Desejos do que?
Capítulo 10
Desejos do que?
Lily estava sentada na cadeira de frente à mesa do professor Slughorn. E estava extremamente envergonhada.
O professor havia apanhado-a praticamente beijando Tiago Potter.
“Potter!” – ela continuava a pensar, irritada.
Assustando Lily, o professor saiu do seu armário de estoque particular:
-Você tinha razão Srta. Evans. Esta é mesmo a poção Comunicatus.
O professor sentou-se, e entregou um potinho a ruiva, o qual continha a pequena parte da veste de Snape.
-Mas estou um pouco preocupado... Por que mesmo queria saber que poção é essa? – perguntou o homem, calmamente.
Lily pensou um pouco antes de responder, girando o potinho em mãos:
-Digamos que eu tenho um amigo com um certo problema...
-E ele sabe que existem outros meios de comunicação, obviamente?
Lily assentiu, e explicou rapidamente:
-Mas não é exatamente esse o problema. Ele não quer se comunicar com alguém, essa poção simplesmente apareceu.
Slughorn ergueu as sobrancelhas, surpreso.
-Apareceu? Lílian, você sabe quem costumava usar esse tipo de poção? – Lily fez que “não” com a cabeça. – Bruxos das Trevas, Lílian.
A ruiva empalideceu.
-P-por que...?
-Usavam esse tipo de poção? Veja... – o professor roçou os dedos em seu queixo, fazendo uma pausa. – Quando mandamos cartas, ou algum tipo de berrador é possível se relacionar com pessoas distantes. Mas esta poção não lhes mostra apenas palavras, mostra imagens.
-E daí? – Lily replicou confusa. – Se você transfigurar sua cabeça em uma lareira pode ver paisagem ao redor de quem estiver falando.
-Já fez isso alguma vez Evans? – Lily assentiu. – E como ficou sua visão?
-
Bem... Borrada.
-Exato. Esta poção retrata tudo com um perfeito realismo.
Lily ficou quieta.
Por que usavam essa poção?
Para cartas não serem interditadas? Não... Existem feitiços para protegê-las...
Era algo a ver com a imagem. De repente, a ruiva pensou em algo que fez seu estômago pesar:
-Eles usavam essas poções para botar medo, não é? Mostrar a seus rivais quando tinham algum refém. Imagens de tortura...
O professor assentiu triste.
“Por que Snape usaria uma poção destas? Pelo que conversava com o tal de “Milorde” não parecia estar sendo ameaçado, ou vendo alguma cena de terror no caldeirão...”.
-Você leu os ingredientes usados para essa poção, Srta. Evans?
Lily despertou:
-Aham... Penas de coruja. E um extrato de uma planta... Como era seu nome mesmo...?
-Vergueira. Extremamente difícil de conseguir. Não temos plantações dessa erva em Hogwarts. Ela é geralmente importada pelo diretor. Extremamente cara. Por isso que é estranho alguém conseguir arranja-la...
Algo despertou em meio à mente de Lílian. No dia em que quebrara o braço, não havia o remédio para consertar ossos.
No livro, dizia que a vergueira era usada em remédios.
Estava claro que Snape havia furtado o remédio e extraído a substância de vergueira do mesmo...
-Professor, muito obrigada... – Lily falou se levantando, com certo plano sendo elaborado em mente. – Mesmo.
-Não sei se agi corretamente em ajudá-la com isto, Evans. Você é uma das minhas melhores e mais queridas alunas. Não quero que se meta em confusão, mas confio em você. Apesar de ter mencionado isso ao Prof. Dumbledore.
Lily teve vontade de chutar o professor na canela, mas não o fez.
Respondeu, simplesmente:
-Entendo sua preocupação, mas não é nada. Mesmo.
Slughorn sorriu, e andou até a porta da sala. Manteve a aberta para que a ruivinha saísse, mas outra coisa veio em sua mente:
-Hã... Professor? Me desculpe pela cena hoje. Você sabe. Potter, ele... Bem...
Slughorn riu:
-Não se preocupe, Lílian. Entendo perfeitamente os seus desejos da puberdade.
Lily assentiu distraída, andando em direção a porta, mas logo exclamou nervosa:
-Não! Eu não desejo Potter!- o professor levou um pequeno susto. –Ele me agarrou!
Slughorn mexeu os pés, um pouco desconfortável com a situação. –Certo. Mas não me deve explicação alguma, Lílian. Está bem?
Lily saiu da sala realmente irritada.
“Ótimo. Agora além de o professor me achar pervertida, me acha uma louca!”
Tiago caminhava feliz pelos terrenos de Hogwarts, com um sorriso tremendamente maroto estampado em seu rosto. Não só tinha quase beijado Lily, mas havia deixado-a totalmente hipnotizada por ele.
“Essa ruiva já é sua, Pontas!”
O lago da Lula Gigante já havia ficado pequeno com a distância. Estava subindo os degraus para um dos corredores externos de Hogwarts, quando trombou com uma garota:
-Olha por onde anda! – ela praticamente gritou.
-Me desculpe.
Tiago achou a moça tremendamente familiar, não sabia ao certo de onde...
Os cabelos negros lisos e brilhantes que lhe desciam até as costas, os olhos cinzas intensos e o ar de arrogância sem limites lhe fizeram lembrar de Sirius.
“Não... Não pode ser...”.
-Você... Não é Belatriz Black?
-Como sabe meu nome? – a garota perguntou, arqueando a sobrancelha.
(N/A: Eu sei que Bela é na verdade dois anos mais velha que Sirius, mas na minha fic eles têm a mesma idade.).
-Sou Tiago Potter. O amigo do seu primo, Sirius.
Bela esboçou um sorriso cínico:
-Amiguinho do Six? Ah espere... Já ouvi falar de você sim... A família de sangue-puro que traiu a sua honra, não é? – perguntou a garota, cinicamente.
Quando Tiago ia responder, uma outra voz feminina veio por trás de ambos:
-O que você está fazendo aqui?
Narcissa Black, a irmã caçula de Belatriz foi andando ao seu encontro.
-Vim cursar o último ano em Hogwarts, Cissy. Por quê? Está triste com a minha presença?
-É claro que não. – respondeu a loira, com a mesma voz cínica que Bela havia usado segundos antes.
-Ótimo, porque preciso que me leve até o salão comunal da Sonserina. – falou, ignorando os resmungos da menina. – Até mais, Potter. – Bela disse, lançando um olhar provocativo na direção de Tiago.
O moreno observou as duas se afastarem, até sumirem por um corredor.
“Tenho que contar para o Almofada.” – pensou consigo, correndo na direção oposta.
Sirius estava jogado em sua cama com a cabeça cheia de pensamentos.
Por que ficara tão mexido desse jeito?
“Ela é só mais uma garota. Nada mais que isso.” – repetia para si mesmo, mas no fundo sabendo que era justamente o contrário.
A porta se abriu, e por ela entrou Remo, seguido de Rabicho.
O gorducho foi correndo abrir as cortinas, deixando a claridade se espalhar pelo quarto.
Sirius coçou os olhos, desacostumado com a claridade. Havia passado horas no escuro.
-Dormindo, Almofadinhas? Há essa hora? – Remo perguntou, depositando
livros de Herbologia na mesa.
-Não exatamente... – respondeu, sem se levantar. –Estive pensando...
Rabicho sentou na própria cama, e puxou um pedaço de torta de rins que estava debaixo do travesseiro.
Sirius e Remo o olharam como se o amigo fosse anormal.
Pedro riu sem graça:
-Querem um pedaço?
Lupin respondeu um “não” educadamente, enquanto Sirius perguntou:
-Meu Deus Rabicho! Quantos quilos de comida você esconde pelo quarto?
O outro deu de ombros, mastigando a torta furtivamente.
-Pensando em que? – perguntou Remo, puxando uma cadeira e sentando-se de frente para a cama de Sirius, apoiando os braços no encosto para as costas da cadeira e curvando-se para frente, encarando o moreno.
Sirius pensou durante alguns segundos, e perguntou:
-Como você se sente quando beija a Julie?
Remo arqueou a sobrancelha, recuando um pouco.
-Por que quer saber?
-Curiosidade...
Lupin revirou os olhos, e respondeu, dando de ombros:
-Leve... Feliz.
-Quente? – Sirius perguntou maroto, fazendo Rabicho engasgar. –Relaxa virgem... –caçoou, levantando-se e dando uma tapa nas costas do amigo.
-É óbvio. Eu amo a Julie. Ela me causa arrepios.
Sirius andou de um lado para outro, preocupado.
-Por quê? Será que Sirius Black está apaixonado? – Remo cantarolou, levantando-se e dando um soco no ombro do moreno.
-É claro que não, Aluado... Só você para ter uma idéia dessas!
De repente a porta se abriu com um baque. Tiago entrou ofegante, mas com o mesmo sorriso maroto estampado no rosto.
-Alguém parece que se deu bem... –Sirius falou, cruzando os braços.
-Não é bem isso... – Tiago falou, andando em direção aos amigos. –Alguém sente cheiro de rins?
Sirius e Remo apontaram para Rabicho. Tiago fez um aceno do tipo: “Ah, é claro!”.
-Mas fala... O que houve? – Remo puxou o assunto novamente.
-Acabei de ver uma garota... – Tiago disse maroto, moldando curvas no ar com as mãos.
-Quem é? –Remo quis saber.
-Ela tem cabelos negros compridos... Olhos extremamente bonitos... E uma boca...
-Quem é essa? Aluna nova? – Sirius perguntou, empolgado.
“Gostando ou não da Sam, não quer dizer que não posso me divertir.” – pensou consigo mesmo.
-É. É sim... – falou rodando em torno dos amigos. – É mui antiga e nobre...
Remo riu:
-Parece até o ditado da casa de Sirius: “ A mui antiga e nobre casa dos Black”.
-É. Ela não freqüenta só a casa...
Sirius fez uma careta:
-Belatriz está em Hogwarts?
Tiago parou na frente do amigo:
-Parece que as noitadas de vocês não vão ser mais só nas férias...
-Pontas. – Sirius falou, calmamente, enquanto Remo e Pedro riam. – 1°: Duvido muito que você resistiria a Belatriz. 2°: Eu preciso satisfazer minhas vontades no período longe de Hogwarts, no qual fico encarcerado naquela casa, a não ser para ir a festas muito importantes e tediosas. E 3°...
BLAM!
A porta foi escancarada. Uma ruiva extremamente furiosa entrou no quarto.
Lily cumprimentou todos com um aceno de cabeça, e foi em direção a Tiago.
Lílian agarrou Tiago pela gola da camisa sem dó nem piedade, e arrastou-o para fora do quarto.
Sirius, Remo e Pedro seguraram o riso e andaram até a porta ainda aberta sorrateiramente.
Rabicho agachou e deixou a cabeça para fora. Lupin esgueirou-se por cima dele, e Sirius, que era mais alto do que ambos, ficou na ponta do pé e pôs sua cabeça para fora também.
Chegaram a tempo de ver Lily jogando Tiago na parede, e se postando na frente dele.
-POTTER!
Tiago desviou a sua atenção por um segundo da ruiva, e olhou para os
amigos. Sorriu:
-Vejo que temos platéia.
Lily olhou na mesma direção que o moreno.
Os três marotos sorriram, meio sem graça, meio amedrontados, e enfiaram as cabeças para dentro do quarto novamente.
Lily andou até o quarto, lançou um olhar mortífero sobre os três e bateu a porta fortemente na cara dos amigos.
Voltou para Tiago pisando forte no chão.
-Slug me acha uma tarada. – Lily resmungou, perto do maroto.
Sabia que estava exagerando, mas queria que Tiago se sentisse mal.
-Qual é o mau de ser tarada por mim?
-Eu... – Lily falou apontando o dedo indicador na direção dos olhos de Tiago. – Não... Sou... Tarada... Por... Você!
-Sabia que fica linda com as unhas vermelhas? – ele perguntou, segurando a mão de Lily com as suas, acariciando-a.
Lily puxou o braço, bruscamente.
-Você vai lá falar com ele, e admitir que me agarrou! – Lily falou, com os dentes cerrados.
Tiago riu:
-Eu te agarrei? Você não fez nenhum esforço para tentar fugir de mim.
-Potter... – Lily continuou, ainda de dentes cerrados, controlando-se para não gritar. – Ele disse que “entendia os meus desejos da puberdade”.
Tiago segurou o riso:
-Que gentil!
Lily esfregou a mão no seu rosto, trêmula de raiva:
-Vai lá. Agora.
-Só se me der um beijinho...
-Eu vou contar até três. Um. Dois...
Lily nunca completou suas palavras, porque em um movimento extremamente rápido, Tiago tinha posto ela contra a parede.
-Me larga seu tarado! – Lily esbravejou, tentando soltar seus braços.
Potter segurava seus pulsos contra a parede.
-Me solta antes que eu comece a gritar até que todos de Hogwarts tenham vindo até aqui! Me larga! – Lily continuava a mexer os braços furtivamente.
Tiago colou seu corpo no dela, deixando todo seu peso prender ela contra a parede.
-Seu ridículo. Pervertido. Tarado. Cretino. Nojento. ME LARG...
Lily ficou quieta.
Não exatamente do modo que gostaria, porque naquele exato momento, Tiago a beijara.
“E agora ele está com a língua na sua boca. –pensou com raiva- Brilhante. Simplesmente...”.
Lily sentiu as mãos de Tiago afrouxarem sobre seus pulsos, até finalmente os soltar para poder envolver a garota e puxa-la próximo a si.
“Irresistível.”
Lily levou suas mãos à cabeça do maroto, trazendo-o ainda mais perto.
“Só mais um pouco e você o empurra...” – Lily pensava.
A ruiva sentiu Tiago enfiar sua mão sorrateiramente debaixo da blusa, acariciando suas costas. Sentiu-se desconfortável e ao mesmo tempo tentada, mas então ele começou a descer...
-Ai!- Tiago murmurou, soltando a ruiva e levando sua mão à boca.
Lily mordera sua língua com toda sua força.
-Pronto, Potter! – ela quase gritou, saindo de perto dele, puxando a blusa amarrotada para baixo. – Já teve o seu beijo. Agora vai falar com Slug que me agarrou. Duas vezes!
A ruiva nem ao menos esperou a resposta do moreno. Simplesmente deu as costas e foi embora.
A noite caiu sobre Hogwarts.
Já era extremamente tarde quando um útlimo grupo de meninas subiu para o quarto, deixando o salão da Grifinória somente para Sam,
Remo, Sirius e Pedro.
Remo conversava com Pedro, enquanto Sam estava sentada no sofá de frente a lareira.
Sirius estava sentado em uma mesinha no canto.
Julie desceu as escadas, e foi se sentar ao lado de Black.
O amigo sorriu, e baixou a cabeça na mesa.
Julie arqueou a sobrancelha:
-Você está bem?
-Nunca estive melhor. - Sirius respondeu, devagar, com o queixo encostado na mesa e movendo o maxilar pesadamente.
Julie levou o olhar até Sam, e novamente para Sirius.
O maroto estudava o rosto impassível de Samantha indiscretamente.
-Vocês brigaram? – Julie murmurou baixinho.
Sirius balançou a cabeça:
-Não... Na verdade, Ju... A gente meio que...
-Finalmente! – Rabicho exclamou, assustando Julie, olhando para o retrato da Mulher Gorda. -Onde estavam?
Tiago entrou no salão sorridente, enquanto Lily estava emburrada. Jogou-se no sofá, ao lado de Sam:
-Dia ruim? – Sam perguntou.
-Péssimo. – Lily respondeu, com ênfase.
- Estávamos na sala do Prof. Slug. Resolvendo um probleminha. - explicou Potter.
-Que tipo de problema? – perguntou Sirius, com o queixo ainda encostado sobre a mesa.
Lily lançou um olhar furtivo para Tiago que sorriu.
-Ah... Uma dúvida em uma poção. Fiz a gentileza de acompanhar a Evans...
Julie ergueu as sobrancelhas:
-Você chamando a Lil pelo sobrenome?
Remo e Rabicho olharam desconfiados para o amigo, que cruzou os braços atrás das costas.
-É... Eu e a Evans chegamos a um acordo.
Lily se endireitou no sofá, atônita. O moreno foi andando em direção a ruiva, e se endireitou em frente à ela.
-Que tipo de acordo? – Sam perguntou, em meio a um bocejo.
-Bem... Eu vou chama-la pelo sobrenome se ela satisfazer os... Como é mesmo Evans? Ah sim... Os meus...
-Potter. Não. – Lily se endireitou com o dedo indicador, estendido.
-O que Evans? São nossos amigos... Eles são todos adolescentes! E assim como Slughorn, eles também entendem os nossos desej...
-Potter! CALA A BOCA! – Lily levantou do sofá, furiosa.
-Desembucha - Remo falou, rindo, com a expressão da amiga.
-Desejos de puberdade... – Tiago falou, fazendo Lily ficar da cor dos seus cabelos.
-Os o que? – Rabicho perguntou.
-Você sabe... Contato de corpos... – ele falou, começando a rir, junto dos demais. Tiago recuo lentamente da ruiva, que começou a se encaminhar até ele, irritadíssima. – Toques... Abraços...
-Potter eu estou avisando...- Lily andava ameaçadoramente até o moreno.
-Beijos... – continuou maroto.- E o principa: Sex...
-EU VOU TE MATAR! – a ruiva berrou, e os dois começaram a correr em círculos pela sala.
Lily saltou sobre Tiago, e acabou por ficar montada em suas costas.
Começou a socar cada milímetro de seu corpo que ela alcançava.
-Pára, gente! - Julie se levantou, mas Sirius puxou-a de volta a cadeira.
-Que gritos são esses? – perguntou uma oitava voz da escada.
-Venha assistir o show, Charly. – Remo falou entre risos.
Charly olhou para Lily que esmurrava Tiago nas costas. Apesar de parecer que Tiago sofria com os socos, ele morria de rir.
-Vocês parecessem dois babuínos acasalando! – Charly riu.
-É o ritual de acasalamento de ruivas, Charly!- Tiago gritou, no que Lily desceu das suas costas, e o encarou.
Todos os risos cessaram.
-Que foi? – Tiago perguntou.
Lily estudou ambos os olhos do moreno:
- Na verdade, Potter... O ritual de acasalamento das ruivas é mesmo esse!- Lily falou sedutoramente mas agressiva, deixando Tiago nervoso. Ele recuou aos poucos.
Os outros se entreolharam, sem entender.
-As ruivas têm o cabelo vermelho porque gostam de fogo... – Lily falou, empurrando Tiago na cadeira. Ela aproximou seus lábios perigosamente dos dele. – Somos extremamente violentas.
Tiago engoliu em seco, observando os cabelos de Lily deslizarem no seu peito.
Lily recuou, e encarou o garoto de braços cruzados.
Todos riram mais uma vez, e desta vez, ainda mais alto.
-Lily... Não sabia que era tão marota!- Sirius exclamou, indo para junto da ruiva. – Junte-se ao clube.
-‘Brigada, Black, mas no momento preciso ir dormir... Os meus desejos da puberdade me esgotam... – Lily sorriu, fazendo Sirius rir.
-Não vá ainda! – Charly pediu. – Eu quero contar uma coisa a vocês! Eu estou namorando com o Lucius!
-Que Lucius?- Remo perguntou.
-Malfoy, oras!
Todos fizeram caretas.
-O sonserino metido? – Lily perguntou. – Ele é pior que o Potter.
Charly pareceu magoada:
-Mas ele é tão gentil...
-Também, com você quem não seria? – Sirius falou maroto, fazendo os meninos rirem.
Charly o encarou, brava, e subiu as escadas.
As três meninas o encararam.
-O que foi? – perguntou.
Nenhuma delas respondeu. Apenas subiram as escadas, morrendo de cansaço.
Sam acordou no meio da noite. Ela revirou na cama várias vezes, mas não conseguia pegar no sono.
Sentou-se na cama, e bocejou. Depois que seus olhos haviam se acostumado com o escuro, olhou para as camas vizinhas.
Julie e Charly dormiam feito pedras, porém, a cama de Lily estava vazia.
Sam se levantou, sonolenta, e foi descendo as escadas, até encontrar Lily sentada na mesa mais comprida do salão comunal.
O livro de Sam estava aberto sobre a mesa e Lily anotava coisas rapidamente em um pergaminho.
Sam sentou-se ao lado da ruiva:
-Não consegue dormir?
-Não. Estou trabalhando com o livro, e já achei algumas respostas... E coisas interessantes também - Lily respondeu sem levantar os olhos do livro, passando a Sam o pergaminho.
A morena leu:
Ver sonhos=> pessoas com a áurea roxa podem desenvolver outros doms, entre eles, ver sonhos de outras pessoas. Isso ocorre porque a mente é mais aberta, e mais sensível, assim a penetração é feita mais facilmente. É preciso ser oclumente, caso contrário a mente da pessoa pode se desfalecer e acabar por enlouquecer quem faz uso de Sonambulus.
-O que são pessoas de “áurea roxa”? – Sam perguntou, olhando para Lily.
- Leia embaixo. – a garota resmungou, parecendo irritada por estar sendo interrompida.
Sam revirou os olhos, e leu:
Áurea roxa, ou seja, pessoas com a mente espiritual, têm o dom de ver espíritos, prever o futuro e outras coisas não muito importantes.
-Isso já resolve alguma coisa... Certo? – Sam perguntou no que Lily assentiu. – E diz alguma coisa porque foi enviado a mim?
Lily balançou a cabeça, negativamente.
Sam suspirou.
De repente seu rumo de pensamentos mudou, e voltou para a cena que repassara tantas vezes na sua cabeça. O beijo de Sirius.
-Lily...? Posso conversar com você?
Lily fechou o livro, irritada:
-Já está conversando, não é?
Sam sorriu, fracamente.
“É melhor dizer logo.”
-Eu... Beijei o Sirius hoje...
Lily arregalou os olhos.
-Vocês...? Como foi?
-Estranho... Maravilhosamente estranho... Era como quando eu beijava Mattew, sabe? Um calor extremamente... – Sam procurava palavras para se expressar, mas não encontrava. Foi único e indescritível.
-E o que ele achou? – Lily perguntou.
-Não sei. Ele ficou meio... Diferente.
-Diferente como? – a ruiva perguntou.
-Sei lá... Não veio falar comigo...
Lily sorriu, e colocou a sua mão no ombro da morena:
-Sirius é assim mesmo... Se ele quiser algo sério ele vem falar com você depois... Apesar de ter pedido apenas duas garotas em namoro. Duraram três meses cada uma... – Lily falou pensativa.
-Mas não quero namorá-lo! – Sam falou, abrindo o livro pela parte de trás.
As páginas estavam todas em branco.
-Não? – Lily perguntou, erguendo as sobrancelhas.
-Não! Ainda não... Não sei mais o que sinto por ele, Lil... Realmente não sei. – Sam brincava com uma pena nas mãos.
Lily direcionou o olhar para o céu escuro da noite.
Deveria contar para Sam sobre o Tiago? Que ela o havia beijado, e não havia sentido vontade de detê-lo?
-Lily! Olha isso! – Sam exclamou, acordando-a de seus pensamentos.
A ruiva olhou para o livro, e leu:
Prazer, Samantha Brewston. Sou Tom Riddle, e espero poder lhe ensinar algumas coisas.
-O que você vez? – Lily perguntou, extremamente curiosa.
-Escrevi meu nome, e isso apareceu!
As duas começaram a “conversar” com o livro. Mas mal sabiam, que nos últimos degraus da escada, escondida atrás da parede, uma garota de cabelos louros as espiava e sorria, diabolicamente.
N/A: Eu queria ter feito um capitulo maior, mas como eu tenho provas semana que vem demoraria mais a atualizar... espero que tenham gostado. vou tentar atualizar o mais rápido possível, okay?
Bjos,
Kiki Ravenclaw
03/08/07
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