A Batalha



Chegaram e como sempre, Harry teve que agüentar Slughorn em uma conversa que ele não agüentava mais. Desde o ano passado, Slughorn acha que Harry é mais uma de suas coleções de pessoas famosas.
- OK, OK, pessoal! – começou ele largando Harry depois de um longo tempo. – hoje nós vamos fazer um teste surpresa!
- Teste surpresa? – Harry ouviu um murmúrio por toda a sala.
Com certeza, um teste surpresa era tudo o que Harry precisava no momento. Sua cabeça estava ocupada demais para testes.
- OK, pessoal! Silêncio! É, sim, vamos Ter um teste surpresa hoje! E eu vou dar 45 minutos da minha aula para vocês fazerem a poção pedida! – falou Slughorn.
- E qual é a poção pedida? – perguntou Simas Finnigan a frente de Harry.
- OK... vocês já vão saber! Mas, antes... quero todos vocês separados! Nada de duplas.. é um teste individual! Bom, como não temos carteiras o suficiente, vocês vão se afastar do colega ao lado, deixando um bom espaço entre os dois! – informou Slughorn.
Todos os alunos fizera o que o professor pedira. Harry postou-se em uma ponta da mesa, enquanto Hermione, que parecia preocupadíssima com o teste, sentava-se na outra. Os dois estavam realmente longe.
- OK, muito bem. Muito bem! – um silêncio tomou conta do ambiente – Vocês tem exatamente 45 minutos para prepararem Amortentia: a Poção Do Amor! E estão decididamente proibidos de colarem e de levar algum frasco com um pouco da poção! OK... comecem!
Harry não estava conseguindo separar pensamentos sobre como fazer a poção de como seria o duelo contra Voldemort. Para sua surpresa, lembrou de todos os ingredientes que usaria para preparar a poção. Afinal ele lera Estudos Avançados no Preparo de Poções muitas vezes.
Olhou de esguelha para Hermione. a garota parecia estar encontrando bastante dificuldade em preparar. Mas Harry sabia que ela também estava com os ingredientes na cabeça.
Usou os 45 minutos exigidos para preparar a poção, e ao final, ficou gratificado em conseguir pelo menos, o brilho perolado que a poção deveria ter.
Ao fitar a sua poção, Harry sentiu um cheiro de colônia. Presumiu que era a mesma que Hermione usava. Lembrou-se devido ao dia em que a garota o abraçou seguido de um beijo.
- OK! Tempo acabado! Recolham um pouco da poção preparado em um frasco com seus nomes, e deixem em minha mesa! – falou Slughorn observando a turma – Ei, você – e apontou para uma garota da Sonserina – eu disse apenas um frasco! Você não está pensando em levar essas amostrinhas para você, não é?
A garota balançou a cabeça e em seguida devolveu os frasco a mesa.
Harry estava seguro de que tinha ido bem no teste, pois a poção de Hermione assumira a mesma cor da dele.
- E ai? Como você foi? – perguntou Hermione a Harry.
- Ah, acho que consegui lembrar todos os ingredientes! – respondeu Harry meio sorrindo.
- Harry! Harry! – chamou alguém as suas costas.
Harry se virou e viu Rony correndo em sua direção.
- Então é verdade? O duelo é amanhã? – perguntou Rony, cuja a expressão ainda continuava pálida.
- É, Rony, é sim! É amanhã! – respondeu Harry olhando de esguelha para Hermione – você pode falar com a Luna e o Neville pra mim? Avisar que vai haver uma reunião hoje a noite na sala do Lupin?
- Ah, OK, Harry, eu aviso sim! E ai? Como você tá, cara? – perguntou Rony.
- Ah.... – Harry não queria falar que realmente estava com medo na frente de Hermione e Rony pareceu compreender isso pela 1ª vez na vida.
Harry e Hermione continuaram o caminho, dispostos a comunicar Gina e Draco. Enquanto Rony seguia até Luna e Neville.
Subiram no corredor do 3º andar e encontraram Gina e Malfoy ali, abraçados.
- Oi, Harry! Oi, Mione! – falou Gina – escuta, o que é que aconteceu com vocês hoje no café?
- Ah, Gina, a gente não tem tempo pra explicar! Vocês dois podem ir hoje a noite na as do professor Lupin? Lá a gente explica tudo! – falou Hermione respondendo o olhar de Gina.
- Ah, OK! Mas, tá acontecendo alguma coisa grave? – perguntou Draco.
- Tá, tá sim! É Voldemort! Mas, gente depois eu explico! Estamos atrasados para a aula de Herbologia! Tchau! – falou Harry e segurando Hermione pela mão, os dois correram para as estufas.
Mais uma vez, Harry não conseguiu afastar os pensamentos que o impediam de prestar atenção na Profª. Sprout. As imagens de Voldemort destruindo o frasco e matando Harry em seguida, martelavam em sua consciência. Mas também, não conseguia parar de pensar em Hermione. Esse poderia ser o penúltimo dia em que eles passariam juntos. Harry estava com um pressentimento ruim, como se Voldemort soubesse que ele iria usar o frasco que seus pais lhe deixaram. Mas não seria possível, Harry estava praticando Oclumência todas as noites antes de dormir. Então, como Voldemort descobrira que ele iria levar os amigos para ajudá-lo?
Harry passou o dia inteiro pensando nisso. Tinha reunião com o pessoal e Lupin a noite.
Com a cabeça cheia, Harry não viu o tempo passar, e quando reparou já estava se arrumando para a reunião com Lupin.
- Como você foi no exame de Poções hoje? – perguntou Rony tentando descontrair o clima de tensão que havia no quarto.
- Ah, acho que fui bem... – falou Harry com voz rouca – e você?
- Ah, pra falar a verdade? Fui péssimo.... tentei colar da Luna, mas não deu certo! Resumindo... a minha poção ficou cor Púrpura! – respondeu Rony parecendo chateado.
Nenhum dos dois conversaram desde então. Encontraram Luna e Hermione na sala comunal e, em silêncio, eles seguiram para a sala de Lupin.
Havia uma densa preocupação no ar. Luna e Rony pareciam inquietos. Hermione tinha os olhos cheios de lágrimas e Harry percebeu, que suas mãos suavam. Enquanto ele, pensava em cada detalhe da luta e exibia um ar preocupado.
Toc toc.
- Entrem, por favor! – respondeu Lupin.
Os quatro atravessaram o portal, indo se juntar a Gina, Malfoy e Neville, os únicos que não pareciam preocupados.
Ao ver Harry, Lupin fitou-o demoradamente com um rosto pálido.
Na sala havia nove cadeiras postadas fazendo um círculo. Todos se acomodaram e apenas um lugar ficou vazio.
- Desculpem a demora! – falou Tonks adentrando a sala.
Ela caminhou beijou Lupin no rosto, e fitou Harry por um instante.
- Vem cá! Será que alguém pode me dizer o que está acontecendo? – bradou Gina.
- Sim, Gina, eu posso responder a sua pergunta! – respondeu Harry quebrando o silêncio.
- Então... o que é que está acontecendo? – perguntou Draco.
- O que acontece é que Voldemort marcou a data do duelo! – respondeu Harry.
Ouve uma certa inquietação. Hermione se mexera na cadeira desconfortavelmente. Luna e Rony se entreolharam. Lupin encarou Harry. Neville pareceu ligeiramente pálido. Tonks continuou imóvel.
- O que? Como assim? - Perguntou Draco.
- Simples, Draco! Voldemort me avisou esta manhã, por meio de uma coruja, que está me esperando amanhã em Hogsmeade! – falou Harry.
- Sim, sim! OK, pessoal, mas acho que o Harry sabe que ele não vai sozinho, não é? – falou Hermione encarando Harry.
Ela ainda tinha lágrimas nos olhos. Harry apenas tentou sorrir para ela, numa tentativa frustrada.
- Sim, creio que Hermione está certa! Harry não vai sozinho! A não ser que alguém está pensando em desistir! – falou Lupin.
Todos balançaram a cabeça.
- Ótimo! Então.... espero que estejam preparados porque amanhã vocês deverão ajudar o amigo de vocês a lutar contra Voldemort! – o silêncio ainda penetrava na sala – Então, Harry, creio que a profª. McGonagall tenha lhe dado o que precisa?
- Sim – respondeu Harry.
- OK! Eu providenciei uma chave de portal que nos levará amanhã a Hogsmeade! – comunicou Tonks.
- Então eu acho que é só isso! – falou Lupin.
- Espera, Lupin! – pediu Harry. Todos o encararam – É... Hum.. eu só queria falar que.. é.... bem, todos estão conscientes que correrão riscos, e sabem também, que eu posso não voltar!
- Harry, por favor! – pediu Hermione.
- Sim, eu preciso falar, Mione! – falou Harry e observou que uma lágrima escorreu dos olhos dela – Então, eu espero, se eu não conseguir, que vocês matem o maior número de Comensais da Morte! OK? – Harry também tinha lágrimas nos olhos. – Eu também quero dizer que Lupin, você foi o melhor professor de DCAT que eu já tive! – a cada palavra que Harry dizia, fazia uma lágrima escorrer-lhe o rosto. – E Tonks, você é muito divertida, eu adorei ter te conhecido!
- Ah, Harry... não fala assim! – falou Tonks emocionada.
- E Neville... você é o melhor em Herbologia, OK? A professora Sprout deve estar muito orgulhosa de você! – continuou Harry – Gina... o que dizer sobre você? Eu te salvei no 2º ano do basilisco....depois ficamos bem amigos, não é? Você é muito especial pra mim! E Draco.... a gente nem teve tempo de se conhecer, não é? Mas nesse pouco tempo, fiquei orgulhoso de saber que você mudou! Luna.... sempre Luna! Foi ótimo te conhecer! Uma grande amiga! Rony.... cara! O que é que eu vou dizer de você? Meu melhor amigo desde o 1º ano! As vezes a gente brigou, mas sempre voltamos a sermos amigos! E cara! Vai fundo.... você é o melhor goleiro de Quadribol que eu já conheci!
- Ah.... o melhor dos piores, você quer dizer? – falou Rony brincando.
- E Hermione.... sabe.. eu tive muita sorte de ter uma amiga que nem você, viu? Você é a mais inteligente e a melhor em qualquer aula! Sempre me dando conselhos.... e as vezes eu te chamo de Srta. sabe-tudo, mas não liga não, viu? Você sabe que é muito especial pra mim! E não liga pro Rony, não! Deixa ele jogar no Chudley Cannons! – todos deram risada – Bom, se não fosse por você eu não teria conseguido enfrentar Voldemort no 1º ano, e não conseguiria enfrentar o basilisco, nem salvar o Sirius – uma lágrima teimou em cair a menção do nome – nem conseguiria passar pelas tarefas do Tribruxo! Também não conseguiria no Ministério, e muito menos contra Snape! Bom... na verdade se não fossem todos vocês, talvez eu estivesse morto! Mas, afinal, todos tem um destino a cumprir, e amanhã pode ser que o meu se cumpra, pode ser que eu encontre meus pais! Mas também pode ser que eu volte para ficar com vocês mais uns bons 60 anos! Mesmo se eu for, vocês vão estar no meu coração! Todos vocês! Bom... acho que é só! – falou Harry enxugando o rosto.
Sabia que aquilo não seria fácil, mas precisava fazer.
Ao terminar, Hermione se atirou nos braços de Harry, chorando desesperadamente.
- Ei, não é pra chorar! Mione, pelo amor de Deus! – falou Harry.
- Bom, acho melhor irmos dormir, porque amanhã vai ser um dia difícil! – falou Lupin. – Ah, Harry, será que eu posso falar com você em particular?
- Ah, claro – respondeu Harry largando Hermione.
Todos seguiram para os dormitórios, deixando na sala apenas Lupin, Tonks e Harry.
- Harry, como é que você está? – perguntou Lupin.
- Ah, não podia estar pior! – respondeu Harry – Afinal, amanhã é o grande dia! O dia de fazer Voldemort pagar por todos os que ele matou!
- Olha, Harry! Vai dar tudo certo, OK? – encorajou-o Tonks.
- Não sei, Tonks, se vai dar tudo certo! Isso é o tempo que vai nos dizer! – respondeu Harry.
- Eu vou estar lá, ao seu lado, lutando com você! – falou Lupin.
- OK, obrigada! Mas, de pensar que amanhã pode ser o último dia em que vou ver meus amigos! O último dia em que vou ver Hermione... – falou Harry.
- Hermione? – perguntou Tonks.
- Harry, você pensou no que eu te disse? – perguntou Lupin.
- Pensei.... não mudei minha opinião, acredite! Rony pensa igual a você! Ele diz que eu tenho que dizer a ela... mas eu disse que ela não pode sofrer por isso!
- Ah, acho que já estou entendendo... – suspirou Tonks – Sabe, Harry, você pode estar tomando a última decisão da sua vida! Você não quer que essa decisão seja feliz?
- Sim, mas eu não posso, Tonks! Se ela gostar de mim de verdade, como Rony diz eu não posso deixar ela ter esperança! Não posso deixar ela me esperar, sendo que eu posso não voltar! – falou Harry. – Bom, acho que vou dormir, eu tenho umas coisas pra fazer antes!
- Que coisas, Harry? – perguntou Lupin.
- Ah, Lupin... coisas! Você saberá.... – respondeu Harry se retirando da sala.
Harry seguiu sozinho até o dormitório masculino. Rony e Neville já se encontravam roncando.
Harry colocou o pijama e ficou acordado fazendo as coisas que não quisera dizer a Lupin.
Estava tão cansado que não praticara Oclumência aquela noite. Mas não teve nenhum sonho com Voldemort, ao contrário, sonhou que estava conversando com Rony e Hermione.
- Harry! Harry! Levanta! – Rony chamava.
Harry acordou, colocou os óculos e encarou Rony.
- Vamos descer para o café! Vamos! – falou Rony.
- OK. – respondeu Harry.
Trocou de roupa e desceu com Rony para o café. No mínimo, todos já estavam sabendo sobre o Duelo Final, pois quando Harry adentrou o Salão Principal, muitas pessoas cochichavam e encaram-no. Alguns se levantavam, para desejar-lhe boa sorte, outros, nem se incomodaram em se levantar.
A atmosfera estava tensa novamente. Ninguém falou no café. Hermione fitava Harry durante intervalos. Gina observava Draco na mesa da Sonserina. Este, encarava o prato de comida. Rony brincava com as salsichas, enquanto Luna olhava para o nada, com uma expressão sonhadora.
Harry não tinha apetite. No final do café, a diretora veio conversar com ele a respeito do Duelo. Perguntou se precisava de ajuda e desejou-lhe boa sorte.
Uma coisa estava boa naquele dia, a diretora suspendera todas as aulas. Então, Harry passou a parte da manhã em uma sala de aula praticando alguns feitiços. Na parte da tarde descera ao jardim e sentou-se embaixo de uma árvore.
- Ah, você está ai! – era Hagrid, e vinha seguido por Canino – Como vai, Harry?
- Ah, não muito bem...- respondeu Harry enquanto Canino lambia suas orelhas.
- Escuta, você vai conseguir! Eu tenho certeza! – falou Hagrid – Bom, acho que você quer ficar sozinho, não é?
- É, talvez acho que seja melhor! – respondeu Harry.
Hagrid tinha lido os pensamentos dele. A única coisa que Harry queria naquele momento era ficar sozinho.
Enfim, caminhou em direção ao castelo, e encontrou com Simas.
- Ah, olá, Harry! Boa sorte hoje, OK? Você vai conseguir! – falou Simas.
- Ah, OK, Simas, obrigada! Será que você poderia, se acaso eu não voltar, entregar isso para as pessoas destinadas? – perguntou Harry mostrando dois pedaços de pergaminho.
- Ah, claro! Pode deixar... eu entrego sim! – respondeu Simas.
Harry encontrou com Gina e Malfoy no corredor. Os dois já não estavam dando amassos. Draco estava encostado na parede de frente para Gina, e os dois apenas conversavam.
- Ah, oi, Harry! – falou Draco ao vê-lo aproximar.
- Oi, Draco... – respondeu Harry – Vocês viram por acaso o Rony ou a Hermione?
- Ah, eu vi sim, Harry... o Rony tava com a Luna e a Hermione estava na biblioteca quando eu a encontrei.
- Ah, OK, obrigada! – respondeu Harry mudando o seu curso.
Ele agora rumava em direção a biblioteca. Não queria conversar com ninguém, mas precisava ver Hermione.
Entrou na biblioteca, e reparou que Madame Pince já não olhava feio para ele. Ela agora, demonstrava um grande sorriso. Harry caminhou até as últimas estantes e encontrou Hermione sentada no chão, segurando uma correntinha que Harry reconhecera.
O garoto caminhou até ela, e sentou-se ao seu lado.
- Como é que você está? – perguntou ela quebrando o silêncio.
- Nada mal... – respondeu Harry.
- Ah, Harry, não minta! Eu sei que você não está bem! – falou ela.
- E você também não está! – falou Harry.
A garota o abraçou. Harry sentiu uma vontade enorme de beijá-la.
- Desculpem, mas a biblioteca já vai fechar! – falou Madame Pince com voz suave e um grande sorriso no rosto.
- OK! Já estamos saindo! – informou Harry, puxando Hermione pelo braço.
Eles rumaram até a sala comunal e subiram, cada um para o seu dormitório. Harry colocou a correntinha que segurava o frasco cor de rosa no pescoço e começou a trocar de roupa.
As 8h Harry desceu, e se acomodou em uma poltrona na sala comunal. Rony desceu em seguida.
- Ai, cara! Desculpa qualquer coisa, OK? – falou Harry.
- Que isso! Você não tem o que se desculpar, quem tem sou eu! Por todas as vezes em que desconfiei de você! – falou Rony
Enquanto Hermione se arrumava, Luna a interrompeu.
- Você não vai mesmo dizer a ele?
- Não, não vou! – respondeu Hermione.
- Vai deixá-lo ir, sem saber se vai voltar? Conte para ele, Mione! Antes que seja tarde d+! – falou Luna.
- Não posso, Luna! Já é tarde d+! – em seguida caiu no choro.
As duas encerraram a conversa e continuaram se arrumando.
- Boa sorte lá no Chudley Cannons, OK? – disse Harry a Rony.
- Ah, Obrigada! E não fique assim, Harry, nós vamos nos ver novamente! – falou Rony. – Agora eu tenho que ir... vou falar com a Luna! – respondeu Rony vendo que a garota acabara de descer, seguida por Hermione.
A menina caminhou até Harry e sentou-se ao seu lado. Os dois se encararam por algum tempo. Até que Hermione, dando um grande soluço, correu e abraçou Harry.
- Eu não vou te esquecer! – falou ela em seu ouvido, ainda abraçados.
- Não se preocupa, vai dar tudo certo! – falou Harry no ouvido dela.
- Obrigada por tudo, Harry! – falou ela.
- Obrigada você! – respondeu ele soltando-a e enxugando as suas lágrimas com a ponta dos dedos – por tudo o que você fez por mim! Por você Ter me ajudado!
- Que isso, Harry...se não fosse você, eu nem sei o que seria de mim! – respondeu ela.
Os dois se fitaram por um tempo. Hermione ainda chorava.
- Harry... preciso te dizer uma coisa, antes de irmos! – falou observando que Neville já descia as escadas.
- Fala, Mione! – apressou Harry.
- Eu..... eu... eu....eu te amo, Harry! – falou ela corando.
- Ei, vocês! Vamos logo! Está quase na hora! – chamou Neville que não estava prestando atenção em Hermione e Harry.
Neville não deixara Harry dizer o que sentia a Hermione.
Os três rumaram para o saguão de entrada, na hora combinada.
Lá encontraram Gina, Malfoy, Luna, Rony, Lupin e Tonks. Todos estavam conversando, ou aquilo estava parecendo mais uma despedida. E todos se calaram ao verem Harry se aproximar. Todos o fitaram um momento. E em seguida continuaram suas despedidas. Harry ganhou um abraço mais demorado de Hermione.
- Então? Prontos? – perguntou Lupin.
Hermione deu uma última olhada para Harry antes de partirem.
- OK! Segurem nesta chave de portal! E quando eu disser três! – falou Lupin.
Harry reparou que ele deu uma última olhada para Tonks antes de partirem. Hermione agora começara a chorar silenciosamente. Harry segurou a mão dela, apertando levemente.
- Três......dois.....um! – disse Lupin.
No momento Harry sentiu seu umbigo ser puxado por alguma coisa e com um solavanco ele pisou em chão firme.
Ainda continuava segurando a mão de Hermione.
Hogsmeade estava escura, exceto pela presença de alguns lampiões. Estava vazia. Parecia que todos os moradores tinham sido expulsos.
A suas costas, Harry ouviu um barulho. Sentiu Hermione apertar-lhe a mão com força.
Harry se virou lentamente e se deparou com Voldemort. Sentiu um arrepio na espinha e soltou a mão e Hermione.
Harry deu um passo a frente dos outros, ficando totalmente visível a Voldemort.
Hermione tentou impedir o garoto de dar um passo, mas não conseguiu.
- Ora, ora, Harry! Até que você trouxe bastante “coleguinhas” pra nossa festinha! – falou Voldemort dando altas gargalhadas.
Harry mantinha a varinha em punho.
- Mas, você pensa que eu também vim sozinho? Não, Harry, eu trouxe os meus amigos pra festa! – continuou Voldemort.
- Deixa os meus amigos fora disso! O seu problema é comigo, então deixa eles em paz! – gritou Harry.
- Opa.... olha o tom, garoto! Sim, o MEU problema é com você! Mas o dos meus amigos já não é com você, Harry! Já que você trouxe os seus colegas pra brincar, então, por que não fazer isso? – Voldemort ria mais a cada palavra pronunciada.
- Se o seu problema é comigo, lute comigo! E deixa os meus amigos fora disso! – gritou Harry.
- Nossa, não sabia que o filho de Tiago era tão corajoso assim! Seu pai, moleque, era um fracassado! – falou Voldemort.
- CALA A BOCA! VOCÊ NÃO TEM O DIREITO DE FALAR DO MEU PAI! – gritou Harry.
- Ah, tenho.... seu pai não foi tão bom como sua mãe.... afinal, ela me impediu, não é? – continuou Voldemort.
- Cala a boca! – gritava Harry.
- Crucio! – gritou Voldemort apontado a varinha para Harry.
- Não! – gritou Hermione.
- Não se atreva a sair daí menina! Ou eu faço a sua morte ser rápida e indolor! – falou Voldemort.
Harry gritava e se contorcia. Lupin puxou Hermione fazendo-a recuar.
O silêncio voltou. Harry agora no chão, estava com o peito arfando.
Na escuridão, começaram a aparecer vultos. Os Comensais acabaram de chegar.
- Ah, agora sim que a festa vai começar! – falou Voldemort.
Os Comensais avançaram contra os garotos. Todos empunharam as varinhas.
E assim a batalha começara. Voldemort contra Harry. Lupin contra Severo Snape. Hermione contra Belatriz Lestrange. Lúcio Malfoy contra Draco. Tonks contra Narcisa Malfoy. Rookwood contra Gina. Rony contra Lobo Greyback. Luna contra Avery. Neville contra Nott.
Pelo que Harry percebera, o frasco cor de rosa que herdara de seus pais, estava ajudando muito. Voldemort lançava AVADA KEDAVRA pela 3ª vez, e nada acontecia.
- Trocou de lado, foi Draco? – perguntou Lúcio para Draco.
- Troquei! E com muito orgulho! Eu nunca seria como vocês! – respondeu Draco.
A luta parecia estar equilibrada. Alguns Comensais estavam machucados. Neville tinha a perna sangrando, e Hermione tinha um corte profundo no rosto.
Raios cor verde atingiam todas as casas de Hogsmeade.
- Tá pensando que é fácil, é? – falou Belatriz para Hermione – Você não tem um quarto do meu poder!
- Ah, é? Isso é o que nós vamos ver! PETRIFICUS TOTALUS! – gritou Hermione.
O alvo errara por pouco, quase atingira Belatriz no ombro.
Rony estava realmente sofrendo. Todas as oportunidades que tinha, Lobo Greyback tentava mordê-lo para faze-lo virar lobisomem.
- Rony, você tá bem? – gritou Tonks após ver que Rony quase foi mordido.
- Acho que sim! Ah, seu lobisomem! Você me paga! ESTUPEFAÇA! – gritou Rony.
Errou por pouco.
Harry não tinha percebido, mas Voldemort estava levando ele até perto da casa dos gritos, onde ninguém poderia ouvi-lo.

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