quase não usar a sua varinha, tê-la novamente era um sinal de benção. Quando a abriu só faltou abraçar o próprio Voldemort. Era sua varinha. De puro mogno, 18 centímetro, semi-rígida, com o cerne feito de corda de coração de dragão. Continuava tão bem ilustrada quando a ultima vez que a viu.

- posso usar a minha magia?

Voldemort observava a fascinação de Kalena em ter a sua varinha de volta. Mesmo sabendo que aquela varinha não era muito necessária para a jovem Malfoy. Era de conhecimento de todos que o clã dos Qadarf fazia magia sem a varinha, e Kalena não era diferente. Voldemort pode perceber que para ela, a varinha era um sinal de que ela estava liberada de usar todo o seu potencial mágico.

-se eu te devolvi a varinha é por que tem minha permissão. - disse sarcástico – vamos para o salão para comemorar o seu ingresso? – perguntou Voldemort mostrando a mão para Kalena.

- vamos. – respondeu Kalena, ainda fascinada com a sua varinha.

Kalena mal pode perceber que tinha chegado no salão para o banquete. Voldemort se separou de Kalena e foi para o seu trono. Em passos lentos, Kalena também foi em direção do seu lugar. Ela se sentou no meio da mesa com Lucius e Narcisa em sua frente. Mas antes que pudesse respirar mais aliviada, Victor saiu perto de seus pais e sentou ao lado de Kalena.

- Agora, que se inicie o banquete. - disse Voldemort alegre para os comensais que o observavam.

O moreno fez um gesto ousado. Segurou a mão dela e depositou um beijo. - fico contente que tenha se tornado uma cidadã.

- boa noite para você também Victor. – respondeu Kalena tirando rapidamente a mão do enlaço de Victor. – é bom que saiba Victor, que não foi por você que me tornei uma cidadã.

-eu sei, não tenho tanta sorte.

- Até porque você seria o principal motivo da minha recusa – disse Kalena cortando Victor

- veremos, Kalena. Veremos. Quando você me conhecer melhor...perceber que eu não sou o monstro que você pensa que eu sou, sei que vai morrer por mim. - e lhe lançou um sorriso aberto, seus dentes eram branquíssimos e alinhados.

- Victor, você consegue ser chato sem abrir o sorriso

Victor segurou a gargalhada, fazendo um barulho estranho com o nariz. – você é mesmo adorável. Quanto mais você maltrata... - chegou à cabeça perto do ouvido dela e sussurrou – saiba que eu fico ainda mais atraído por você.

Kalena ficou totalmente sem ação com aquela descoberta. E sem tirar a sua cara de tédio disse - Eu temo que você seja um sado-masoquista

-por você, posso ser o que você quiser. Desde que eu tenha você como minha. - disse e logo depois se calou, Voldemort tinha se levantado, estava prestes a fazer o discurso.

- meus amigos... eu fico realmente feliz em ver que em uma cabecinha tão rebelde quanto de Kalena Malfoy possa finalmente entender o seu valor. Assim podendo se ajoelhar e comungar com o nosso poder. Se tornando uma valorosa ajuda contra aqueles que ainda estão contra mim.

Kalena abaixou a cabeça e revirou os olhos, aquele jantar poderia ser mais chato do que imaginava. E sem contar que estava na péssima companhia de Victor. Aquilo não estava cheirando muito bem.

- também fico realmente feliz em ser portador da noticia de que a nossa mais bela e digna puro sangue Malfoy irá se noivar em breve

Kalena arregalou os olhos. Aquela notícia só aumentou ainda mais a certeza que tinha que ela acabaria se casando com Victor. Olhando espantada para o seu pai, ela procurava alguma resposta dele. Nesse mesmo tempo Victor deu um sorriso triunfante e apertou a mão delicada de Kalena. Apesar desse turbilhão Voldemort não parou o seu discurso.

- muito em breve a srta Kalena Malfoy se tornara sra Kalena Gambler. Por isso brindemos a essa união proveitosa e...

Mas Voldemort fora bruscamente interrompido pelo barulho da porta sendo empurrada para o lado. Era um comensal que tinha acabado de entrar. Esse comensal estava coberto por lama e sangue e parecia estar ofegante. Todos olharam para a entrada do salão assim como Voldemort. Lá agarrado ao portal, o comensal mal conseguia falar. Mas não era preciso. Kalena reconheceu os cabelos loiros e os traços de seu irmão e deu um berro de horror

-Draco!!!!

Narcisa ficou petrificada. Nunca vira seu filho naquele estado. Kalena saiu correndo da mesa e fora socorrer seu irmão. Logo atrás veio Narcisa tão afobada quanto Kalena. Draco lançou um olhar para ela pedindo ajuda e então caiu desmaiado. Kalena, completamente desnorteada em ver seu irmão naquele estado, o abraçou firmemente. Não estava se importando se estava sujando seu vestido com terra e sangue

-não fecha os olhos, Draco. Não agora... Você tem que ficar acordado. – sussurrava Kalena para mantê-lo acordado

- Draco. Fique acordado. Não desmaie querido. Olhe para mim... eu estou aqui, Draco. É a sua mãe, querido... não podemos te perder... fique acordado. – disse Narcisa com os olhos marejados.

Draco não conseguia abrir os olhos direito e fechou de vez. Rodolphus foi ao encontro dos três. Kalena não sabia o que fazer, muito menos Narcisa. Uma mulher tão fria estava tão em choque quanto Kalena. Rodolphus não vendo solução resolveu interceder.

- Kalena, vou te ajudar. Vocês duas parecem que estão mais em choque do que o próprio Draco.

- Tem razão... – disse Kalena em lágrimas. – eu preciso me controlar... Lestrange... Cuidado com meu irmão. - disse vendo o que Rodolphus estava querendo fazer.

- pra onde você quer que o leve? - disse Rodolphus empunhando sua varinha e levitando o corpo debilitado de Draco

-para...para... o meu quarto. - disse se pondo de pé logo depois.

Ela começou a andar na frente para mostrar o caminho para o comensal. Os três fizeram o caminho rapidamente e chegaram no quarto de Kalena. Rodolphus colocou Draco em cima da cama imaculada de Kalena. Depois que Rodolphus saiu do quarto, a jovem começou a tratar dos ferimentos.

§ (#.#) §

Draco se sentia quente e reconfortado. Nem parecia que nos últimos dias ele estava numa batalha. E por falar em briga... A batalha contra aquele monge Shaolin foi dura. Nunca pudera imaginar que uma lamina tão fina e delicada pudesse fazer tanto estrago. Quando abriu os olhos pode perceber que estava deitado numa cama branquíssima. Mas as paredes parecia ser o da fortaleza de Voldemort. Foi só então que ele viu uma mulher de costas. Os cabelos negros e compridos estavam amarrados em um rabo baixo e a roupa, por baixo do jaleco branco, era negro. Pelos contornos Draco pode ver que era a sua irmã

- o que você está fazendo aqui? – perguntou Draco meio ríspido

-pensei que fosse obvio. – respondeu Kalena ainda de costas – você está em meu quarto e estou cuidando dos seus ferimentos há duas semanas

-duas semanas? - tentou se sentar, mas não conseguiu. - estou desacordado a duas semanas?

- sim... você desmaiou e entrou em choque. Eu pedi tanto para você se manter acordado, mas parece que você não estava dando conta. E antes que me pergunte, a sua mãe vem te visitar quase todo tempo.

- mesmo se eu tivesse bom, eu não teria te dado ouvidos.

- não faça pirraça, Draco. você já está bem crescidinho.

- eu? Sou eu que estou fazendo pirraça?

- sim. – disse Kalena se virando para ver melhor o seu irmão. Kalena estava diferente. Um certo brilho nela havia morrido – eu queria...

- eu não faço pirraça! – resmungou contrariado.

- quer calar essa sua boca, Draco!

Draco fechou e abriu a boca umas quatro vezes. Ele percebeu que Kalena não tinha dado muita abertura para ele falar. E talvez fosse melhor calar a boca. Já Kalena esperava pacientemente ele fechar a boca. Vendo que seu irmão não falaria até ela terminar, continuou

- bem já que você finalmente calou a sua boca, eu gostaria de te pedir desculpas. Desculpe-me se eu fui direta demais com você naquele dia. Eu não deveria ter tocado em assuntos tão delicados. Desculpe... eu não sabia que você estava preso entre a cruz e a espada. Só agora, eu descobrir a enrascada que você se encontra.

Kalena parecia que estava falando a verdade. Draco amoleceu com aquele pedido de desculpas. Ela não sabia porque ele não tinha contado. Quantas vezes, ela pediu que contasse o que o afligia e ele fora incapaz de falar. Ele também tinha errado. E por causa de sua irmã, Draco era capaz de muitas coisas.

- como você descobriu.

- agora não é hora de falar. Essa fortaleza tem ouvidos... bastantes ouvidos.

- bem... a culpa não é sua. Você não sabia porque eu não te contei. E também quero te pedir desculpas... não devia ter te dado àquele tapa. Mas é que... você não entenderia.

- entendo... você esteve em Vardo. E Voldemort foi capaz de te maltratar... foi capaz de ferir você... logo você que não tinha culpa de nada.

- como? – perguntou Draco assustado com tanta coisa que Kalena descobriu

- depois, querido. E eu te desculpo... nem estava me lembrando mais daquele tapa. O importante agora é você descansando.

-estou bem agora, não precisa se preocupar. - disse jogando as cobertas para o lado. Não querendo demonstrar fraqueza para a irmã, se levantou.

- por favor, Draco. Deite-se! Você ainda não está bom. Precisa de cuidado. – disse Kalena tentando impedi-lo de se levantar.

-estou ótimo Kalena. - disse tentando tranqüilizá-la. Mas parecia ser impossível. Assim que se levantou Draco sentiu-se fraco e deixou-se cair sentado na cama.- Mas assim que estiver 100% aquele monge filho da mãe vai me pagar. A se vai.

- até lá... você vai ficar deitado tentando chegar ao 100%. - continuou Kalena que o empurrou lentamente para se deitar

-só por que você pediu com jeitinho. - se aconchegou na cama e pela primeira vez olhou diretamente para a irmã. Havia, definitivamente, alguma coisa de errado nela - Está tudo bem com você? Parece pálida.

-não é nada... - disse Kalena tentando desviar o assunto de sua palidez naquela conversa.

Kalena voltou a arrumar uma poção que Draco deveria tomar. Durante esse tempo, nenhum dos dois perceberam que tinham companhia. Até porque Voldemort queria ouvir o que aqueles dois tanto conversavam. E foi o que fez. Ele e Rodolphus chegaram um pouco antes e ouviu apenas o final da conversa. Vendo que nenhum dos dois Malfoy falaram sobre segredos que lhe interessava, ele se fez presente em uma voz seca e imperiosa.

-Kalena, pode sair.

Kalena estremeceu só de ouvir aquela voz que já lhe era conhecida. Deu um olhar rápido para o irmão e saiu. Draco pode ver que Kalena sustentava em seu braço esquerdo uma marca pálida da cidadania. Esse seria um assunto que teria com ela depois que passasse pelo interrogatório que sofreria no momento.

- vamos ao real motivo, não é Draco. Até porque não estava de férias. Então, trouxe as informações que mandei recolher? – disse Voldemort olhando fixamente em Draco.

-sim Milorde, eu tenho todas as informações necessárias.

- ótimo. O templo Shaolin está por trás da célula rebelde na China?

- sim Milorde. Os melhores discípulos do monge ancião Yan Shun estão treinando os lideres de futuros grupos rebeldes. E os progressos entre eles são espantosos.

- eu sabia! – Voldemort fez quebrar alguns tubos de remédio no quarto

Rodolphus, que ainda estava presente, tratou de consertar os frascos quebrados antes que Kalena voltasse. Ele sabia que o Lorde iria pessoalmente acabar com aquela “festa” que estava se formando na China.

- e Ginevra... - parecia que Voldemort se tornava um tanto passional quando tocava nesse assunto - ela está no templo? ela parece que não se sucumbi aos meus chamados... sem contar que os meus informantes desapareceram quando chegaram perto do templo. o que aconteceu com eles?

-sim ela está lá. A observei durante dias... – pigarreou tentando parecer indiferente.- ela treina vigorosamente. E em relação aos informantes, de acordo com a população local, foram mortos... alguns pelos monges e outros linchados pela própria população. Eu mesmo não quis dizer de onde eu vim... para não causar mal estar. Eu resolvi chegar mais perto para verificar, mas quando estava para me aproximar Yan Shun apareceu e deu no que deu.

- Chinês filho da... – Voldemort parecia ficar ainda mais irado. Momentaneamente ele calou a boca respirou fundo e continuou – e o que mais?

- Yan Shun aumentou a segurança logo após o ingresso da lady das trevas. Creio que nenhum dos nossos informantes poderão dizer mais nada de onde ela está.

- que ótimo. Como ela está? – Voldemort estava cada vez mais ansioso – o rosto da minha noiva... está tão belo quando era uma jovem?

-creio que esteja tão bela do que quaisquer expectativas que o Lorde possa imaginar. - Todas as vezes que a via de longe treinando nos arredores do templo teve vontade de ir correndo e beijá-la ali mesmo não se importando com todos os monges que a cercavam .

Depois de várias ondas de fúria, Voldemort foi capaz de dá um sorriso frio para o rapaz. Draco era um exemplo de comensal a ser seguido pelos mais jovens. E Voldemort sabia recompensar comensais exemplos.

- você foi mais uma vez bem sucedido. Sei recompensar quem cumpri com louvor as missões. Pode pedir o que quiser

Draco sabia exatamente o que queria. Ele queria saber o que estava acontecendo com sua irmã. Porque ela estava tão pálida.

- o que aconteceu com Kalena? Eu... eu vi a marca de cidadã o braço dela...

-oh, há quinze dias atrás Kalena recebeu a marca de cidadã

- quer dizer que ela se tornou uma cidadã.

- vamos dizer que ela pode se tornar muito mais que uma simples cidadã.

- como assim, Milorde?

- se eu devesse explicações a você, eu te daria Draco.

- perdoe-me pela insolência

- em breve será a esposa de um de meus comensais. – disse Voldemort relevando a insolência de Draco – Victor para ser mais exato.

- quem? o... o idiota do Victor? – Draco não podia acreditar.

-Sim, do Victor. Algum problema Draco? – Voldemort sibilou para o loiro. Ele já estava passando dos limites - Questionando minhas ordens? É isso que eu estou entendendo?

- não... é que... que o Victor se acha tão perfeito que vendo assim não parece combinar com o jeito da Kalena

-não me interessa combinar ou deixar de combinar. O que me interessa é sua querida irmã tendo muitos filhos sangue puro, para que somente bruxos sangue-puros possam viver nesses tempos em que eu governo.

- claro Milorde - disse Draco concordando. Ah, assim que o infeliz do Gambler aparecesse na sua frente sofreria as conseqüências de cobiçar sua irmã.

-ótimo. Rodolphus, quero que monte um plano para acabar de uma vez por todas com o Templo Shaolin, de uma vez por todas. Quero aqueles monges abaixo de sete palmos de terra.

- sim Milorde. O senhor quer disponibilizar quantos para essa investida?

-quantos forem necessários, quero aquele templo acabado. E minha noiva junto a mim. O quanto antes.

- certo... alguma recomendação em especial?

- a cabeça de Yan Shun na minha coleção.

- e quanto à lady? Ela poderá reagir.

- eu sei... mas não quero que a machuquem, está ouvindo. Não quero ver um arranhão nela. Se eu encontrar algum hematoma eu pessoalmente mato quem o fez. A única coisa que poderá fazer contra ela é desacordá-la

- como quiser Milorde. Peço a sua licença. Eu irei providenciar o mais rápido possível o seu pedido – Rodolphus saiu do quarto rapidamente. ele sabia que quanto mais rápido Gina estivesse lá, mais rápido o Lorde das trevas iria ficar extremamente contente

-por enquanto é isso, Draco. Descanse e pense em sua recompensa. - e numa baforada de fumaça, desapareceu do quarto do loiro.

Draco ficou olhando para janela e começou a pensar em Gina. Como ela estava bonita. Mas parecia que deixara de sorrir. Parecia que não tinha tempo para esse gesto tão simples. Kalena então entrou no quarto sorrateiramente. Depois de um certo tempo ele percebeu a presença de sua irmã. Ela estava calada e o observava placidamente. Logo após disse:

-algo te aflige?

-um espinho no meu coração. - disse pondo uma mecha de cabelo para trás. - nunca vou poder tê-la para mim, Kalena. Nunca.

- você está falando de Ginevra Weasley. certo?

-como você sabe? - perguntou olhando para a morena, espantado.

- sabendo, Draco... – um sorriso fraco se formou em seu rosto. - sabendo. Mas isso não é o importante agora. O que importa agora é que você é tão cego que ainda não percebeu...

- não percebi o que?

- não percebeu que há esperança para vocês. – Kalena sentou-se ao lado de Draco. Havia assuntos que Draco era levianamente ignorante – você a ama.

- disso eu já sei... mas não posso assumir isso, né!

- me deixa falar!

- vai...

- esse amor que você sente por ela é a única coisa que te segura. Somente esse amor tão grande que você sente por ela é que Voldemort ainda não te jogou nas mais profundas trevas.

Draco deu um sorriso triste. Parecia que Kalena tinha razão. Era por causa de Gina que ele conseguira ver relances de Hogsmeade. Mas era impossível a Gina ser sua... até porque Voldemort a tomou dele.

- ela nunca poderá ser minha, você sabe que Gina é a noiva de Voldemort. Se eu pensar em chegar perto dela, Voldemort acaba comigo.

- eu sei disso. Mas isso não significa que você deixe de amá-la.

- é... tem outro problema... ela também não me suporta.

- quem disse que ela não te suporta? Você perguntou isso a ela?

- não!

- como pode ter certeza das coisas se nem sabe como elas são?

- você sabe da rixa que a família Malfoy tem?

- qual delas?

- a família Malfoy odeia a família Weasley há anos. E a recíproca é verdadeira. Eu mesmo não a suportava, mas... de repente passei a enxergá-la de outra forma. Mas não quero ter esperanças. Vou continuar com a minha vida, e quem sabe me casar com Pansy mesmo.

- você está se castigando por que?

- como assim, castigo?

- que pecado você fez para ter a Pansy como esposa?

- ela é um fardo... mas é um fardo que eu já estou acostumado a carregar.

- permita-me dizer mais uma coisa?

- claro... o que é?

- esse amor pode dar certo. Apesar das barreiras que pode ter para vivê-lo... é um amor puro. Apesar de tudo que vocês dois já sofreram, ele permanece imaculado.

- e o Lorde?

- ela resiste aos chamado dele. Ela é valente. Um exemplo da Grifinória. Vocês, homens, pensam que pode ter alguém... mas ninguém é propriedade de uma outra pessoa sem consentimento.

- será?

- confie em mim.

- já que é assim... – disse Draco meio derrotista.

- já que você está deitado mesmo, - disse tentando mudar de assunto - tente dormir um pouco mais. Quando a sua mãe vir aqui eu te chamo

- mas eu não quero. Já estou dormindo demais. Tem quinze dias...

- isso não tem discussão, Draco.

- tá bom... mas não sei se consigo dormir. A imagem dela, tão linda treinando... - suspirou apaixonadamente. - me dá alguma coisa para que eu durma por cem anos?

- você não precisa de cem anos... precisa é de tomar coragem e ouvir o que o seu coração diz para você fazer.

Draco deu uma risada triste. Ele nem sabia se ainda tinha um coração para ouvir. Tanto tempo sendo maltratado... sendo torturado por Voldemort... e pensar que Kalena teria pena dele. A única coisa que ela fez foi lhe dar palavras de coragem. Kalena arrumou a colcha em Draco para que ele pudesse descansar um pouco. Ela deu um sorriso e foi em direção aos remédios de Draco que estavam guardados em um armário. Draco percebeu mais uma vez a marca no braço dela. Não conseguia entender o porque de Kalena ter se rendido as insistentes tentativas de Lucius e ter se tornado uma cidadã

-por que você deixou que te marcassem?

Kalena se murchou um pouco. Aquela marca, era o símbolo de sua fraqueza. Ainda mais a dela. Aquela marca não era igual às outras. Ainda de costas para seu irmão, disse:

- você não pode imaginar como fiquei quando descobrir que você tinha ido espionar o templo Shaolin. Eu enlouqueci... eu estava numa festa e todos viram o meu lado mais negro. Foi preciso de muito comensais para me segurar. Você não sabia contra quem ia enfrentar. Fiquei tão transtornada... e ninguém estava disposto a me dar noticias suas. Achavam que eu não era digna. Uma rebelde... do mais perguntava, mais humilhada eu era. olha que eu sou insistente e perguntei para muita gente. Lucius disse que era assunto de cidadãos para cima, e já que me recusava a aceitar a marca, não merecia noticia nenhuma. A sua mãe ficava dizendo que eu devia tratar de me casar e me preocupar com os meus filhos e não com você. Victor... bem... Victor e nada, eram a mesma coisa. Foi quando peguei Severo de jeito e perguntei a ele. Mas aí já era tarde... eu estava disposta a me tornar uma cidadã...

-sim, mas Voldemort só te marcaria se você tivesse algo em troca para oferecer.

- ele pegou as minhas traduções no meu quarto da mansão quando estava desacordada. Disse que eu era o seu melhor achado. E me chama assim até hoje. Disse que eu era uma pesquisadora... uma tradutora como minha mãe e meu avô em seu alcance. Que ele tinha perdido as esperanças em encontrar uma pesquisadora do meu calibre a tempo.

- vem cá... eu quero ver a sua marca mais de perto.

Kalena se aproximou de Draco. Ele pode tocar melhor na marca. Não era uma marca comum. Kalena sentiu um certo desconforto, mas não quis falar nada. ela não daria uma de fraca. Não era qualquer dor que a faria berrar.

-essa marca não é comum, Kalena... – disse Draco analisando melhor a marca de sua irmã – a sua marca está meio borrada. Parece que ela esconde alguma coisa.

- eu sei – respondeu Kalena se afastando de Draco.

- outra coisa, descobrir que querem te enfiar o estúpido do Victor goela a baixo

- é... o Lorde disse que fazemos um belo casal... até parece que eu e ele temos alguma coisa para nos tornarmos um casal.

- não se preocupe com Victor, eu mesmo cuidarei daquele vermezinho. Ele te faltou com respeito?

- e ele tem cérebro suficiente para me faltar com o respeito? Mas eu sei como lidar com ele... eu, ele e Richard fizemos um triângulo amoroso na época do colégio.

- vocês o que? – Draco se engasgou com a própria saliva. - como você pode se misturar com aquele verme?

-eu tinha 16 anos! Dá um tempo!

Draco revirou os olhos. - assim você me decepciona. - brincou.

- ele queria que namorássemos, mas eu e Richard já tínhamos engatado o namoro. Ele fez tanta intriga que eu e Richard terminamos e eu tive um pequeno affair com ele.

-entendo... então agora Lucius deve estar delirando de felicidade só de pensar que você irá se casar com Victor.

-se fosse só Lucius a gente dava um jeito. Eu recebi a noticia pelo próprio Lorde das trevas...

-é irmãzinha, você está ferrada. - puxou as cobertas até o queixo, estava começando a sentir um frio. - sinto lhe informar.

-obrigado pela parte que me toca, Malfoy

-por nada, Malfoy.

-sinto informar que eu... deixa pra lá! - Kalena percebeu que negar que era uma Malfoy, era infantilidade. Ela tinha que encarar essa realidade de frente. A jovem se virou para terminar o remédio.

- o que eu faço... – disse Draco mais para si do que para Kalena. – ela não merece isso... nem eu.

-não quero pôr mais lenha na fogueira, mas e se o Lorde... –abaixou a voz, observou o irmão de esgueira, e continuou num sussurro. – se o Lorde caísse? Você teria coragem de lutar por ela?

Draco arregalou os olhos e não conseguiu responder, a morena sorriu satisfeita e voltou a terminar o remédio.

- Kalena... isso que você...

- não pedi para você responder. – respondeu Kalena olhando-o penetrante

Draco pode perceber que havia uma chama queimando no olhar de sua irmã. Assim que terminou, Kalena entregou a poção e Draco recebeu sem reclamar seus remédios, e os bebeu rapidamente. Ele tinha que perguntar.

- você acha...

- Draco... pense, apenas pense e guarde esse pensamento com você.

- ‘tá.

- eu preciso ir até à sala de reuniões já tinha sido informada sobre essa reunião. Tente descansar. Assim que a sua mãe vir, ela vem até para te ver.

Draco sorriu para sua irmã. Ela saiu deixando-o sozinho mergulhado em seus pensamentos. Ele pensava fervorosamente sobre aquilo que Kalena disse. Aquilo foi o suficiente para dispara uma centelha de rebeldia e liberdade. Se Voldemort fosse liquidado ele, Draco, não seria um comensal da morte... não precisaria prestar contas do que fez... de quantos rebeldes matou e muito menos precisaria ser o verme que tem como objetivo matar despudoradamente. E sem contar que teria Gina...

A imagem da ruiva floresceu em seu pensamento. Sua beleza delgada e pálida... seus cabelos vermelhos, lhe tirava o fôlego só de pensar. Eles não eram mais tão vivos quanto na adolescência. Eram mais escuros... pelo menos foi no que deu para ver naquele posto avançado de observação. Não tinha coisa mais bela e deslumbrante quando ela treinava no pátio do templo. Com aqueles pensamentos, Draco tinha começado a adormecer, mas uma pergunta se formou antes que ele estivesse totalmente adormecido.

- como posso amá-la mais do que a mim mesmo?

§ (Continua...) §

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N/A (Yngrid Dumbledore): olá povo.. vcs acharam que só a Oráculo que responde? NÃO!!! kkkk o problema é q eu fico tão atolada nos cap (abundancia de idéias também trava a mente, viu!) que raramente comento. Vou tentar responder o carinho e as queixas de vocês o quanto puder! Com relação à falta de cenas do casal D/G e/ou D/G action é exclusamente MINHA!!! Se dependesse da Oráculo teria cenas desse casal há muuiiitttoo tempo eu é que seguro.. ( a gente precisa dar um a base do que aconteceu.. pelo menos das coisas mais marcantes.. não vamos fazer muitos flashbacks) e isso sempre acarreta em um distanciamento dessas cenas.. mas agora acabou! E finalmente entramos na fase dois da nossa fic. E nessa fase há muita D/G.. alguma T/G (que é a minha favorita).
Agora voces devem está se perguntando "mas por que Rosas frias? A gina é ruiva,.. e é provável ela tem cheiro de rosas.. mas fria?" essa duvida será esclarecida mais dois ou tres capítulos.. aguardem.. eu sei que eu (Yngrid) estou fazendo uma tremenda P.. Sa.. falando "aguarde cenas dos próximos capítulos" mas isso é para atiçar a curiosidade de vcs e prende-los a nossa fics..
Podem dizer que eu sou má... todo mundo me chama de Comensal da Morte mesmo... haha haha ha
Beijos e fui!!!!!


N/A (Oráculo): Ae!!!! A Yngrid deu o ar da graça!!!! Hehehe
Olá galera, viu só como não é difícil comentar. Demorou um pouquinho por que vocês não comentavam, mas tá ai capitulo fresquinho. Outra coisa, mil perdões por falta de D/G neste cap. Mas é que era importante dizer tudo o que foi escrito. E outra, já estava em 142 páginas no Word né, e seria difícil encaixar alguma action do casal. Mas posso afirmar certamente que no próximo capitulo tem uma action quente, vulcânica!
Por sermos boazinhas (e não queremos ser apedrejadas), vou até colocar um pedacinho das cenas do próximo capítulo:

“-Malfoy. – Draco tremeu. A voz dela saiu rouca e extremamente sexy. – vai me atacar?
-no momento não. E você? Vai me atacar?
-Oh, - mordeu o lábio inferior. – pode apostar que sim.
Gina o alcançou e segurou-o pelo colarinho do casaco. E sem que Draco esperasse, ela o beijou...
Gina girou os corpos e de maneira bruta empurrou o loiro contra a parede. Draco arfou de desejo. Oh sim, ansiava por aquilo há muito tempo. Sem que o loiro esperasse, ela agarrou a blusa dele e a rasgou, fazendo os botões voarem por todos os lados. Deslizou as mãos pelo peito alvo e bem trabalhado do comensal. Draco sorriu pedindo mais.
Gina cravou as unhas em seu peitoral e o arranhou, deixando um rastro vermelho e ardido...
Deslizou os lábios pelo peito, barriga, por todo o rastro vermelho. Sentia dó do loiro, tinha pegado pesado com ele, mas agora se retrataria. A ruiva se ajoelhou e segurou o cinto dele...
-... o que você...?
-... relaxa Malfoy...”

Aff, gostaram??? Espero que sim. Agora, aumentaremos um pouquinho a quantidade de reviews... que tal 13??? 15 seria pedir demais? Heim? Enfim... 13 pra começar... Hehehe.
Ah sim, capitulo NÃO BETADO. Arrumamos uma beta, e ela tá dando uma olhadinha nos capítulos anteriores. Logo, logo, teremos todos os capítulos revisados.
Beijinhux. E façam duas autoras felizes! Comentem!

AGRADECIMENTOS:

Patrícia : olá e desculpa a demora desse capitulo, mas estávamos sem tempo e eu atoladíssima com a facul. Aff, desculpa novamente viu, mas cenas D/G só no próximo capitulo. Espero que não nos abandone por isso! Hehehe. Bjs.

Juliana : nossa Juliana, ficamos totalmente lisonjeadas com o seu comentário. Nossa, não sabia que a RF era tudo isso! Mas brigada viu! Espero que esse capitulo tenha saído a altura! Bjs.

Ella Evans : Acredita que a minha personagem favorita tbm é a Gina! Hehehe Dãaah. Oh sim, o momento dos malhos entre a Gina e o Draco está chegando! Ueba! (Autora solta fogos...) Até que fim né?! Enfim... hehehe. “Rosa sangrenta”, sim soa estranho, mas a Yngrid e eu debatemos sobre isso e chegamos num acordo. Esse seria o melhor nome. Aff. Demoramos demais sim. Mas sempre compensamos com mais de 140 páginas do Word né! Atualizações constante é meio difícil, já que estou no último ano da Faculdade de química, então, milhões de coisas pra fazer. Enfim.. tá ai o capitulo novo, espero que tenha gostado. Bjs.

Fefe : hehehe. Bigada Fefe. Espero que tenha saído bem esse capitulo viu! Fizemos o melhor. E não nos mate por não ter cenas action do casal fofis. Bjs.

Luiz Malfoy: olá Luiz. As atualizações só dependem de vocês! É só comentarem. Hehehe. E bigada pela força. Bjs.

Patis: oies Patis. Sim, sem D/G e siiim, a Kalena sofre demais né! Parece novela mexicana. Kkkk Mas não se preocupe, tudo dará certo no fim... hehehe. E pode apostar que nos próximos capítulos nada de T/G ou V/G (tanto faz...). Só muuuuito D/G action. Bjs.

Luana: olá. Leitoras novas são sempre bem-vindas! E espero que tenha valido a pena ter ficado a madrugada lendo a fic. Brigada pela atenção. Bjs.

Kate001: Desistir? Nunca! Kkkk Tardamos mas não falhamos! A culpa é minha da demora! Tanta coisa da faculdade pra fazer, que acabo louca! E brigada pelo coment, é sempre bom ter reviwes. Bjs.

Asuen : Aguarde e confie! Brigada pela visita viu! Volte sempre. Leitoras novas são sempre bem-vindas! Bjs.

Josie: o que? Não gosta do melhor shipper do mundo? (olha a exagerada! Kkkkkkk) Brincadeira! Espero que esteja te agradando o rumo da fic! Fique atenta a novas atualizações! Bjs.

Melina: Capitulo fresquinho! Só por que tivemos o numero de comentários mínimos estabelecidos! Kkkkkkkk. Bem tah ai. Espero que tenha gostado! Bjs.


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