Draco Malfoy
Draco aparatara na mansão, logo Kriska, a elfa doméstica da casa aparecera.
-Senhor, Kriska pode ajudar o senhor?
-Onde está meu pai?- Diz jogando sua capa e uma mala em cima da criatura - Leve isto para o meu quarto. Meu pai está em seu escritório?
-Sim senhor!-Diz a elfa já se retirando.
Aquela manhã não começou bem pra ele, nada podia dar certo de agora para frente, ele simplesmente poderia não sobreviver, então, por que se preocupar com uma simples dor de cabeça irritante?
- Pai, eu já estou quase pronto para a viagem, falta só juntar alguns objetos em meu quarto.
- Ótimo! Quando estiver totalmente pronto, me avise, creio que a casa de Paris já está organizada como você havia pedido.- Diz Lúcius com um sorriso no rosto.
- Certo, mas, onde está a mamãe? – Pergunta um Draco com a voz cansada.
-Ah! Ela se encontra em seu jardim de rosas, você sabe, ela adora aquele lugar.- Percebendo o estado de seu filho.- Tem certeza que está mesmo bem meu filho?
- Claro, melhor impossível - Responde o jovem com um sorriso falso – Com licença!
A idéia de ir ver a mãe passou pela cabeça de Draco, mas pensou bem sobre o assunto, ela viria com comentários do tipo, “Meu filho, está comendo?”, “Anda tão magro”, e ele não estava com saco para possíveis interrogatórios, e como não queria ser mal educado com a mãe, achou melhor subir para seu quarto, assim terminaria de arrumar suas coisas, partiria para sua viagem tão não-desejada o mais rápido que pudesse, antes que desistisse e saísse correndo para os braços de sua amada.
Guardava as roupas de seu armário, e coisas absurdas passavam por sua cabeça, como a não aceitação de Gina à notícia, o que era muito provável.
-Idiota! Você devia ter contado a ela! Como você, um Malfoy, pode ser tão covarde? – Ele murmurava para si mesmo.
Quando dizia palavras duras a si, Draco percebe que há uma coruja na janela, e a reconhece, é Briti, a coruja de Gina.
-Ela não devia manter contato, merda, deve ter acontecido algo!
Ele vai até a janela permitindo que a coruja entre, esta lhe estende a pata direita, onde se encontra a carta. Pegando-a ele começa a ler, sua expressão facial é bem assustadora, “como ela passara a ser tão fria?”.
- “Sr. Malfoy”?, Desde quando ela me chama assim? Por que ela vai deixar o nosso apartamento? Isso é a prova de que ela não entendeu. – Disse deitando-se. – “Essas mulheres são tão complicadas!” - Eu não vou porque eu quero!
Não se lembrou que a coruja ainda se encontrava ali, o que o fez se dar conta foram algumas bicadas, ou melhor, muitas bicadas que levou na cabeça. Se não fosse trágico, seria cômico.
- CORUJA MALDITA! - Gritou ele.
-Que modos são esses Draco Vlad Malfoy? – Dizia Narcisa, recém chagada ao quarto de Draco.
-Ahh! Oi mãe, como tem passado? – Dizia o loiro espantando a coruja assassina.
- O que significa isso? – Disse a mulher torcendo o nariz em tom de desaprovação.
- Hum... É que me mandaram uma coruja assassina, mas, já está tudo totalmente controlado!
-Posso ajudar a arrumar suas coisas filho?
- Não mãe, obrigado, já está praticamente tudo pronto! Só preciso descansar um pouco, tive uma péssima noite!
- Aquela Weasley te fez alguma coisa? – Disse a mulher torcendo o nariz novamente.
-Não! A Gina não faria nada comigo – Falou meio confuso devido ao recém ataque da coruja da garota. – É que eu realmente não durmi bem, mas mesmo assim, muito obrigada.- Dando um sorriso gentil a sua mãe.
- Se precisar estou no meu quarto, ok querido?
Draco se encontrara sozinho em seu quarto, era a solidão que ele merecia, fora um completo idiota, “Um bilhete não tem sentimento”, e agora estava lá, sentado em sua cama, olhando uma carta, com palavras que ele merecia ouvir, com palavras que ele não gostaria de ouvir de Gina.
Ficou sentado por muito tempo, podia jurar que dias se passaram, talvez até meses, um turbilhão de pensamentos o atormentava, coisas que ele queria esquecer. Levantou-se abruptamente, resolveu terminar de arrumas as malas, quem sabe esqueceria dos fatos tentando não esquecer suas coisas?
Terminando de arrumar tudo, decidiu deitar, seu estomago roncou, mas ele não estava com fome, não parava de pensar, dormiu com Gina na cabeça.
Acordou um pouco desesperado, sonhou que Gina suicidou, não foi o melhor sonho. Preferia morrer a perder Gina.
- Filho? – Narcisa entra no quarto com cuidado, talvez medo de alguma coruja escondida – O almoço, está pronto, estamos o esperando.
-Ok! Já vou, vou só lavar meu rosto.
- Não demore! – Advertiu a mãe.
Draco realmente lavou o rosto na esperança de esquecer o sonho, mas ele teimava em não sair de sua cabeça, quanto mais ele tentava esquecer tudo, mais as coisas vinham a sua cabeça, fazendo com que ele se sentisse pior, ele era o pior.
- Boa tarde - Disse Lúcius fitando o filho em tom de desagrado.
-Boa tarde pai, boa tarde mãe, peço perdão pela demora, estava exauto.
- Sem problemas meu filho, você está mesmo com uma aparência horrível.- Disse a mulher para amenizar o tom do marido.
- Draco, quando pretende partir? - Pergunta Lúcius interessado.
- Logo após o almoço.
- Não precisa ter pressa meu filho.- Disse a mãe, ainda não conformada com a partida do filho e se seria o melhor tanto para ele quanto para ela.
- Vai ser melhor assim meu filho, melhor ficar afastado por um tempo disso tudo, logo todos vão ver que nenhum esforço é suficiente para chegar aos pés do Lord, o ministério está cada vez mais forte e alerta para essas tentativas, depois de todos esses anos eles não pretendem bobear, mas aqueles idiotas pensam que juntando o maxímo possível de pessoas vão conseguir chegar a algum lugar, mas os cabeças dos comensais se esquecem que agora precisam de pessoas qualificadas, inteligentes, diga-se de passagem. – Diz Lúcius tentando informar a família das idéias de seus ex-companheiros
- Ok pai! Já sei disso tudo, já concordei com a viagem, mas não quero falar sobre isso, se não for incômodo.
- Tudo bem!
O almoço continuou tranqüilo, banhado do som do silêncio. Draco se retira para pegar suas coisas, já estava na hora de ir. Desejava que aquilo não demorasse muito, queria sumir e ficar absolutamente invisível.
-Tchau Pai e mãe! Chegou à hora de eu ir. Ainda tenho muito que arrumar em Paris.
-Por Merlin, você realmente tem que ir meu bebê, se cuide pra mamãe.
-Ok mãe, acho que já sei bem me cuidar.
-Meu filho um homem, assim que chegar lá mande um coruja avisando se ocorreu tudo bem.
-Tudo bem! Até mais, certo?! Amo vocês! – Disse Draco desaparecendo.
-Ele vai ficar bem querida! - Disse Lúcius tentando confortar a mulher.
-Sim, ele vai ficar bem! Assim espero!
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