Godric's Hollow
Harry não soube quanto tempo se passou antes de conseguir dormir. Ele pensava sobre a decisão tomada em relação a Gina, sobre o que poderia estar acontecendo com Hermione e Rony, Hogwarts, R.A.B.
Quando finalmente adormeceu Harry sonhou com Gina. A garota o beijava intensamente.
De repente, um novo sonho se formava. Uma sala escura. Um fogo serpenteante invadia a sala. Algo se movia. E para seu desgosto, uma figura pequena curvada frente uma lareira estava sendo castigada pela terceira vez no dia. Harry rastejava. Não podia ser. Não novamente. Ele via a figura franzina se contorcer frente à uma pessoa estranha, sem cor de pele, sem nariz definido, e com olhos serpentinos.
- Naguini. Alguma noticia? – perguntava a pessoa sentada à sua frente sem olhar em seus olhos.
- Não.
A criatura pequena ainda se contorcia, até que a pessoa sentada cessou o feitiço.
- Não me desaponte mais Rabicho. – a voz que saia de traz da poltrona de chintz, soava fria e desagradável, mas incrivelmente ele não sentia aversão aquele som terrível, e sim algum tipo de prazer obsessivo.
À medida que se arrastava, harry sentia seu corpo mais flexível, mas ao mesmo tempo mais sujo e empoeirado. Mas uma vez seus sentidos o confundiam. Poeira era algo sem sentido que causava uma pequena aversão em Harry, mas dessa vez ele sentia prazer em se arrastar.
Nesse momento Rabicho começara a falar em um tom apavorado.
- Milorde, eu... Não foi minha culpa, os dementadores falaram que só falariam com o Lord – começou o torturado.
Mas algo se passou na feição do homem sentado. Ambos pararam de falar, e o homem sentado murmurou algo que Harry não conseguiu ouvir.
- Naguini...
Em um movimento relâmpago, o homem sentado se virou. Os olhos dele se encontraram com o da cobra, e Harry acordou a quilômetros de lá prestes a vomitar.
Sua cicatriz queimava, ele tentava segurar as lembranças do sonho, mas elas se iam a medida em que o quarto ficava mais nítido.
Era inacreditável. Ele acabara de trocar um olhar apavorante com Voldemort. Será que o Lord percebera sua presença na cobra? Será que fora apenas uma visão criada por voldemort? Ou realmente ele estava de intruso em algum lugar onde não deveria estar? O que Rabicho fizera para ser tão castigado? As coisas rodavam na cabeça de Harry. Por um momento achou que estava bem, mas no momento seguinte desmaiou.
- Harry? – Rony estava ao seu lado. – Acorda Harry.
- Quanto tempo eu fiquei desmaiado? – pareceu uma eternidade.
- Algumas horas – respondeu o ruivo – o que aconteceu?
- Não sei, de repente eu estava em um quarto. – começou o garoto – eu estava em Naguini, e rastejando pelo quarto e vi Rabicho sendo torturado.
- Só isso? - perguntou Hermione.
- Não. Rabicho disse algo sobre não ser culpa dele o fato dos dementadores não terem aceitado a proposta, e que só falariam com o Voldemort. De repente o Voldemort se virou pra mim. E quando eu vi já estava aqui de novo.
Todos tiveram reações estranhas. Hermione colocou a mão sobre a boca, Rony deu uma tremida e fez cara de medo, Gina se virou e foi embora. Mas a reação mais estranha foi a de Molly Weasley.
- Ele precisa saber disso. – ela começou sem ter noção de que todos a observavam. Mas quando olhou percebeu quantas pessoas a olhavam.
- Ele quem senhora Weasley? – perguntou hermione.
- Como assim “ele quem?” - começou se fazendo de desentendida. - eu não disse nada. – e saiu rapidamente do quarto, murmurando algo como “almoço”.
Depois desse incidente desagradável Harry resolveu não ir à escola. Não por enquanto. Iria primeiro a Godric’s Hollow e depois tentaria voltar a Hogwarts.
Foi para o quarto de Rony e começou a escrever.
“Profª. Minerva,
no momento não posso ir para a escola, tenho que continuar seguindo os passos que Dumbledore me aconselhou.
Vou primeiro à antiga casa dos meus pais e depois à Londres. Se for possível depois disso gostaria de voltar à escola. Acho que não vou me atrasar mais que uma semana.
Gostaria sinceramente que a senhora me aceitasse de volta após a semana.
Harry.”
Harry não soube quantas versões da carta escrevera, mas essa foi definitivamente a melhor. – Harry, pra quem é essa carta? – perguntou Rony olhando para a carta ainda aberta.
Ele leu, e então compreendeu.
- Eu vou com você cara – disse o ruivo.
- Não, você não vai Rony, pode ser perigoso – interpelou Harry.
- É eu sei. Mas eu vou com você.
- Você tem certeza?
- Sim – assentiu Rony em resposta. – E acho que a Mione gostaria de ir também.
Nesse momento a amiga aparecia na porta com cara de interrogação, uma das sobrancelhas levantada ameaçadoramente com um jeito inacreditavelmente igual à sra. Weasley.
- Hum... – começou Harry, mas foi interrompido pelo amigo.
- Eu e o Harry não vamos voltar pra escola na segunda.
- Como assim? – perguntou Hermione.
- Vamos até a antiga casa dos meus pais. – mas dessa vez quem explicou foi Harry. – e depois iremos ao Largo Grimmauld n° 12 para olhar como esta a sede da Ordem da Fênix e refazer o feitiço de fidelidade de segredo; você sabe fazer não sabe?
A garota murmurou algumas palavras para si própria e então assentiu com a cabeça.
- Ótimo. Edwiges – chamou o garoto – essa daqui é pra professora Minerva Mcgonnagal. Tome cuidado. Quando voltar estarei em Godric’s Hollow Ok?
A coruja deu bicadinhas carinhosas no dedo do garoto.
- Então vamos arrumar nossas coisas. – disse o garoto, e com um aceno da varinha fez as coisas se juntarem e ficarem próximas ao malão.
Mais alguns acenos de varinha. Hermione já estava completamente pronta. Harry e Rony se trocaram e foram se despedir de todos. Chegando na cozinha, Gina estava sentada ao lado da mãe, enquanto conversavam, a comida se preparava sozinha.
- Ronald Weasley, Harry Potter e Hermione Granger, aonde vocês vão com essas malas?
- Senhora Weasley – ia começando harry quando foi interrompido.
- Mãe, nós vamos a uma missão que Dumbledore nos incumbiu antes de morrer. – disse o ruivo cheio de importância.
- Como assim em uma missão? Ronald Weasley, me explique isso direitinho! – disse a senhora Weasley ficando com uma expressão capaz de assustar até mesmo o próprio Lord Voldemort.
- Sra. Weasley – começou Harry – nós vamos buscar algo que pertenceu a Voldemort, que se for destruído me ajudará a derrotá-lo.
- Não estou entendendo Harry querido.
- No momento ainda não podemos explicar, mas a senhora ficará sabendo em breve.
- Eu estou muito desconfiada disso. – começou a senhora Weasley.
- Mamãe, agora já somos maiores de idade, e podemos tomar as decisões.
- Rony...
- Não mãe. Agora eu vou, e está decidido.
A mãe ficou desapontada e brava, mas não disse nada, pois percebeu que o filho tinha razão.
- Tchau mãe – e dizendo isso deu um beijo na mãe – tchau Gina – e repetiu o gesto com a irmã.
Hermione repetiu os passos de Rony, e Harry também, se demorando mais em um abraço com Gina.
Foram ao jardim e de lá aparataram para o beco diagonal.
O beco estava completamente diferente. Placas de “fechado” em varias lojas. Ninguém mais andava sozinho, pessoas oferecendo amuletos e proteções contra dementadores e outras criaturas malignas.
A cada passo que davam, o beco parecia ficar mais envolto em escuridão e a quantidade de lojas por rua diminuía.
Fred e Jorge estavam ausentes em sua loja, então os garotos foram para o caldeirão furado.
O caldeirão furado era outra coisa que havia mudado completamente. Era como se estivessem em uma réplica aumentada do Cabeça de Javali.
- Tom, três cervejas amanteigadas – pediu Harry.
- É pra já - disse o dono do pub vazio, e com um aceno da varinha as bebidas apareceram na mesa.
Enquanto o trio pedia informações à Tom sobre Godric’s Hollow, à milhas dali, Voldemort exercia sua lábia em criaturas encapuzadas e grotescas.
- Essa é minha ultima oferta, sem limitações de poder. – disse o Lord, que ouviu um som de sucção resposta.
Harry, Ron e Mione pernoitaram no caldeirão furado, e partiriam no dia seguinte pela manhã se um incidente não os atrapalhasse.
No meio da noite, apenas Harry permanecia acordado. O garoto pensava em Gina e nas coisas que ainda teria de enfrentar.
No momento seguinte, um frio e um vazio preenchiam Harry. Pela janela ele podia ver cerca de 20 criaturas encapuzadas deslizando em direção ao pub.
O garoto levantou-se correndo empunhou a varinha e abriu rapidamente o quarto de Rony.
- Rony, acorda – dizia chacoalhando o amigo – tem dementadores por todos os lados.
- Ah Harry, agora não, ainda é muito noite. – disse o ruivo sonolento. – O QUE? DEMENTADORES?
Rony apanhou a varinha e a dupla subiu até o quarto de Hermione, que já estava acordada, e pelo visto ciente da situação.
- Vamos logo – começou a amiga – os dementadores estão do lado de Voldemort, e atacaram Tom.
Os únicos três hospedes desceram as escadas aos saltos e chegaram ao salão de entrada do bar, onde os dementadores já estavam vasculhando por eles.
Harry se concentrou e tentou pensar na situação mais feliz de sua vida. Lembrou de seu primeiro beijo com Gina.
- EXPECTO PATRONUM – gritaram os três ao mesmo tempo.
A escuridão criada pelos dementadores havia sido rompida pelos três patronos prateados.
O cervo de Harry pateava o chão criando um som de cascos, a lontra de Hermione dava pulos que aparentavam felicidade, e quando caia espalhava uma espécie de água prateada, o urso de Ron urrava.
Nesse momento a única esperança de Harry se esvaiu. Os dementadores pareciam estar mais fortes, os patronos recuavam em direção aos seus donos.
Os dementadores avançavam para o trio.
Nesse momento um som encorajador vinha de algum lugar. Era o canto da Fênix, mas não era Fawkes, era um canto mais agudo.
Os três patronos pareciam sentir a mesma coisa, os três espectros prateados olhavam-se enquanto pararam de recuar.
Uma explosão de luz, e os três animais avançaram velozmente para o mesmo ponto. No lugar onde deviam se chocar, outra explosão de luz. Um leão gigantesco surgira entre os dementadores.
Um dos dementadores segurava o braço de Harry, e sugava toda sua felicidade.
O leão avançou, a patadas sobre os dementadores que voavam a cada investida do símbolo Grifinório.
O dementador que segurava Harry foi expulso com uma patada precisa e violenta.
A imagem do leão piscava, e a cada piscada aparecia um patrono. Cervo, Lontra, Urso, e o Leão voltava com um rugido reconfortante dentro daquele frio e daquela escuridão que tomavam conta do local.
Ao que sobrara apenas um dementador, o leão voltara a ser os três patronos divididos, que atacaram o dementador ao mesmo tempo, que caiu e se desintegrou no chão de madeira.
Os três amigos pareciam muito fracos, mas subiram as escadas aos pulos, para investigar que fênix era aquela.
Primeiro patamar: Vazio
Segundo Patamar: Vazio
Terceiro Patamar: Vazio
A fênix fugira.
Após uma noite bem dormida, Harry, Rony e Hermione foram até o térreo, e pegaram um pouco de Flú.
- Godric’s Hollow numero cento e quinze – disse Rony, e desapareceu por entre o fogo esmeralda.
- Godric’s Hollow numero cento e quinze – disse Hermione, seguindo o exemplo do amigo e desaparecendo pelo fogo esmeralda.
- Godric’s Hollow numero cento e quinze – Foi a vez de Harry dizer. O garoto foi engolido pelo fogo esverdeado. Por um segundo harry via lareiras passando enquanto rodopiava desconfortavelmente por um espaço paralelo, mas de repente, tocou o chão de uma casa destruída, sem móveis.
Então era ali que Harry viveu uma pequenina e feliz parte de sua vida?
Harry podia imaginar, os pais andando pela casa, com um harry criança, sem saber o que lhes esperava depois de algumas horas.
Havia ali algo que ele também percebera na caverna, dois meses antes. Algo ali o deixava arrepiado.
Havia poeira por todos os lados, destroços de madeira provavelmente do dia do ataque de Voldemort à sua família. A casa em seus melhores momentos devia ser aconchegante e amena. Era toda feita de madeira envernizada, mármore, e havia vestígios de uma lareira e um sofá no meio do que seria a sala de estar. Subindo as escadas, havia três cômodos, um com metade de uma cama de casal e um berço completamente destruído, havia, contudo um colar onde estava escrito: Harry Potter. O colar estava intacto, na metade inteira da cama.
Harry apanhou o colar e sentiu um conforto interno. Na casa destelhada, bons momentos haviam sido divididos entre a família Potter. No segundo quarto, que parecia uma biblioteca, haviam livros sobre todos os assuntos. Harry olhava livros sobre quadribol. Porém um livro em particular chamou sua atenção. “Os horcruxes e suas propriedades mágicas”. Harry apanhou o livro querendo chamar os amigos, mas antes disso ele leu uma anotação em letra parecidíssima com a sua: “Entregar a Sirius”. O padrinho provavelmente ficou esperando o livro que nunca chegou, mas que hoje tinha grande utilidade à Harry. A próxima sala foi a que mais impressionou Harry. Era uma sala de troféus. Havia troféus de todos os esportes, prêmios, tamanhos, cores, colocações. Mas um em especial chamou a atenção do garoto.
Era uma taça prateada com dois grandes H’s. Aquela taça trouxe a imagem de uma velha vista na penseira de Dumbledore. Só podia ser a taça de Helga Hufflepuff. Harry fez menção de pega-la, mas sentiu um calafrio, e todas as taças se uniram à frente da pequena prateada.
Harry fez menção de ir embora e as taças voltaram à seus lugares originais como se nada tivesse acontecido.
- MIONE, RON! – chamou Harry – SUBAM AQUI, É O ULTIMO QUARTO DO CORREDOR!
Os dois amigos chegaram no mesmo instante.
- Harry – disse a menina ofegante – o que foi?
- Vocês estão vendo aquela taça ali? – perguntou o garoto apontando a taça de Hufflepuff.
- Sim – responderam os dois em uníssono
- É uma horcrux – começou o garoto – é a taça de Hufflepuff.
- Harry, como você pode ter certeza? – perguntou a amiga.
- Olhem.
Harry avançou novamente para a taça e os outros troféus se uniram para proteger a pequena novamente.
- UAU! – exclamou Rony.
- Mas, como vamos pegá-lo? – perguntou Harry.
- Harry, chame o professor Lupin, ele deve saber o que fazer – disse Hermione.
Harry imaginou a Toca e aparatou para lá. A senhora Weasley estava na cozinha cozinhando.
- Ah... Harry, que bom que voltou – começou a Sra. Weasley.
- Senhora Weasley, onde está o professor Lupin?
- Não sei, deve estar em Hogwarts, ele agora é o professor de Magia Branca.
- Hum... obrigado – começou o garoto – posso pegar um pouco do seu Flú?
- Sim, claro, mas querido, o que aconteceu?
- Agora não tenho tempo de explicar, eu preciso falar com ele urgente.
Harry pegou o Flú atirou na lareira e disse:
- Hogwarts.
Mais uma vez ele rodopiava e via lareiras por todos os lados, até que parou de chofre na sala dos professores.
Haviam muitas caras novas, mas foi McGonnagal quem mais se surpreendeu.
- Potter, isso são modos? – disse a professora depois de quase cair da cadeira de susto – o que você faz aqui?
- Professora, eu preciso ver o Professor Lupin, é urgente – disse o garoto aflito.
- O professor Lupin está em aula no momento, então acho que você terá de esperar.
Harry foi até perto da professora e disse de forma que só ela pudesse ouvir:
- professora, eu achei um Horcrux e preciso da ajuda dele para pegá-lo e destruí-lo.
A professora fez uma cara de espanto e por fim disse:
- Isabela, por favor, vá chamar Remos, e diga que é urgente.
Isabela, era a nova professora de Defesa Contra as Artes das Trevas. Era uma mulher atraente, com cabelos negros e crespos, até o meio das costas. A mulher saiu com extrema destreza, e sumiu após fechar a porta.
- Potter, coma um biscoito – disse McGonnagal.
- Não muito obrigado – respondeu Harry num tom aflito.
Harry nunca havia estado na sala dos professores antes, mas era uma sala aconchegante, com fotos de vários bruxos, todos olhando para Harry com extremo interesse.
Ao primeiro olhar Harry não reconheceu nenhum deles, mas ao olhar outra vez viu um bruxo muito parecido com seu mentor, porem com um olhar paranóico e assustado.
Harry fez menção de perguntar à professora sobre o retrato quando o professor Lupin entrou com uma cara intrigada na sala.
- Harry – disse o professor dando um sorriso – o que faz aqui?
Harry se aproximou do professor e disse em um tom muito baixo.
- Professor venha comigo é urgente.
O Professor olhou com uma cara de duvida para McGonnagal, que assentiu com a cabeça.
Harry entregou um pouco de flú ao professor e pegou o que ainda restava em seu bolso.
Entrou na lareira, jogou o flú e disse:
- Godric’s Hollow numero cento e quinze – disse o garoto.
Harry rodopiava em um espaço verde, era um gancho que lhe puxava para frente, em quanto milhões de lareiras passavam sob seus olhos. Pousara em sua antiga casa.
Lupin apareceu ao seu lado logo depois.
- Harry o que estamos fazendo aqui?
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Coments PLZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ
E POR FAVOR.... SE VCS GOSTARAM DA FIC... DIVULGUEM ELA... NUM CUSTA NADA... QUE ASSIM EU TENHO MAIS EMPENHO...
VLW
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!