O estranho da caverna



Harry levantou cedo novamente, com a mesma dor de cabeça do dia anterior, só que desta vez ela estava um pouco mais forte, mas novamente ele não se preocupou com isso, simplesmente andou até o banheiro, fez toda a higiene matinal, trocou de roupa e acordou Rony.

“Anda logo cara, vai acabar se atrasando desse jeito” disse ele gritando no ouvido do amigo que levantou de um pulo só.

“Irmão, você gosta de me assustar” disse ele com a mão no coração e suspirando.

“Ninguém mandou você querer imitar a bela adormecida” disse o moreno.

“Quem?” perguntou Rony do banheiro.

“O inferno, anda logo cara” disse Harry e saiu deixando Rony com cara de abobado.

Harry caminhou até a entrada do castelo passando direto pelo saguão principal sem tomar café, sentou-se nos degraus da entrada e ficou olhando os pássaros voando ao longo da floresta proibida, sentia-se estranho de novo, a dor de cabeça parecia estar mais forte agora do que quando acordou, ele balançou a cabeça, levantou-se e foi tomar café.

Quando estava se virando, sentiu uma tortura e acabou por se ajoelhar levando as duas mãos à cabeça, a sentia latejar como se fosse uma bomba prestes a explodir, então ele abriu os olhos e mesmo com os óculos toda a sua visão estava embaçada, não conseguia enxergar nada a sua frente, só havia borrões, então ele sentou-se novamente, respirou fundo e fechou os olhos.

Logo a dor desapareceu, não por completo, e ele conseguia enxergar de novo.

“O que esta acontecendo comigo?” perguntou para si mesmo e foi tomar café.

Ele sentou-se ao lado de Gina e cumprimentou-a com um beijo.

“Onde estava? Rony havia dito que você saiu antes dele do dormitório” disse a ruiva.

“E eu sai, só que fui lá fora dar uma respirada no ar da manhã, estava com um pouco de dor de cabeça” disse ele já comendo.

“De novo?” perguntou ela.

“Sim, mas já disse que não é nada com que se preocupar Gina, esta tudo bem comigo” disse ele sorrindo.

“Tudo bem então, bom eu já vou indo, tenho transfiguração agora e não posso me atrasar” disse ela dando um beijo nele e saindo.

Harry terminou de comer e foi para a aula de Snape bem lentamente pensando na dor de cabeça que teve e nem pediu permissão para entrar, foi entrando como se estivesse em casa e logo se sentou ao lado de Rony e Hermione, colocou a mochila no chão e os pés sobre a mesa.

“Senhor Potter...” Snape começou, mas Harry o interrompeu.

“Já sei o senhor vai me descontar 10 pontos por que cheguei atrasado, mais 10 por não prestar atenção e agora mais 50 por ler a sua mente, o senhor não tem outro discurso para fazer não, quer que eu faça um ou você tem a capacidade mental suficiente para fazê-lo?” disse o moreno em tom debochado.

Todos estavam chocados com a atitude dele, Snape estava com uma cara furiosa e quando ia falar novamente para o moreno, ele mais uma vez o interrompeu,

“Esse eu também já sei, “Menos 50 pontos para Grifinoria Potter pelo seu desrespeito e me chame de professor seu aluno malcriado”, viu, já sei também” disse ele imitando o professor que realmente descontou todos os pontos dele e depois voltou a dar a aula.

“Hoje vamos aprender como se faz a poção da revigoração, ela recupera todos os encantamentos e feitiços que uma pessoa possa sofrer, menos é claro o da morte, as instruções estão no quadro, vocês tem duas horas para fazê-la, depois vamos testar algumas” disse o professor olhando para Neville que parecia apavorado novamente e depois para Harry que olhou para ele também e falou.

“Por que temos que fazer essa poção?”.

“Porque eu estou mandando” disse Snape.

“E por que você esta mandando?” disse de novo.

“Porque eu sou professor”.

“E quem disse que você é professor?” debochou de novo.

“Como disse?” perguntou Snape furioso.

“Além de burro ainda é surdo, quer que eu soletre para você? Eu perguntei quem D-I-S-S-E Q-U-E V-O-C-Ê É P-R-O-F-E-S-S-O-R?” falou soletrando as letras bem devagar, Snape olhou para ele com uma fúria imensa.

“DETENÇÃO POTTERRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR E MENOS 200 PONTOS PARA GRIFINORIA E AO FINAL DA AULA VAMOS TESTAR A SUA POÇÃO NO SEU AMIGO NEVILLE, VOU DAR A ELE O VENENO QUE MATA MAIS RAPIDO, VOCÊ TERA QUE SAIR DE SUA CARTEIRA PARA SALVA-LO E NÃO ACHE QUE EU NÃO FAREI” berrou o professor e foi se sentar.

Neville agora estava mais apavorado que nunca, sua vida dependia de Harry que parecia estar nem ai para a poção que fazia.

“Por que fez isso?” perguntou Mione furiosa para ele.

“Escuta bem, se você vai dar sermão nem fale comigo está bem, já basta o que vou tomar de minha mãe” disse ele serio.

“Você acha que eu ligo para quantos pontos você perde ou para sua NOVA mania de grandeza, pois está errado senhor Potter, eu quero saber como vai saber para salvar Neville já que a poção deveria estar azul claro e a sua esta...”, mas a garota se calou ao ver que a poção do amigo estava realmente da cor azul claro.

“Você dizia?” perguntou ele olhando para ela com cara de debochado.

Hermione nem respondeu para ele, simplesmente virou a cara e foi ajudar Rony que olhava o amigo com uma cara de quem diz “Se liga cara, vou te matar por isso”.

“Esta olhando o que Rony, nunca me viu?” disse ele para o ruivo antes de se virar para sua poção, deu mais uma ultima olhada e viu que estava tudo bem, na verdade a poção demorava praticamente duas horas para ficar completa e ele a havia feito em menos de meia hora, colocou os pés sobre a carteira de novo e adormeceu.

Ao final da aula Snape se levantou e falou.

“Muito bem, vamos se Longbottom esta com sorte hoje, está pronto Potter” perguntou Snape e Harry nem se moveu.

“Abra a boca dele Crabbe” disse Snape para o menino que se moveu até Neville e assim o fez.

As meninas da Grifinoria começaram a gritar e os meninos loucos para pular em Snape, Crabbe e Harry, o terceiro nem havia se movido.

“Você tem exatamente cinco segundos para salva-lo Potter” disse Snape e derramou um liquido verde na garganta de Neville que choramingava, assim que Crabbe o soltou, ele começou a se contorcer de dor, caiu nu chão, faltavam dois segundos, os movimentos diminuíram, um segundo, os olhos se fecharam e as meninas berraram, estava morto.

“Deixou que ele morresse Harry? O que você tem na cabeça?” perguntou Mione sendo segurada por Rony que estava louco para agarrá-lo, mas ele simplesmente sorria se levantou gargalhando alto.

Foi até o corpo de Neville e disse.

“Pronto Neville, já pode se levantar foi uma grande encenação” e quando terminou de falar, o que estava no chão abriu os olhos, riu junto com Harry da cara que todos fizeram.

“Mas como? Ele deveria estar morto?” perguntava Snape quase arrancando os cabelos sebosos.

“Você não achou mesmo que eu deixaria que ele morresse não é, enquanto você estava la bufando de raiva feito um touro babão, eu disse a Neville mentalmente a formula de um antídoto antigo que pode ser feito com os mesmos ingredientes da poção da revigoração, a única diferença entre as duas é que uma leva uma garra de morcego a mais que a outra, mas ela deve ser tomada antes de ser ingerido um veneno, já que ela funciona melhor que um bezoar, pois cura qualquer veneno, então disse a ele que fizesse uma encenação, você é um louco isso sim, teria matado um aluno” disse Harry surpreendendo a todos e saiu da sala antes que Snape falasse mais alguma coisa.

Logo a historia que Harry humilhou Snape em plena aula se espalhou pelo colégio e todos se espantaram com a coragem dele, está certo que havia perdido 270 pontos em duas horas, mas nada que Mione não recuperasse em mais duas, a menina ainda estava brava com ele e pela primeira vez ele não ligava, não se importava com mais nada, ele rumou para a aula de Hagrid e foi o primeiro a chegar.

“Olá Harry, você está bem?” perguntou Hagrid.

“Melhor impossível” disse o moreno e logo o resto da turma chegou e eles não puderam mais se falar.

“Bom garotos, hoje vou mostrar a vocês uma criatura realmente incrível, por favor, me sigam” disse Hagrid, os alunos se assustaram, as criaturas “incríveis” de Hagrid costumavam ser monstros aterrorizantes para as outras pessoas, Harry foi o primeiro a segui-lo e depois os outros o fizeram também.

Eles caminharam até a entrada da floresta, no cercado onde haviam aprendido sobre os hipogrifos em seu terceiro ano na escola, aula que ficou marcada para sempre na mente de alguns, só que a cerca estava diferente agora, havia uma imensa cerca de praticamente 15 metros de altura e havia duas portas, uma a frente dos alunos e uma do outro lado.

“Podem sentar-se nessas pedras e nesses troncos que eu já voltarei” disse o professor e adentrou na floresta enquanto os alunos se entreolhavam apreensivos.

Passaram-se mais ou menos cinco minutos quando o som de patas correndo e arrastando algo muito pesado foram ouvidos, os alunos se encolheram onde estavam sentados menos Harry que mais uma vez não se moveu, na porta ao fundo da cerca Hagrid entrou puxando um dos animais mais lindos que ele já vira na vida, pela cara que as meninas fizeram todas também haviam gostado dele, apesar da aparência feroz, era muito bonito, Harry olhou para Hermione que pela primeira vez parecia não saber o que era aquele animal magnífico.

“Bem pessoal eu gostaria q condissessem o Andorhal, ele é um...”, mas não terminou de falar, pois Harry falou.

“É um leão negro, mas eu achei que estivessem extintos?” perguntou ele sem entender.

“Vejo que sabe alguma coisa sobre esses animais Harry, poderia nos dizer” disse Hagrid sorrindo.

“Os leões negros são conhecidos por sua lealdade ao seu companheiro, são mais fieis que qualquer outro animal, são incrivelmente espertos desde que nascem, sua pele é tão resistente quanto o metal e suas garras dianteiras podem cortar qualquer coisa, tem uma pequena garra que contem veneno escondida entre os pelos de sua calda e os dentes tem as mesmas qualidades das garras, ou seja, podem cortar qualquer coisa” disse ele.

“50 pontos para Grifinoria pela perfeita explicação Harry, este é o ultimo dos leões negros, não existe outro igual, a pelagem é preta e resistente, os olhos vermelhos como o fogo dão a este belo animal um aspecto infernal, alguns dizem que ele foi criado no fogo do inferno, besteira na minha opinião, estes animais foram caçados até a sua praticamente extinção por causa que seu sangue tem poderes curativos” disse Hagrid.

“Mas como eles morrem se eles são praticamente invencíveis contra armas, já que a pele deles é muito resistente?” perguntou Draco.

“Bom, matar um leão negro não é tão difícil quanto parece, apesar de serem muito inteligentes, um simples envenenamento pode matá-los” disse o professor triste.

Harry ainda olhava o animal maravilhado, sentia-se vivo e forte em sua presença, era como se ele e o animal fossem um só, os dois se encaravam sem nem piscar, um parecia avaliar o outro.

“Alguém gostaria de se...” o professor mais uma vez nem terminou a frase e Harry já levantou a mão.

“É eu já deveria saber” disse Hagrid sorrindo enquanto Harry entrava na cerca, o meio-gigante rodeou a cerca pelo lado de fora e soltou a corrente que prendia Andorhal e o animal olhou diretamente para Harry e começou a rodeá-lo assim como Harry só que para o lado contrario, os dois mantinham o contato visual sem piscar mais uma vez, os outros alunos nem respiravam tamanha era a tensão do momento.

Harry sabia que um movimento em falso faria com que o animal o atacasse então se movia lentamente e deixava que o leão fizesse o primeiro movimento, Harry começou a se aproximar devagar em círculos com os braços estendidos e falava em uma língua diferente, uma língua que o leão parecia entender, pois cada vez que Harry parava de falar ele rugia, um rugido potente que fazia com que o moreno recuasse alguns centímetros, mas ele não ia desistir tão cedo, foi se aproximando do bicho que recuava, Harry estava a centímetros do animal agora, este com a boca escancarada mostrando os poderosos e mortais dentes.

“Fique calmo esta bem, não vou machucá-lo” disse Harry e finalmente Andorhal baixou a guarda e deixou que Harry lhe fizesse carinho, todos os outros alunos aplaudiam o moreno que sorria.

“Muito bem Harry, realmente muito bem, mais 50 pontos para a Grifinoria, muito bem pessoal, dispensados” disse Hagrid e todos começaram a deixar o gramado e voltar para o castelo.

“Você vai ter que me contar onde conseguiu o leão Hagrid, com certeza que vai” disse Harry depois de sair do cercado e olhar uma ultima vez para o animal que desaparecia na floresta negra pela porta que Hagrid havia aberto.

“Um outro dia Harry, agora tenho outra aula para dar, sexto ano” disse ele piscando para o garoto que sorriu e foi para o castelo, tinha um período inteiro vago antes do almoço.

Ele estava a meio caminho do castelo quando foi novamente atingido pela dor de cabeça, foi como se um pedra de duas toneladas caísse sobre sua cabeça, ele ajoelhou-se mais uma vez levando as duas mãos à cabeça, arregalou os olhos, parecia que iam saltar das órbitas, o coração batia muito rapidamente, parecia que ia arrebentar o se peito querendo sair, ele se levantou e se moveu o mais rapidamente para a arvore mais próxima, se escorou e caiu la desmaiado.

Sentia uma coisa quente em sua cabeça, um pano molhado, tentou se levantar, mas não tinha forças no corpo, abriu os olhos e só enxergou borrões indiferentes, tateou a procura dos óculos e os achou em cima de uma pedra, colocou-os e olhou a sua volta, estava em uma caverna, estava escuro la fora e dentro estava bem iluminado devido a uma fogueira, Harry sentia-se pesado e como se tivesse passado um elefante por cima dele, deitou-se de novo e ouviu passos, ficou alerta, mas de olhos fechados.

“Não precisa fingir que esta dormindo garoto, afinal ninguém consegue dormir de óculos” disse uma voz grave e forte.

“Quem é você?” perguntou desconfiado Harry.

“Não sou seu inimigo” disse o estranho sorrindo, havia algo nesse homem que Harry achava muito familiar, era alto, com cabelo branco que lhe tapava os olhos, havia uma tatuagem sobre a camisa que estava rasgada, era forte, mas parecia estar cansado.

“Eu me referia ao seu nome?” perguntou Harry tentando ser educado.

“Não precisa saber meu nome por enquanto, só o que precisa é de um bom descanso e amanha estará melhor, apenas durma” disse o homem.

Foi ai que Harry se lembrou de uma coisa.

“Que horas são?” perguntou apavorado.

“Já devem ser umas 20h00min por quê?” perguntou o homem.

“Essa não, o treino de quadribol” disse ele e saiu correndo da caverna “Eu voltarei” disse antes de desaparecer.

“Boa sorte garoto, vai precisar” disse o estranho baixinho.

Harry correu até se lembrar que podia desaparatar e aparatar dentro da escola e assim o fez, aparatou dentro da torre da Grifinoria, trocou de roupa rapidamente e desaparatou para o campo de quadribol.

Quando chegou, viu que o time ainda estava la e suspirou aliviado, viu Gina e Rony voando muito bem e quando ia subir Krum o chamou.

“Arry o que houve? O trreino começou as cinco horras” disse o treinador.

“Desculpe-me Krum, mas é que eu tive um problema, mas já estou bem” sorriu ele e Krum sorriu de volta.

“Esta tudo bem, só não se atrrase novamente, vou soltar o pomo parra você” disse o treinador e soltou a pequena bolinha de ouro no ar e viu Harry zunir para pega-la, Harry ficou mais alguma horas depois que o treino acabou enquanto os outros foram direto para seus dormitórios, Gina e Rony sequer olharam para ele, “será que estão bravos comigo?” pensou ele, mas o problema é que ele não se lembrava de nada que havia feito até a aula de Hagrid.

Ele desceu da vassoura e foi embora logo que a chuva chegou, era uma chuva estranha já que era uma noite estrelada, quando chegou à sala comunal da Grifinoria viu que ela estava vazia e resolveu ir direto para o chuveiro e depois cama.

Harry se levantou mais tarde que no dia anterior e sentia-se muito bem, arrumou a cama, trocou de roupa e foi se lavar, quando voltou para acordar Rony viu que o amigo já não estava mais na cama e o moreno estranhou, ai estava uma coisa que não era costumeira, Rony levantar-se antes dele, mas ele não deu bola e foi tomar café.

Ele chegou ao salão principal e viu os amigos sentados tomando café.

“Bom-dia” o disse e os outros simplesmente levantaram-se e foram embora sem dizer uma única palavra, uma coisa que ele estranhou muito.

“Pelo jeito a coisa esta feia para o seu lado Harry” disse Dino Thomas.

“Você acha?” perguntou ele.

“Com certeza” disse o moreno novamente.

Tomou o café e foi para a aula de herbologia junto com Rony, chegando la viu que era uma aula em dupla e rony ainda não tinha uma, então se aproximou.

“Posso?” pediu.

“Já que não tem outro” respondeu o ruivo seco.

Depois que a professora Sprout passou a tarefa Harry foi falar com Rony.

“Quer me dizer por que vocês estão bravos comigo?”.

“Não se faça de burro esta bem, vamos terminar logo isso que eu tenho que encontrar a Hermione” disse o ruivo.

“Droga Rony será que dava para me dizer por que estão bravos comigo?” insistiu.

“Você não se lembra do que fez ontem?” perguntou o ruivo estranhando.

“Só me lembro do que aconteceu depois que chegamos até a aula de Hagrid, antes disso eu naum lembro-me de nada” disse Harry sincero.

“Como que não?” perguntou o ruivo novamente.

“Parceiro, simplesmente não me lembro de nada que acontenceu antes da aula do Hagrid” disse Harry.

Rony não estava entendendo nada daquela historia, como Harry não se lembrava de nada, resolveu contar.

Depois de alguns minutos ouvindo o moreno olhou para o ruivo apavorado.

“O que?” disse.

“É isso mesmo que você ouviu” disse Rony sincero.

“Mas como eu não me lembro de nada disso? Eu não acredito” colocou a mão sobre a boca e continuou olhando o amigo.

Ouviu-se uma batida na porta da entrada da estufa onde os garotos estavam e depois de alguns segundos, a cabeleira ruiva de Lillian entrou e disse.

“Com licença Profª. Sprout, poderia me deixar dar uma palavrinha com Harry?” pediu ela gentilmente.

“Claro minha querida, Harry” disse a professora e Harry saiu atrás da mãe, se a historia de Rony era real, ele saberia agora mesmo.

Eles caminharam por alguns minutos até a entrada do castelo sem dizer uma palavra um ao outro, quando estavam quase chegando à porta, a mãe disse.

“Dumbledore tem algo para lhe dizer e depois nós iremos conversar muito serio sobre o que aconteceu ontem e não pense que não ficara de castigo além de ter que prestar a detenção mocinho” disse seria sem olhar para ele.

Harry parou ao lado da mãe e a frente de Dumbledore, ele tinha uma cara preocupada.

“Algum problema professor?” perguntou já sabendo a resposta.

“Sim Harry, temo que sim, já faz alguns dias que não temos noticias de Lupin e Tonks falou que ele não apareceu em casa também” disse Dumbledore.

“O que será que aconteceu com ele?” perguntou Harry.

“Achávamos que você tivesse a resposta” disse Tiago.

“Eu também queria ter, mas desde que tenho tido algumas dores de cabeça eu não consigo controlar muito bem os meus poderes, como ontem, já que eu não me lembro de nada que fiz antes da aula de Hagrid” disse o garoto.

“Você não se lembra do que fez ontem?” perguntou Lillian.

“Na verdade não” disse ele sincero.

“Bom parece que temos grandes problemas” disse Dumbledore.

“Com certeza” concordou Tiago.

“Um deles eu sei como resolver” disse Harry.

“Como?” perguntou Lillian, mas não obteve resposta já que o filho tinha sumido.

“Aonde ele foi?” perguntou a mãe preocupada.

“Foi ver o mestre dele, é o único que pode dizer por que ele não se lembra de nada que fez ontem e então ele poderá nos ajudar a achar o Remo” disse Dumbledore e se encaminhou para o castelo.

Harry adentrou no templo do dragão dourado e foi logo a procura de Kamahl, achou-o desfrutando de um bom almoço em baixo de uma grande arvore, ele sorriu ao ver Harry.

“Que bom vê-lo novamente Harry, vamos sente-se e me conte o que lhe traz aqui” disse o homem.

“Bom mestre, eu estou com grandes problemas” e depois contou tudo para o mestre que apenas escutava com atenção.

Depois de alguns minutos o homem falou.

“Harry, você é a pessoa mais complicada que eu já vi e treinei, com certeza que é eu já sei o que é o seu problema” disse o homem sorrindo.

“Então?” perguntou o garoto.

“Os seus poderes ainda não pararam de se expandir Harry, eles ainda estão se desenvolvendo, mas seu corpo não esta acompanhando este desenvolvimento, você esta treinando direito?” perguntou ele serio.

Harry estava muito vermelho agora, fazia dias que não treinava direito.

“Pela cara que fez eu suponho que não, então vou lhe explicar, seus poderes, como você já sabe, são ilimitados, mas o problema é que eles aumentam por conta própria e se seu corpo não esta preparado para receber este novo poder, ele lhe causar dor e essa dor trará o seu lado negro de volta, entende o que eu disse?” falou o mestre.

“Claro que sim mestre, então devo treinar para que meu corpo esteja pronto para receber novas descargas do meu poder que aumentara quando quiser, se não meu lado negro voltara como aconteceu ontem” disse o moreno por fim.

“Isso mesmo” respondeu o mestre.

“Muito obrigado” disse o garoto antes de partir.

“Boa sorte Harry, você vai precisar mais do que nunca agora” disse o mestre e voltou a saborear o almoço.

Harry aparatou de volta em Hogwarts e viu que já estava anoitecendo, subiu para o quarto e se arrumou para o treino de quadribol, olhou pela janela e viu o céu bonito e estrelado, mas sentiu um leve arrepio na espinham alguma coisa estava errada, ele foi tirado de seus devaneios por Rony que saira do banheiro.

“O que esta fazendo aqui em cima?” perguntou o ruivo.

“Na verdade nada, estava só olhando o céu e você?” devolveu a pergunta.

“Só vim trocar de roupa para o treino” disse o ruivo.

“Olha Rony, sobre ontem eu só queria que soubesse que eu sinto muito pelo que disse, e que sinceramente eu não lembro de ter dito aquilo” disse o moreno cabisbaixo.

“Tudo bem cara, mas não vamos tornar isso um momento de choro está bem, vamos só descer e jogar quadribol, capitão” disse o ruivo sorrindo e saíram abraçados como bons amigos que sempre foram.

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OS CAPS TAUM UMA MERDA....
EU SEI MAS COMENTEM...

VLW ABRAÇO A TODOS

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