Agatha
N.A.: Sim, não é uma ilusão... Eu tô postando o capítulo 5!
Tia_Voldie: Que bom que comentou! Já estava pensando que tinha perdido uma das minhas únicas leitoras... *risinhos* O Anthony e a Camille vão ganhar um capítulo só pra eles, acho que será o 7... Fique à espera!
**Dark Angel**: Que bom que você gostou! Já estou postando, confira o capítulo! Beijos!
Capítulo 5: Agatha
Ele corria pela praia. Podia ouvir os gritos de Moony, Frank e Queen chamando-o, mas sabia que eles poderiam alcançá-lo. Nem de longe tinham sua agilidade. Só Sirius podia alcançá-lo, mas Sirius dormia seu sono de ressaca em sua cama na casa dos Potter, serenamente inconsciente do que se passava.
Queria sumir, desaparecer, morrer. Parar de pensar e de sentir, pois só o que sentia era aquela dor tão forte e cruel, que torturava seu coração.
Se refugiou atrás de umas pedras altas. Lá não o encontrariam. Não queria ver ninguém, não queria ver mais nada, só queria que o chão se abrisse e o engolisse em sua escuridão…
Por que a vida é uma bosta?
— Deus… Não faça isso… Não a leve, por favor, se não por mim, por ela… Me leve no lugar dela… Me mate… mas deixe ela viver… Ela só tem dezesseis anos e um monte de sonhos… Qual é o seu crime? O que ela fez, porra?! Eu não presto, eu sou um arrogante, prepotente, mas ela… ela é um anjo… Se Você é a bondade, salve-a… Morte! Escute você, Morte! Eu te odeio… Eu te odeio porque você existe desde o princípio do mundo e ainda não sabe discernir quem deve morrer e quem deve viver. Por que você deixa na Terra aqueles que não merecem, que causam sofrimento e matam pessoas? Por que sempre escolhe as pessoas boas? Perdoe-a… Por favor… Ou então, sacie mais prontamente sua sede de vidas e me leve com ela… Ceife também a minha vida… Por favor…¹
E, soluçando que nem uma criança, começou a surrar a areia até suas mãos ficarem em carne viva. Então, com a face suja de pranto, areia e sangue, chorou até adormecer de cansaço.
E só de pensar em te perder por um segundo
Eu sei que isso é o fim do mundo
(CPM 22 — Um Minuto para o Fim do Mundo)
¬¬¬
Acordou de um sono entremeado de pesadelos, tão de repente como se tivessem lhe jogado um balde d’água. Deparou-se com uma garota que o olhava curiosamente.
Ela tinha cabelos negros e compridos até a cintura, e a pele cor-de-bronze como uma descendente de índios. Olhos amendoados, cor-de-mel, e um sorriso um tanto triste formavam nela um conjunto agradável de se contemplar.
— Oi. Você está com a cara suja, sabia? — perguntou ela.
James tentou limpar a areia do rosto, mas, como suas mãos estavam meladas com uma mescla de sangue, areia e suor, só piorou a situação. Ela reparou que a menina ainda o olhava, seu corpo escultural brilhando num conjunto de roupas indígenas.
— Que foi? Vai ficar aí me olhando? — perguntou grosseiro.
— Você está triste.
— Sério? Nem reparei — a voz dele era cheia de amarga ironia.
Ela sorriu, indiferente à grosseria.
— Você a ama, não é?
Ele não perguntou como ela sabia.
— Mais que tudo.
— E você daria tudo por ela?
— Até a minha vida.
I’ll take the shot for you
(Eu tomarei um tiro por você)
’ll gave my life for you
(Eu darei minha vida por você)
(The Rasmus — Shot)
— Se vocês dois estivessem à beira de um vulcão em erupção, e lhe fosse dito que um dos dois precisaria se atirar às lavas para o outro se salvar, você…?
— Pularia sem hesitar. Ela é só o que vale nessa minha vida imprestável.
— Por que imprestável?
— Porque sou uma existência egoísta. Sou prepotente, abuso dos que não estão à mesma altura que eu em poderes… Levo a vida atormentando pessoas que nada me fizeram… E ela… Ela…
As lágrimas começaram a cair de seu rosto.
— Céus, ela é um anjo… Como, como pode um anjo partir e um inútil como eu ficar?
Os soluços rompiam o peito de James, fazendo-o parecer, mais do que nunca, um espectro. A garota se adiantou e pôs a mão no ombro de Jay. Estranhamente, ele sentiu um doce consolo naquele toque.
— E se eu te dissesse que há um modo de salvar sua querida?
James sacudiu a cabeça desesperançado.
— Não há. Ela foi picada por um escorpião-vampiro. Não tem cura.
— E se eu dissesse que tem?
— Não tem.
— Ah, tem.
— Não tem cura… Ela vai morrer…
Com um muxoxo de contrariedade, a garota tirou a mão do ombro de
James, tomando o rumo da praia.
— Ei, aonde você vai?
— Pensei que fosse um legítimo grifinório, James Potter. Mas, se em vez de se agarrar a qualquer esperança que haja, você prefere chafurdar no ceticismo, problema é seu. Fique aí com seu desespero inútil.
E ela partiu. Prongs hesitou por um instante, mas começou a correr atrás dela, gritando:
— Ei, garota!
A moça parou e se virou, visivelmente satisfeita.
— Há… há algum modo de salvar Lily? — perguntou James ofegante.
— Você tem medo de morrer, James Potter?
— Não.
— Você tem medo da dor?
— Não da dor física.
— Você daria tudo pela vida de Lily Evans? Se arriscaria numa jornada difícil e perigosa para salvá-la?
— Sem a menor dúvida.
Ela sorriu.
— Se for tão corajoso como parece, Jay, esteja ao final da tarde no carvalho ao pé do vulcão. Seu amigo Remus sabe onde é. Eu irei guiá-lo até as Pepitas de Fogo.
“As Pepitas de Fogo!”, pensou James, sentindo a compreensão perpassar seu cérebro como um raio. “É lógico, o desejo! Se eu desejar salvar Lily… Isso acontecerá!”
— Elas existem? Pensei que fossem lenda…
— Toda lenda não tem seu fundo de verdade? — perguntou a garota sorridente.
E se virou para partir.
— Ei — chamou o rapaz. — Qual é o seu nome?
— Agatha², James.
— E… como é que você sabe o meu nome?
A garota apenas riu e foi embora.
So keep breathing
(Então, continue respirando)
‘Cause I’m not leaving you anymore
(Porque eu não te deixarei mais)
(Nickelback — Far Away)
¬¬¬
James foi andando pela praia até se deparar com três figuras. Eram Moony, Frank e Queen.
— Ei, James! — gritava o primeiro, vindo em sua direção. Os outros dois o seguiam.
Remus parou a alguns passos dele e puxou Prongs para um abraço.
— Eu tô do seu lado. Não importa o que aconteça.
Sozinho eu não iria conseguir
Você mostrou o caminho por onde dava pra ir
Me ajudou a levantar depois que eu caí
Me ajudou a levantar depois que eu caí
(Capital Inicial — Gratidão)
Emocionado demais para falar, James só fez um aceno afirmativo com a cabeça.
— Nossa, Potter, você está com uma cara horrível — comentou Anthony.
— Nós te procuramos a noite toda — disse Frank, dando uma palmadinha nas costas de James. — Pô, cara… Não sei nem o que te dizer.
— Não precisa falar nada, só o seu apoio já é importante — disse Anthony com um gesto de descaso.
James olhou para Remus.
— Preciso ir ver a Lily.
— Depois você a vê, Prongs — disse Remus, batendo a areia nos ombros do amigo. — Primeiro você toma um banho, esfria as idéias, lava essa cara…
— Não, eu preciso ver a Lily.
A voz de Moony era suave mas firme.
— A Lily está dormindo, está cansada. As meninas estão cuidando dela. Fique sossegado. Vá tomar um banho, eu garanto que vai te fazer bem.
E, com um gesto determinado e seguro, foi levando o amigo até sua casa.
I never needed a friend
(Eu nunca precisei de um amigo)
Like I do now
(Como eu preciso agora)
(T.A.T.U. — Gomenasai)
¬¬¬
James teve que reconhecer que Moony estava certo. O banho revigorou seu espírito e lhe trouxe novas esperanças. As palavras de Agatha eram mais claras que nunca em sua mente. Não deixaria que sua Lily morresse.
Não obstante, a tristeza que sentia era grande e dolorosa, se espalhando como um gás venenoso pela casa, de modo que, quando o rapaz foi para a sala, encontrou Sirius, Peter, Remus, Frank e Anthony com expressões de enterro. Sirius gemia a cada passo que ele dava, as mãos na cabeça, no rosto uma careta de dor. Mesmo assim, se levantou e pôs a mão no ombro de Jay.
— Jay… Eu sou seu amigo. Não importa o que você decida fazer, sempre pode contar comigo. Sei que não é muito, mas é o que eu posso oferecer.
— Digo o mesmo — disse Wormtail.
— Todos dizemos — disse Moony.
James se viu novamente emocionado. Com a voz embargada, disse:
— Pô, caras… Vocês são os melhores amigos que um cara como eu pode ter.
Six deu um tapinha nas costas de Prongs, piscando com os olhos ardidos.
— Remus — disse James —, agora eu realmente preciso ver minha ruivinha.
O outro fez um sinal em direção à porta.
Pouco após, os seis rapazes entravam na casa dos MacStorm. Logo na entrada, encontraram Claire soluçando no sofá e James se comoveu. Ela devia sentir quase tanto quanto ele.
— Jay — disse Lee, aparentemente sem saber o que dizer para o amigo.
Ele sorriu desanimado.
— Posso ver Lily?
Alice se ergueu.
— Vamos.
Juntos, os Marauders, Frank, Anthony, e as garotas foram para o andar de cima.
Lily dormia um sono plácido na cama. Os raios de sol que entravam pela janela iluminavam seu rosto e seus fulgurantes cabelos vermelhos. Parecia um anjo adormecido.
James se aproximou da cama.
— Ela conversou com a gente faz um tempo, mas dormiu de novo — disse Claire com os olhos inchados.
Ele tomou uma das mãos da ruiva entre as suas.
— Eh… Vocês podem me deixar sozinho um pouco?
Os outros nove se entreolharam e saíram sem nada dizer. Com um suspiro dolorido, James beijou a mão de Lily. Ela acordou.
— Jay? — perguntou ela piscando por causa dos raios de sol que batiam no seu rosto.
— Desculpe, Lily, eu não queria te acordar.
— Não faz mal… Eu estou bem…
Ela tentou se erguer mas James não deixou.
— Você precisa descansar. Ainda está com febre.
— Eu estou tonta…
— É normal… Você teve um mal-estar.
Lily segurou a mão de James.
— Jay… Você me ama?
— Mais que tudo nessa vida, ruivinha.
— Então me conta. Eu vou morrer?…
Prongs apertou a mão de Lily.
— Quem te botou essa idéia na cabeça?
— Eu… deduzi. Claire… as meninas… com cara de enterro… Claire tinha os olhos inchados. E estou mais fraca do que ontem… E, céus, James, você está chorando.
As lágrimas caíam dos olhos do rapaz. Ele procurou limpá-las com as costas da mão.
— Você diz que sabe tudo de mim. Então sabe que vai ser pior se eu não souber. Se me ama tanto quanto diz, me conta.
Olho para o céu
Tantas estrelas dizendo da imensidão
Do universo em nós
A força desse amor nos invadiu
(Flávio Venturini e Caetano Veloso — Céu de Santo Amaro)
— Lily… — suspirou James.
Sabendo que não podia mais omitir, contou tudo o que Remus lhe falara sobre o escorpião-vampiro. Quando terminou, o olhar de Lily brilhava de um modo um tanto febril.
— Então eu vou morrer.
James pegou a mão de Lily.
— Não vou deixar você morrer, minha ruivinha…
Ela sorriu fraca.
— É Evans… — gracejou. James sorriu.
Subitamente, a mão da garota se fechou na de Prongs com angústia.
— Jay… Já que a gente não poderá ter mais tempo… Eu quero te falar
uma coisa.
— O quê?
— Eu te amo.
Os olhos de James marejaram, enquanto ela falava:
— Ontem, quando você me beijou… Eu senti como se nunca tivesse sido tão feliz… Finalmente, quando eu senti os seus lábios tocando nos meus, eu percebi que você é o homem da minha vida… Pena que agora ela seja tão curta.
Come what may
(Aconteça o que acontecer)
Come what may
(Aconteça o que acontecer)
I will love you until my dying day
(Eu vou amar você até o dia de minha morte)
(Moulin Rouge — Come What May)
— Eu já te falei que não vou te deixar morrer.
— Mas você disse, não tem cura.
— Eu acho… que descobri um jeito de te salvar.
Lily se afligiu.
— Não é nada perigoso, né?
— Perigoso é ficar sem você.
— Jay… Não vá se arriscar por minha causa… Eu não mereço.
Sorrindo, James pousou os lábios na testa quente da garota.
— Você merece o mundo e muito mais, meu anjo.
Da testa, James passou aos lábios de Lily, e os dois se beijaram fervorosamente.
Amaldiçoando a necessidade de oxigênio, James se afastou um pouco, olhando a garota com ternura.
— Preciso ir, ruivinha.
— Não vai me contar o que vai fazer?
— Não posso… Mas eu quero te pedir uma coisa.
— O quê?
— Resista… Resista até quando agüentar, resista pelo menos até eu
voltar… Não deixe a morte te levar até que eu volte.
Ela sorriu com o rosto pálido e resignado de quem sabe o que está por vir.
— Está bem.
— Eu te amo, meu anjo ruivo. Durma mais um pouco.
Ela fez que sim e seus olhos se fecharam. Devia estar morrendo de sono. James ficou olhando com carinho para aquele ser. Acariciou suavemente seus cabelos ruivos e partiu. Agora mais determinado do que nunca.
Quando estou com você
Sinto meu mundo acabar
Perco o chão sobre os meus pés
Me falta o ar pra respirar
(CPM 22 — Um Minuto para o Fim do Mundo)
¬¬¬
Mais tarde, James saiu da casa dos Potter, carregando uma mochila com algumas provisões. Iria partir sem avisar seus pais, pois tinha certeza de que eles o impediriam se soubessem o que ele estava prestes a fazer.
Resolveu passar para ver a praia de longe uma última vez, antes de ir. Tomou o rumo da areia e ficou fitando as ondas.
Pouco mais adiante, nove adolescentes estavam parados em volta de uma fogueira apagada. Ninguém que os visse agora poderia acreditar que ainda ontem dançavam na praia, e que tinham passado a semana toda agitando a ilha, andando para lá e para cá. A alegria tinha se esvaído. Suas expressões eram sérias e cheias de dor. De vez em quando, ouvia-se um soluço de Claire.
Por mais que estivesse triste, os olhos de Remus continuavam sendo muito ágeis. E ele foi o único que notou que James estava indo na trilha para o vulcão com uma mochila nas costas.
— EI, PRONGS! — gritou, assustando a todos.
De imediato, se levantou e saiu correndo atrás dele. Os outros, após perceberem o que estava acontecendo, o seguiram.
James praguejou consigo mesmo. Não queria que seus amigos soubessem que estava indo para o vulcão, sabia que eles tentariam demovê-lo do propósito.
Remus foi o primeiro a alcançá-lo. E despejou o verbo:
— Escuta aqui, James Potter, você não tem vergonha?! A gente como está, a Lily como está e você pega suas coisas e sai pra fazer uma expedição ao vulcão. Eu já não te disse mil vezes que é suicídio, que aquele vulcão vai entrar em erupção?
Prongs suspirou.
— Eu não vou fazer uma expedição ao vulcão.
E deu-lhes as costas sem nada acrescentar. Sirius perguntou:
— Aonde você vai, Prongs?
— Vou atrás das Pepitas de Fogo! É a única chance de salvar Lily!
Todos se entreolharam.
— É loucura — disse Anthony, girando o dedo. — Ele endoidou.
— Ninguém sabe se elas existem ou não, Jay.
— Então eu vou lá ver! Tem uma garota que disse que elas existem, e ela vai me levar até lá!
— Mas e o vulcão? — disse Moony.
— Dane-se o vulcão! Se eu precisar voltar, eu volto até nadando na lava, e, se não precisar, tô nem aí!
— E se elas não existirem? E se a tal garota estiver mentindo?
— Eu sei lá! Só sei que eu não vou ficar aqui parado enquanto a Lily definha! Se houver alguma esperança, por ínfima que seja, eu vou atrás!
Não vim até aqui pra desistir agora
Entendo você, se você quiser ir embora
Não vai ser a primeira vez nas últimas 24 horas
Mas eu não vim até aqui pra desistir agora
(Engenheiros do Hawaii — Até o Fim)
Todos se entreolharam novamente. Padfoot encarou Moony, que lhe acenou afirmativamente com a cabeça. Depois, olhou um a um, e sorriu. Todos sorriram com ele.
— Vam’bora, Jay — disse Sirius.
— Peraí, vocês… vocês todos vêm comigo?
— Claro — disse Remus. — Acha mesmo que nós te deixaríamos se divertir sozinho?
— E, além do mais, também queremos salvar a Lily — disse Claire.
— Ainda acho que é loucura — disse Anthony.
— Mas não custa tentar — sorriu Frank. — Pode ser que dê certo.
— É! — exclamou Alice. — A gente vai conseguir salvar a Lily!
— Então vamos? — perguntou Chloe.
— Vamos! — exclamaram todos, exceto Anthony e Peter.
Todos olharam para o primeiro.
— Sei lá. Isso não vai dar certo.
— Às vezes o que parece loucura pode dar certo — disse Frank sabiamente. — Disseram a Nicolas Flamel que a Pedra Filosofal era loucura. Ele disse: “dane-se”, e hoje tem mais de seiscentos anos. Pensa na Lily, cara.
Foi o que derrubou o rapaz.
— Tá bem, eu vou.
— E você, Wormtail? — perguntou Sirius.
— Eu? Ah… eh… bem…
Vendo que todos olhavam para ele, Peter não teve como dizer não.
— Acho que… vou.
— Beleza, então vamos pegar nossas coisas e…
— Peraí — disse James, que ficara olhando aquela manifestação de heroísmo num silêncio aturdido. — Vocês têm consciência de que vamos entrar nas profundezas de um vulcão prestes a explodir, atrás de coisas que
nem sabemos se existem?
— Temos — disseram todos.
— É por isso mesmo que é loucura — acrescentou Anthony.
— E vão mesmo assim?
— Vamos.
James se sentiu emocionado. Piscando os olhos, exclamou:
— Então, todo mundo arrumado aqui em 20 minutos! Quem se atrasar,
fica!
Todos riram e foram correndo para as suas respectivas casas, apanhar suas coisas. E nunca Prongs apreciou tanto aqueles amigos.
Against the wind
(Contra o vento)
We were running against the wind
(Nós estávamos correndo contra o vento)
We were young and strong
(Nós éramos jovens e fortes)
We were running against the wind
(Nós estávamos correndo contra o vento)
(Bob Seger — Against the Wind)
¬¬¬
Em cerca de quinze minutos, todos já estavam prontos. Sirius tivera que arrastar Wormtail por quase cem metros até convencê-lo que não, ele não iria levar aquele frango assado que seria o jantar deles se fossem ficar em casa.
Por fim, James perguntou:
— Todos aqui?
— Sim — disseram todos.
— A não ser que estejamos tendo uma ilusão de ótica — acrescentou Anthony com sarcasmo.
— Anthony Queen e suas piladas hilariantes — comentou Camille em alto
e bom tom. — Gente, acho que ele esqueceu de avisar, mas é pra rir!
— Chega, vocês dois — ralhou Remus.
— OK… — disse James. — Ninguém esqueceu nada? Não? Então
vam’bora.
O rapaz na frente, o grupo foi atravessando a praia com animação e logo
penetraram na mata.
Era muito diferente do que James tinha imaginado para aquela jornada. Os outros riam, andavam, faziam bagunça, e formavam um grupo alegre e encorajado pela súbita esperança. Era incrível, mas eles o faziam se sentir melhor com o barulho.
— Ei, Frankie, olha lá aquela camélia! — exclamava Moony.
— Que bonita! Pena que estamos sem o material de coleta… — respondia Frank.
— Droga, Chloe, olha para a frente! — exclamava Camille segurando
Chloe pela terceira vez. — Assim você tropeça menos!
A garota não parava de olhar para trás, para Sirius, que sorria a ela.
— A outra face de Camille — dizia Anthony. — Apesar de continuar indelicada e grosseira, ajuda as pessoas.
— Muito engraçado, Queen — resmungava Camille. — Não posso dizer o mesmo de você.
Anthony fechava a cara, e todos riam, James mais alto que todos.
Os meus sonhos, o vento não pode levar
A esperança encontrei no teu olhar
Os meus sonhos, a areia não vai enterrar
Porque a vida recebi ao te encontrar
(Oficina G3 — O Tempo)
— Ei, Prongs, cadê a sua amiga? Você disse que ela nos guiar.
— Ficamos de nos encontrar por aqui… Ah, ali está ela!
Agatha estava apoiada num grande carvalho. Todos contemplaram sua figura misteriosa por um momento, seus longos cabelos balançando contra o vento. Hesitante, James se aproximou.
— Eh… Agatha… Esses são meus…
— …amigos — completou a garota. — Eu sabia que você não viria sozinho, James Potter. — Ela se voltou para os outros. — Vocês estão dispostos a arriscar a vida por Lily Evans?
— Estamos — disseram todos em uníssono.
— Podemos ir, então — disse ela. — Me sigam, ainda andaremos mais um tanto hoje.
Se virando, Agatha começou a caminhar. Mas Moony perguntou:
— Espera um pouco. Como é que você sabe que as Pepitas de Fogo existem?
— Perguntas serão respondidas na hora certa, Remus. Segure as rédeas de sua curiosidade. Por ora, posso adiantar que tomaremos uma trilha que leva a ocasionais pontos de descansar. Agora, quem realmente estiver disposto a salvar Lily Evans, me siga, pois vamos começar nossa jornada.
O mundo é perigoso
E cheio de armadilhas
De mistério e gozo
Verdades e mentiras
Viver é quase um jogo
Um mergulho no infinito
Se souber brincar com fogo
Não há nada mais bonito
(PR5 — Vida Real)
¹ Não vou ser hipócrita de assumir a criação desse pedaço sozinha. Na verdade, uma boa parte do diálogo eu retirei de um livro "A Lenda da Orquídea Negra", de Roberto Trummer. Se nunca leram, realmente procurem, é maravilhoso esse livro!
² Não, não é pagação de pau com o meu nome nem imitação da fic da Lisa Black. Vou descrever para vocês a minha primeira e amigável conversinha com a Agatha:
*escrevendo o capítulo 5* "Ah, o que será que eu faço agora..."
*surge a Agatha*
"Eu sou seu novo personagem.*
"Ótimo. Eu estava mesmo precisando de um personagem misterioso."
"Meu nome é Agatha."
"Não, não é. Eu me chamo Agatha. Um monte de gente se chama Agatha."
"E eu também."
"Vamos arranjar outro nome pra você, OK? Agora me deixe escrever."
"Não, meu nome é Agatha. E vai ser Agatha, não importa o que você fizer."
"Sou eu quem manda aqui e eu digo que o nome não é Agatha!"
"E eu digo que é!"
Rs, rs... Não é preciso dizer quem ganhou, né?
Obrigado por quem comentou! Comentem mais, galera!
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