Epílogo

Uma Virada do Destino
Hinge of Fate
Autora - Ramos
Tradução - Clau Snape
Beta reader - Bastetazazis
Disclaimer: Estes personagens são de propriedade de J.K. Rowling. Nenhum lucro foi obtido pelo seu uso.
Cap. 22

Sumário: Epílogo - mais fofo impossível.

~ Vários anos mais tarde ~


- Eu colocarei o Chapéu Seletor em suas cabeça. Quando ele anunciar sua casa, vocês tomarão seus lugares naquela mesa. - A bruxa alta, de cabelo avermelhado já com várias mechas grisalhas, seu chapéu ainda tão curvado como sempre, ajustou seus óculos quadrados e começou a ler os nomes no longo pergaminho em suas mãos.

- Ambrose, Stephen.

Quando o menino veio para frente, o chapéu foi colocado em sua cabeça, e a primeira criança daquele ano letivo foi escolhida para a Corvinal. O Diretor Dumbledore assentiu em aprovação enquanto a mesa da Corvinal aplaudia e dava boas-vindas a seu membro mais novo.

O Salão Principal de Hogwarts pouco mudara ao longo dos anos. A única diferença notável era uma bandeira relativamente nova que estava pendurada entre os outros brasões expostos e a tapeçaria cavalheiresca. Nela, um jovem de cabelos pretos desarrumados estava parado, cabisbaixo, sobre um monte de vestes pretas e cinzentas. Uma única mão débil se projetava destas vestes com garras brancas e escamosas. O jovem sustentava uma espada quebrada em uma mão e, se olhassem de perto, suas vestes vermelhas eram realmente um uniforme de Quadribol.

A imagem era conhecida como “A Espada de Gryffindor”, e era uma reprodução da famosa foto tirada por Colin Creevey momentos após a derrota de Voldemort. A foto fora chamejada através da página principal da edição especial do Profeta Diário no dia após a batalha de Hogwarts. Harry autografara milhares de cópias nos anos a seguir, e a imagem parecia destinada a equivaler a “São Jorge matando o dragão”, pelo menos nos anais da história da magia. Uma das primeiras cópias dessa foto estava pendurada no escritório do Diretor, envolta em uma moldura cromada simples e relativamente barata. Somente Alvo Dumbledore e Severo Snape davam qualquer importância ao pequeno prego de cabeça quadrada deveras feio que o prendia a parede.

Parada próximo ao final da multidão das crianças que obstruíram o espaço em frente à mesa principal, uma menina nova com cabelo preto cacheado esperava, suas mãos apertadas em expectativa. Infelizmente, ela teria uma longa espera. Aluno após aluno foi chamado à frente e escolhido, cada um recebendo aplausos de suas novas casas, até que finalmente a Profa. McGonagall leu seu nome.

- Snape, Elizabeth.

Assim que o chapéu velho e esfarrapado cobriu suas orelhas, ela teve um vislumbre de seus pais parados na porta de trás do salão, entretanto ela era a única pessoa que podia ver através do feitiço não me note do seu pai. Quando Elizabeth fechou os olhos e se concentrou, uma voz falou, aparentemente entre suas orelhas.

Ah, ha! Outro Snape. Bem, o que devo fazer com você?

Repetidamente, ela entoou o nome de sua preferência em sua cabeça, e a voz riu.

Você tem certeza disso? Causará um bom impacto, você sabe! Muito bem então, você deve ser…

– Lufa-Lufa! - gritou o chapéu alto.

A mesa da Lufa-Lufa aplaudiu, junto com o reconhecimento superficial de outros alunos das várias mesas, mas uma salva de vaias levantou-se da mesa da Sonserina. Um menino, sentado entre seus colegas do terceiro ano, fez um megafone de suas mãos e vaiou alto.

- Sr. Snape! Isso já foi demais!

- Ah, não enche, Will! - retorquiu o menino mais novo, olhando de cara feia sobre a mesa para seu companheiro Sonserino. – Só porque você é o Monitor Chefe…

- Edward Snape! Não me faça tirar pontos da casa já! – silvou de volta o Monitor Chefe. O cabelo preto curto de William Snape agarrado na cabeça em cachos sôfregos lhe rendeu o apelido de “deus grego” desde seu primeiro dia em Hogwarts. A cabeleira marrom de seu irmão mais novo era mais reta e suficientemente longa colocada atrás das orelhas, mas ambos tinham o nariz proeminente do pai.

Do outro lado da sala, uma menina da Grifinória se virou a procura de um rosto idêntico na mesa da Corvinal. Athena Snape e Diana Snape trocaram um olhar de irritação mútua na estupidez dos irmãos antes de voltar para seus respectivos colegas com movimentos combinados de suas longas tranças pretas.

Yarmouth, Ellen se transformou na última Grifinória, e a Profa. McGonagall pegou o chapéu e o banquinho ao lado do salão enquanto a menina se apressou em se juntar à sua nova casa. Na mesa principal, o Prof. Dumbledore, sua barba transformada em mais algumas camadas brancas, os ombros estreitos um pouco mais ossudos, parou e levantou as mãos pedindo silêncio..

- Eu estou tremendamente contente de vê-los todos aqui esta noite. Bem vindos! Bem vindos aos alunos novos, e bem vindos a todos aqueles que estão retornando. Antes da festa, eu tenho alguns anúncios a fazer.

- Primeiramente, eu gostaria de anunciar que o novo campo de Quadribol estará terminado a tempo para nosso primeiro jogo. Nosso instrutor do vôo, Prof. Weasley, estará usando o campo antigo para lições de vôo, melhor que o pátio usado tradicionalmente uma vez. O Sr. Filch informou-me que todas as estátuas em torno do pátio serão substituídas ou reparadas após um acidente extremamente infeliz do ano passado, e ele ficará encantado se elas permanecerem dessa maneira.

Os alunos aplaudiram polidamente. Na mesa da Corvinal, um menino gorducho do segundo ano ficou de um vermelho brilhante e olhou fixamente determinado para seu prato quando um Grifinório sob a capa do anonimato gritou:

– Bom trabalho, Longbottom!

- Em segundo lugar, eu gostaria de dar boas-vindas a nossa nova professora de Poções, Srta. Victoria Snape. A Profa. Snape recebeu recentemente o título de Mestre em Poções, e é, eu acredito, a pessoa mais nova a receber esse título. Eu estou completamente satisfeito dela ter decidido se juntar a nossa equipe de funcionários.

À esquerda de Dumbledore, uma jovem alta inclinou sua cabeça para reconhecer o elogio do diretor. Ela devia ter corado, ou talvez fosse apenas o calor no salão, mas certamente ela notou quando Rony Weasley se inclinou abruptamente para frente para olhar melhor na mesa principal para a nova Mestre de Poções. Ele não vira Victoria desde quando ela era uma encrenqueira de quinze anos, mandona e de joelhos saltados, subindo em árvores no quintal do Harry e discutindo fervorosamente por que os Piratas de Bristol eram um time melhor que os Canhões de Chudley.

Ela parecia muito diferente agora.

A Profa. Snape levantou uma única sobrancelha preta para o Prof. Weasley. Ela recebeu um sorriso forçadamente audacioso em resposta - mesmo perto dos quarenta, Rony Weasley mantinha um encanto jovial e um ar do tipo que o diabo gosta. Ela voltou sua atenção ao Diretor, mas uma sacudida de cabeça causou uma cascata de ondas pretas talvez um pouco mais nervosa do que ela geralmente teria.

Na entrada do Salão Principal, os olhos afiados de Severo Snape não perderam o lance.

- Se Rony Weasley fizer algum movimento em direção a Victoria, eu vou azará-lo até que ele não consiga prender qualquer coisa entre suas pernas outra vez, quanto mais uma vassoura! – ele rosnou na orelha da esposa.

- Ora, Severo, você sabe tão bem quanto eu que Victoria faz exatamente aquilo que ela quer - Hermione sussurrou ao homem que estava a seu lado. - Se ela não gostar de seus galanteios, ela vai repreendê-lo com essa língua afiada que herdou de você.

- E se ela gostar? – ele retorquiu, num tom gelado.

- Bem, então, ela provavelmente herdou a queda por homens mais velhos da mãe - Hermione respondeu com um sorriso antes de pressionar um beijo no rosto de Severo acima de sua barba bem feita. Assim como o cabelo, ela estava marcada aqui e ali com prata e a coloração dramática combinava com o rosto escarpado e aristocrático.

- Não tão ruim quanto Elizabeth ser colocada na Lufa-Lufa - ele resmungou. - A idéia de Rony Weasley como genro é mais do que meu estômago pode suportar.

- Lizzy odeia causar uma discussão - Hermione o lembrou. - Você sabe que todos seus irmãos e irmãs têm exercido pressão sobre ela desde que Edward se tornou um Sonserino. - A rivalidade entre as Casas era um termo que alcançara uma definição nova na casa dos Snape com dois Corvinais, dois Sonserinos, e dois Grifinórios, todos querendo que a irmã mais nova fosse selecionada em suas respectivas casas.

- É tão ruim que Henry não possa estar aqui para ver sua irmã menor selecionada.

- É seu primeiro dia na escola também, Hermione. Embora, por que ele teve que ir para a América de todos os lugares com universidade, eu nunca saberei. - A voz de Severo Snape era tão brutal e sarcástica como sempre, mas sua esposa sorriu meramente indulgente com seu tom truculento. A escolha do filho mais velho fora recebida com pouco entusiasmo por seu pai, mas o jovem tinha a característica teimosia da mãe e ganhara finalmente a benção do pai para cursar à faculdade de sua escolha.

Hermione Snape inclinou-se de encontro ao peito do marido e suspirou:

– Ficará tudo tão quieto em casa, agora que todas as crianças estão na escola. Eu não sei se eu agüentarei a falta de barulho.

- Humm - Severo acarinhou a orelha da esposa e deixou cair um beijo abaixo dela. - Eu disse que nós poderíamos ultrapassar os Weasleys. Seria somente um a mais.

- Nem comece, Severo - ela o advertiu. - Um time inteiro de Quadribol são crianças mais do que suficiente. Você e eu adiamos diversos projetos, e ainda há tempo de nós cuidarmos deles. Existem coisas a serem feitas.

- Você está absolutamente certa - ele disse robustamente. - E a primeira coisa que eu quero é fazer amor com você no meio da sala de estar.

- Severo! - Hermione protestou, rindo fracamente enquanto ele a puxava para mais perto e plantava outro beijo na parte de trás de seu pescoço.

- Hermione! - Severo devolveu o mesmo tom de voz, descansando a testa de encontro à parte de trás de sua cabeça dela, o nariz enterrado no cacho frouxo de cabelo recolhido na nuca. - Você percebe que esta será a primeira vez em vinte e dois anos que nós teremos a casa inteira por mais do que um único fim de semana? Se Harry e Gina não pegassem as crianças um pouco em cada verão, eu não sei como eu poderia ter mantido minha sanidade.

- Humm - Hermione comentou pensativamente. - Bem, o que nós temos de cuidar primeiro... os experimentos com escamas de sereias que nós falamos no último mês com Herr Doktor Hermengard, ou a poção misteriosa de nosso adorado Ministro da Magia…

- Somente você chamaria Arthur Weasley de “adorado” - interrompeu seu marido afiadamente.

- Arthur é adorável. Aquele Auror agradável que nos trouxe a poção para testar até mesmo disse “Que Fudge?” quando eu o mencionei.

- Um tributo apropriado ao atrasado, não lamentado Cornélio Fudge - Severo comentou.

- Você está evitando a pergunta. - O sorriso em seus olhos camuflava o resmungo em sua voz. - Onde nós começamos?

- Depois que nós fizermos amor em frente da lareira da sala? Eu realmente não me importo.

- Bom então, o que nós estamos esperando? – ela ronronou, beliscando o lado de baixo de seu maxilar.

- Até parece que eu sei - Severo Snape murmurou, e atacou. Felizmente as crianças no Salão Principal faziam bastante barulho para cobrir as gargalhadas estrepitosas que Hermione soltou quando ele a puxou sobre seu ombro e prosseguiu carregando-a, os pés acenando o ar, fora do Salão de Entrada de Hogwarts e voltaram para sua casa

Fim, de verdade.

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N/T – Agora sim! Apesar dos capítulos estarem prontos desde a semana passada, nós demos uma pausa para ler o livro 7 e só agora que o final chegou realmente. Como minha primeira experiência em tradução, quero dizer que foi muito prazeroso não só o exercício, como também poder receber tanto carinho das pessoas que puderam conhecer esse trabalho magnífico da Ramos. Só tenho a agradecer às minhas betas anjos, às Snapetes, e todos os outros leitores. Como essa experiência foi boa em breve estarei com outra fic ótima do nosso amado casal. Meus eternos agradecimentos e muitos beijos em todos.

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