Armada de Dumbledore



— CAPÍTULO QUINZE —
Armada de Dumbledore




Enquanto organizava as coisas dentro da mochila, na manhã de segunda-feira, Hermione olhava para o pergaminho, assinado por todas as pessoas que tinham comparecido à reunião de sábado. Eles não vão contar a ninguém, pensou. Espero que não contem. Se o fizerem, se arrependerão. O medo que descrevera a Rony de que pudesse haver algum espião dentre os interessados em aprender Defesa Contra as Artes das Trevas a fizera pesquisar uma azaração que pudesse denunciar um delator, caso o houvesse. A azaração que ela aplicara no pergaminho encheria de marcas o rosto de um possível traidor. Olhou de esguelha para Lilá Brown, que se vestia ali perto. Nem sinal de marcas no rosto.
Pronta, Hermione pôs a mochila às costas e deixou o dormitório. A escada que levava à sala comunal tinha virado uma espécie de tobogã, mas ela não estranhou; lera que isso acontecia toda a vez que um garoto tentava subi-la até algum dos dormitórios femininos. Ela pôde ouvir Rony dizendo, lá embaixo:
— Isso não é justo! Hermione pode ir ao nosso dormitório, por que não podemos?
Sentada em um tapete, ela deslizou pelo tobogã, parando ao lado de Rony e Harry ao pé da escada. Levantando-se, disse:
— É uma regra antiquada. Em Hogwarts: Uma História está escrito que os fundadores achavam que os meninos eram menos dignos de confiança do que as meninas. Mas por que estavam tentando subir, afinal?
— Para falar com você! — Rony respondeu, aflito, tomando-a pelo braço e arrastando-a até o quadro de avisos da sala comunal. — Olhe isso!
Havia um aviso enorme cobrindo todos os outros. Hermione aproximou-se para ler.

“POR ORDEM DA ALTA INQUISIDORA DE HOGWARTS
Todas as organizações, sociedades, times, grupos e clubes estudantis estão doravante dissolvidos.
Uma organização, sociedade, um time, grupo ou clube é aqui definido como uma reunião regular de três ou mais estudantes.
A permissão para reorganizá-los deverá ser solicitada à Alta Inquisidora (Profa. Umbridge).
Nenhuma organização, sociedade, nenhum time ou clube estudantil poderá existir sem o conhecimento e a aprovação da Alta Inquisidora.
O estudante que tiver organizado ou pertencer a uma organização, sociedade, um time, grupo ou clube não aprovado pela Alta Inquisidora será expulso.
O acima disposto está em conformidade com o Decreto da Educação Número Vinte e Quatro.
Assinado: Dolores Joana Umbridge,
Alta Inquisidora”

Ela sentiu seu corpo gelar. Rony vibrava de nervosismo ao seu lado, dizendo: — Alguém deve ter contado a ela!
— Não podem ter feito isso — ela retrucou, em voz baixa.
— Como você é ingênua... Só porque você é honrada e confiável...
— Não é isso... Lancei um feitiço no pergaminho que assinamos. — Ela comentou brevemente sobre a azaração que usara. — Agora vamos descer para o café. Será que esse aviso foi fixado em todas as casas?
A agitação dos estudantes no salão principal respondeu à pergunta de Hermione: estavam todos alvoroçados especialmente por causa dos times de quadribol. Mais tarde, ocorreu outro fato perturbador; durante a aula de História da Magia, a coruja de Harry apareceu na janela da sala de aula. Quando o garoto a trouxe para sua carteira, viu que ela estava ferida e saiu da sala com ela.
— O que você acha que aconteceu? — Rony perguntou.
— Não sei... — Hermione respondeu aflita.
Depois da aula, os dois saíram juntos aos jardins para procurar Harry.
— Você acha que ele a levou para Grubbly-Plank? — Rony quis saber.
— Acho, mas não sei onde ela pode estar... Vamos esperar por ele aqui...
Ela estremeceu com o vento forte e protegeu-se com a gola das vestes. Depois adiantou-se para proteger Rony com a gola dele.
— Ei! — disse ele com maus modos logo que ela se aproximou.
— Mal agradecido!
— Ora, você me assustou e...
— Você acha que a pegaram no caminho?
Rony franziu o cenho em uma expressão de confusão, como se ela tivesse falado grego. — Edwiges, Ronald! Você acha que ela pode ter sido interceptada?
— Ah... Não sei... Será que a carta era de Snuffles?
— Pode ser...
Naquele momento ela pensou como gostaria que a carta fosse de Hagrid, e que nela ele dissesse que estava tudo perfeitamente bem. Harry apareceu e contou que tinha encontrado Grubbly-Plank na sala da profa. McGonagall e deixado a coruja sob os cuidados da professora de Trato das Criaturas Mágicas, o que só fez Hermione pensar mais ainda em Hagrid.
— E a carta, de quem era? — Rony perguntou.
Harry mostrou o pergaminho e disse que era de Sirius. Tudo o que estava escrito era “Hoje, mesma hora, mesmo lugar”. — Ele quer dizer a lareira?
— Claro, Rony — disse Hermione. — Mas será que é seguro? Será que a rede de Flu não está sendo vigiada? O pior é que não existe nenhuma maneira segura de avisá-lo para não aparecer...
Os três se dirigiram às masmorras para a aula de Snape. Pouco antes de o professor chegar, Neville partiu para cima de Malfoy em resposta às provocações que o garoto fazia contra os alunos da Grifinória. O que impediu a briga foi que Harry e Rony seguraram o colega e o arrastaram para dentro da sala de aula. Hermione ficou um pouco confusa, pois Neville certamente não era a pessoa mais dada a brigas que ela conhecia. Quando entrou na sala atrás dos três garotos, viu que Umbridge estava sentada em um canto. Snape pareceu irritado com a inspeção durante toda a aula.
Hermione ainda teve Aritmancia enquanto os garotos tinham Adivinhação e, quando se reencontraram para a aula de Defesa Contra as Artes das Trevas, os dois contaram que Trelawnay já tinha recebido sua avaliação feita por Umbridge. Por seu comportamento durante a aula, contaram eles, em que ela passara o tempo todo chorando copiosamente em sua mesa enquanto os alunos trabalhavam, o resultado provavelmente fora péssimo.
— Parece que, como você, Umbridge também a achou uma fraude — disse Harry.
Fraude ou não, ser avaliada e depreciada por Dolores Umbridge era uma penitência ruim demais; Hermione sentiu muita pena de Trelawnay. Olhou para Umbridge perguntando-se como alguém poderia ser tão ruim.
Durante a aula, prestou atenção aos movimentos da professora em busca de algum indício de que ela soubesse sobre o grupo de estudos. Não percebeu nada. Aquela fora provavelmente a aula com menos atos suspeitos que Umbridge já dera.
Naquela noite, então, os três esperaram até que a sala comunal se esvaziasse e Sirius aparecesse na lareira, o que aconteceu bem tarde, já muito além da meia-noite. Ao ver o rosto dele pairando sobre as chamas, Bichento se aproximou saudoso do amigo. Hermione segurou-o para evitar que se queimasse.
— Oi — disse Sirius. — Como vão as coisas?
— Não muito bem — Harry respondeu. — O ministério impôs outro decreto e, por causa dele, não podemos ter times de quadribol.
— Nem grupos secretos se Defesa Contra as Artes das Trevas?
Hermione e Rony se entreolharam.
— Como você soube? — Harry perguntou espantado.
Sirius disse que Mundungo Fletcher os seguira durante a visita a Hogsmeade, o que deixou seu afilhado muito aborrecido. E, embora trouxesse um recado preocupado da sra. Weasley pedindo que os três não se envolvessem em uma sociedade secreta, Sirius parecia orgulhoso. Hermione teve a impressão de que a idéia que tivera era do tipo que o grupo dele e do pai de Harry teria tido em sua época e, de alguma forma, isso a fez sentir-se mal.
Desanimado, Rony perguntou a Sirius se ele achava que deveriam dissolver o grupo, ao que ele respondeu que não. Ao invés, encorajou-os o tempo todo, aumentando o mal-estar dentro de Hermione.
— E se formos expulsos? — ela perguntou.
— Melhor expulsos sabendo se defender do que sentados em segurança na escola sem saber de nada — foi a resposta de Sirius.
Conversaram mais um pouco, Hermione ainda segurando Bichento para que ele não avançasse no fogo da lareira. Até que, de repente, Sirius sumiu sem aviso. A seguir, uma mão apareceu tateando, procurando por alguma coisa dentro da lareira. Com um sobressalto, os três se levantaram e, com um olhar, concordaram que aquela era sem dúvida a mão de Dolores Umbridge.

Depois do que acontecera, Hermione estava absolutamente certa de que Umbridge estava dando um jeito de ler as cartas de Harry. Lembrou-se da história de Filch desconfiando que o garoto estivesse encomendando bombas de bosta, que achara estranha ao ouvir e agora cabia bem como uma desculpa esfarrapada para confiscar cartas.
Chovia tanto durante o intervalo naquele dia que todos os alunos foram obrigados a ficar dentro do castelo. Angelina Johnson abordou Harry e Rony para dizer-lhes que tinha conseguido a permissão para continuar com o time de quadribol da Grifinória. A garota comentou que desconfiava de que McGonagall e Dumbledore tinham interferido de alguma forma na decisão de Umbridge, e antes de se afastar avisou que haveria treino naquela noite.
Foi logo depois disso que Hermione dividiu com Rony e Harry seu mal-estar da noite anterior. Harry ofendeu-se com o que ela disse por causa de Sirius, e ela se sentiu ainda pior. Por que pensei que eles iriam me apoiar, pensou tristemente, quando nem eu mesma gostaria de estar me sentindo assim? À noite subiu sozinha à torre da Grifinória, já que os garotos tinham treino, e foi se deitar cedo.
Ao encontrar Harry animado na manhã seguinte e aparentemente esquecido de seu aborrecimento com ela, Hermione sentiu-se um pouco melhor. Não demorou muito para que ele revelasse o motivo da empolgação.
— Ontem à noite — narrou ele — eu fiquei sozinho na sala comunal e acabei cochilando. Algum tempo depois alguém me abordou: Dobby. Ele me trouxe de volta Edwiges e se ofereceu para me ajudar, como sempre.
— Então Edwiges está melhor? — Hermione perguntou, sentando-se em frente ao amigo e ao lado de Rony na mesa da Grifinória.
— Está, bem melhor, mas não era sobre isso que eu queria falar — Harry disse, servindo-se de ovos e salsichas. — Eu quero contar sobre como ele me ajudou de verdade desta vez.
— Ele? — Rony perguntou desconfiado. — Você está falando de Dobby?
Ele olhou para Hermione procurando apoio para sua perplexidade. Ela também estava desconfiada, pois embora as intenções de Dobby fossem boas, ele geralmente mais atrapalhava do que ajudava.
— Isso. — Harry respondeu com a boca cheia. — Eu perguntei a ele se ele conhecia algum lugar onde vinte e oito pessoas pudessem praticar feitiços sem ser vistas ou incomodadas.
— Vai me dizer que ele conhece? — Rony perguntou, olhando mais uma vez para Hermione enquanto ela preferia esperar para ouvir o final da história.
— Sim, ele conhece, é a tal de Sala Precisa. Parece que ela só aparece quando alguém realmente precisa dela, e quando aparece está pronta para ajudar, contendo exatamente o que a pessoa precisa.
Hermione franziu o cenho, confusa. Imaginou que, se aquela sala realmente existisse, haveria um comentário sobre ela no livro Hogwarts: Uma História.
— E esta sala fica dentro de Hogwarts? — perguntou.
— Fica. — Harry respondeu. — No sétimo andar, na frente da tapeçaria do Barnabás.
— O Amalucado? — perguntou Rony, animado. — Apanhando dos trasgos?
— Essa mesmo.
Desconfiada, Hermione só conseguiu acreditar na existência da sala precisa quando Harry jurou que Dumbledore já a mencionara. — Ele disse que ela apareceu para ele cheia de penicos, uma vez em que estava apertado. Não disse o nome da sala, é claro, mas a descreveu exatamente como Dobby. Depois disso, ela se lembrou do garotinho do primeiro ano que lhe perguntara a respeito de uma sala cheia de mapas, que ele acabara encontrando numa noite em que se perdera pelos corredores do castelo.
Ao longo do dia, então, os três encarregaram-se de que todas as pessoas que tinham assinado seus nomes no pergaminho enfeitiçado de Hermione fossem avisadas de que o primeiro encontro do grupo ocorreria às oito horas daquela noite, no sétimo andar, em frente à tapeçaria de Barnabás.
Às sete e meia, saíram munidos do mapa do maroto em direção ao local. Hermione sentia o corpo tremer dos pés à cabeça de nervosismo enquanto andava entre Harry e Rony pelas escadas. Ao chegarem, viram que em frente à tapeçaria havia uma parede lisa. Harry a indicou e disse:
— É aqui. Dobby disse que tínhamos que passar ao lado dessa parede três vezes, concentrados no que precisamos.
E assim os três o fizeram. Hermione fechou os olhos e murmurou:
— Precisamos de um lugar espaçoso para treinar, um lugar onde possamos praticar feitiços de defesa. O lugar precisa ser escondido, ninguém pode nos encontrar.
Depois das três passadas, uma porta lustrosa apareceu. — Harry! — ela exclamou. Rony estava boquiaberto ao seu lado. Harry girou a maçaneta e entrou na sala. Antes de entrar atrás dele, Hermione trocou um olhar com Rony. A perplexidade dele a fez sorrir.
A sala era grande e iluminada por diversas tochas. A primeira coisa que Hermione viu dentro dela foram as estantes cheias de livros, que a fascinaram. Eu nem pedi livros, pensou, maravilhada com o julgamento da sala por tê-los posto lá. Enquanto se aproximava das estantes, viu que o chão estava repleto de grandes almofadas e que ao fundo havia prateleiras cheias de bisbilhoscópios e sensores de segredos, além de um rachado espelho-de-inimigos que, conforme ela já lera, mostrava os inimigos quando eles se aproximavam muito.
É perfeito, pensou. Já examinando as estantes, mostrou a Rony e Harry alguns títulos, como Compêndio de feitiços comuns e seus contrafeitiços, Feitiços autodefensivos e Vencendo as artes das trevas pela astúcia. Depois de um breve momento de indecisão, pegou um exemplar de Azarações para os azarados, sentou-se em uma almofada e começou a ler. Era um livro muito prático, cheio de feitiços úteis para defesa.
Não muito depois, chegaram os outros membros do grupo, aos poucos, e uma vez que todos já estavam sentados nas almofadas, Harry fechou a porta a chave. Nesse momento, Hermione marcou a página do livro e deixou-o de lado.
— Bem, é este o lugar que encontramos para as reuniões... — disse Harry, um pouco envergonhado. — E, ao que parece, vocês gostaram.
— É fantástico! — exclamou Cho Chang, e nesse momento Hermione e Gina trocaram um olhar significativo. Os outros membros estavam murmurando respostas positivas sobre terem gostado da sala.
Hermione levantou o braço para pedir a palavra e, quando Harry lhe concedeu, disse:
— Acho que devíamos eleger um líder.
Harry é o líder! — disse Cho Chang, olhando-a com espanto.
— Claro, mas acho que devíamos votar, tornar isso formal. — ela respondeu sem se alterar. Depois, levantando o braço direito, disse: — Quem é a favor de Harry ser o líder?
A decisão foi unânime. Hermione ainda propôs a escolha de um nome para o grupo.
— Que tal a Liga Anti-Umbridge? — sugeriu Angelina animada.
— Ou o Grupo Ministério da Magia Só Tem Retardados? — perguntou Fred.
— Acho que poderia ser um nome que dissesse menos sobre o que estamos fazendo... — Hermione ponderou. — Para que ninguém soubesse do que estamos falando quando nos referíssemos a ele.
— Associação de Defesa? — disse Cho. — AD, para que ninguém saiba do que estamos falando?
— AD é bom — disse Gina. — Mas acho que deveria ser Armada de Dumbledore, pois o maior medo do ministério é uma força armada de Dumbledore.
Muitos se entusiasmaram com a idéia. Hermione organizou uma breve votação e o nome “Armada de Dumbledore” foi aprovado. Ela escreveu-o no topo do pergaminho que todos tinham assinado, fixou-o à parede e voltou a sentar.
— Certo, então, — disse Harry. — acho que agora podemos começar a praticar. Pensei em começar com o Expelliarmus, o feitiço de desarmar. Sei que é bem básico, mas pode ser muito útil.
— Ora, não acho que o Expelliarmus vai nos ajudar contra Você-Sabe-Quem, — começou Zacarias Smith com impaciência. — vocês acham?
— Usei-o contra ele, — respondeu Harry tranqüilamente. — salvou minha vida. Mas, se você acha que não está à sua altura, pode se retirar.
O garoto não se mexeu. Após aquele breve momento de tensão, Harry disse a todos que se dividissem em pares para praticar o feitiço. Hermione e Rony acertaram a parceria com um olhar e um aceno de cabeça.
Rony se afastou um pouco e apontou a varinha para ela, que já apontava a sua para ele. Por alguns instantes, ficaram a se olhar sem dizer nada. Ela inspirou profundamente e disse, sem muita convicção:
Expelliarmus!
Rony foi atirado para o chão e sua varinha caiu aos pés dela, que correu até ele preocupada.
— Rony, tudo bem com você?
— Tudo ótimo, você não está vendo? — ele foi se levantando devagar, como se sentisse muitas dores no corpo. — Você nem esperou que eu me preparasse, não é? Pensei que íamos combinar algo como uma contagem regressiva, mas você nem bem esperou que eu me afastasse e já me desarmou.
Irritado, ele pegou a varinha de onde caíra e voltou a apontá-la para Hermione. Dessa vez pareceu mais fácil para ela apontar a sua para ele. Pensou em pedir que ele começasse a ofendê-la, como em suas piores brigas, para que ela pudesse treinar sentindo algum ódio legítimo. Afastou a idéia e disse:
— Então está bem, Ronald. Faça a sua contagem regressiva.
— Ah, certo... Bem... Três... — ele não parecia muito firme com a varinha na mão. — Dois... Um!
Os dois gritaram “Expelliarmus!” ao mesmo tempo, mas o feitiço de Rony quando muito produziu uma corrente de ar que balançou os cabelos de Hermione, enquanto o dela jogou-o novamente ao chão. Enquanto ele se levantava, Neville se aproximou. Só então Hermione reparou que havia outras duplas treinando além de Rony e ela, com muitos gritos, quedas de pessoas e varinhas e feitiços errados que faziam voar almofadas e livros.
— Harry pediu que eu viesse treinar com vocês, — disse Neville, e Hermione cruzou os braços para prestar atenção. — pois ele estava treinando comigo, mas queria andar pela sala para ajudar as duplas e...
Expelliarmus!
Hermione mal teve tempo de reconhecer vagamente que aquela era a voz de Rony, pois no instante seguinte sua varinha saiu voando de sua mão e ela foi atirada alguns metros para trás. Levantou-se furiosa com o golpe baixo e principalmente com o sorriso de triunfo que o garoto tinha no rosto agora e começou a andar na direção dele, apontando-lhe a varinha ameaçadoramente.
Andou até bem perto dele, que também vinha se aproximando, mas naquele momento uma varinha voou bem aos pés dele e o fez tropeçar e cair por cima dela, derrubando-lhe a varinha, e no fim os dois acabaram caídos no chão, ele por cima dela, os rostos muito próximos. Hermione sentiu-se corar absurdamente, e o mesmo acontecia com o rosto de Rony, que afastou-se com pressa. Ainda no chão, ela ouviu Neville perguntar:
— Será que vocês podem treinar comigo?

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