Sentimento



Capítulo Quatro - Sentimento

Um Ano Depois

Após a morte de Patrícia, as coisas foram se estabilizando aos poucos. Harry, ao contrário de que muitos pensavam, não tirou férias e sim, afundou no trabalho para superar a perda da mulher. Uma semana depois do funeral de Patrícia, Harry continuou a trabalhar normalmente, tocando projetos, filiais. Embora permanecesse firme forte, podia se ouvir soluços vindo de sua sala.

A empresa cresceu em uma proporção desigual. Estava em 3° lugar no ranking das marcas mais vendidas. E quando foi lançada a filial no Brasil, foi uma febre, porque o país só manuseava aparelhos coreanos, japoneses e americanos. Era novidade do momento.

Uma parte desse sucesso fora causado por Gina. A moça trabalhou dia e noite, montando um projeto que permitisse uma filial na América do Sul, com satélites e antenas potentes. Seu projeto não só foi apresentado para a DEVON, mas também para o chanceler brasileiro, que ficara admirado com a competência da moça e parabenizou Harry por ter uma funcionária tão eficiente.

Essa não foi a única vitória de Gina. Sua tese sobre inclusão digital fora aprovada pela faculdade e tirara 10 no trabalho. Gina chorou de emoção. Estava formada, empregada e feliz.

No lado familiar, as coisas estavam encaminhando bem. Dona Glória precisou fazer terapia por perder marido e filha num espaço de tempo curto. Desta vez, não deu para esconder nada de Sarah. A garota chorou por uma semana, mas depois foi se acalmando um pouco. Foi passar um tempo no litoral com a família de uma amiga.

Esse ano, uma nova etapa começava na vida da garota: sua entrada na escola. Harry acreditava que isso a faria esquecer um pouco a tristeza e teria uma distração. E Sarah estava adorando a escola. Toda lição que aprendia, todos os desenhos que fazia, ela mostrava empolgada ao pai depois do jantar. Harry estava contente com o entusiasmo da filha.

Após alguns meses de terapia, dona Glória decidiu realizar um sonho de consumo da filha e do marido: abrir uma instituição para crianças carentes, com a ajuda de Harry e alguns membros da DEVON. O Instituto se chamava "Patrícia Potter" e já abrigava mais de 40 crianças que ficavam no Instituto até atingirem a maioridade e seguirem com as suas vidas. Claro que ninguém ficava desamparado, eles recebiam auxílio, bolsas de estudos. Encaminhar essas crianças para um futuro melhor era prioridade do Instituto Patrícia Potter.

Mas quem surpreendeu com uma novidade foi Cho. A oriental, toda independente (demorou em arrumar um marido) estava grávida. Seu marido, Cedrico Diggory, um médico renomado, não se contentava de tanta felicidade. Quase proibiu a esposa de trabalhar, mas ela o ameaçou (não se sabe, como) e ela conseguiu trabalhar até o 8° mês de gravidez. Depois não teve mais como: tirou licença, após uma mini-festa de despedida. Ela prometera voltar em quatro meses e visitar os colegas de trabalho assim que pudesse.

- Falta pouco tempo para o bebê de Cho nascer. - Hermione comentou enquanto estava na sala de Harry fazendo anotações. - Tudo bem, Harry?

Harry, que estava pensativo até aquele momento, olhou para a amiga.

- É que eu e a Patrícia estávamos planejando ter outro bebê quando Sarah fosse para a escola. - suspirou. - Receio que isso não seja mais possível. - deu um sorriso amarelo.

Hermione o olhou consternada. Era evidente que depois de um ano, Harry ainda sentia a falta de Patrícia.

- Vocês poderiam adotar um. - Hermione tentou ajudar. - Harry balançou a cabeça.

- Mas o bebê cresceria sem mãe. Não seria bom para ele.

Essa última frase deu a entender a Hermione que Harry não pensava em se casar novamente.

"Ele não vai agüentar ficar sozinha por muito tempo. É muito jovem e tem uma vida inteira pela frente”.

- Por que você e Sarah não tiram umas férias? Sabe, passear, viajar pelo litoral, numa excursão. Isso faria bem para vocês.

- E quem ia cuidar da empresa? - Hermione abriu a boca para responder, mas foi interrompida. - Sei que vocês a cuidariam por mim e muito bem, mas... - suspirou. - Estamos numa fase de desenvolvimento e eu não posso abandonar o barco agora. Sei que vocês são competentes, mas prometi ao meu falecido sogro que cuidaria disso aqui como ninguém.

- Eu só espero que você não se estresse. Senão será um médico que recomendará férias. Dai você não pode recusar. - Harry deu uma risadinha.

- Isso não vai acontecer, eu prometo.

O carro de dona Glória estacionou numa vaga coberta para se proteger do sol. A senhora saiu do carro e olhou o prédio com carinho. Aquele era o prédio que o marido construiu com tanta eficiência e esmero. E graças às pessoas que trabalhavam lá dentro, o prédio continuava firme e forte.

- Seja bem-vinda, dona Glória. - a recepcionista sorriu para ela.

- Posso falar com o meu genro?

- Um minuto que vou ver se ele pode atender. - pegou o telefone e discou dois números.

Enquanto a recepcionista falava, Dona Glória olhou em torno do Hall. Lembrava muito um Hall de hotel, espaçoso, um uma enorme escada no fim do corredor. Dois elevadores se encontravam à direita da escada.

Viu um grupo de jovens entrando no Hall acompanhado por uma moça ruiva que ela não sabia quem era. Nunca a vira antes.

A moça dava instruções ao grupo, que olhava ao redor impressionado e interessado.

- Nossa comunicação chega numa velocidade de 400 km/hr. De acordo que as pessoas podem falar com outras em outro país. E com a ajuda de satélites e antenas, podemos nos comunicar até com o Pólo Norte.

- Nossa!! - exclamou uma garota loira.

- Ah, então quer dizer que até os pingüins podem falar no celular? - um garoto louro ironizou fazendo alguns alunos rirem. Gina revirou os olhos.

- Não há pingüins no Pólo Norte, Taylor. Mas se houvesse, sim, eles poderiam falar no celular. - todos os alunos riram, deixando Taylor morto de vergonha.

Dona Glória continuava observando a jovem conduzindo os estudantes.

- O Sr. Potter já vai recebê-la. - a recepcionista disse, chamando a atenção da senhora.

- Muito obrigada, minha jovem. Por favor, gostaria de saber quem é aquela moça ali. - apontou.

- Ah, aquela é Gina Weasley. Chefe do setor comunicativo daqui da Empresa. Quando a Cho saiu, foi feita uma seleção para escolher um encarregado e Gina passou. Ela é bem competente.

- Interessante. - virou-se. Quero conhecê-la.

- Sim, senhora. Gina! - acenou para a ruiva, que fez um sinal de espera. Gina conduziu os estudantes para a sala de telecomunicação em direção as duas mulheres. - Gina, essa é a Sra. Glória Washington, esposa do fundador da DEVON.

- Muito prazer, senhora Washington. - Gina cumprimentou cordialmente estendendo a mão para a senhora, que assentiu com um sorriso.

- O prazer é meu, senhorita Weasley. Há quanto tempo trabalha aqui?

- Há quase um ano. Substitui Cho através de um teste.

- Espero que esteja gostando.

- Com certeza, estou amando. - desfez o sorriso. - Sra. Washington, eu sinto muito pela morte do deu marido e de sua filha. - a senhora eu uma palmadinha na mão da jovem.

- Tudo bem, minha querida. Eu tive que me reerguer depois de duas perdas irreparáveis. Foi difícil, mas eu consegui e... - parou e olhou para Gina, que a olhava atenta. - Ora, me desculpe. Estou aqui te enchendo com os problemas e acabei de conhecê-la e... - estava morrendo de vergonha. Não sabia porque, mas sentiu que podia confiar em Gina.

- Não se preocupe, senhora. Fico feliz que tenha se reerguido. Com certeza, é uma sobrevivente. - piscou para ela. - Desculpem, mas eu tenho que orientar. Os estudantes. É um prazer conhecê-la, senhora Washington. - com licença. - se afastou.

- O prazer é meu, querida! Gostei dela. - virou-se para a recepcionista, que sorriu.

- E quem não gosta. Gina é uma pessoa de ouro.

- De fato. Posso subir?

- À vontade. - a senhora se dirigiu ao elevador, ainda pensando em como Gina era uma garota simpática.

**

- Sarah, vai mais devagar! Me espera! - Katherina pediu quando a garota saiu correndo do carro em direção ao prédio da empresa.

- Eu quero ver o meu pai!! - disse a garota alegre.

- Você já vai ver seu pai, mas me espera para entrarmos!

Sarah não podia mais ouvir a empregada e tinha a perdido de vista. Correu até o fim do prédio e entrou numa porta.

O lugar estava escuro. A porta de fechou com um estrondo e Sarah olhou para os lados, tateando para ver se achava o interruptor de luz.

- Oi? Tem alguém aí? - nenhuma resposta. Ouviu um barulho estranho e se virou. Não havia ninguém.

Sua respiração começou a ficar pesada. Sentiu falta de ar. Levou as mãos à cabeça. Ouviu vozes fantasmagóricas. Olhou para os lados. Puro Breu.

- SOCORRO!!!! ALGUÉM ME TIRA DAQUI!!!!

Gina estava saindo para resolver alguns assuntos quando escutou o gritou. Olhou ao redor, mas não viu ninguém, apenas o porteiro em seu gabinete e seguranças ao redor do prédio. Parecia que nenhum deles tinham escutado o grito. Deu de ombros e foi em direção ao seu carro quando ouviu de novo.

- SOCORRO!! ALGUÉM ME AJUDE!! - virou-se e percebeu que o grito tinha vindo do fundo do prédio. Os seguranças olharam ao redor procurando a origem do grito.

- Lá no fundo!! - Gina gritou para os seguranças e ambos foram para o fundo do prédio.

O fundo do prédio era um pátio gramado com um chafariz no meio. No fundo havia uma porta que dava para um galpão.

- OI, TEM ALGUÉM AI??? - Gina gritou esperando obter respostas.

- ME AJUDAM!!! - a voz vinha de dentro do galpão e ela e os seguranças correram direto para ela.

- Está emperrada! - um dos seguranças tentou forçar o trinco. - Vou arrombar!

- Eu te ajudo! - ele e o parceiro arrombaram a porta.

Lá no meio do galpão, encontrava-se uma menininha soluçando e tremendo. Gina entrou cautelosamente, observando a menina. Reconheceu-a pela foto que Harry possuía em sua sala. Sem dúvida era a filha de seu chefe.

- Calma, está tudo bem. - a garota observou Gina com os olhinhos vermelhos. - Pode vim. - ofereceu a mão para ela.

Sarah não sabia porque, mas sentiu uma enorme confiança naquela moça. Sem hesitar, correu e abraçou-a, deixando Gina surpresa.

- Shhh. Já passo. Está livre agora! - saiu do galpão com a menina em seus braços. - Lacrem esse portão e se certifiquem que ninguém possa entrar mais nele.

- Sim, senhora. - imediatamente, os seguranças foram providenciar trancas para o galpão.

- Como você foi parar lá? - Sarah ainda soluçava.

- Eu-eu que-queria correr da minha babá. Que-queria ver o meu pa-pai.

- Então vamos ver o seu pai. - sorriu para a menina, que correspondeu. - Eu me chamo Gina e você?

- Sa-Sarah!

- Você é filha do Harry? - a menina confirmou; - Então, vou te levar para sala do seu pai. - dizendo isso, encaminharam-se para o prédio.

Enquanto isso...

- Katherina, tenha calma. Ela deve estar em algum lugar do prédio. - Harry tentava acalmar a babá de Sarah, enquanto Hermione lhe dava um copo d'água.

- A culpa foi minha, senhor Potter. - Katherina soluçava. - Se eu tivesse corrido atrás dela...

- Conhece a Sarah. Ela é impulsiva quando quer.

- Daqui a pouco alguém a trará aqui. - Hermione disse conciliadora.

De fato, Sarah estava indo a direção a sala do pai acompanhado de Gina. Faltavam poucos andares para a garota chegar ao seu destino.

- Conheceu a minha mãe? - perguntou, encarando a moça ruiva ao seu lado.

- Não, infelizmente, não a conheci. Mas me disseram que era uma mulher maravilhosa.

- Eu sinto falta dela. - a garota já não chorava mais. - O papai também sente. Ele não sabe, mas sei que chora com saudades da mamãe. Fico triste quando ele chora. - Gina agachou-se para ela.

- Você não quer ver o seu pai triste, não é? - Sarah balançou a cabeça. - Então, diga isso a ele. Diga que sua mãe não gostaria de ver seu pai triste. Que ela quer que ele seja feliz. - Gina estava espantada por sua ousadia. Talvez fosse pelo fato de querer ver Harry feliz. - Sarah abraçou a moça novamente e Gina sentiu um misto de carinho e amor quase-maternal pela garota.

O elevador apitou e abriu as portas. Gina pegou na mão de Sarah e foi direto a sala de Harry.

- Encontrei-a lá no galpão abandonado. Mandei que os seguranças trancassem-no definitivamente. - Gina relatou quando a menina abraçou o pai.

- Você quase matou sua babá de preocupação. - Harry disse com a filha no colo. - Peça desculpas a ela.

- De-desculpa, Kathy. - a menina estava morrendo de vergonha ao ver a babá chorando.

- Obrigado Gina. Por achar Sarah e por ter mandado trancar o galpão. Eu queria fazer isso há algum tempo, mas sempre acabava me esquecendo.

Gina sorriu. Estava encantada ao ver Sarah no colo de Harry e o carinho que ambos tinham um pelo outro.

- Fico feliz em ajudar, senhor Potter. Com licença. - foi em direção a porta quando Harry a chamou.

- Acho que Sarah lhe deve um obrigado, não é? - olhou para a filha, que assentiu com a cabeça. - Então, vai agradecer a Gina. - Harry a soltou e a menina foi em direção a Gina.

- Obrigada Gina. - beijou-a e abraçou-a.

- De nada, querida. Foi um prazer conhecê-la. - e saiu da sala, admirada com o comportamento da garota.

"Agora eu sei porque ela é tão especial para o Harry”.Pensou, indo resolver seus assuntos.

***

- Sarah tem claustrofobia. Não pode ficar em lugares fechados e escuros por muito tempo. - Hermione falou para Gina enquanto almoçavam num restaurante chinês em frente à empresa.

- Se eu soubesse, teria a levado de escada. - Gina disse envergonhada.

- Tudo bem. Sarah se acostumou ir de elevador. Trinta andares a pé é muito. Graças a Deus, o elevador nunca emperrou com ela lá dentro. - a ruiva soltou o fôlego.

- Graças a Deus mesmo. Senão, eu me culparia pelo resto da vida.

Conversaram amenidades. Gina confessou que Sarah era uma menina maravilhosa e bastante devota ao pai. Falou também que gostou do jeito que o homem tratava a filha. Hermione percebera que a garota também tinha gostado de Gina. Porém, depois de muito tempo, ela não conseguiu se segurar e fez um pergunta que a estava matando-a de dúvidas.

- Gina, posso te perguntar uma coisa? - o tom de voz de Hermione tornara-se sério.

- Claro que sim, Mione. Pode perguntar o que você quiser.

Hermione hesitou um pouco.

- Você... está gostando... sabe... do Harry? - Gina viu compreensão nos olhos da amiga e seu rosto ganhou uma tonalidade avermelhada.

- Magina, Mione. Eu... gostando do meu próprio chefe... que isso? - era evidente que ela estava mentindo e Hemione percebeu isso na hora.

- É que eu percebi o jeito que você olhou para ele quando ele estava com a filha. Um olhar de admiração e carinho. Estou errada? - Gina tentava disfarçar seu embaraço.

- Magina... eu só fiquei admirada com o jeito que ele trata a filha... é só. - percebeu que Hermione não acreditara nela, mas não queria falar naquele assunto. Não agora. Não estava preparada.

À noite, na casa de Gina.

Gina chegou em casa completamente exausta. A conversa com Hermione na hora do almoço não saia de sua cabeça. No começo, teve vontade de revelar toda a verdade, que Harry não saia de seus pensamento há muito tempo, depois que começara a trabalhar na DEVON. Não podia negar a atração que sentia por ele no começo. O tempo foi passando e Gina percebeu que estava sozinha tempo demais. Não conseguia ver Harry apenas como seu chefe. Algo nele lhe chamava a atenção. E ela teve medo. Muito medo.

- Pára com isso! Ele é seu chefe! - se repreendeu enquanto tomava banho. Teve impulsos controláveis de abraçá-lo quando o ouvia soluçar em sua sala. Colocar a cabeça dele no colo, acariciar os cabelos rebeldes dele e garantir-lhe que tudo ficaria bem.

- Ele nunca vai gostar de mim. Merece coisa melhor. - Gina disse melancolicamente quando deitou na cama. Logo, estava dormindo.

Enquanto isso, na Mansão Potter...

- E eles foram felizes para sempre, no reino dos sonhos. - Harry fechou o livro de "Contos de Fadas". Sarah o olhava com os olhinhos embaçados, sinal que estava quase pegando no sono. - Boa noite, princesa. - deu um beijo na testa da filha. Antes de sair, a menina o chamou.

- Estou com saudades da mamãe. - Harry sentiu um apertou no coração.

- Eu também, meu anjo.

- Vamos levar flores para ela amanhã? - Harry se assustou. Sarah nunca queria visitar o túmulo da mãe.

- Você tem certeza de que é isso o que você quer? - Sarah assentiu com a cabeça. - Tudo bem. Amanhã a gente vai comprar um ramalhete bem lindo para levar para sua mãe. Está bem. Boa noite! - saiu e fechou a porta, surpreso com a atitude da filha.

***

“Ele a beijava ardentemente, fazendo a gemer sem parar. Sentiu ele tocar no seu ponto sensível e teve que abafar um grito. Beijou-lhe o pescoço sedento, enquanto as mãos dele percorriam seu corpo nu”.

Com os lábios caminhou até o ninho entre os seis delas e acariciou aqueles dois botões rosados com a língua, a fazendo morder os lábios de tanto desejo.

Seu corpo já estava pura brasa. Por que ele não a possuía logo de vez? Era tortura? Ele sempre fazia isso com ela...

- Deus, como você é linda... - sussurrou rouco no ouvido dela, a fazendo arrepiar mais do que já estava.

- Você quer me deixar louca? - sussurrou, a voz cheia de desejo.

- A idéia é essa. - disse sensualmente.

Estava quase indo ao delírio. Então, finalmente ele a possuiu..."

Gina despertou assustada, molhada de suor. Olhou no relógio eram quase três horas da manhã. Mais um sonho daqueles.

Quantas vezes já tivera sonhos como aquele? Gina tinha perdido a conta. Toda a vez que sonhava, acordava daquele jeito.

Levantou-se e foi para a cozinha beber um pouco d'água. Sentia-se envergonhada a cada sonho, a cada desejo. Mas não podia negar que adorava aquilo, por mais que tentasse negar.

- Preciso arrumar um namorado. Urgente. - sabia que o homem que queria namorar, o responsável por aqueles sonhos e fantasias, nunca a olharia de outra maneira a não ser como funcionária.

Desde que terminara com Dino, Gina se dedicara aos estudos e ao treinamento para entrar na DEVON. Agora conseguira realizar o sonho, poderia cuidar de sua vida pessoal, arranjando um novo amor, de acordo com Hermione. Tivera alguns rolos, mas nada sério. Era como se estivesse esperando alguém especial e esse alguém a chamasse. E ela iria, com certeza.

Se amaldiçoando novamente por pensar nele ela voltou a dormir, tentando desviar seus pensamentos para o mais longe de Harry Potter.

Mansão Potter

“Era como se sua alma houvesse saído de seu corpo. Uma leveza que nunca sentira antes tomou conta de si. E ele andava por um corredor escuro. Foi quando viu uma luz no fim. Quanto mais se aproximava, mas a luz aumentava”.

Foi quando a viu. Linda. Vestida de branco como se fosse um anjo. E ela sorria. Um sorriso tranqüilizador, de que tudo ficaria bem.

- Patrícia, meu amor. Você não sabe que você me faz. - uma emoção tomou conta de si e um impulso de abraçar a figura na sua frente parecia inevitável.

- Harry, não chore mais. Eu já cumpri minha missão. Está na hora se seguir com a sua vida.

- Nós sentimos sua falta. Muito. Eu e Sarah.

- Ela tem razão, Harry. Eu não quero ver você chorando. Você tem que ser forte, meu amor. Pela Sarah e por você.

- Ela quem? - Harry não estava entendendo.

- Siga com a sua vida, Harry. Encontre um novo amor. Eu estarei cuidando de você e de nossa filha aonde quer que esteja. - a voz foi sumindo aos poucos, junto com o vulto.

- Patrícia, espere!!! - Harry tentou alcançá-la, mas sentiu-se puxado para trás."

Harry acordou assustado. Sempre sonhara com Patrícia, mas aquele sonho era diferente. Era como se ela lhe pedisse que não chorasse mais. Que seguisse com sua vida. Que se casasse novamente.

- Será que é verdade? Que ela está me pedindo para se casar novamente? - perdido em seus pensamentos, voltou a adormecer, se perguntando sobre quem Patrícia estava falando.

"Ela tem razão”.

Continua...

N/A: Pessoas do meu coração há quanto tempo? Eu sei que muito, me desculpem. Eu estou enrolada com o meu estágio e ainda tenho as matérias do Potterish para traduzir. Mas espero que vocês gostem do capítulo e comentem. Mesmo que esteja ruim, eu quero que critiquem e opinem.

E o sonho? Um treinamento para NCs que pretendo escrever em breve. Aqui começa um novo sentimento. Um amor puro e sincero.

Atendendo a pedidos, vou atualizar "Uma Nova Vida" antes de "Por Amor 2". Fiquei contente que estejam gostando da fic.

Vou indo. Beijos e até a próxima.

Jubs.








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