Harry vem em primeiro lugar...



Olá queridos! Espero que gostem! O capítulo ficou um pouco menor que o normal!
Por favor comentem! Quero saber o que estão achando!
Beijos e boa leitura!
Zaara Black!
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Capítulo 04 – Harry vem em primeiro lugar...

O almoço seguiu tranqüilo. Poucas conversas, alguns olhares. Hermione perguntava a sra Weasley o modo de preparo do ensopado enquanto Harry e Gina tentavam em vão disfarçar a paquera travada. Rony estava apreensivo, nem ao menos repetiu a refeição. Comeu seu prato de ensopado e ficou viajando em seus pensamentos. Ele queria acabar logo com a espera, queria informar à mãe sua decisão, mas estava com receio.

Ele observava a postura materna a sua frente, a sra Weasley talvez fosse a pessoa mais cativante do mundo. Ela explicava exemplarmente a receita para Hermione que parecia captar cada informação com voracidade.

Para Rony, aqueles momentos onde todos se sentavam à mesa para comer e conversar eram comuns, mas ultimamente ele sentia que isso iria acabar. Ele olhava Harry e via no amigo uma força maior, acreditava nele, admirava sua coragem. A primeira vez que viu Harry no trem, jamais imaginou que testaria seus limites e enfrentaria seus medos por um cara magricela de óculos quebrados.

Bem à frente de Harry, estava Gina, a irmã mais nova, a única menina. Rony agia paternalmente com ela, tinha ciúmes de seus namorados, queria seu bem.

Ao lado da irmã estava Hermione, agora Rony olhava os cabelos castanhos muito cheios da garota, alguma coisa nela prendia sua atenção, o cheiro do perfume embriagava, os olhos espertos o confundiam. Ele gostava dela, sentia por ela coisas parecidas com o que sentia por Harry e Gina, mas uma sensação era diferente, diferente de tudo que já sentira antes.

O coração se enchia de esperança quando ela estava por perto, queria protege-la e agrada-la, mas adorava discutir com a menina.

Sabia que nada aconteceria entre os dois, sabia que havia muito mais em jogo do que atração, por mais que quisesse ficar com ela, reconhecia que isso jamais aconteceria... ela jamais seria dele...

- Filho, já terminou? Posso tirar o prato?

Rony despertou, olhou meio confuso para mãe que suspendia os pratos sujos com a varinha e os encaminhava até a pia.

Levantou-se e meio sem reação e ficou aguardando a mãe chamá-lo para a conversa. Os demais presentes rapidamente perceberam a atitude de Rony e subiram para os quartos.

Com um aceno da varinha, a sra Weasley fez os pratos se lavarem e segurando no braço de Rony, levou-o até o sofá. Sentou-se em frente ao filho e deu um longo suspiro:

- Diga Roninho! O que quer me dizer?

Antes de começar Rony quis certificar-se de que não seria interrompido:

- Promete que não vai me interromper mamãe?

- Prometo querido.

Rony segurou as mãos da mãe e tentou evitar o olhar dela, mas não pode. Encarou a mãe e disse:

- Mãe não vou voltar para a escola! Vou ajudar o Harry. A senhora deve saber que algumas coisas têm que ser feitas e ele precisa de mim. Isso é pelo bem de todos nós.

Rony fazia menção de continuar, mas a mãe o interrompeu:
- Eu já sabia disso querido. Eu e seu pai havíamos conversado sobre esse assunto e quando você disse que queria falar comigo, logo imaginei que esse seria o assunto. – ela fez uma pausa, apertou a mão do menino e continuou – Sei que pediu para não ser interrompido querido, mas acho desnecessário você ficar se explicando com relação a esse assunto. Você é o homem mais corajoso e fiel que conheço, e digo homem porque sua atitude é digna de um homem e não de um garoto. Claro que para mim você vai ser sempre um bebê. – sra Weasley parou de novo, e retomou a linha de pensamento – Roninho, desde quando conheceu Harry, percebi que seriam bons amigos, você sempre o apoiou, sempre deu suporte a luta dele. Querido, estou muito orgulhosa da sua atitude. Tem minha permissão para seguir seu caminho. Mas antes, tem que me prometer uma coisa.

- Pode dizer mãe.- Rony estava muito emocionado em saber que a mãe o admirava e se orgulhava dele, seu rosto estava vermelho, o coração estava doendo.

- Prometa que vai ser feliz. Prometa que todo o mal que enfrentará não vai deixar uma mancha negra em seu coração. Prometa para mim Rony, que vai sempre ser assim, uma pessoa maravilhosa e que diferente das pessoas que escolhem combater o mal, você não vai permitir que esse escureça e endureça seu coração.

Rony não entendeu o pedido da mãe. Estava pronto para prometer, mas queria compreender o que ela queria:

- Mãe, não estou entendendo...

- Rony querido, eu quero que prometa que não vai esquecer de seus sentimentos, quero que não se prive do mundo a sua volta por conta dessa luta. Prometa que não vai se amargurar.- a sra Weasley abraço o filho, deu-lhe um beijo na bochecha, e voltou a encara-lo – Rony você viu como Remo ficou, você viu o que a luta contra o mal fez a ele. Ele se privou de amar e ser amado, ele se fere cada vez mais por conta disso. E Moody, você viu Rony como ele é rabugento, e... ainda Sirius... Eles deixaram a dor manchar seus corações filho. Prometa que não vai permitir que isso ocorra com você - agora ela chacoalhava o menino pelos ombros – Prometa Rony!

- Está bem! – Rony desvencilhou-se das mãos da mãe e a encarou – Mamãe, nada vai acontecer. Eu serei sempre o Rony! Sempre assim... – ele abriu os braços mostrando a si mesmo – Eu prometo!

- Sim filho... – sra Weasley estava aos prantos – Rony, você pode andar por todo o mundo, tentando fazer alguma coisa na sua vida valer a pena, mas vai descobrir filho, que só precisa fazer uma coisa... você precisa ser um bom homem uma única vez para uma mulher. Rony, enquanto estiver procurando o final da estrada, você deve se lembrar disso. Você só precisa fazer o que eu disse e seguir seu caminho... e vai descobrir querido que a estrada certa não existe se você não o fizer... Você terá que amar querido... terá que amar para encontrar o caminho de volta. Se fizer o que disse, você vai descobrir que a estrada certa acaba aqui. – ela apontou o coração do filho.

Rony não entendeu novamente o pedido da mãe – “Será que ela não pode ser mais objetiva?”:

- Mamãe, não se preocupe. Eu já prometi, vou ser sempre o mesmo. Já ouvi muitas vezes que o amor é a maior arma contra Voldemort, e a senhora sabe que amo. Amo você mamãe, toda nossa família, até mesmo o Percy, e amo meus amigos! Não se preocupe, não vou virar uma ostra. – Rony deu um sorriso para mãe, que chorava ainda mais e apresentou uma feição de terror quando ele disse o nome do Lord das Trevas.

- Você não entendeu mesmo, não é querido? Não é desse amor que estou falando. Você precisa mais do que um amor fraternal. Você precisa de um sentimento que esquente e proteja seu coração para que ele não endureça, para que você não se torne uma ostra. Harry encontrou o dele. Vê o que Gina faz com o coração dele? Ele está mais tranqüilo e forte, mesmo que eu não tenha sido informada do relacionamento dos dois, fico contente em ver que encontraram uma maneira maior de amar. É isso que precisa fazer Rony... você tem que oferecer ao seu coração a oportunidade de apoiar-se em algo durante a guerra, perante todo o terror que vivenciará. Você tem que falar com ela querido.

Rony sabia de quem a mãe falava, gostava daquela garota de cabelos rebeldes, mas sabia que nunca ficaria com ela. Não conhecia os sentimentos da menina e não colocaria sua amizade em jogo por conta de um flerte.

- Mãe, não é assim tão simples... o Harry e a Gina, bem, é diferente... eles se gostam... já eu e a ...

- Você e a garota linda que está lá em cima esperando você entrar no quarto e dar-lhe um beijo se amam sim! Pare com essa falta de autoconfiança Rony! – ela levantou-se do sofá e puxou o filho – Ronald Weasley você é forte, fiel e lindo, meu filho! Porte-se como tal! Aquela garotinha de cabelos rebeldes e olhos espertos suspira por você desde que viu esse seu lado! Aja querido! Seja um bom homem uma única vez para uma mulher!

Rony estava respirando rápida e profundamente, queria fazer o que a mãe o encorajava, mas tinha medo:

- Mas, mãe... e se ela não quiser...- ele falava gesticulando muito, estava assustado – e se eu estragar tudo!

A sra Weasley olhou para o filho, abraçou-o e começou a acariciar seus cabelos:

- Querido, fique calmo! Só vou dizer mais duas coisas. Primeiro, se não tentar nunca vai saber o que se passa entre vocês dois e segundo, se der errado... eu sempre estarei aqui para compartilhar suas lágrimas... Tente Rony! – ela o afastou, deu-lhe um beijo na testa indicando com a mão esquerda as escadas – Vá querido!

Rony respirou fundo, juntou toda coragem que existia dentro dele, passou as mãos pelo rosto e segui em direção as escadas. Os degraus pareciam nunca acabar, passou pelo quarto de Gina e ouviu as vozes da irmã e Harry. Isso o deixou ainda mais apavorado. Provavelmente Hermione estava sozinha no quarto dele. Ele suava frio. Pequenos calafrios o faziam perder a compostura.

Pé ante pé, ele subia cada vez mais nervoso. Chegou a porta do quarto, abriu-a com calma, lá estava ela... A garota de cabelos rebeldes que entorpecia seu coração, virada de costas para a porta, admirando a vista da janela...

E agora, como faze-lo, o que dizer... Rony estava entrando em parafusos, então se deixou guiar pelo coração...
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Os cabelos loiros caiam sobre os olhos acinzentados. Ele estava nervoso, porém confiante. Não poderia falhar novamente.

Draco encarava a tapeçaria velha e roída por traças. Estava em um dos aposentos do casarão que o Lord das Trevas havia escolhido para quartel general.

Acabara de receber ordens do mestre, a tarefa era difícil, mas ele acreditava que conseguiria. O Mestre havia perdoado seu erro, afinal Draco cumprira a parte mais complicada do plano: permitir a entrada dos comensais em Hogwarts. E mais, Dumbledore estava morto... Sim ele sabia que havia fraquejado, mas não o faria mais! Estava fortalecido, e queria orgulhar seus pais e Voldmort!

Agora tinha que libertar o pai! Iria juntamente com outros comensais fortalecer uma fuga em massa de Askabam!

Tudo seria facilmente executado! Os dementadores estavam ao lado do Lord e beijariam quem se opusesse as ordens! Agora apenas bruxos cuidavam da prisão... tudo seria simples!
Essa era sua última chance de ser aceito pelo Lord! Ele não perdoaria mais seus erros!

A noite caia... seus olhos ficavam mais pesados... viu a mãe deitada na cama e jurou a si mesmo que não falharia, faria isso por ela! Conseguiria cumprir as ordens e reunir sua família para reinarem ao lado de Voldmort, com sempre fizeram!

Ele deitou-se ao lado da mãe e esperou o sono tomá-lo enquanto devaneava sobre sua missão! Não era mais um garoto fraco, que dividia sua aflição com um fantasma que geme! Draco Malfoy conseguiria! Se Harry Potter pôde combater o Lord todos esses anos, ele poderia defender o Mestre!

Depois dessa tarefa, se fosse bem sucedido, e ele acreditava que seria, começariam o Reinado do Terror! Seria o fim dos trouxas e sangue-ruins! Draco respirava contente em saber que seguiria os passos do pai! Seria leal ao Lord!

Adormeceu e sonhou deliciosamente com todo o mal que promoveria!
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Hermione estava observando a vista da Toca pela janela do quarto de Rony, aquele era provavelmente um dos lugares mais especiais para ela. Quando conheceu verdadeiramente aquele menino de olhos sinceros, cabelos de fogo e totalmente desengonçado, não imaginou que precisaria tanto dele.

Rony e Harry eram seu porto-seguro, eram eles que arrancavam dela todo o amor e cuidado que possuía. Mas por Rony, parecia que o sentimento era ainda maior.

Era mais que amizade, e achava que já havia deixado isso muito claro no Baile de Inverno, mas pelo jeito ele não entendeu, ou não quis entender. Por conta disso resolveu nunca mais se arriscar mostrando seus sentimentos. Não queria perder o amigo...

Ela pensava no quanto eram próximos, afinal, passavam praticamente o ano todo juntos, e isso acalentava seu coração. Ela não podia ter Rony para si, porém podia vê-lo sempre... Quando chegou a Toca e conversou com o garoto a respeito de seu futuro e suas decisões, não falou de seus sentimentos. Consentiu em não discutir mais com ele para não irritar Harry e acertou em sua mente que seria assim para sempre. Teria Rony ao seu lado, amaria ele em silêncio.

Sabia que ela e Rony eram peças chaves para o futuro de Harry. Queria manter-se forte, mas o mundo girava e sinos soavam quando Rony se aproximava dela. Se ao menos pudesse tentar descobrir o que ele sentia...

De repente, uma mão forte e clara postou-se me seu ombro, Hermione congelou! Conhecia aquele toque, aquele cheiro... virou-se e a visão de um homem ruivo, com os olhos ainda mais claros do que de costume banhou aquele mementos de alegria. Ela queria falar, mas não podia. Ficou observando Rony se aproximar suavemente, ele passou a mão pelos cabelos dela e tocou seus lábios. Um beijo suave e cheio de emoção aconteceu.

Quando se afastaram, a voz do garoto quebrou o silêncio:

- Mione, eu te... eu ...

- Eu também Ron... muito! – ela interrompeu o garoto porque sabia o que ele diria e tinha a resposta.


- Mione é muito mesmo. É muito mais do que posso esconder... eu amo você. – Rony estava vermelho e comprimia o coração com as mãos. – Só que você sabe que...

- Eu sei! – disse a garota desviando o olhar - O Harry vem em primeiro lugar! – ela suspirou – Também acho isso. Nós temos que nos concentrar, mas obrigada por mostrar que o que sinto é recíproco. – e olhou para o rapaz sorrindo.

- Eu quero seu bem, o nosso bem... vou estar sempre por perto, por mais que não possamos viver isso agora... quando acabar a nossa luta, eu ainda vou te amar. – Rony abraçou Hermione e a beijou mais profundamente.

Ambos estavam absorvidos pelo momento, aproveitaram aquele instante, pois teriam que esperar muito para acontecer de novo. Agora tinham que ajudar Harry. Mas seria mais fácil, pois seus corações e almas estavam envolvidos por aquele sentimento.

Rony cessou o beijo e olhou para Hermione como se pudesse ver através dos olhos da garota. Ela fez o mesmo, e assim ficaram até ela dizer:

- Vamos! Infelizmente o meu mundo não pode ser assim para sempre! Vamos falar com o Harry, temos que terminar os planos para a apresentação à Ordem esta noite.

- Está bem, mas a senhorita vai ter que me beijar mais uma vez... Vai demorar muito para fazermos isso novamente!

Ela o beijou e depois, respirando fundo saiu porta à fora com ele à suas costas. Agora teriam que se concentrar... “ Harry vem em primeiro lugar!”... Ambos reforçaram esse pensamento enquanto desciam as escadas.

- Mione eu acho que o Harry está no quarto da Gina, os ouvi conversando quando subia.

Hermione não respondeu, continuou descendo e bateu na porta do quarto da amiga:

- Gina? Harry? Vocês estão aí?

Não houve resposta, então Rony passou o braço ao lado da cintura de Hermione e girou a maçaneta, permitindo que a porta se abrisse.

Lá estavam Harry e Gina, abraçados e perdidos nos olhares. Rony sentiu uma profunda inveja do amigo. Como queria fazer o mesmo com Hermione...

- Ah! Vocês estão ai? Não ouvi chamarem! – disse Gina soltando-se dos braços de Harry.

- Harry, sem querer interromper, mas já fazendo isso, será que poderíamos continuar o que estávamos fazendo antes do almoço? – disse Hermione ajeitando os cabelos e tentando se controlar porque Rony ainda estava com o braço ao lado de sua cintura.

- Sim, vamos! Com licença Gina. – Harry olhou para a menina e beijou-lhe a mão – Depois nos falamos, está bem?

Gina apenas consentiu com um aceno de cabeça e ficou observando o trio sair do quarto. Ela estava tão feliz com Harry ao seu lado... aqueles momentos que passava com ele a faziam mais forte. Ela sabia que não estavam namorando, mas acreditava no amor deles. Bastava sentar-se com o garoto para esquecer do mundo a sua volta.
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- E ai Rony, como foi com a sra Weasley? – perguntou Harry enquanto entravam no quarto de Rony.

- Foi melhor do que imaginava! Ela aceitou numa boa! E ainda disse umas coisas que realmente me fizeram bem! – Rony sorriu para Hermione.

- Ah meninos havia me esquecido! – disse Hermione disfarçando a vermelhidão que o sorriso de Rony lhe causou – O sr Weasley me informou que ao final da semana vocês farão o teste para aparatar. Afinal depois de amanhã o Harry já será maior de idade.

- Nossa é mesmo! Havia até me esquecido que ainda não tínhamos permissão! – disse Rony.

- Bem, mas isso pouco importa agora! Onde paramos? Mione cadê as anotações? – disse Harry enquanto vasculhava os pergaminhos na escrivaninha – Ah! Aqui estão! Então vamos! Eu estava pensando que talvez pudéssemos resumir esses pensamentos...

A armação de estratégias seguiu, Harry falava freneticamente enquanto Rony e Hermione dividiam a atenção ao amigo com o pensamento que surgia a cada vez que se perdiam no olhar um do outro : “Harry vem em primeiro lugar...”.
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E então? Gostaram?! Uma música que me inspirou ao escrever a conversa entre Rony e a sra Weasley, foi "Cry baby" da Janis Joplin, agumas das falas são tradução da letra.
COMENTEM!!!! Beijos!!!
Zaara Black!

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