O espelho mágico



Olha soh gente, arrumei um estágio e aí to sem tempo pra corrigir os erros que tem na fic!! Pensam que entendam! E pra nao demorar a postar resolvi colocar assim mesmo!!
Agradeço a todos os comentários e pedidos pra que eu continue postando. Valeu!
Semana que vem tem novo capítulo!

Harry entrou em casa e começou a subir as escadas, desviando-se das pessoas que ainda ocupavam a toca. Hermione percebeu que o amigo estava indo atrás de algo importante e o acompanhou bem na hora em que Rony ia saindo de banheiro e correu atrás deles também.
- Aonde você esteve, Harry? A senhora Weasley está realmente preocupada.
- Mamãe está sempre preocupada, Mione – Disse um chateado Rony.
Hermione olhou para ele com a cara de quem ele não devia mais interromper e depois com o olhar de quem pedia por favor. E Rony não estava nem um pouco a fim de brigar com ela outra vez. Depois, Hermione voltou-se para Harry e correu para acompanhá-lo, gritando ainda de longe:
- Sim, mas aonde você esteve, Harry? – Com aquele olhar de quem nunca fez nada de errado que Harry se acostumara a ver.
- Descansando um pouco, Mione. Descansando um pouco, está bem?
Harry não estava com cabeça para os sermões que a amiga costumava dar, sempre para seu bem, sabia, mas tinha algo muito importante para descobrir. E eles chegaram no quarto de Rony. Harry entrou e deixou a porta aberta para os amigos. Puxou seu malão que estava embaixo da cama de Rony e começou a tirar as coisas que estavam lá. Aonde ele tinha colocado o embrulho? Não podia ter perdido. Colocou no malão, ou não?
- O que você está procurando, cara?
Harry não tinha comentado com Rony o presente que Duda lhe deu. Não havia conversado com ninguém sobre nada, desde o que acontecera a seus tios. Havia, inclusive, se esquecido do presente. De repente Harry o viu. O embrulho retangular que Duda lhe deu horas antes de saber que acabariam por morarem juntos.
Harry o pegou. Seu olhar tentando adivinhar o que estava ali dentro. O que Duda podia contribuir e fluir na luta contra um mal e contra um cara que ele jamais ouvira falar de fato, que ele jamais enfrentara, que ele jamais vira? Que importância teria um presente de uma pessoa como Duda contra uma pessoa contra Voldemort?
- Harry? O que é isso? – Hermione quis saber – Que embrulho é esse? Quem lhe deu isto? Ou, como isso foi parar na sua mochila? Por que você não contou nada? Ou você sabia disso, Ronald?
Rony estava impressionado pela capacidade de Hermione de formular tantas perguntas de uma vez, mas apenas riu enquanto dizia:
- Não sei do que se trata, MIONE! E você não acha melhor deixar que o HARRY possa falar?
Hermione fez aquela cara de quem deu um murro fora e falou um desculpe que nem deu para ouvir.
Harry percebeu que a amigo ficou sem graça, mesmo não tendo sido essa a intenção de Rony, então, quis mudar o foco da conversa um pouco.
- Escutem! – Harry precisava contar aos amigos como acontecera – No dia em que eu vim pra cá, Duda me deu esse embrulho. Disse que só era pra eu abri-lo quando precisasse de uma luz na minha luta. – Harry se explicou melhor ao ver o queixo caído de Hermione – Não é só isso, claro. Duda está... Sei lá. Diferente desde que voltei para casa nesse verão, sabe?
- Diferente como, cara?
- Ah, Rony, diferente. Me defende, me dá conselho, diz umas coisas. – Harry suspirou e continuou – Ele disse que Dumbledore foi um grande homem...
- O quê?
- Isso mesmo, Mione. E que eu seria maior ainda.
Harry disse enfatizando o eu de quem não acredita nada nisso.
- E você ainda não abriu o presente?
- Não, Rony. Eu havia esquecido do embrulho, mas estive pensando esses dias de por onde começar e aí, bem, e aí lembrei... Uma luz, preciso de uma luz. Pronto! Lá me veio o presente de Duda.
- Mas, o que tem aí dentro, Harry?
- É isso o que eu quero saber, Mione.
- Então abre, Harry. – Mas, de repente, ela parou. – Não, não abre.
- O quê?
Hermione olhou os olhares de incredibilidade voltados para ela.
- É, pode ser perigoso. Sei lá. Você disse que o Duda tava diferente, ele pode ta dominado pela maldição imperius. Pensem bem – Acrescentou por que os olhares do garotos pareciam cada vez mais demonstrar incredibilidade – não o mataram quando invadiram a casa dele. E ele estava lá.
- Calma aí, Hermione!
- Você pode muito bem não ter percebido, Harry.
- Mas ele ta diferente pra melhor, Mione. Pra melhor!
- Ah, Harry. Nós estamos lhe dando com o mal em sua pior forma, lembra? Eles fazem com que a gente não perceba o mal, que não sinta.
- Impossível! Não pode ser...
- Pode, Harry. Lembre das coisas que Draco fez para matar Dumbledore no ano passado. Sua primeira tentativa foi um embrulho, um embrulho com um colar que podia ter matado até um bruxo como, bem, como Dumbledore.
Harry não sabia o que dizer. Hermione havia pensado em tudo, lembrado de tudo, mostrado tudo, mas ele não podia acreditar. Duda havia dito que Dumbledore era um grande homem e Voldemort não podia acreditar nisso. Podia, sim! Afinal, Dumbledore o impedira de invadir a escola, o impedira de lecionar, o impedira de ter a horcrux que ele queria. Voldemort sabia mais do que muitos bruxos qual grande Dumbledore era. Era, pensou Harry. Era e ele vingaria mais essa.
- Escutem – Disse tomando uma decisão, tinha seriedade em seu rosto e em suas palavras – Quero que saiam daqui, me deixem sozinhos e aí eu abro o embrulho, se não for nada perigoso, pelo menos no momento, chamo vocês.
Hermione ia contestar, mas Rony, que estivera calado, se pronunciou na sua frente.
- Nem pensar, Harry. Disse que estava com você e não é simplesmente quando estivermos bem e em casa, mas em tudo, cara. E abre logo isso, você perceberia se o Duda estivesse dominado pela maldição imperius.
Hermione olhou para ele de novo com a cara de quem não estava nada satisfeita com esta frase, mas decidiu, por hora, não revidar contra Rony.
- Não seria melhor se o Harry conversasse com o Duda antes, Ronald?
Era a segunda vez que ela usava seu nome e Rony percebeu que seu ibope estava caindo muito rápido com Hermione, mas não ia se fazer de dominado, tinha opiniões e gostos também e sabia fazer coisas melhor do que ela como, por exemplo, ah, não lembrava agora, mas sabia.
- Corta essa, Mione. E não me chama pelo meu nome, você não é a McGonagall é a minha namorada.
“Sim” pensou, “A peguei”. A frase tirou Mione do ar por alguns minutos e Harry resolveu aproveitar, olhando para o amigo rindo. E foi abrindo o embrulho diante dos olhares que lhe dispensavam. Hermione percebeu rapidamente que precisava está atenta e pegou sua varinha. Rony fez o mesmo, “afinal, pensou, Mione sempre tem boas idéias”
Mas aí a porta do quarto se abriu e Harry sentou-se em cima do presente, mas rápido que pode. Percebeu no entanto que a pessoa podia muito bem ter notado que ele havia escondido algo. Mas logo viu que não seria necessário esconder nada.
- O que está escondendo, Harry Potter?
- Nada que a senhora Gina Weasley não possa ver com seus próprios olhos.
E eles ficaram se olhando, rindo um para o outro.
- Será que vocês poderiam namorar depois e você abrir logo esse troço, Harry?
Perguntou um nervoso Rony. Gina foi até Harry e sentou-se em suas pernas. Harry abriu o presente, seu coração acelerado por dois motivos totalmente diferentes e, Harry descobriria, muito importantes.
E Harry viu sua imagem ir aparecendo junto de Gina. Era o seu reflexo. Duda lhe deu um espelho. Tinha o formato oval, era dourado e sua moldura era feita com flores de diversos tamanhos e formas. Era um espelho normal, muito bonito, é certo, mas normal. Ainda mais encantador quando via a imagem de Gina tão junta da sua própria imagem, mas, o que poderia haver em um espelho que o ajudasse a derrotar Voldemort?
- O que é isso? Hermione perguntou já tomando o espelho das mãos de Harry. Rony chegou mais perto dela para olhar. Sua expressão foi ainda mais desconsolada do que a que Harry teve há pouco.
- Um espelho?
- Não consigo lembrar de nada que envolva espelhos nos meus estudos de magia, Harry. A não ser aquele espelho do Moody, lembra? Mas eu não estou vendo nenhum inimigo meu aqui. E, além do mais, esse espelho me parece perfeitamente normal.
- Você não leu nada relacionado a espelho de trouxas ser uma arma para bruxos, Mione?
- Não, Rony. Acho até que isso é simples demais.
- Então vai servir pra alguma coisa, Harry. Sabe, Dumbledore sempre foi simples demais e ele é o maior bruxo que conhecemos.
Harry ouvia o que os amigos estavam dizendo, mas não podia acreditar nisso. As palavras de Duda foram firmes, ou não? Ele lembrava perfeitamente bem de como Duda havia dado o presente. “Uma luz na sua luta contra o mal”. Uma luz...
Gina também os ouvia falando e olhava para Harry a todo instante na expectativa de que ele finalmente entendesse, de que aquele espelho servisse de alguma coisa para eles, mas via o rosto de Harry cada vez mais contraído. Foi então que:
- Já sei!
Harry, Rony e Hermione olharam para Gina com expectativa. Não conseguiam pensar em nada e era bom que alguém pensasse.
- Eu sei que é o óbvio, Harry, me desculpe, não pude pensar em nada melhor.
- Pelo menos você pensou em alguma coisa, maninha. Conta!
- É isso, Rony. – Hermione sempre estava do lado de Gina – Mandou bem. Conta, Gina!
Ela olhou para todos. Reteve seu olhar em Harry e percebeu que tinha expectativa e medo? Sim, talvez um pouco de medo.
- Bem, gente, vi quando Duda entregou o presente a Harry, não sei se ele lembra que eu fui avisar que papai já tinha chegado e deixei a porta aberta. Bem, eu ia dizer que ele podia ficar o tempo que quisesse e foi na hora em que Duda mandou Harry esperar...
- E aonde está idéia, Gina. Nós já sabemos disso.
- Acho que talvez Duda saiba o que é – Ela falou séria pra o irmão. – E Duda mora com a gente agora, não é?
Parecia que todos haviam sido atacados com uma espada no peito. Como podiam ter esquecido isso? Como podiam não ter pensado em resolver esses mistérios todos com Duda, já que ele lhe dera o presente.
- Gina, foi genial!
Harry lhe abraçou e lhe colocou mais perto dele. Para ela já valera a pena, só de poder ver esperanças nos olhos de Harry mais uma vez. Valera muito a pena.
- Eu posso ir chamá-lo.
Rony disse já se levantando para sair, mas Gina levantou-se como só a senhora Weasley sabia fazer e Rony voltou a se sentar.
- Não, Rony. Está na hora do jantar. E você sabe, é o primeiro jantar da Fleur como Weasley. Mamãe não permitirá que fiquemos aqui. Aliás, temos muitas coisas para arrumar agora que a festa acabou. Acho melhor deixar pra amanhã.
- Quem sabe se a gente não consegue ficar com o jardim e levar Duda conosco. Acho que vai ser bom se ele não se sentir pressionado a falar.
- Boa idéia, Mione! Vamos descer, então. Mamãe já deve estar nos procurando de novo.
- Preciso guardar esse espelho em algum lugar seguro antes de sair. Vão na frente.
- Certo!
Responderam Rony e Hermione saindo do quarto. Gina se deixou ficar.
- Pode simplesmente guardá-lo no malão e vir com a gente. O que quer fazer aqui que a gente não pode compartilhar, senhor?
Ela parecia séria, seu tom de voz era de quem não admitiria mentiras, mas tinha o olhar risonho e feliz. Harry não podia não partilhar dessa alegria. Largou o espelho na cama de Rony e puxou-a para junto de si.
- Quero apenas guardar meu espelho em um outro lugar, que não seja nas minhas coisas, já que é fácil de roubar as minhas coisas, entende?
Ela riu. Claro que entendia. Se ela não entendesse o homem que ela amava quem ela entenderia nessa vida. Ele, cada dia estava mais impressionado com a mudança que ocorrera em Gina, sabia que ela merecia tudo, merecia alguém que pelo menos pudesse viver pra ela, mas ele, ele morreria, talvez ainda hoje.
- Em que está pensando, Harry?
Gina estava um pouco assustada. Seria impressão ou sentira Harry tremer.
- Estive pensando em você, Gina. Pensando em você já que perto de você não consigo pensar em Voldemort.
- Sou mais importante do que ele, então?
- Muito mais importante.
- Harry...
O nome de Harry saiu como um pedido e Harry a olhou ainda mais firme nos olhos.
- Você também é muito importante pra mim. Obrigado por tudo o que já fez pela minha família. A gente não vai poder pagar nunca.
- A sua família, Gina, ou melhor, a nossa família, já me pagou. Eles me pagaram quando me deram você.
E o beijo deles foi o mais quente, o mais sentimental, o melhor que eles já deram, por que o momento foi propício e importante para ambos. Não que os demais não tenham sido importantes, mas esse foi a expressão de um momento em que nada mais importava, um queria viver para o outro e exclusivamente para o outro. E se Harry morrer? Terão mais um momento para recordar. Cada dia Harry sentia Gina lhe invadir mais e mais o peito e não podia achar ruim, não podia ficar longe de sua Gina.
Gina sabia que no fundo seus irmãos a-do-ra-vam ter Harry como cunhado, mas não era isso que fazia com ela se apaixonasse cada dia mais por ele. Na verdade, ela não sabia o que era, tinha mais do que magia, admiração, amor e respeito, tinha algo que era misterioso e a atraía mais e mais para ele.
Eles aprenderam cedo a lutar contra o mal, aprenderam quase juntos, mas não separados. De alguma forma estiveram sempre ligados e estariam sempre.
- Preciso descer pra ajudar a mamãe.
- Certo! Eu desço já, ta?
- Quer que eu guarde isso pra você?
- Não, Gina. Eu quero guardá-lo.
- Ta bem. Não demora.
Harry fez aquela cara de a senhora quem manda e ela saiu do quarto rindo. Eles eram incríveis, muito melhores juntos, pensou ela. Se passou por alguém no caminho da cozinha, nem viu. Ia pensando em coisas demais para olhar quem quer que fosse nesse momento.
Harry achou melhor não guardar o espelho em seu malão, seria muito fácil de encontrar. Mas, então, aonde colocar. Devia mesmo ter dado a Gina, ela conhecia a toca melhor do que ele. E agora? A idéia surgiu de repente, mas foi perfeita. A gaiola de Edwirges. Harry a olhou, fazia muito tempo que não dava valor a sua coruja. Ela percebeu que seu dono a olhava e soltou um pio triste. Ele foi ata ela e abriu a gaiola. Fez carinho em suas penas como um pedido de desculpas que ela aceitou feliz da vida.
- Preciso guardar uma coisa aqui dentro, Edwirges. – Começou Harry – É muito importante, eu acho, então, quando eu não estiver por perto você vai ter que protegê-lo, está bem?
A coruja soltou mais um pio e Harry percebeu que ela concordara. Aliás, Edwirges sempre fora muito ligada a Harry e sabia doa perigos e das coisas que lhe tinham acontecido muito bem.
- Obrigado!
A voz de Harry quase não saiu. Como podia ser tão parecido com Voldemort. Ele também confiava cegamente em seu animal, uma cobra. “Não, não sou parecido com ele, eu tenho a Gina e o Rony, a Hermione, os Weasley, os membros da Armada de Dumbledore. Eu tenho amigos e não servos”.
Então a barriga de Harry lhe lembrou de que chegara a hora do jantar. E ele foi descendo, encontrou com Rony nas escadas, seu amigo parecia chateado.
- Tava indo te chamar.
- E é por isso que está com raiva? Por que veio me chamar pra jantar? – Harry sabia que não, mas queria brincar um pouco com seu amigo.
- Claro que não, cara. – Rony se apressou em dizer – É só que... É só que...
- Tente falar, Rony, e você vai ver o que acontece.
Gina chegou até onde eles estavam. Harry parara de rir e estava tão tenso quanto os dois irmãos.
- E agora vamos, mamãe já colocou a mesa.
- Não vamos a lugar nenhum antes de vocês me disserem o que está acontecendo.
- Depois, Harry.
- Nada disso dona Gina. Agora!
- Bom... Eu não sei como dizer.
- Tente falar.
- A Mione... A Mione foi embora, Harry.
- Embora? Mas, ...
- Os pais dela querem protegê-la. Eles acham que podem.
Harry não sabia mais o que dizer. Rony olhava o chão. Gina, a parede. Não pensavam em nada. Sabiam muito bem da importância que Mione tinha para o mundo bruxo, sabia que a amiga era a representação de que trouxas podem ser tão bons quanto bruxos em magia.
Mas o que podiam fazer? Eram os pais dela. Rony entendia. Gina então. Mas Harry não podia acreditar que Hermione tivesse partido sem se despedir, sem pestanejar, sem dizer que queria ficar, que aquilo era o certo a fazer. E por que só agora os pais dela tinham vindo buscá-la.
- Os pais dela não sabiam exatamente o que está acontecendo.
Harry despertou de seu devaneio e olhou para Gina.
- Mas Hermione recebia o profeta mesmo quando estava em casa.
Harry estava inconformado.
- Eu sei, cara. Só que ela não mostrava o que não queria que os pais vissem.
- Então, como eles descobriram, Rony?
Rony e Gina se modificaram. A tristeza que sentiam de repente deu lugar ao ódio. Harry olhava de um para o outro sem entender o que estava afinal acontecendo.
- Foi ele, Harry. Ele atravessou nosso caminho de novo.
- Ele quem, Rony? Quem fez isso?
- Não, Rony. Não faça isso. Harry já tem problemas demais.
- E terei mais um, se você ficar tentando me proteger do que me aguarda. – E virando-se para Rony bruscamente, disse: - Voldemort mandou alguém na casa de Mione?
- Sim.
- Mas eles não mataram os pais dela, não é?
- Não, Harry. – Rony respondeu rápido. – Eles vieram aqui. Eu os vi.
- Um pouco de poção polissuco resolveria essa questão.
- Por Merlim! – Gina não conseguia esconder seu espanto. Não havia pensando em nada de errado quando chegaram para pegar Hermione, afinal, eram os pais dela, deviam ter cuidado, deviam querer a filha perto quando o mundo está ameaçado. – Mas eles pareciam... Eram eles!
- Podia ser, Gina. Talvez, amaldiçoados com a Imperius.
- Mas, Harry...
- Não há como saber, Gina. Não há.
- Mas eles disseram que o professor da Mione tinha ido na casa deles e esclarecido como ela estava desprotegida aqui. Eles disseram que papai tem filhos demais para proteger e que eles só têm a Mione.
Rony olhava o chão enquanto as palavras saiam de sua boca. Ele parecia nem sentir o que estava dizendo.
- Você disse o professor? Que professor, Rony?
- Harry... – Gina interveio docemente, mas o coração de Harry já estava descompassado. – Não te fará bem isso. A Hermione sabe muito bem se defender.
- Faço por ela Gina o que faria por Rony, por você, por seus irmãos.
- Sei disso, mas você não precisa...
- O quê? Não preciso me preocupar com minha amiga? É isso?
- Foi Snape. – Rony falou rápido, seu olhar baixando ao tocar o olhar de Harry. O ódio aumentando enquanto seu punho se fechava. Harry não sabia o que sentia. Bem, talvez estivesse certo sobre a poção polissuco, quando estava falando de um exímio preparador de poções.
- Rony!
- Ele também merece e precisa saber, Gina. Eles falaram que Snape foi até a casa deles e aí eu e a Gina ficamos calados, apavorados, enquanto a Hermione era colocada no carro e eles saíram, a Mione chorando, mas sem dizer uma palavra. Você a conhece, Harry, ela sabe que tem que obedecer aos pais, ela não quebra regras.
E eles se abraçaram. Harry entendendo a dor que Rony estava sentindo, a sensação de que nunca mais se veriam, a incerteza pela vida e pela segurança de Hermione, mas eles não podiam ficar ali parados lamentando. “Quem lamenta perde a chance de conseguir o que quer” pensou Harry.
- Vamos, Rony. Você já foi na casa da Mione. Sabe muito bem aonde fica. Vamos até lá!
- Você na precisa fazer isso, Harry. Eu, eu me acostumo sem ela. E depois que a gente acabar com tudo isso, a gente pode ir lá e acabar também com a linha que separa bruxos e trouxas.
- E se quando tudo acabar a Mione também tiver acabado, Rony? Estamos falando do mal em pessoa, estamos falando de Voldemort e eu não vou permitir que ele mate a Mione. Não vou.
E dizendo isso voltou-se e fez o caminho de volta para o quarto de Rony. Abriu seu malão, pegou uma mochila e começou a arrumar algumas coisas nela. Rony e Gina chegaram ao quarto de cabeça baixa. A casa estava incrivelmente silenciosa. Nem os passos das pessoas não eram ouvidos.
- O que você ta fazendo? – Gina perguntou de repente, olhando para Harry.
- Estou fazendo, Gina, o que amigos devem fazer.
Gina foi até ele e o abraçou. Suas lágrimas começaram a cair. Ela desabou nos braços de Harry e olhando para ela Harry pode ver o olhar da menina tímida e desastrada que Gina fora. Ela estava com medo e era natural, tinham deixado levar Hermione.
- Calma, Gina. Ela está bem. Eles querem que eu vá atrás dela, entendeu? Será que você ainda não percebeu isso. Não podiam levar você por que você está o tempo inteiro comigo e tem seus irmãos e seus pais, mas a Hermione está aqui, entende, na sua casa. Ela é só a isca.
- Ah, Harry!
- Entende agora por que eu não queria envolver vocês?
- Vamos te ajudar, cara. Gina, vá arrumar suas coisas. Peça pra mamãe fazer alguma coisa para comermos na viagem.
Gina olhou para o irmão com ternura. Ele se transformara num homem com coragem de um minuto para o outro. Resolveu parar de olhar o chão e olhar pra frente. E Gina o obedeceu.
Quando ela saiu Harry olhou para o amigo. Rony levantou-se, foi até o armário, pegou duas ou três roupas, a mochila e a varinha. Arrumou tudo dentro e disse:
- Não me peça pra ficar, é da minha Hermione que você esta falando. Eu vou!
- Eu sei.
Mas aí a porta do quarto se abriu e Harry e Rony pararam de se encarar para ver Duda entrando no quarto. Harry não pensara mais em Duda e estranhara o fato dele entrando no quarto de Rony, jamais tinha ido ali esses dias em que estava na casa dos Weasley.
- Oi, Harry! – E olhou para Rony rindo. – Percebendo que não estava sendo muito bem vindo, contornou a situação. – Sei que vão atrás da Hermione, Gina disse lá na sala, mas antes, Harry, quero dizer que leve o presente que eu te dei. Talvez te sirva.
Harry então lembrou do espelho e de por que resolvera descer pra jantar.
- Sobre o espelho...
- Você já abriu?
- Eu precisava. Mas, que utilidade ele teria pra mim...?
- Você não o olhou quando estava precisando de verdade.
- Mas é claro que sim!
- Não. Se não saberia por que eu te dei ele.
Harry ia dizer mais alguma coisa, mas lhe ocorreu a idéia de pegar o espelho e mostrar a Duda que ele não servia para nada. Estava precisando de verdade agora, não é?
- Oi, Edwirges! Parece que não demorou muito. Preciso dele agora.
E colocou a mão dentro da gaiola e pegou o espelho. Depois, virou-se para Duda.
- Eu só posso ver a mim mesmo, o meu reflexo, para que isso me serve?
- Olhe para ele agora!
A voz de Duda soou como uma ordem, mas Harry não teve tempo de pensar nisso. Olhou para o espelho e...
- Dumbledore!
O espelho caiu da mão de Harry, ele não podia acreditar no que estava vendo, mas o espelho não caiu. Ficou flutuando no ar, os olhos de Dumbledore olhando ansiosos para ele.
- O que significa isso, Duda?
- Dumbledore me disse que eu devia te entregar isso quando você fosse embora.
- Quando Dumbledore lhe disse... Como assim Dumbledore lhe disse?
- Eu mesmo posso responder, Harry. Sente-se!
E Rony foi para o lado de Harry ao ouvir a voz do seu ex-diretor e sentaram-se na cama em que Harry estava dormindo. Duda, sentou-as na cama de Rony como se dissesse que estaria ali para qualquer dúvida.
- Harry – Começou o diretor – Sei que não devia confiar nessas coisas, de objetos mágicos, mas espero que se lembre o que eu pensava sobre a morte.
“Bem, essa foi a maneira que eu descobri para poder te ajudar, caso acontecesse alguma coisa comigo. Consegui através de um juramento. Mas, antes de contar a história toda... Sei que está com presa, mas não precisa correr. Está certo quando acredita que Voldemort fez de Hermione uma isca, então, ele vai esperar por você. Mas, Harry, ele acha que você é só um garoto, então...”
- Devo ir o mais rápido que poder, mas não me arriscar. Ele acha que vou demorar para entender que ele a seqüestrou, não é?
- Exatamente! Acho que poderia muito bem descansar em paz, você não precisa de mim.
Harry pensou “Nem sabe o quanto preciso, não pode saber”. Mas tinham tempo para papos ou jogos de adivinhação sobre o que tinha acontecido. Hora de agir.
- E quanto aos pais dela? – Rony perguntou sem ter certeza que Dumbledore poderia ouvi-lo.
- Maldição Imperius. Snape.
- Ainda confia nele, professor? – Quando Harry percebeu já tinha feito a pergunta. – Me desculpe, não queria ser grosseiro.
- Não se preocupe. Sabe, Harry, acredito no amor e é no amor que confio. Tinha minhas razões para confiar em Severo e confiei. Não traí você, nem ele, nem ninguém, ele me traiu, mas aí, paciência. Não sou o todo poderoso, Harry, não sou.
- Senhor... – Harry estava nervoso diante desta declaração de Dumbledore.
- Sim.
- Posso saber agora por que confiava tanto em Snape.
- Pode saber, Harry, mas acho que a senhorita Weasley vem chegando e vocês precisam ir. Quem sabe, quando Hermione estiver entre nós, poderemos conversar de novo.
- Posso contar a Gina sobre o espelho?
- Claro!
- Quando poderei encontrar o senhor de novo?
- Quando precisar de mim.
E dizendo isto desapareceu. E o espelho deslizou suavemente até as pernas de Harry. Gina entrou no quarto e os viu paralisados.
- Eh, hum – Ela não sabia o que dizer. Eles se olhavam no espelho. – Harry, vamos? Não temos muito tempo, não é? Não sabemos o que está acontecendo com a Hermione.
O nome dela fez Rony levantar-se e a pressão que ele fez, fez Harry lhe acompanhar. Eles colocaram as mochilas nas costas e saíram do quarto sem dizer uma palavra. Duda também se levantou para sair.
- Você sabe o que está acontecendo com eles?
- Deixe que eles lhe contem.
E dizendo isso Duda saiu, deixando Gina sozinha no quarto de Rony, querendo saber que bicho tinha mordido os homens da casa.
- Ei! Esperem! O que está havendo com vocês?
Mas quando Gina os alcançou, Molly estava pendurada nos meninos e eles pareciam perfeitamente normais, tentando se soltar dos braços dela.
- Vamos ficar bem sra. Weasley. Eu cuidarei deles.
- Eu sei, meu filho. Mas quem cuidará de você?
“Quem cuidará de mim? Boa pergunta”. Mas Harry riu e disse rápido.
- Estaremos juntos. E, senhora Weasley, desculpe-me pela sinceridade, mas nenhum de nos voltará vivo se algum deles matar um dos nosso, a menos que tenhamos matado todos eles.
A sinceridade pegou Molly e os demais de surpresa.
- Bem, mamãe. Temos que ir, entende, né?
- Pra onde VOCÊ vai, Gina?
- Ora mamãe. Com eles.
A senhora Weasley ia revidar, mas Arthur se interveio por ela. Como se ela precisasse pensou o pai, muito orgulhoso.
- Eles vão precisar de uma menina entre eles.
- Mas ela é só uma menina, Arthur.
- Mamãe, da minha idade Harry já tina enfrentado ele três vezes.
E a mãe não tinha mais como contestar. Abençoou os filhos e os viu partir. Sabia que era a única coisa que podia fazer. E foi isso que fez. Lá iam Carlinhos, Rony, Gina, Harry, Jorge e Fred.
Arthur sabia que tinha de avisar Minerva das coisas que tinham acontecido, quem sabe ela não podia mandar ajuda para eles. Voltou até onde a mulher estava, ainda paralisada vendo o caminho pelo qual seus filhos saíram.
- Molly?
- Oi. – Ela disse num sussurro.
- Vamos! Tire o avental.
Ela virou-se para o marido, olhando como se o visse pela primeira vez.
- Para onde vamos, Arthur? Você está ficando louco?
- Não. Não quero ficar aqui enquanto você – sabe – quem acaba com minhas crianças. Vamos avisar a Minerva e depois vamos nós também a casa de Hermione.

Enquanto isso, os garotos decidiram ir voando em grupos de dois. Por que as vassouras? Ambos pilotavam muito bem e saberiam como escapar, fugir, aumentar velocidade, se defender em cima delas. Era o meio mais certo de fazer a viagem. Tinham tempo para isso, Voldemort ainda não o esperava.
Fred e Jorge foram primeiro e pela direita. Harry e Rony foram pelo meio de onde Harry tinha visão d grupo inteiro. A esquerda deles iam Gina e Carlinhos brincando em suas vassouras.
- Rony – Harry falou e Rony o olhou, pela primeira vez desde que saíram da toca. – Por que ficou tão chateado só com o fato de a Hermione ir embora. Antes de a gente acabar percebendo o que tinha acontecido de fato.
Rony suspirou. Ali estava o amigo que lhe entendia mais do que seus pais, muito mais do que Hermione que sempre entendia tudo.
- Tínhamos nos desentendido e os pais dela não deixaram eu me explicar antes deles partirem.
- Bem – disse Harry rindo, embora por dentro estivesse realmente preocupado – dera uma boa chance de dizer que foi mal, a salvando. O mérito será seu.
E Rony foi o resto da viagem pensando em como ia contar a Hermione que havia deduzido que ela estava em perigo e organizado a viagem para salvá-la. Com certeza, nunca mais brigariam. Riu.
Harry achou melhor dormirem em algum lugar, já que a viagem era longa e a madrugada não demoraria a vir. Fez o sinal combinando – envolver todos em um círculo, com velocidade – e todos o acompanharam para um bosque.
Fred e Jorge haviam trazido uma cabana encantada que cabia em um estojo e Harry a pederia para que eles pudessem descansar um pouco. Assim, quando todos desceram, Harry disse:
- Temos tempo. Sei que querem chegar lá o mais rápido possível, mas, se estivermos com sono ou cansados não vamos conseguir dar o melhor de nós. Fred! Jorge! Será que vocês podiam...
E aí aconteceu de novo. Fred e Jorge armaram a cabana sem Harry dizer uma palavra que fosse, como aconteceu na noite em que McGonagall foi a sua casa quando todos sentaram e ele apenas havia pensado nisso. Ou aquilo era apenas uma impressão, tolice. Eles apenas sabiam o que deviam fazer e o fizeram.
Todos entraram e quando Harry percebeu estava sozinho no meio do bosque. Era um lugar bonito. Harry lembrou da copa de quadribol e sentiu um aperto no coração. Mas, então, o cheiro floral lhe invadiu o ar.
- Harry, você não vai entrar e jantar com a gente?
- Obrigado, Gina, mas não quero comer.
- Porque você parou, então?
Harry riu. Olhou bem pra ela e pegando por uma mão a puxou para perto de si, ciente de que dentro daquela cabana estavam quase todos os homens da família dela. Não se importou muito com isso. Precisava do carinho dela agora, por que amanhã tudo podia acabar. Só ia depender dele e de Voldemort.
- Eu queria que vocês descansassem e que comessem. Não eu.
- Por que, então?
- Eu não conseguiria.
- Ah, mas dormir você vai, nem que eu tenha que te lançar um feitiço.
- Você já me lançou um feitiço, Gina Weasley.
- Ah, lancei?
E eles se beijaram. Sentaram-se depois numa árvore que tinha ali por perto e lá mesmo adormeceram, como se os tempos que vivessem fossem outros. Cada um sentindo o cheiro que mais gostavam de sentir.
Gina teve sonhos lindos, trazendo Hermione de volta e casando-se com Harry enquanto Hermione e Rony casavam-se também. Teriam vidas felizes e turbulentas, pois, todos tornaram-se aurores.
Harry não sonhara nada. Dormia rindo sentindo o cheiro e o efeito que Gina provocara nele. Mas, de madrugada, aconteceu de novo. O que por muito tempo não acontecia mais, aconteceu outra vez. Harry viu o rosto de pavor de Hermione e a ouviu gritar, depois ele acordou.
O pulo que ele deu despertou Gina. Ele estava suado, confuso, a imagem de Hermione ainda gritando em sua cabeça. Que tipo de mal estavam usando contra ela? Por que eles pararam pra dormir e como que ele tinha se dado o direito de dormir ao lado de Gina enquanto a amiga estava nas mãos de Voldemort.
- Harry? – Gina estava apavorada. – Harry, fala comigo. O que ta acontecendo, Harry? – Sua voz tremia cada vez mais e ela começou a chorar – Harry? Fala comigo, por favor? – Não obteve resposta.
o olhar de Harry estava preso em algum ponto que Gina não conseguia ver. Seus punhos estavam fechados. Sua boca aberta e ele não respondia qualquer que fosse a investida que Gina fizesse. Ela o chacoalhou. Mexeu com ele. O abraçou. Mas Harry continuava paradão.
- Rony! – Gina gritou, mas teve resposta – Rony, corre aqui, o Harry.
E agora, não só Rony, mas Carlinhos, Fred e Jorge também atenderam ao chamado de Gina. Mais do que eles, Harry pareceu despertar.
- O que foi, Gina? – Perguntou um ansioso Rony.
- Você não ta vendo a cara do Harry, Rony? – Fred correu até Gina e Harry e pegou Harry, segurando-o levou-o até a cabana e o sentou lá.
- Calma aí, Fred. Eu to bem.
- Harry, - Gina chegou perto dele, ajoelhou-se em sua frente - Você teve um pesadelo, eu acho, por que você deu um grito e se acordou de um pulo. O que houve?
- Gina... Eu.. Eu ouvi a Hermione gritando.
- A Hermione gritando? – Rony chegou perto dele – Como assim, Harry?
- Calma, Rony. Eu... Não sei. O espelho.
E Harry levantou-se, foi lá fora e voltou com sua mochila. Vasculhou-la e tirou de dentro dela o espelho. A imagem de Dumbledore sorria para ele. Harry soltou o espelho e ele mais uma vez flutuou. Carlinhos, Fred e Jorge estavam bestificados.
- Vamos fazer um espelho desses, Fred – Jorge falou num sussurro ao ouvido de Fred.
- Dumbledore – Harry começou – Eu sonhei com a Hermione. Ela olhou pra mim e gritou. É algo que vai acontecer?
- Harry, Harry... – Dumbledore começou, mas.
- Ele fala? – Carlinhos não pode conter a excitação.
- Hum, hum. – Dumbledore recomeçou – Você se viu no sonho?
- Não.
- Você sentiu alguma coisa quando acordou?
- Sim!
- O que?
- A vontade de correr até lá e acabar com tudo isso.
- Muito bem! Foi o sinal. Voldemort sabe que você vai aparecer a qualquer hora.
- Quer dizer que...
- Que Voldemort te mandou um sinal. Pelo visto ele não aprendeu que isso pode ser útil a você, quando você souber identificar, interpretar as partes desses sonhos, que são visões do que Voldemort quer que você veja.
- Mas, aí, eu vou poder ver de novo quando ele não quiser que eu veja, como já aconteceu?
- Acho – A expressão de Dumbledore se tornou mais séria e ele começou a coçar a barba – Que ele aprendeu a controlar você e a mente dele, mas, talvez...
- Talvez?
- Quando você quiser ou precisar de verdade e fizer um esforço, a mente dele pode ta aberta.
- O Senhor não pode me ajudar a fazer isso agora?
- Ah, Harry – Dumbledore voltou a sorrir – Não acha que já é bom demais poder contar comigo pra te aconselhar?
- Sim, senhor!
- Então, faça as coisas por você. E agora, se me permite um último conselho, hora de ir. A Hermione precisa de você.
E dizendo isso riu pra Harry e sua imagem desapareceu magicamente e o espelho voltou para as mãos de Harry.
- O que é isso, Harry? – Fred perguntou afoito.
- A pergunta é: Como você conseguiu isso? – Jorge perguntou já pegando o espelho das mãos de Harry.
- Posso explicar mais ou menos como funciona, mas vocês não acham que devíamos seguir o conselho de Dumbledore? – Carlinhos perguntou, porém, parecendo menos impressionado que os demais.
Mesmo Rony que já tinha visto Dumbledore falar estava bestificado ainda.
- É isso, gente! Vamos!
E eles pegaram suas vassouras e saíram. Agora, todos ao redor de Carlinhos a espera de que ele falasse. Ele parece ter percebido, por que logo começou a dizer.
- Quando eu estudei em Hogwarts, corria o boato de que a alma da pessoa podia ficar presa a um objeto. Os espelhos seriam mais usados, por que a pessoa podia ser vista e não apenas ver a outra.
- Dumbledore nunca faria uma horcrux. – Harry disse tentando explicar que não podia ser essa a explicação.
- Claro que não. – Carlinhos falou serio. – Isto não é uma horcrux. Ele não dividiu a alma, ela a transferiu.
- Transferiu? – Todos perguntaram por uma mesma boca.
- É! Dizem que Dumbledore inventou esse tipo de magia, que só pode ser usada para o bem, e depende de um juramento. Dessa forma, eu imagino que Dumbledore jurou ajudar Harry na luta contra vocês – sabem – quem, e deve desaparecer quando a guerra entre Harry e aquele – que – não – deve – ser – nomeado acabar.
Todos ficaram mudos. Harry percebia que, caso isso fosse mesmo verdade, Dumbledore havia dado a ele mais uma chance para matar Voldemort. Seria a prova viva do que ele mesmo pregava: O amor! Não. Dumbledore não podia ter feito uma coisa dessas só para ajudá-lo, por que isso significava que ele não estava descansando. Sua alma havia ficado presa a terra só por dele, Harry Potter.
- Carlinhos?
- Sim, Harry.
- Isso pode mesmo ser possível?
- Essa é única explicação que eu teria, Harry. Mas, como eu disse, era apenas um boato.
- Talvez seja verdade, Harry. Lembra que a Hermione disse que nunca tinha lido nada sobre espelhos mágicos?
Sim, Hermione havia dito isso e dito também que Duda estava dominado pela Imperius. Como acreditar? Bem, ele mesmo respondeu, por que conhecia a amiga. Hermione faria de tudo para ajudá-lo e ele a ajudaria agora, mesmo sem entender por que Hermione não desafiou os pais.
Eles chegaram. Harry nunca foi a casa de Hermione, por que Hermione sempre estava na casa de Rony. Mas, ali estava ele agora. Voldemort podia estar lá dentro agora. E Hermione estaria sofrendo pelo que Harry lhe proporcionava. Gina pareceu ler os pensamentos do namorado.
- Calma, Harry! Se ficar nervoso não vai ajudar nada, ta bom? Você não é culpado, nem Rony, nem ninguém. Eram os pais dela e ela os ama. Pertence ao mundo deles antes de fazer parte do nosso.
As palavras de Gina entraram em sua mente e acalmaram o seu coração. Pois, ele mesmo, até o dia em que fez onze anos, nada sabia sobre o mundo a que pertencia. Era hora de partir pro ataque. Mas nesse momento, Harry percebeu que um grupo de pessoas aparatavam no quintal dos Grangers.
- Psiu! – Ele fez para que todos se calassem, pois cada um debatia quem mataria quem e todos ficaram em silencio absoluto. – Aparataram no quintal. Vamos cercar a casa e pegá-los de surpresa, certo? – Harry falou num sussurro, mas todos compreenderam.
E eles cercaram a casa. Dividiram-se em dois grupos para atacarem pelos lados e começar a luta que travariam a partir desse momento. Gina, Harry e Rony foram pela direita, enquanto Carlinhos, Fred e Jorge seguiam pela esquerda. Harry comandando o primeiro grupo e Carlinhos o outro, indo, ambos na frente, varinha na mão, esperando para dar o golpe final. Teriam que agir num mesmo momento ou então não daria certo.
Concentraram-se. O coração batendo forte. A varinha firme. Harry sabia que tinha de proteger os demais. Prometera isso a senhora Weasley e não deixaria que mais nenhum comensal da morte matasse um dos seus. Não deixaria que eles ficassem vivos para comemorar, nem que morresse tentando.
- Hora de atacar! Harry olhou. Seus amigos estavam bem atrás dele. Ninguém vinha mais. Não ouvia mais nenhum barulho, mas sentia a presença das pessoas. Achou aquilo estranho, pois, não sentia a presença de maldade nenhuma. – Vamos, com calma, ta? Vamos olhar quem é, antes de atacar.]
- Mas, Harry...
- Por favor! Olhem primeiro, certo?
- Ta – Gina respondeu rápido. – Vamos?
- Quando eu dizer três. – E, à medida que ia falando, ia, também deixando a varinha aparecer e desaparecer para Carlinhos ver. – Um. – Respirou fundo – Dois. – Olhou de novo o local onde estavam. – Três!
E correram cercando as pessoas que tinham acabado de aparatar no quintal da casa de Hermione. Eles e os demais levaram um tremendo susto. Todos com suas varinhas nas mãos.
A diretora McGonagall colocou a mão no peito. O senhor Weasley riu para os meninos e Tonks os elogiou:
- Ótima estratégia. Nos pegaram de surpresa!
Além desses, estavam também a senhora Weasley, Moody, Hagrid e Lupin.
- Mas, vocês ficaram em casa quando saímos! – Carlinhos exclamou sua admiração. – E, eu disse que cuidaria deles, mamãe.
- Mas eu quis ver isso de perto, querido!
A senhora Weasley parecia preocupada, aliviada e feliz ao mesmos tempo, mas Harry teve uma intuição.
- Bom, acho melhor entrarmos. A Hermione já esta tempo demais nas mãos de Voldemort.
- Harry... – A diretora McGonagall exclamou – Você tem certeza?
- Sim!
- Tem alguma a ver com o espelho?
Harry olhou para todos, mas eles pareciam não saber do que ela estava falando, alias, pareceu a Harry que só Gina prestava atenção ao que eles conversavam.
- Tem. Mas será que podemos falar sobre isso depois?
- Claro!
E Minerva sorriu para ele. “A morte de Dumbledore não fez bem a ela, ou fez bem demais” Harry pensou enquanto retribuía o afetuoso sorriso.
- Atenção, gente! – Harry chamou e eles fizeram um circulo – Eles ainda não nos viram, se não já teriam vindo nos encontrar. Minha idéia é ficarmos em duplas e entrarmos por lugares diferentes. Assim, podemos surpreender vários ao mesmo tempo. Acho que vai ser fácil, por que o lugar não parece estar muito vigiado.
E só aí caiu a ficha de Harry. Cadê os comensais da morte? Por que eles não estariam todos ali se Hermione está sobre o domínio do mestre deles e sabe que ele viria.
- O que houve, Harry? – Gina olhava pra ele desconcertada. Está tudo bem?
- Sim! É uma armadilha!
- Como você sabe? – Tonks olhava pra ele séria.
- Pegaram Hermione, não tem comensais da morte, não me mandaram recado nenhum, a não ser o sonho, que não significa prova alguma, assim, eu não envolveria ninguém com medo, pelo o que aconteceu com Sirius.
- Por Merlim! – Senhora Weasley não se conteve.
- Vamos continuar com o plano, mas... – Harry parou, olhou para eles. – Quem achar a Hermione vai me chamar. Eles me querem!
- Harry... – Gina começou, mas Harry a interrompeu.
- Todos vocês estarão lá também, pra me ajudar, não é? Mas não quero que corram riscos, que ninguém morra, nem que levem mais ninguém da gente. E, vamos logo, estamos perdendo tempo.
E eles se arrumaram rápido, mais ou menos, cada um sabia com quem ia. Fred e Jorge; Lupin e Tonks; Carlinhos e Moody; McGonagall e Hagrid; O senhor e a senhora Weasley; Rony, Gina e Harry.
Cada um escolheu um lugar para entrar. Harry escolheu a porta da frente e deu a volta, mas, quando iam saindo da lateral Harry viu que tinha duas pessoas conversando na porta.
- Tem gente aqui na frente. – Harry disse num sussurro.
- Vamos entrar por aquela janela, então. – Gina sugeriu.
- Mas não sabemos onde ela vai dá. – Rony falou.
- Eu sei! – Gina disse exaltada.
- Vamos ter que entrar agora, rápido. Eles nos ouviram.
E Gina entrou primeiro, olhou a sala da casa de Hermione.
- Venham!
Rony entrou também. Olhou em volta para ver se via Hermione, mas Gina olhava a janela e Harry não entrava. Ela não o via.
- Rony! Cadê o Harry?
Rony também olhou pela janela, mas também não o viu. Seu coração batia descompassado, ele não conseguia pensar em nada. Gina estava eufórica, se dizendo “Pegaram ele! Pegaram ele! Eu não devia ter vindo primeiro. E agora?”
- Eu vou sair!
- Fale baixo ou alguém vai nos ouvir!
- Não precisa dizer isso, Weasley! Eu, acostumado que sou a ouvir vozes de podres, já os ouvi.
Eles se viraram para olhar para a cara de quem estava falando, mas o jeito da voz, o timbre, a cheiro não restava dúvidas. Snape! Ficaram se olhando pesando em algo desaforado para dizer, mas ambos sentiam raiva pela posição do outro e não tinham idéia do que fazer.
- Bem, acho que vou ter que matar vocês pra que Harry Potter apareça.
- Não será necessário.
A voz de Harry foi ouvida, estava calma. Snape, Rony e Gina procuravam de onde a voz vinha, mas não viram Harry em lugar algum.
- Você era mais corajoso antes, Potter! – Snape tentava descontrolar, desestabilizar Harry.
- Você também costumava ser diferente quando era um garoto. Acho que não tinha muita audácia.
- Você não sabe nada de mim, Potter! – A voz de Snape continuava igual, mas seu corpo provava que ele estava ficando nervoso. – Mostre-se agora. Eu estou mandando, se não...
- Se não, o quê? Você vai me dar uma detenção? – E Harry riu. – Acho que não tem mais poder algum sobre mim, desde o dia em que, pra sua infelicidade, tentou matar Dumbledore.
- Que historia é essa de tentou matar? Você anda conversando com ele, Potter?
Snape se recompôs. Harry percebeu que deu bandeira e tratou de se corrigir. Não queria nada que Voldemort soubesse que ele podia se comunicar com Dumbledore.
- As pessoas boas não morrem nunca, deixam legados que são imortais. Isso não é o seu caso, não é, Severo?
- Cuidado com o que diz, sua namoradinha está bem aqui, no meu campo visual, posso fazê-la sofrer no seu lugar. E você não tem permissão de usar meu nome.
- Ahh, que pena que você não pode me dizer o que fazer. Que tal tentar mexer em Gina? Seria uma pena que você morresse assim, eu queria te matar com minhas próprias mãos, mas...
- Do que você está falando?
- Estou falando em amor, Severo. Em amor! Pena que você não seja capaz de entender, mas, vou te consolar, também demorei pra acreditar na força do amor.
- É melhor você aparecer, Potter...
- Shhh! Chega de brincadeira. Quero que vá agor atrás de Hermione. Quero vê-la.
- E você acha que poderá levá-la sem ficar no lugar dela?
- Depende de quem vai tentar me segurar.
Snape se exaltou. Harry estava brincando com fogo e Gina estava ficando amedrontada.
- Você se acha muito poderoso, não é? Então por que não tenta aparecer e me enfrentar de peito pra peito?
- Por que se que fizesse isso, demoraria mais para ver tua cara de medo.
Gina fez um gesto, Harry percebeu que ela ia usar a varinha.
- Gina, não! Você pode se machucar!
Ela procurou por ele mais uma vez. Não o viu.
- Gina... Sei o que estou fazendo. – Ele pensou numa maneira de a fazer entender. – Pedi uma ajudinha.
- Ajuda? Mas... Está bem!
- Cara, a Mione!
Harry então lembrou que o plano era ele ir atrás de Hermione e não ficar travando uma luta com Snape. Percebeu que errou. Podia ter colocado a vida dos outros em risco. De repente a ficha caiu: “aonde estão os outros?”.
Harry teria que aparecer. Teria que fazer um plano diferente, mas ouvia as vozes de Fred e Jorge gritarem pelo corredor atrás de Snape:
- Harry! Corre! Hermione!
Rony tentou mexer-se, mas não conseguiu se mover. Gina esperava paciente, mas Rony estava realmente nervoso e não queria esperar.
- Seja lá o que você fez, Harry, quero ver a Mione agora. – Percebeu que estava se exaltando. – Por favor! Disse mais calmo, mas não menos nervoso.
Harry não tinha mais escolha, teria que aparecer e lutar com Snape. Teria que usar Gina e Rony a seu favor, teria que arriscar a vida deles, por que sabia que Snape é um bruxo habilidoso.
“Bem, hora de se revelar”. E ele apareceu atrás de Gina e Rony. Bem onde ele caiu quando pulou a janela. Chegou perto de Gina.
- Vou precisar de você, querida!
- Eu vim aqui para isso.
E Harry olhou para Sanpe. Seu ex-professor sorria.
- Ah, até que enfim. A capa da invisibilidade, mas como sua voz vinha do teto?
- Um feitiço que um amigo me ensinou.
- Muito bom! Me confundiu.
- Ainda não é o suficiente pra mim.
- Que pena! Por que você não pode fazer mais que isso, não...
- Por que você matou Dumbledore?
- Sabe, você não merece, mas vou te contar a historia toda. Sentem-se. – E fez com que as cadeiras da mesa deslizassem até eles, mas nenhum sentou-se. – Vamos, sejam educados.
- Não enrola, ta? – Rony estava irritado.
Harry achou melhor deixar que ele fosse ao encontro de Hermione.
- Rony...
- Oi, Harry!
- Vá! Sei que quer vê-la. Estou bem! Vá lá!
Rony queria ir, mas queria ficar com Harry e com Gina. Queria ajudá-los a derrotar Snape.
- Vá, Rony. – Gina disse. – Se ficar aqui pensando nela, vai atrapalhar ao invés de ajudar. Eu cuido do Harry!
E Rony não se conteve mais. Foi atrás de Hermione. Ao passar por Snape, parou, olhou bem para ele e disse:
- Você está acabado, cara!
Snape ergueu a varinha e colocou-a bem na testa de Rony.
- Acho melhor você não fazer isso. – Disse a diretora Minerva McGonagall.
Apesar de saber que não tinha mais coisa alguma a perder, Snape baixou a varinha e a apertou com força no punho. Sua cólera se expandindo por todo o seu corpo.
- E eu também gostaria muito de saber a historia toda. Hora da verdade, Severo. – A professora Minerva voltou a falar. Snape sentou-se parecendo avaliar a situação. – Fiz um encantamento, ninguém mais entra nessa casa e eu sei que só há você nela.
- Tem pessoas lá fora! – Snape falou cabisbaixo.
- Não tem! Feitiços Snape, também sou muito habilidosa com eles.
Além de McGonagall, todos os outros estavam também, inclusiva, Hermione. Ela saiu do meio das pessoas, seu olhar procurando alguém que Harry logo soube quem, quando percebeu que seus amigos se viram. Rony foi até ela devagar, cauteloso, com medo do que podia acontecer para eles, mas sem poder mais ficar longe dela. Ela sorriu para ele e o abraçou. O abraço de quem imagina que nunca mais verá a pessoa e a reencontra, um abraço tão mágico que nenhuma magia seria capaz de fazê-lo.
Snape respirou fundo. Havia perdido. Sentiu nesse momento que escolheu o caminho errado, mas o outro caminho o levaria a morte.
- Bem, a história é simples, mas não pretendo repeti-la.
- Fale logo, Snape! – Harry já não conseguia se conter. Já não olhava mais os amigos, já não sentia mais a emoção de Hermione e Rony, já não sentia mais o perfume de Gina, o ódio lhe invadia com toda a força, de todas as maneiras.
- Não pode mandar em mim, Potter! – Snape falou com desdém. – A verdade é que foi o próprio Dumbledore que providenciou a sua morte.
- Dumbledore? Você está ficando louco? – Harry não podia acreditar no que estava ouvindo.
- Vai me deixar falar ou não, Potter?
- Harry?
- Tudo bem, professora. Desculpe!
- Como eu ia dizendo: Quando eu voltei, bem, quando Harry afastou o lorde das trevas da sociedade bruxa, eu voltei. A verdade é que já havia voltado um pouco antes, quando percebi que o lorde negro estava perdendo o foco, matando demais, perdendo apoio, transformando tudo em nada, e eu pensava que mundo ele iria governar se matasse todas as pessoas do mundo? Então, decidi que era hora de deixá-lo, mas tinha um problema: aonde eu podia morar e ficar protegido dele?
“Foi aí que eu lembrei do Dumbledore, o único bruxo que meu mestre temia. Minha única saída era ter com ele, mas mesmo assim, teria que pagar um preço por isso, e me ofereci para vigiar o lorde das trevas.”
“Mas sair não foi assim tão fácil. Dentro, ainda mais difícil e acabei me tornando um agente duplo. Sei que querem perguntar por que Dumbledore acreditou em mim. Bem, primeiro por que Dumbledore acredita muito no amor que as pessoas têm e segundo por que Dumbledore acreditava no amor que ele mesmo tinha.”
“E não me olhem com essas caras. Não era a mim que ele dedicava e nutria amor. Era a minha mãe. Dumbledore disse a ela, quando ela estava pra morrer, que me protegeria. Potter mesmo é um exemplo de como ele tem compaixão pelos órfãos e até mesmo o lorde das trevas.”

“O fato é que nas férias do ano passado, Narcisa me procurou, e, para não contar a verdade que conto a vocês agora, tive que fazer um voto perpétuo de que faria a missão de Draco caso ele falhasse. E a missão de Draco era matar Dumbledore.”
“Draco é apenas um garoto e não pode cumprir sua missão. Triste fim, para mim, para ele e para Dumbledore. Eu matei dumbledore, matei Draco sob as fúrias do lorde negro e serei morto muito em breve.”
Todos estavam calados. A voz de Snape tornara-se serena, Harry mal reconhecia a voz fria do seu professor de poções e defesa contra as artes das trevas, mas em seu coração pensava: “melhor assim”.
- Portanto, Harry, - Snape olhou para Harry, usando seu primeiro nome e Harry custou a acreditar. – Agora, pode me matar!
- Não. Ele não pode fazer isso. – Gina se pos na frente na Harry – por que ele não é como você ou como Voldemort, ele é o meu Harry e o Harry que eu conheço não mataria alguém sem que ele merecesse de fato.
Harry colocou a mão no ombro de Gina e perguntou:
- Você não acha que ele merece de fato morrer? Ele matou Dumbledore.
- Eu sei disso, Harry! – e olhou para Harry, olhou bem nos olhos – mas não suje suas mãos com Snape. Sabe muito bem que ele vai acabar tendo o que merece. Deixe que a vida o pague.
Harry refletia. Gina podia ter razão. Talvez não fosse assim bom matar Snape. Sujar suas mãos com ele. E, se prendessem Snape, ele ainda poderia levá-los até Voldemort. Isso! Usaria Snape como mapa na luta dele contra Voldemort.
- Professora?
- Sim, Harry?
- Será que podia vir até aqui, por favor?
- Claro!
E ela se encaminhou até onde Harry estava. Harry deu as costas a Snape e cochichou para McGonagall:
- Acha que poderíamos manter Snape preso?
- Acho que sim, mas...?
- Estive pensando se não seria bom termos ele por perto quando quisermos encontrar Voldemort.
- Sabia que pensaria numa boa solução.
E olhando para Lupin e Gui disse:
- Prendam-no!
- O quê? – Snape ia protestar.
- Cale-se! Você não está em situação de decidir nada.
E ele se calou.

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