Uma ruiva confusa?!



Capítulo 9

Uma ruiva confusa?!


-Ai, Merlim... – Lily falou debochada. – No que eu fui me meter...

-Nossa, Lily, valeu... – Sam falou falsamente irritada, no que a ruiva riu.

De repente, os três ouviram passos no corredor.

-Ah, não! – Tiago murmurou. – Entrem aqui! – ele abriu a porta do quarto dos marotos.

Sam passou pelo amigo correndo, mas escorregou. Tiago e Lily ouviram-na caindo o chão e murmurando um palavrão, irritada.

-Eu que não vou entrar aí. – Lily se irritou.

Os dois puderam ver uma silhueta virando o corredor.

Tiago, sem ao menos avisar, puxou Lily pela cintura para dentro do quarto. A ruiva reclamou, mas logo, os dois tropeçaram por Sam, que os xingou, ao ir para o chão, novamente.

-O que está acontecendo aqui? – Remo levantou, meio sonâmbulo da cama.

-Fecha a porta! – ele ouviu a voz dolorida de Sam.

O loiro obedeceu, e acendeu a luz.

-Ei! Eu estou tentando dormir! – Sirius sentou-se, irritado.

Remo andou até Sam, e ajudou a levantar.

-Foi mal, Bela Adormecida. – Sam riu.

-Nossa... Que cena mais sugestiva! – Sirius sorriu, maroto, ignorando o comentário da morena.

Remo, e Samantha olharam na direção em que o amigo olhava. Tiago, após ter tropeçado acidentalmente em Samantha, havia caído em sua cama, levando Lily consigo. O moreno estava ainda segurando Lily pela cintura, e a ruiva deitada com a cabeça encostando levemente no peito do moreno. ( N/A : A-ham... Amizade colorida, né...?)

Lily, percebendo que todos os observavam, se levantou, irritada:

-Potter!- ela jogou os cabelos para trás, enfurecida, mas logo pegou uma mecha novamente , e mostrou-a para ele. – Precisava babar no meu cabelo? Não! Melhor! Precisa me AGARRAR PELA CINTURA PARA ENTRAR NO QUARTO, E AINDA POR CIMA ME JOGAR NA SUA CAMA?!

A resposta que Lily recebeu foi um longo ronco de Pedro, que não acordara no meio da confusão.

-Você não queria entrar! E imagina se pegassem você e a Sam lá corredor?! O que iriam pensar?!

-A gente já está pensando muitas coisas após ver essa cena... – Sirius sorriu, no que Tiago retribuiu o sorriso, maroto. Sam deu um tapa na cabeça de Sirius, e murmurou algo como: “Pervertido!”.

Remo colocou o dedo indicador sobre a boca, silenciando a todos. Ouviram os passos cessarem.

Tiago olhou para Lily, enfurecida, e sorriu fracamente. Logo, viu a expressão afoita de Sam, e a curiosa de Sirius. Remo continuava com o dedo indicador sobre os lábios.

Sirius se levantou, e andou até a porta, calmamente. Pôs a mão em forma de concha na porta, para ver se ouvia alguma coisa, mas nada. Deu de ombros para os amigos.

-E além do mais, Lírio... – Tiago continuou a se defender. – A Sam ‘tava no chão, então eu tropecei nela.

Sam arregalou os olhos, ao ver o livro, praticamente embaixo da cama de Sirius. Olhou para Lily, e Tiago, mas ambos não pareceram notar, já que estavam se encarando.

-Mas então p-o-r-q-u-e – Lily perguntou para Tiago, como se ele fosse um demente. – você não me soltou?!

Tiago girou os olhos, e se levantou, chegando próximo a ela. Lily fez menção de dar um passo para trás, mas não o fez. As pernas não pareciam lhe obedecer.

Sem ao menos se encostar à ruiva, murmurou em sua orelha:

-Porque eu não queria...

Lily sentiu os pêlos da nuca arrepiar.

-E sei, - ele continuou. – que você também não.

Lily olhou-o nos olhos por alguns segundos, mas logo o empurrou, no que ele perdeu o equilíbrio e caiu na cama, sentado.

-Anda, Sam! – a ruiva andou irritada, e decidida até a porta do quarto. – E sem comentários ridículos, Black! Isso vale para você também Lupin!

Remo riu, ao ver como a amiga estava sem jeito.

- Mas Lil...! – Sam tentou mostrar o livro no chão disfarçadamente.

-Anda logo! – Lily a puxou pelo braço, forte, fazendo Sam cair no chão pela terceira vez aquela noite. A morena, já toda roxa, nem se deu o trabalho de se levantar. Foi sendo arrastada por Lily para fora do quarto e escada abaixo fazendo os marotos gargalharem.

Mas Sam só conseguia pensar no livro. Esperava que Tiago o pegasse, ou ao menos que os outros não o vissem.





-.-.-.-




O dia amanheceu, e uma nova semana de aula começava. Charly havia se levantado cedo, para cachear os seus cabelos.

“Tenho tanta inveja de você, Sam! – ela falou, animadíssima para as amigas, às sete horas da manhã. As outras três pareciam zumbis. – O seu cabelo é todo ondulado. O meu é essa coisa reta e sem graça!”.

A morena nem se deu ao luxo de responder. Contentou-se ao sorrir, fracamente.
Julie jogou água no rosto, e se vestiu, o mais rápido possível, dizendo que ía ao corujal. Foi a primeira a sair.

Charly saiu logo depois, saltitante.

Sam ficou pronta uns cinco minutos antes de Lily, e permaneceu quieta. Mas na verdade, queria fazer milhares de perguntas para a ruiva. Principalmente sobre o que Tiago murmurara em seu ouvido que a deixara tão desconcertada.

Samantha observou a amiga se vestir, impressionada. Foi preciso Lily vestir a camisa social duas vezes, pois a vestiu primeiramente do avesso, e depois com a parte das costas na frente. Mudou de saia três vezes, pois achara que o comprimento estava muito curto, apesar de Sam lhe dizer centenas de vezes que estavam iguais, e principalmente porque a ruiva levou séculos para amarrar a gravata corretamente.

Enfim, desceram as escadas do dormitório, e foram andando até o salão comunal. Sam tentou mencionar sobre o livro estar no quarto dos garotos cinco vezes, mas Lily a cortava.

Quando chegaram no salão principal, se sentaram à mesa e começaram a se servir.

Sam observou a amiga depositar uma grande quantidade de suco de abóbora em seu copo, e beber metade de seu conteúdo.

-Hum... Lily? – Sam perguntou, pegando uma fatia de pão, receosa.

-Que? – a ruiva perguntou, avoada, puxando sem querer o pão de Sam.

A morena não ligou, e pegou uma nova fatia.

- A gente vai conversar sobre ontem à noite, ou não?

Lily pegou um pouco de manteiga com a faca, e passou no pão, enfurecida:

-Não!

-Meu Merlim, Lílian, hoje você está insuportável! – Sam bradou, tomando um gole de seu próprio suco.

-T.P.M. – ela murmurou, mordendo a borda do pão, e mastigando furiosamente.

- Bom dia meninas! – Sirius exclamou, sentando-se ao lado de Lily, que estava de frente a Samantha. (N/B: gay siriculito!!!!!) (N/A: Aff, Mah! Q merda!)

-Oh! – Sam exclamou, largando o pão no prato, e erguendo as mãos para cima. - Finalmente gente! – Sirius riu de seu comentário, sem entender.

Tiago contornou a mesa, e sentou-se ao lado de Sam. Pegou a jarra de suco, e depositou o líquido em seu copo. Lily o observou, com os olhos atentos.

Sirius e Sam olharam um para o outro, e logo para os amigos.

Potter levou o copo aos lábios, e sem mais nem menos, Lily levantou, ainda comendo a sua fatia de pão, e foi tomando caminho entre os outros alunos para fora do salão.

-O que deu nela? – Sirius perguntou para Sam, que deu de ombros.

Tiago observou sua ruivinha sair do corredor, e sem que seus amigos percebessem, sorriu marotamente enquanto o suco descia pela sua garganta.



-.-.-.-




Julie subiu as escadas do corujal correndo, com os cabelos voando para trás. Podia sentir a sua vestes balançando de um lado para o outro, juntamente das suas argolas batendo-lhe a face, mas não se importava. Tinha que se livrar da carta que, apesar de ser de papel, lhe pesava no seu bolso.

Ao chegar a entrada do corujal, limpou os pés no pequeno carpete, que havia na entrada, e procurou sua coruja.

De repente, sentiu braços lhe envolvendo a sua cintura, e se virou assustada, instantaneamente dando um tapa na bochecha da pessoa que a agarrara.

-Ai, Ju!

-Putz, desculpa, Remo! – a loira, pousou sua mão na face do namorado, e beijou-lhe a bochecha.

-Quem você achou que fosse? – ele riu.

-Ah, sei lá... – respondeu Julie, com um ar preocupado.

Julie percorreu o olhar pelo corujal, e avistou a sua corujinha dourada:

-Sprinkles!(N/B:a coruja ama Pringles, sabe gente..)

A pequena coruja pousou em seu ombro, e ela amarrou a carta com uma fita na perna da ave, tentando não deixar Remo ver para quem a carta era enviada.

-Pra quem é, Ju? – ele perguntou, tentando lê-la, por cima do ombro da loira.

-Não interessa, xereta! – ela falou, um tanto irritada, e nervosa. – Você sabe para quem entregar... – falou dessa vez, para a coruja, e lhe fez um pequeno cafuné na cabeça, no que a ave piou, e saltou vôo.

-Nossa Julie, que grosseria! Qual é o problema de eu saber?! – Remo perguntou, abrindo os braços, em defensiva.

- Eu sou sua namorada, e tal... Mas eu quero um pouco de privacidade, ok? – ela cruzou os braços, e assoprou uma mecha que lhe caiu na face. – E você ‘tá fazendo o que aqui?

-Mandando uma carta para minha noiva. – ele falou, fazendo pouco caso.

-Ah, ‘tá... – Julie murmurou, se virando. – Vamos descer? – ela perguntou, estendendo-lhe a mão.

Remo ergueu a sobrancelha direita, desconfiado, mas aceitou a mão de Julie. Aquilo não parecia nada com ela...

Ele esperava que após a brincadeira, Julie tivesse um ataque bobinho de ciúmes, e depois desceriam as escadas juntos. Mas ela nem ao menos ouviu ao que ele dissera.

Reparou também, que Julie roeu o cantinho das cutílas, olhando para o nada enquanto desciam as escadas. Ela estava mesmo nervosa...

Mas por que?(N/B: *tocando piano grave* DAN DAN DAN DAN)



-.-.-.-




-Começar com aula de Poções logo de manhã... – Sirius bocejou, cruzando as pernas, por baixo da mesa. – É fogo.

Sam concordou com um aceno de cabeça.

-Onde será que estão os outros? – Tiago perguntou, da mesa ao lado.

-A Lily provavelmente deve ter esquecido alguma coisa no quarto... Ela está no mundo da Lua hoje. – Sam comentou.

-Alias... – Sirius sorriu, maroto, inclinando o corpo, sobre a mesa para poder ver o amigo, já que Sam estava entre eles. – O que você cochichou pra ela ontem? Surtiu bastante efeito... – ele sorriu maroto, no que Sam girou os olhos.

-Táticas, Almofadinhas... Táticas. – ele sorriu, cruzando os braços atrás da cabeça, enquanto observava a sala encher.

-Esse Pontas... – Sam falou, irônica, no que os amigos riram.

Slughorn estava apagando algumas coisas na lousa com a varinha. Mais da metade da classe havia chegado.

Ele andou até a porta da classe, e quase a fechou, mas Lily, Remo e Julie, chegaram a tempo.

O professor olhou desconfiado para Lily e para Remo, pois afinal eram ambos ótimos alunos e nunca estavam atrasados.

-Licença... – Julie pediu, e foi sentando-se com Remo em uma mesa à frente de Sirius e Sam.

Lily continuou falando com Slughorn. Os outros não puderam ouvir exatamente do que se tratava, mas logo Lily foi se sentar e, para seu horror, ao lado de Tiago.

Ela nem ao menos olhou para o amigo.

-Depois da aula conversamos, Srta. Evans. – ele sorriu. – Bem classe, abram o livro na página 67. Hoje estaremos preparando a Poção Linfadora. Alguém sabe para o que ela serve?

-Hum... É aquela poção auto-limpante, não é? – Remo perguntou, em dúvida.

-Não. – o professor revidou.

A classe permaneceu em silêncio. E todos olhavam para Lily, inclusive Slughorn.

-O que é? – ela perguntou. – Eu não sei.

-Ah... Bem. – o professor continuou a aula, desconcertado.

-A Lily não sabe a resposta de uma pergunta? – Sam cochichou para Sirius.

Sirius olhou para os vizinhos de carteira. Observou Lily bater a pena impaciente sobre a mesa, enquanto Tiago ouvia a aula, sorrindo maroto, fingindo estar prestando atenção. Mas não estava. Percebia como a ruiva estava desconfortável.

Sirius olhou para Sam novamente, e disse:

-Quisera eu saber o que ele falou para deixar a Lily assim...

-Hum... – ela sorriu, brincalhona. – Pra conquistar mais “gatinhas”?

-Só as francesas, agora... – ele falou, contornando os ombros de Sam com o seu braço.

-Para sua informação Black... – ela riu. – Eu sou inglesa.

O maroto riu sem graça. Slughorn olhou para os dois, irritado, e assim seguiu a aula.



-.-.-.-



Assim que as aulas do dia terminaram, Julie foi para a biblioteca com Remo, para ter sua primeira aula.

Haviam se passado apenas vinte minutos, mas Julie já estava entediada, e Remo já lhe chamara a atenção diversas vezes, no que ela o desmentia, dizendo estar entendo tudo.

Foi em uma dessas vezes, que Julie avistou uma cena estranha.

-Julie! Merlim! Presta atenção! – Remo bateu com a palma da mão em seu livro.

-Olha isso... – ela falou, desconfiada.

Remo seguiu seu olhar, irritado.

Charly estava praticamente flertando com Lucius Malfoy, que era da casa Sonserina. O loiro parecia estar caindo completamente em sua lábia.

-Julie... – Remo falou, colocando uma mão sobre a testa. – Pelo amor de Merlim... Deixa de ser fofoqueira, e presta atenção.

-Mas é um babado quentíssimo, Reminho!

-Mas... – ele falou, virando o rosto da namorada para si. – Não é nosso problema. – ele a beijou suavemente nos lábios.

-Hum... – ela suspirou, apoiando uma mão na bochecha do namorado. – Por que não saímos daqui para fazer coisas mais importantes?

-Porque... – ele falou aproximando o rosto do dela novamente. – Estudar é... - ele foi para trás, deixando Julie pender para frente. – mais importante.

Julie bufou, e cruzou os braços, se rendendo enfim para a tal aula.



-.-.-.-


“Ah Merlim... O que eu faço? O que eu faço?” – Sam andava de um lado para o outro no salão comunal. – “O Tiago não desce! E eu preciso daquele livro! Me dê uma luz, Merlim!”.

De repente, o sol se irradiou pela janela, fazendo Sam arregalar os olhos, assustada.

“Bom, não esse tipo de luz”.

Para a surpresa de Sam, Tiago desceu as escadas naquele momento.

-Tiago! Graças a Merlim! – ela correu para ele. – Eu preciso de um favor, e...

-Espera! – ele pôs suas mãos entre eles, num gesto para Sam ficar quieta. – Onde está a Lily?

-Nos gramados, mas... - ela falou sem dar importância.

-Então tchau! – ele correu pelo quadro da Mulher Gorda.

“Saco! Eu vou ter que ir lá pegar a droga do livro!” – Sam subiu enfurecida, rezando para não ser pega.

“Ainda bem que não tem ninguém por aqui...” – ela pensou consigo mesma, entrando no quarto dos marotos fechado a porta atrás de si, e encostando-se nela.

“Vamos ver... Onde ele está mesmo?”

Sam percebeu que o quarto estava escuro, já que as cortinas estavam fechadas, complicando ainda mais. Irritada, girou os olhos pelo quarto, e avistou o livro no mesmo local que do outro dia.

“Ah! Ainda bem!”

Ela correu para pegá-lo. Agachou-se e o abriu, sorrindo satisfeita por perceber que ainda não haviam mechido nele.

-Quem você está procurando? – Sam ouviu uma voz rouca em sua orelha, e deixou o livro cair no chão novamente, agradecendo por não ter feito barulho algum.

Olhou para o chão, e viu o livro com a capa para baixo, em cima de uma almofada, mas viu também, um par de tênis pretos, que os reconheceu na hora.

-Ninguém, Black. Por que? – ela virou calmamente, se vendo presa entre a peseira da cama, e Sirius.

-Hum... – ele suspirou, chegando mais perto (N/A : Se é q era possível...) de Sam. – Não sei... Você está no meu quarto, em frente as minhas coisas...

Sam sentiu o coração bater fortemente. Fazia tempo que ela não ficava tão próxima de um garoto daquela maneira. Ela podia sentir o corpo de Sirius encostar-se ao seu levemente, e sentia seu hálito fresco passando por suas narinas.

-Ah... É porque eu vim pegar um livro do Tiago, sabe? – ela murmurou, tentando disfarçar o nervosismo na voz.

“Ok... Relaxa. Ele não vai te beijar, vocês são amigos... Amigos.” – a morena não parava de pensar.

-Uhum... Uhum... – ele assentiu, sorrindo, apoiando uma das suas mãos na cintura de Sam.

“ ‘Tá... Talvez ele te beije.”



-.-.-.-




Lily sentia uma dor de cabeça terrível. Não sabia se era por estar escondendo da Sam sobre a pesquisa da tal poção que Snape tinha feito, com Slughorn, ou se era Tiago.

“Provavelmente a primeira opção. Quer dizer... É o Potter! E você odeia o Potter, certo?”.

-Lílian...

Lily sentiu seu estômago despencar. Tiago cantarolara seu nome atrás dela. A ruiva fingiu não notar, e continuou a anotar coisas em seu caderno.

Logo, sentiu as pernas de Tiago roçarem nas suas. O moreno se sentara ao lado dela.

-Que vista linda, não acha? – Tiago quis saber.

Lily levantou a cabeça, e observou o lago da Lula Gigante. Sorriu levemente ao sentir a brisa bater em seu rosto.

Observou um pássaro voar sobre a superfície do lago. De súbito, um tentáculo da Lula imergiu na superfície, e agarrou o bicho, puxando para baixo d’água. Lily fez uma careta:

-Na verdade, é meio violenta...

Tiago riu.

-Só quando fica estressada...

Lily assentiu. Mas logo, ficou confusa:

-Ela não está estressada, Potter, seu imbecil. Só está se alimentando. – falou se virando para encará-lo. Sentiu as bochechas corarem, levemente, e o coração dar um salto.

“O que há de errado comigo hoje?!” – ela se perguntou.

Tiago riu, e falou, galanteador:

-Não era dessa vista que eu estava falando, Lílian...

Lily piscou os olhos rapidamente. Caiu a ficha: Ela era a vista.

-‘Tava demorando né, Potter? – ela se levantou, irritada, pegando os cadernos.

Como estava andando de costas, não percebeu que Tiago correra na sua direção.

O moreno a puxou pela cintura, fazendo-a derrubar os livros, assustada.

-Potter! Me larga, agora!

Tiago riu, agachando-se para pegar os livros.

-Obrigada. – ela murmurou, estendendo o braço para recebê-los.

Tiago pôs os livros no alto da cabeça:

-Vem pegar!

Lily gritou com ele furiosa e tentou pegar os livros inutilmente, já que Tiago era mais alto do que ela.

Lily puxou o braço do moreno para baixo, mas ele foi mais rápido e trocou os cadernos de mão.

-Me dá os livros, Potter! Que saco! – ela bradou.

-Só com uma condição... – ele murmurou.

A ruiva girou os olhos.

Tiago a puxou pela cintura novamente, deixando os livros caírem. Lily não teve reação alguma.

Sentiu o moreno encostar seus lábios em seu pescoço. De repente sentiu a pele arder. Ou talvez eram os lábios do maroto que estavam quentes? Ou quem sabe ainda ambos?

Lily fechou os olhos. Por mais que quisesse empurrá-lo, parecia não ter comando sobre seus braços.

O moreno sorriu maroto entre os beijos, ao perceber que Lily não reagiria. Ele levantou o rosto, e viu os olhos da ruiva fechados, e seu rosto com diferentes tons de vermelho. Ele se aproximou devagar...




-.-.-.-



O quarto dos marotos, que havia geralmente tanta conversa e risada, estava em total silêncio, a não ser pelas respirações pesadas de Sirius e Sam.

“Empurre ele, Sam. Ou pisa no pé dele...qualquer coisa!”

Sirius puxou-a próximo a si.

“Meu Merlim... O que é esse corpo... Alguém me ajuda. Sério. Eu vou enlouquecer aqui.”

O moreno mordeu a orelha de Sam, no que ela se apoiou no seu pescoço, já se sentindo bamba.

“Quer saber? Dane-se”.

Sirius se virou para ela, e encarou aqueles grandes olhos acinzentados.

Sam mordeu o lábio inferior do maroto, percebendo a longa respiração do rapaz, e sorriu marota:

-Eu ainda passo, ser sua namorada... – ela falou, sem romper o contato visual. – Como disse no dia em que nos conhecemos, lembra Black?

Sam percebeu o maroto engolir em seco.

-Mas, isso não quer dizer... – ela sorriu, satisfeita por estar deixando-o confuso e exasperado como ela estava há alguns minutos atrás. – Que eu não queria fazer isso.

Sam puxou a cabeça do maroto próximo a si, e o beijou.

Sirius retribuiu o beijo, com a mesma intensidade. E ambos pensavam exatamente a mesma coisa: “Caramba!”.

Sirius correu as mãos pelas costas da garota, deixando-a ainda mais arrepiada. Mais o que a deixava pior era aquela sensação conhecida, de que tivera quando beijara Mattew.

O beijo era bom demais, ele era bom demais... E Sirius fora o segundo menino pelo qual se sentia assim... Seria possível ela estar realmente gostando dele?

De repente ela despertou, e puxou sua cabeça, cerrando os lábios, mas ainda sem sair, do enlaço que estava com o moreno. Ambos estavam com a respiração arfante, dum modo que nem um dos dois havia ficado antes, com qualquer outra pessoa.

Sam deslizou as mãos levemente até o peitoral de Sirius, e encostou sua cabeça em seu queixo.

Sirius estava com o olhar fixo na parede. O que tinha sido aquilo?

O que era aquela estranha sensação que nunca havia sentido antes? Ele sempre soube que se sentia atraído por ela, e tal, mas aquele sentimento de ansiedade ao beijá-la...

Sam levantou a cabeça novamente para encara-lo, e o soltou.

O moreno ficou um tanto desconcertado com o movimento repentino de Sam, mas logo tirou o braço de sua cintura.

-É... Melhor... – Sam tentou escolher as palavras, extremamente confusa.

Sirius riu:

-Ficou tão perdida assim?

Sam abaixou e pegou o livro, tentando esconder que estava corada, mas então lembrou que o quarto estava escuro, “Havia parecido claro antes...” -pensou, mas logo rezou para que Sirius não a visse corada. Nunca demonstrara sentimentos para ninguém, e não seria para Sirius que demonstraria.

Suspirou, e beijou-o na bochecha, sem responder a pergunta, e saiu do quarto, deixando um Sirius abobado para trás.

Ele colocou a mão no local que ela havia o beijado, mas logo a retirou e sacudiu a cabeça:

“Estou parecendo o Remo apaixonado”.– gelou. - “Será que eu estou gostando da Sam?!”



-.-.-.-



Lily estava cada vez mais embriagada com o perfume do maroto, e já não sentia suas pernas.

Tiago colocou sua mão sobre a face da ruiva, e colou seus lábios nos dela.

“São os lábios. Os lábios é que estão quentes”.– Lily pensou.

De repente, ambos ouviram uma tosse, e tal tosse, bastou para trazer Lily ao planeta terra novamente.

Ela o empurrou, bruscamente, e viu Slughorn, observando-os de braços cruzados.

-Professor! – Lily corou, e abaixou-se para pegar os livros, na mesma hora em que Tiago. Os dedos de ambos se encontraram, mas Lily rapidamente os tirou de perto dos de Potter, e levantou-se com os livros nos braços.

-Srta. Evans. Eu tenho o resultado da poção. – Slughorn sorriu, meio envergonhado por interromper tal cena.

-Ah! Vamos...




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N/A: MIL desculpas sobre a demora desse capitulo! msm msm msm! e desculpas por Lily e Tiago não terem c beijado, mas plo - Sirius e Sam jáá..

O da Lily e do Tiago será mais pra frente... Ou não.

Depende do que me der na telha..

Hahahahahaha.

Bjo, gnt!



























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