As Pepitas de Fogo
N.A.: Aqui está o terceiro capítulo... Onde finalmente eles se encontram.
Tia_Voldie: Não foi nada, a sua fic está muito, muito boa mesmo... Não esquece de me avisar quando atualizar de novo, hein?!
Ninee Black: A sua fic está muito melhor que a minha, hauhauahua... Mas que bom que você gostou da Pepitas! Continue lendo!
Anna_Black: Espero que tenha gostado do resto da fic! Obrigado pelo comentário! Se quiser que eu divulgue sua fic, me diz a página!
Leiam:
Eu te amo e isso é uma verdade..., da Ninee
http://www.floreioseborroes.com.br/menufic.php?id=13208
Entre Magos e Vampiros, da Tia_Voldie
http://www.floreioseborroes.com.br/menufic.php?id=12951
Bem, vamos ao capítulo...
Capítulo 3: As Pepitas de Fogo
Os garotos se divertiam na praia. James, Peter, Sirius e Frank travaram um jogo de três cortes acirrado, enquanto Remus se estirava ao sol lendo um livro e Anthony dormia debaixo do guarda-sol. Acordou quando a bola passou rente a ele e espalhou areia na sua cara.
— Ih, foi mal, Anthony — disse James, pegando a bola.
— Olha onde joga, Potter — resmungou Anthony limpando a areia das sobrancelhas com um feitiço.
— Um dia tão lindo, uma praia tão bonita e você dormindo — disse Frank.
— Sol forte me dá sono — respondeu o rapaz, bocejando.
Frank deu de ombros e voltou ao jogo. Batedor da Lufa-Lufa, tinha muita força nos braços e logo eliminou Peter e James, jogando somente com Sirius, que desviava com facilidade e mirava bem.
De repente, James cutucou Remus. Um grupo de garotas de biquíni se aproximava.
— Que foi, Prongs? — perguntou Moony com irritação, ao ver o rosto boquiaberto e vidrado do outro.
— Moony, você que tem juízo, me diz: aquela ruivinha é a Lily ou eu estou sonhando?
Assombrado, Remus fitou as garotas.
— É… E Claire também… E Chloe, e Camille e Alice…
— Cara, é uma miragem? — perguntou Padfoot, notando as garotas.
Lily apertou o braço de Claire.
— Por favor, me diz que estou tendo uma alucinação. Aquele ali não pode ser o Potter.
— Caramba, é o Potter! — exclamou Claire atônita. — E Remus… E os outros Marauders! E Frank Longbottom, e Anthony Queen também!
— Era bom demais pra ser verdade… Ai, eles já nos viram, droga, agora vamos ter que falar com eles.
Os cinco garotos — Anthony caíra no sono debaixo do guarda-sol — foram correndo até as meninas.
— Oi, Lily! — disse James, levando uma das mãos ao cabelo.
A ruivinha o encarou com evidente desagrado.
— O que vocês estão fazendo aqui, Marauders? — disse Lily olhando com raiva para Alice. — Lee, pensei que você não ia falar pra ninguém que iríamos passar as férias aqui!
— E eu não falei…
— Resolvemos passar as férias desse ano na Ilha Golden — disse Sirius, olhando para as garotas. — E convidamos Frank e Anthony… E vocês?
— Eu pensei de passar as férias aqui, e resolvi trazer Lily, Claire, Camille e Chloe, elas não conhecem a ilha…
— Que coincidência! — exclamou Frank, lançando um olhar a Alice, que corou.
— Vocês não nos seguiram, né, Potter?
— É lógico que não! — exclamou James. — Padfoot está de prova, né que a gente combinou faz uns dois dias?
— É, naquela noite em que fui pra sua casa, não é?
— Você faz visitinhas noturnas ao James, Sirius? — disse Chloe com um brilho de gracejo nos olhos. — Não sabia que vocês eram tão amigos…
Sirius corou, e foi Moony que explicou:
— Six foi expulso de casa.
— Nossa, Sirius, você deve ser fogo, hein? — zombou Chloe. — Nem sua família te agüenta!
Padfoot baixou os olhos, e todos ficaram quietos, pois perceberam que Chloe tinha cometido uma indiscrição completa. Até que uma voz disse:
— Não fale do que não entende, garota.
Era Anthony, já desperto. Seu olhar cruzou com o de Camille, que imediatamente entrou no jogo.
— E aqui está Anthony Queen e a sua educação primorosa.
Rindo, Anthony olhou para os outros.
— As pessoas confundem essas três, mas é bem fácil saber qual é qual: Chloe não pensa antes de falar, Camille não aceita a verdade quando ela está contra ela, e Claire é gentil. Olá, Claire, Lily, Alice.
— Oi, Anthony — disseram as três ao mesmo tempo.
— Sem brigas, pessoal — disse Remus, vendo que Camille já se preparava para dar uma resposta atravessada.
— Poxa, Six, lamento por você — disse Alice sincera.
— Não lamente, Lee, não vale a pena.
— O que aconteceu? — perguntou Claire. — Onde você está morando?
— Na casa de Prongs. E… quanto ao que aconteceu… coisas da família
Black. Não tem sentido entrar em detalhes.
Sirius percebeu que todos olhavam com pena pra ele e exclamou:
— Ah, qual é, pessoal, não vão ficar com essa cara de enterro só porque a velha Walburga Black queimou meu nome na tapeçaria, vão?! Eu estou até feliz! Vamos fazer o seguinte: aproveitar esse encontro e nos divertir juntos! Quem quer jogar três cortes?
— Eu! — gritaram quase todos, menos Anthony, Remus e Lily.
E foram jogar. Anthony foi retomar seu cochilo debaixo do guarda-sol, enquanto que, com desânimo, Lily comentava com Remus:
— Ai… Essas férias vão ser longas…
O amor
É o calor
Que aquece a alma
(Nando Reis — Do Seu Lado)
¬¬¬
Os garotos e as meninas tiveram uma semana divertida. Faziam fogueiras e ficavam tocando violão até altas horas da noite (para a surpresa de todos, Remus se mostrara um exímio executor do instrumento), rindo e cantando.
James e Sirius, muito vivos, exploravam o lugar conversando com os bruxos nativos da ilha, Peter sempre seguindo-os, enquanto Remus e Frank andavam pela mata coletando espécies de flores exóticas e arrastando Anthony com eles. Já Alice e Chloe se dedicavam à praia, passando vários dias catando conchinhas na areia, e Lily e Claire se ocupava numa expedição infrutífera para achar diamantes perto do Vulcão Red Fury, o vulcão da ilha, junto com a nada animada Camille.
Remus e Frank descobriram que era apaixonados por duas garotas populares e não tinham coragem de confessar, o que estreitou os laços de amizade dos dois.
— É… Eu queria poder contar pra Claire tudo o que eu sinto — dizia Moony. — Mas, quando eu vou falar, as palavras se perdem a caminho da boca e o que eu digo é: “Quando vai ser seu próximo turno de patrulha?”!
— Já é um começo — disse Frank. — Eu não consigo conversar com a Alice. Eu fico vermelho toda vez que chego perto dela. Me sinto um inútil, ridículo.
— Logo você, Frank? O depressivo aqui sou eu!
E discutiam seus romances, enquanto Anthony os seguia, pensando na garota com quem era tão grosseiro e arrogante, mas cujo nome lhe parecia uma brisa suave roçando pelos seus lábios; cuja imagem era um foto que alguém tinha colado em seus olhos; e que fazia ele ter coragem para sussurrar aquelas três palavras.
— Eu te amo… — e respirava fundo se lembrando daquele perfume. — Camille…
Eu te amo e vou gritar pra todo mundo ouvir
Ter você é meu desejo de viver
Sou menino e teu amor é que me faz crescer
E me entrego corpo e alma a você
(Roupa Nova — Volta pra Mim)
¬¬¬
Em pouco tempo, James e Sirius já eram conhecidos por toda a ilha. E foi assim que conseguiram que Moe, um velho aborto residente numa cabana ao pé do vulcão, viesse contar algumas histórias da Ilha para a turma, numa daqueles noites em que faziam fogueiras na praia. Todas as meninas traziam flores nos cabelos, porque Remus e Frank andavam tendo sorte em suas buscas.
— Bem, o que vocês querem que o velho Moe conte? — perguntou o homem. — Como bruxo, não sou grande coisa, mas como contador de histórias, tenho lá um talento… Conheço bastante.
— Ah, sei lá, conta alguma lenda aqui da ilha — pediu Lily.
Moe suspirou.
— Vocês conhecem a lenda das Pepitas de Fogo?
— Não — disseram todos.
— Bem, é a lenda mais conhecida daqui. Vou contá-la.
“Há muito, muito tempo, um casal de bruxos vieram passar uma temporada aqui para estudar as criaturas mágicas da ilha. Estavam muito interessados em salamandras de fogo, sabe, então resolveram ir até o Vulcão Red Fury para procurá-las.”
— Isso não é perigoso? — perguntou Remus.
— É. Ainda mais porque o vulcão estava prestes a entrar em erupção, mas aqueles dois não entendiam nadinha de vulcões.
“Eles fizeram a travessia até o vulcão, que é uma travessia bem demorada e perigosa, e foram lá na boca do vulcão. Quando viram a lava emergindo, ficaram desesperados e rezaram por ajuda.”
“Então, respondendo aos seus apelos, um espírito da ilha disse:
“— Só um de vocês poderá sobreviver. O outro terá que ser oferecido ao vulcão, e só assim ele se acalmará.”
“O homem era um covarde, e empurrou sua mulher para o vulcão.”
— Que canalha! — exclamaram juntas Lily e Claire.
Todas as garotas pareciam indignadas. Remus também.
— Que homem é esse, meu Deus, que tem coragem de jogar sua mulher num vulcão?!
— Era um covarde, eu disse.
“Porém, a ira da mulher, quando foi atirada ao vulcão, foi mais forte que o calor da lava que derretia sua pele. Maior e mais forte que tudo.”
Os garotos ouviam, pendurados em cada palavra do velho.
— E daí? O que aconteceu? — perguntou James, ansioso.
“O espírito ficou furioso com o outro bruxo, e gritou:
— Que a ira no coração daquela que caiu alimente o fogo do vulcão!”
“O vulcão explodiu em magma e cinzas, queimando o bruxo sobrevivente, e transformando seu corpo em cinzas.”
“Mas a bruxa atirada nas lavas não conseguia partir. Sentia a ira ainda muito forte em seu coração. O espírito se compadeceu daquela alma atormentada e disse:
— Vou encerrar sua fúria em três pedras, e dar-lhes o poder de atender a qualquer pedido. Quando uma pessoa de bom coração fizer um pedido por uma pessoa que ame, sua alma será libertada desse ódio. Serão as Pepitas de Fogo.”
As pepitas de fogo vão brilhar
As pepitas de fogo vão brilhar
(Zé Ramalho — Pepitas de Fogo)
— Dizem que as Pepitas de Fogo possuem um poder inacreditável — disse o velho. — Elas alimentam o vulcão desta ilha… E a pessoa que conseguir achá-las pode fazer um desejo. Qualquer desejo, e ele será atendido.
— Bobagens.
Era a voz de Anthony Queen.
— É só uma lenda sem fundamentos, trouxa, provavelmente.
— Os trouxas dessa ilha não falam uma língua inteligível, rapaz — disse Moe. — E a lenda é verdadeira. As Pepitas de Fogo existem sim.
— Podíamos ir procurar — disse James, excitado.
— Nem pense nisso. Se aproximar muito do vulcão é suicídio. A travessia é difícil e perigosa, e o vulcão está próximo de uma erupção.
— Isso não é perigoso? — repetiu Remus.
— Não para quem está aqui na praia, há um feitiço em volta do vulcão que faz a lava sumir quando chega a um certo ponto, mas, para quem está na montanha…
Os garotos se entreolharam.
— Deve ser maneiro — disse Sirius. — Ver a lava descendo.
— É um espetáculo bonito sim, Sirius… Quando ela não está provocando feridas e desfigurando seu rosto.
Moe deu um sorriso torto que assustou todos.
— Ouçam o que eu digo: não vão querer ser queimados pela lava do Red Fury. Não vão querer.
E é tão certo
Quanto o calor do fogo
(Capital Inicial — Fogo)
¬¬¬
James e Sirius ficaram muito entusiasmados com a história das Pepitas de Fogo, e várias vezes tentaram iniciar uma expedição até o topo do vulcão, mas eram sempre impedidos por Remus.
— Vocês querem ser consumidos pela lava que vai vir? — perguntava ele, furioso, sempre que via Prongs e Padfoot tomando o rumo do vulcão.
— Ora, Moe pode ter se enganado. Por ser que o vulcão não esteja para explodir.
— Ele está — afirmava Moony. — Quando eu era pequeno, estudei vulcanismo como matéria complementar. Quando o vulcão vai entrar em erupção, o céu fica calmo — ele apontou para o céu sem nuvens. — Não estão sentindo a calmaria no ar? Não estão vendo que os animais estão fugindo da montanha? Tem uma erupção próxima, daqui a uns cinco dias talvez.
— Ah é? Então porque você está indo para o vulcão com Frank e Anthony? — perguntavam os dois.
Remus corava.
— Ora, eu já disse que estamos coletando flores. Então, estamos aproveitando para coletar algumas espécies da montanha antes que a lava destrua tudo, oras! É muito diferente de ir até o topo do vulcão, gracinhas. E, falando nisso, seu aniversário é amanhã, não é, Prongs?
— É — ria James, prestes a fazer 16 anos. — Mas nem sei se vou comemorar.
Sirius e Remus trocavam um olhar cúmplice. Na certa, iriam aprontar alguma coisa para o aniversário do melhor amigo.
Como sempre estou
Mais do seu lado que você…
(Capital Inicial — Não Olhe Pra Trás)
N.A.: Dã, não sei se deu pra perceber de onde eu tirei o nome da fic...
O de sempre, comentem!
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