Tentando resolver



“Ao fim do jantar Gina ofereceu ajuda a sua mãe para retirar a mesa, os outros se retiraram e Gina disse a Draco que subisse e brincasse com as crianças, ela já se juntaria a eles. Draco subiu com as crianças no colo.

-Papai, por que você e a mamãe não namoram de novo? – Guinne perguntou quando seu pai lhe sentou na cama.

-Hum... É... – Draco estava espantado com a pergunta, pra não dizer totalmente desconsertado.”

-É, papai, por que você e a mamãe não namoram de novo? Seria tão divertido. – A pequena trazia um enorme sorriso no rosto.

-Bom, crianças, esse é um assunto muito delicado. - Draco coçou a cabeça para pensar no que seria melhor dizer naquele momento. – Tão delicado que deve ser tratado por adultos.

-Então ta bom, a gente deixa esse assunto nas suas mãos, e vê se resolve logo. – Guinnever disse em pé com as mãos na cintura. – Porque se depender da mamãe.

-Se depender o que da mamãe? – Gina acabara de entrar no quarto.

-Hum? – Draco olhava seus filhos extremamente corado.

-Eu perguntei o que depende de mim.

-Ah! – Devon se levantou ficando ao lado da irmã. – Isso o papai te conta. – O garoto segurou o braço da irmã e a puxou para fora do quarto.

-Dev, o que você acha que vai acontecer? – Ela o perguntou enquanto Devon fechava a porta atrás de si.

-Ah, você sabe. Eles vão ter aquelas conversas chatas de adultos. – Ele disse seriamente.

-Hum... Faz sentido. – Guinne parou para refletir no quanto essas conversas de adultos eram realmente chatas.

-É claro que faz sentido. – Devon disse descendo as escadas à frente, era uma perfeita cópia de Draco.

-Metido.

-Boboca.

-Irritante.

-Chato.

-Besta.

-Aii... vocês homens são tão insensíveis. – Ela disse adiantando o passo para seguir à frente do irmão.

-E vocês mulheres são chatas. – Ele retrucou sem ao menos saber porque fora chamado de insensível.

Como se não tivesse ouvido o irmão Guinnever continuou descendo as escadas. Devon ia logo atrás.

-Vamos brincar? – Ela disse sem olhá-lo.

-Eu não sou insensível? – Ele fitava as costas da garotinha.

-Não mais. – Ela se virou dando um enorme sorriso.

-Tá, eu brinco com você. – Guinnever correu para seu lado e desceu as escadas abraçada a Devon, e inesperadamente ele não repeliu esse gesto.

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Logo após as crianças se retirarem do quarto Gina se sentou ao lado de Draco, sem entender absolutamente nada. Não gostava da idéia de haver segredos relacionados à ela, principalmente quando envolviam seus filhos.

-Então, o que depende de mim? – Disse a ruiva quebrando o silêncio.

-Gin, você já pensou em nós? – Ele fitava o tapete verde no chão, fixamente.

-Em... Em nós? – A conversa mais temida finalmente chegou. – Como em nós?

-Você sabe como.

-Não sei se pode ter “nós” novamente.

-Claro que sim. – Ele pegou as mãos da ruiva. – No que depender de mim.

-Nunca vai ser a mesma coisa. – Ela direcionou seu olhar para a janela, fazia uma noite bonita lá fora. A lua cheia dava um ar de mistério à noite, o efeito ficava completo com as inúmeras estrelas no céu. Tão longe, tão brilhantes, tão bonitas.

-Eu espero que não seja a mesma coisa. – Ele disse olhando para o mesmo lado que a ruiva. –Eu espero que seja melhor. Agora temos dois frutos do nosso amor.

-Eles vão continuar sendo frutos do nosso amor se não ficarmos juntos.

-Eu sei, não foi isso que eu quis dizer... – Ele percebeu o olhar que ela estava lhe lançando. – Só pensei que poderíamos ser uma família. – Ele suspirou.

-Uma família que você deixaria pra trás quando o perigo se aproximasse? – Ela o olhou fixamente.

-Não... Olha, Gin, se eu pudesse voltar ao tempo eu faria tudo diferente. Enfrentaria tudo, enfrentaria o que me fez fugir... – Draco baixou o olhar. – Eu morreria por você.

-Mas você não pode voltar ao passado, e nem mudá-lo.

-Mas eu posso fazer de tudo para transformar meu futuro. – O loiro a olhou animadamente. – Posso transformar o nosso futuro, se você quiser.

-Eu não sei se eu agüento... Não sei se eu quero passar por tudo de novo. - Gina suspirou e passou a olhar nos olhos de Draco. – Eu não sei se confio nesse amor de novo, essa é a verdade.

-Então me deixa reconquistar sua confiança, me deixa te mostrar que tudo pode ser diferente. Tudo pode ser melhor.

Ele se levantou e ergueu a mãe para que ela se levantasse também. Ela segurou a mão do loiro, que a puxou para mais perto de si. Gina sentiu Draco circular sua cintura com seus braços, ela lhe abraçou, repousando a cabeça em seu pescoço, seu perfume a fazia sentir coisas que não sentia a tempos. Ela olhou para ele. Draco foi aproximando seus lábios lentamente do rosto da ruiva, encaixando num beijo extremamente apaixonado. Ela permitiu que aquele beijo acontecesse, ela também o queria e precisava.





Hum... eu tinha esquecido de postar esses dois últimos capítulos.
Nem sei se tem alguém lendo, mas de qualquer forma, espero que gostem.

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