Todos Contra Hermione
– Eu desisto!
– É assim que eu gosto. – disse Dan do meu lado, esboçando felicidade pelos poros.
– O que está acontecendo com o mundo? O que? – eu comecei a perguntar eloqüentemente para qualquer um que quisesse ouvir. Sim, porque naquela segunda-feira, Malfoy havia espalhado grandes cartazes por Hogwarts que diziam algo como:
Misteriosa do Pergaminho:
I'm not the sort of person who falls
(Eu não sou o tipo de pessoa que se apaixona)
In and quickly out of love
(E se desapaixona rapidamente)
But to you I gave my affection
(Mas para você eu dei o meu afeto)
Right from the start
(Desde o começo)
Se você conhece essas palavras, ou se perdeu um pergaminho na Biblioteca há algumas semanas contendo essas palavras e mais algumas, por favor, você pode ser a Misteriosa do Pergaminho.
Peço que se identifique e entre em contato o mais rápido possível com o Monitor-Chefe de Hogwarts, o Sr. Draco Malfoy. Durante toda a semana na hora do almoço no campo de Quadribol.
Você pode ser a nova Cinderela da Sonserina.
Ass.: Assistentes da Sonserina
– Eu insisto! O que está acontecendo com o mundo? – eu perguntara novamente, lendo pela quadragésima vez aquele cartaz insano.
– Você quer que eu comece pela África ou pule logo para a Casa Branca dos Estados Unidos? – debochara Dan novamente.
– Grr! Quem ele pensa que é? Quem? “Assistentes da Sonserina”? Quem são esses? Seu pulso direito e uma pena?
Eu arrancara o cartaz da parede com brutalidade e pisara assassinamente pelos corredores de Hogwarts até encontrar outro cartaz, o qual eu arrancara também. Logo eu avistara outro cartaz e arrancara também. Logo eu percebi que quanto mais cartazes eu arrancava mais brotavam nas paredes.
– Mas o que é isso? Uma epidemia? Mas eu vou matar o Malfoy!
Logo um grupo de meninas da Lufa-Lufa começaram a assistir meu estresse com um certo divertimento.
– E agora o que foi?
– Como assim o que foi? Elas devem estar se perguntando até onde seu ciúme doentio pode chegar agora que Draco está procurando por outra.
– AH CIÚME! Eu não estou com ciúmes! E vocês aí! – disse me virando para as idiotas da Lufa-Lufa. – Tem uma mesa bem grande no Salão Principal cheia de café da manhã, vocês sabiam? Tenham um pouco de compaixão para com os elfos desse castelo e vão logo encher essa porcaria de estômago!
As garotinhas saíram correndo na mesma hora, enquanto eu ainda bufava me virando para os outros no corredor.
– E Pra quem eu encontrar lendo esses cartazes idiotas menos 50 pontos! – eu gritara, voltando ao meu caminho pelos corredores mórbidos daquele castelo maldito.
– Às vezes eu tenho medo de você, sabe? Precisa controlar mais os seus nervos de vez em quando. – disse Daniel, me acompanhando.
– É mesmo? E por quê? Para não contratarem uma psicóloga para Hogwarts? Gina seria uma “ótima” psicóloga.
“ô se seria, uma ruiva que não só escuta seus problemas como os aumenta ainda mais, e ainda por cima te ameaça a fazer coisas que com certeza você nunca faria na vida, mas é obrigada a fazer porque o Crucio ainda não é um feitiço muito bem visto hoje em dia!”.
– Não, porque estamos numa escola, uma sociedade em si mais cruel que o sistema de cartas.
“E Põe cruel nisso! Poderia ser confundida com a prisão de Azkaban se todos os professores se vestissem como professor Snape (parente distante de um dementador)”.
– Me diga Daniel. O que eu fiz para merecer isso? Publicar o meu pergaminho dessa maneira? Não! Me humilhar dessa maneira? Tudo isso porque eu dei um beijo no Harry? E se eu tivesse dado cinco? Ele ia publicar as páginas do meu diário no Profeta de Hogwarts? E se eu tivesse dado dez? Ele ia criar um altar em Hogwarts? Um museu com todos os pergaminhos que eu criei na vida? Isso é demais! Isso é pedir para ser decepado e amaldiçoado! Para ser isolado do planeta Terra! SERPENTE DO INFERNO! E eu ainda me esforço para manter uma relação estável com ele, sem ameaças. Eu me esforço para ser uma adolescente normal em Hogwarts, que está apenas preocupada em se socializar no mundo mágico e agir de forma correta com o próximo, respeitando não apenas os meus direitos como os de todos nesse mundo, porque, afinal, o sol é para todos, e isso me faz pensar: “É... Ele é um idiota, mas merece compreensão!”. Mas quer saber? Dane-se a Democracia! Dane-se o Mundo! Onde está a minha varinha? Onde está? – eu dizia, pegando minha varinha de forma doentia. – Onde está aquele loiro maldito? Onde? Eu vou apresentá-lo a Misteriosa do Fogo do Inferno!
– Calma Hermione! Controle-se! Volte para a Luz! – gritara Dan me segurando e me trazendo para o mundo real. – Agora me escuta. – ele dizia enquanto eu prendia o choro e engolia minha fúria. – Vamos por partes. O que foi que você disse para o Draco depois do show no Três Vassouras?
– Nada! – eu dissera rápido, ele me olhara censurado. – Oras, eu disse... Eu disse o que eu sempre digo... Que eu odeio ele.
– Não Hermione... O que você disse de novo, algo que o Papa não saiba.
Como eu odiava aquele loiro! Por que ele sempre tinha que me fazer agir como uma completa idiota?
– Eu não sei! Eu disse que estava cansada, sei lá...
– Cansada...
– É! De todo esse castigo idiota dele. Que merda!
– Não pode ter sido só isso. O que ele disse?
Então eu me calara, bem o que ele me disse? Como assim o que ele me disse? Se ele não se refere ao interessantíssimo papo em que nossas línguas podem ter tido uma com a outra dentro de nossas bocas eu não sei exatamente de que papo ele está falando.
– O que ele disse Hermione? – ele me pressionara mais uma vez.
– Ele... Ele...
Do que eu tinha medo afinal? Dan estava sendo um grande amigo no momento, daqueles em que eu desconto toda a minha fúria, que não vai sair de perto ou me dizer coisas mentirosas que só os melhores amigos dizem para nos deixar melhor... Não, ele não ia rir nem nada, ia até achar alguma solução plausível. Afinal, era só um beijo, nada demoniacamente contra as leis de Merlin.
– Ele me beijou.
– Hsuahsuahsuahsuhaushaushaushaushuashuahsuahsuahsuahsuahsua... – tudo bem, retiro tudo o que eu disse.
– Mas o que foi? – eu disse envergonhada e com os braços cruzados, enquanto Dan morria de rir já com as mãos nos joelhos.
– Hsuahsuahsuahsuhaushaushaushaushuashuahsuahsuahsuahsuahsua...
– Acabou?
– Si... Hsuahsuahsuahsuhaushaus... Sim... Hsuahsuahsuahsuhaushaus... Sim...
Ele me encarara novamente ainda vermelho das risadas.
– É que você sabe... Ele te beijou... hsuahsuahsuahsuhaushaushaushaushuashuahsuahsuahsuahsuahsua...
– DAN!
– Ok, desculpa. Mas é que da última vez que eu falei com ele, ele estava tão certo que tinha esquecido você...
– É! Ele também me disse isso. – eu disse lembrando dolorosamente do dia anterior.
– Então? Não é óbvio? Tudo isso é por causa do beijo!
Eu ainda fiquei encarando ele como se ele ainda não tivesse terminado seu pensamento, porque, por enquanto, não fazia sentido nenhum. Digo, a não ser que meu beijo passe informações alienígenas através da língua... Eu ainda não entendi que mensagem exatamente ele pode ter passado.
– Sim... E o que você quer dizer é...?!
– Sabe Hermione, às vezes você é bem burrinha. Como ele teve uma recaída, ele quer voltar a se focar na Misteriosa do Pergaminho, esquecer sua recaída, ou seja... Ainda se convencer que te esqueceu. – silêncio.
– O QUE? Era só isso? Pois ele precisa melhorar e muito o modo como se expressa! Não era mais fácil me mandar uma carta dizendo: “Adeus Hermione, está tudo acabado entre nós, eu te esqueci.” ? Eu teria entendido a mensagem de imediato, sabe?
– Sei, sei... E comunicação é algo muito fácil entre vocês, não é?
Eu o olhei assassinamente. Uma vez sonserino, sempre sonserino.
– Apenas cale a boca, Daniel!
Que semana horrível! Que semana deprimente! Garotas correndo por todos os lados de Hogwarts jurando ser a tal Misteriosa do Pergaminho. Umas quinhentas vezes eu me imaginei apontando uma espingarda para elas, enquanto todos estavam vendadas, esse pensamento disputou um Grammy com o qual eu arranco os olhos cinzas do Malfoy, enquanto o obrigo a dançar a Macarena. Meu humor estava atingindo o sétimo inferno naquela semana e eu desconfiava seriamente que podia explodir um objeto só com o olhar.
– Ainda tem um jeito de tudo isso acabar rápido. – disse uma voz atrás de mim, me distraindo da minha tentativa visual de explodir a cabeça de Draco.
– Eu sei. – disse sem para mirar Harry.
Draco ainda acenava para as garotas alegremente “Na hora do almoço, ok?”. Filho da mãe.
– Mas não importa o quanto eu olhe, a cabeça dele não explode, é inacreditável. – Harry rira.
– Hermione... Conta pra ele. – eu o encarei com um sorriso sarcástico no rosto.– Tudo bem. Mas é um jeito rápido e simples de acabar com essa pesquisa de uma vez.
– Explodir a cabeça dele me parece muito mais atraente.
– Pára Hermione, quando foi que você se tornou tão medrosa? – disse Harry já estressado.
Eu o encarei tentando não prestar atenção em como aquelas esmeraldas ficavam doentiamente mais atraentes quando com raiva.
– Medrosa? Eu não sei! Talvez tenha sido depois de passar por um ano marcado de decepções. Desculpa Harry, mas a minha história amorosa não vem sendo marcada por episódios muito românticos.
– Lógico você nunca sabe o que quer da vida!
– Eu não sei o que eu quero? Eu queria você e você quis a Gina! E agora quem eu devia não querer está super determinado a me esquecer! Está fissurado em alguém que ele nem sabe quem é... É engraçado como os homens da minha vida têm uma terrível queda por pagar paixão precipitadamente.
– Pode ser, mas quando reconhecemos o erro você nunca volta atrás! Sempre vai pelo seu orgulho idiota!
– O que? O meu orgulho idiota? A culpa não é minha se vocês só sabem tomar a decisão certa depois de todas as erradas!
– Então é isso? Vai ser amargurada pelo resto da vida?
– É. Não seria tão ruim.
– Hermione!
– Isso dá dinheiro, sabia? Eu podia virar uma dessas celebridades bem malucas, ir nesses em programas de televisão trouxa...
– Você é incrível! Sempre se esconde atrás de suas ironias para não ter de encarar a realidade.
– O que você sabe sobre realidade? Fica rindo de tudo o que acontece comigo como se minha vida fosse uma comédia da vida privada. Fica me incentivando a contar a verdade, quando antes dizia me amar. Pois muito bem. É incrível como todos que dizem me amar parecem me esquecer até rápido demais.
– Mas foi tudo escolha sua! Você é impossível!
– Escolha minha? Não! Escolha minha seria não ter de viver com tudo isso, não ter de ouvir tanta gente falando de amor quando nem sabem o que isso significa.
– Ah... E você sabe! Você que nunca se deixou ser amada!
– Quer saber? Cansei de você! Vai brincar de super-herói que você fica muito mais interessante “Potter”! – eu finalizara maldosamente.
É claro que se eu pudesse teria evitado toda aquela discussão, mas meu mau humor não tornava fácil a incrível ação de pedir desculpas. E ele se foi, meu melhor amigo me deu as costas com uma faca cravada no meio delas por mim. Como eu me amo às vezes. Qual é a minha missão na Terra afinal? Magoar os outros? Porque eu não sou simplesmente aspirada da face do planeta?! Ele ficaria muito mais leve e feliz, pode ter certeza.
Aí eu me pergunto: o que poderia ser pior que isso? Bem, se minha vida fosse filmada e revelada ao mundo seria realmente algo muito doloroso, mas algo parecido aconteceu... História da Magia. Eu vou parar de pensar no que seria pior pra mim, porque quando eu penso, é incrível, acontece... Não é possível, existe um Pokemón responsável por tornar realidade meus pensamentos macabros. Eu sempre amei desenhos japoneses mesmo, pelo menos os que se baseavam em seres inexistentes que precisassem salvar o mundo. Ahh... Como o assunto foi se estender tanto?
– Acho que todos leram o livro que eu mandei. “Adeus ao Orgulho”. – disse aquele fantasma irritante.
É incrível quando uma pessoa é terrivelmente irritante e maldosa enquanto viva que até depois de morta sua presença é tão forte a ponto de não deixar o mundo dos vivos. Ahh... Isso é que é ser uma pessoa teimosa! Alguém que teima até com a morte. Eu consigo imaginar a cena da morte tentando levar Draco:
*****Em um futuro não muito distante*****
(Bastante próximo se depender de mim):
– Ah senhor... – diz a Morte, confirmando algo num pergaminho estendido. – Draco Malfoy.
– Sou eu sim. – diz Draco com um sorriso de canto.
– Muito bem senhor Malfoy, está na hora de vir comigo.
– Como assim? Acho que não entendi. – diz Draco levantando uma sobrancelha em deboche.
– Quero dizer que sua hora chegou, bateu as botas, foi para a luz, você partiu, passou para o outro lado, foi para um mundo melhor... Morreu.
– Não, acho que isso é um engano. – diz Draco indiferente.
– Eu nunca me engano.
– Como você é prepotente, todos se enganam.
– Bem eu não. Eu sou muito eficaz no meu trabalho.
– Ahh... É mesmo?
– Grr... Por que diabos diz que é um engano? Seu nome está aqui! Em todas as letras divinas e agora você tem que vir comigo.
– O que? Você está me intimando a ir com você? –disse rindo desdenhosamente.
– Isso mesmo!
– Você faz idéia de com quem está falando? Eu sou o principal herdeiro da família Malfoy, uma das últimas famílias de sangue-puro restantes... Não, você não vai levar a minha alma assim tão facilmente, você nem sequer marcou hora para isso. Pra falar a verdade não estava nos meus planos morrer hoje.
– Não é você quem decide isso senhor Malfoy.
– É claro que é! A vida é minha e o tempo é meu, faço deles o que eu quiser...
– Não... Não é assim...
– E afinal de que família você é?
– Bem, eu...
– Trabalha pra quem? Por que afinal é muito fácil se vestir de preto e dizer que trabalha pro Todo-Poderoso, não é? Não, eu quero um certificado, uma credencial... Cadê seu diploma de morte? Pendurado em alguma nuvem é?
– Senhor Malfoy, eu não tenho tempo para...
– Por que não? Vai buscar o Papa? Você não tem vergonha, não? Ficar indo buscar as pessoas desse jeito, eu hein... O que é isso? Uma ditadura? Ah não, você vai precisar de bons argumentos pra me convencer a ir com você...
– A vida é assim senhor Malfoy...
– Vida? O que você sabe sobre a vida? Você é a Morte! Ou pelo menos diz ser... Olha, enquanto você pensa em uma desculpa melhor eu vou dar uma saída, tenho um encontro hoje à noite, e ela não ia gostar de ouvir que a deixei esperando por outra dama, não é? E não pegaria muito bem se eu dissesse que era a Morte também... Ok? Tchau.
*****Voltando do futuro não muito distante*****
(E até próximo demais no que depender de mim)
É. Seria algo assim...
Voltando para a aula de História da Magia, ao fabuloso livro Adeus ao Orgulho. Eu li esse livro e é muito desagradável se me permite dizer. No início eu gostei, pois parecia espelhar uma vida não muito diferente da minha se é que me entende?!... Mas logo me decepcionei com um final tão bobo de Felizes Para Sempre. Quero dizer... Ele torna a vida dela um inferno em longos 56 capítulos e do nada: Felizes Para Sempre? Como assim? Mataram a autora do livro antes dela terminar e fizeram um capítulo qualquer totalmente absurdo? Aff... Logo eu senti alguém atrás de mim mexer irritantemente no meu cabelo.
– O que foi? – eu perguntei agressiva para Dan, que para variar estava lindo.
– Não vai se sentar com o seu namorado? – perguntou ele com um sorriso debochado.
– Acho que ele não sentiu muito a minha falta hoje. – eu disse me virando pro próprio que mantinha uma conversa animada com Pansy, não consegui disfarçar meu nojo.
– E o Potter?
– Brigamos. – disse olhando pro próprio, que estava sentado com Ron. Dan me olhara numa fingida compreensão.
– Tudo bem, eu sento com você. – ele disse se sentando ao meu lado animadamente.
– Oh! Muito obrigado. – eu disse irônica.
– Srta. Granger. Poderia me dizer por favor do que se trata o livro? – falou aquele fantasma.
Estava demorando, esses professores tem uma queda por mim, não é possível!
– Oh sim professor... – disse me virando novamente para aula, Dan rira baixo ao meu lado.
Pude ver Draco um pouco inquieto ao me notar, ou notar Dan comigo, não sei... Por favor vamos nos focar no fantasma, ok?
– A história é sobre duas pessoas que se odeiam professor, e que não conseguem acreditar uma na outra.
Logo um som meio debochado veio da esquerda e eu já tinha a ligeira impressão de saber da onde vinha. Revirei os olhos.
– Oh, o senhor discorda Sr. Malfoy? – perguntara o fantasma. Que pergunta idiota. É lógico que ele discordava...
– Não, não é nada.
– É que pareceu que o senhor mantinha uma opinião contrária a da Srta. Granger, quer compartilhá-la conosco?
Draco pareceu meditar até que se sentara melhor na carteira.
– A história não é sobre duas pessoas que se odeiam, e sim sobre uma garota orgulhosa, o próprio título já diz.
– Não, o título fala sobre o orgulho dos dois, não apenas do dela. E é por causa desse orgulho que eles não conseguem confiar um no outro. – eu debatera.
Como assim? Como alguém pode ler um livro tão esclarecedor com Adeus ao Orgulho e entender tudo errado? Draco dera um sorrisinho irônico que mostrava toda sua discórdia.
– Ow ow ow... – disse aquele morto alegremente. – Vejo que temos um animado debate aqui.
– Exato, o título fala do adeus a esse orgulho, do que deve ser feito. E a única que não consegue agir certo, ou seja, dar adeus a esse orgulho, é Mariella, o que acaba por causar o sofrimento de todos no livro.
– E lá vamos nós... – disse Dan ao meu lado debochado.
– O que? Agir certo? Fala isso do homem que mentiu, humilhou e tornou a vida de Mariella um inferno? Talvez tenha mesmo sido mais difícil pra ela abrir mão de seu orgulho porque talvez “seu orgulho” tenha sido a única coisa que lhe restara.
– Mas Bartolomeu se arrependeu de tudo isso, abriu mão de seu orgulho por ela, tentou reconquistá-la.
– Oh sim, obrigando-a a ficar sobre o domínio dele...
– Roupa suja não se lava na aula... – eu ouvira Dan resmungar ao meu lado, eu preferi fingir que não estava ouvindo.
– Não, ficando ao lado dela... Forçando sim uma aproximação inevitável. Já que ela era orgulhosa demais para ouvir o que ele tinha pra dizer, para ouvir até mesmo o que ela sentia...
– Mas ela ouviu! Ela era “tão” orgulhosa que acabou acreditando em Bartolomeu. E ele mentiu pra ela.
Eu disse em tamanho deboche que muitos na sala não conseguiram prender o riso, Draco parecera momentaneamente irritado.
– Ela nem deu chances a ele de se explicar...
– Se explicar... De novo...
– Não, preferiu vingar-se... O traiu!
– Não... Ela apenas arrumou um jeito simples para escapar dele. Se levarmos em conta que ele a fez acreditar nele, de novo, para depois enganá-la, de novo, devemos crer que quem traiu foi ele. – eu finalizara com um sorriso, o fantasma observava tudo com uma incrível atenção.
– Não, ele a amava...
– Amava tanto que a esqueceu num minuto... – Dan fazia altos e sonoros sons de roncos ao meu lado. – E logo correu em busca de outra...
– Ele desistiu... Fez muito bem!
– Realmente, desistir é uma ação admirável. – eu disse em deboche. Draco se alterara.
– Olha quem fala? Você, Hermione Granger, a garota mais medrosa que eu conheço. Você e Mariella fariam uma bela dupla.
Aquilo me tirara do sério, é claro. Qual é o problema? Hoje todo mundo tirou o dia pra me chamar de medrosa? Ele ia ver a medrosa. Procurei no meu bolso minha varinha quando alguém segura meu punho.
– Se acalma... A vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena. – Dan ao meu ouvido.
– Diga isso novamente e eu enfio essa varinha goela abaixo em você. – eu resmungara. Ele rira debochado.
– Professor eu tive uma idéia. – disse Dan ao meu lado alegre, entrei em pânico.
– Não, não teve não. – eu disse.
– Tive sim...
– Não, não teve.
– Tive...
– Diga sua idéia Sr. Conl. – Ah Merlin...
– Já que Hermione e Draco gostaram tanto do livro e parecem entender dele muito bem... Por que eles não apresentam uma palestra sobre o livro na próxima aula? – NÃO! SEU VERME!
– Por que fez isso? – eu murmurara revoltada pra Dan.
– Essa discussão já estava indo longe demais, eu tive de fazer alguma coisa...
– Eu acho uma maravilhosa idéia. – disse o professor.
Eu encarei o sorriso canalha de Dan de orelha a orelha. Draco também olhava com o ódio para o amigo.
– E melhor ainda, por que vocês três não apresentam a palestra, já que se interessaram tanto pelo trabalho?
Logo o sorriso de Dan murchara derrotado. Draco olhara debochado pra ele o que me dera vontade de rir também, mas logo passara. Eu entre dois loiros e dois sonserinos... Isso não ia acabar bem...
**
Hermione é distraída por um empurrão que quase a faz jogar seu diário muro a baixo. Gina aparece sorridente ao seu lado.
– Você não vai almoçar?
– Estou sem fome... – Hermione dissera sem ânimo, guardando o diário na mochila.
– Está escrevendo sobre a incrível aula de História da Magia de segunda-feira que você se esqueceu de me contar? – disse a ruiva com o olhar severo.
– É... Exatamente. – disse Hermione respirando derrotada.
– Como eu tenho que ficar sabendo dessas coisas pelo meu irmão? E três dias depois? Eu sou sua melhor amiga.
– Eu realmente me esqueci. – dissera a castanha enquanto andavam pelos corredores de Hogwarts. – Ultimamente “esquecer” tem sido fácil pra muita gente. Draco, por exemplo, esqueceu que eu existo. – terminara a castanha olhando revoltada para a tenda de Draco no pátio de Quadribol, que abrigava um quilômetro de meninas sem nada na cabeça.
– Não foi o que Ron me disse, e apesar de eu não levar a sério muitas vírgulas que ele pronuncia, até que isso me espantou, todo aquele debate... Não tem nada a ver com o livro, tem?
A castanha não respondera e as duas se viram observando em silêncio uma garota patética proclamando toda uma história idiota de como perdera seu precioso pergaminho na Biblioteca. Draco olhara sem jeito e agradecera chamando pela próxima garota. Hermione rira baixo.
– Olha quanta gente querendo ser você.
– Elas querem ser o fetiche do Draco. Não faz muita diferença se sou eu ou a Lula Gigante.
– Ai... Quer dizer que ele disse que você e seu orgulho que atrapalham o relacionamento de vocês? – disse Gina com olhar sonhador, Hermione a olhara sem entender. – Que lindo!
– Hã?
– Na aula de História da Magia!
– Ah bem... Acho que essa foi a mensagem central sim. Mas ele convocou todos os verbos no pretérito o que quer dizer que tudo acabou.
– Hermione! Grr... Vamos conversar com esse Malfoy agora mesmo! – disse uma Gina revoltada puxando-a pela mão em direção a tenda.
– O que? Não! Me solta!
– Solta o cacete! Você precisa urgentemente de iniciativa.
– E você precisa de um treinamento de sensibilidade! ME SOLTA GINA! – a ruiva se virara para ela de forma ameaçadora.
– Eu te disse Hermione, que se você não dissesse, eu diria. E isso foi na semana passada! Vai por mim, um dia você vai perder o Malfoy de verdade. Isso tudo só estraga as coisas.
– Como pode saber dessas coisas?
– Quem pode faz, quem não pode ensina!
– O que você quer que eu diga? “Caro Nazista peço gentilmente que me devolva meu “pergaminho misterioso” do qual eu me declaro oficialmente a você...”? Ha-ha-ha... Ahh olha só... – disse Hermione, do nada atiçando o ouvido. – Ainda estou ouvindo... Ele rindo de mim. Oh não, não, engano meu... Ele está gargalhando de mim.
– Pára com isso! Aquele loiro asqueroso que você tanto odeia passou um bom tempo se declarando pra você, ignorando qualquer um desses medos idiotas, sem se importar se você riria dele, e olha que você riu! Acho que agora está na sua hora de dizer que o ama!
– Que eu o amo? Peraí! Ninguém falou nada sobre amar! Eu não me lembro de ter dito isso!
– Vocês se beijaram no coche! De novo! – Gina colocara o dedo na cara de Hermione antes que ela respondesse. – E você correspondeu Srta. Granger! De novo!
– Ahh... Estava muito calor naquele coche, eu estava desidratada, me convenceriam de qualquer coisa! – dizia Hermione atrapalhada, a ruiva a encurralara na parede.
– É mesmo? Você pensa nele?
– O que?
– Na hora de dormir, você pensa nele?
– Bem eu... – a ruiva estava começando a assustá-la, falava como se tivesse raiva da amiga.
– Sonha com ele? Imagina se ele afinal saiu com uma dessas impostoras? Arrepende-se de ter magoado ele? Voltaria atrás? Ainda escreve sobre ele? Procura por ele em todas as direções? Todo dia se pergunta por que diabos ainda não está nos braços dele? Questiona se seu orgulho merece assim tanta atenção?
– Com tantas perguntas vou precisar de um advogado.
– Pára de fugir! Do que é que você tem medo?
– Gina... – dizia Hermione tentando acalmar a amiga.
– Está jogando sua vida fora, o amor da sua vida fora... Você é uma idiota Hermione! Uma grande idiota! Você me dá raiva!
– Você estava emocionada há cinco minutos atrás, você se lembra?
– Não! Você me cansa! Quer saber? Faça como quiser! Você é impossível! Fica aí! Morra de medo!
E a ruiva saíra revoltada de perto da amiga sem sequer olhar para trás, deixando-a boquiaberta. A castanha teve uma pequena crise de riso nervosa.
– O que está acontecendo agora? Todo mundo ficou sensível essa semana?
A castanha se encostara revoltada na pilastra mirando Draco e sua fila de garotas... Sua cabeça trabalhava a mil por hora sem saber o que fazer. Com certeza ficar espionando ele não seria uma saída. Logo ela ouvira uma voz conhecida as suas costas, uma voz que ela evitara por três dias.
– Olá! – dissera Dan alegremente, com um tom perigoso.
– Vá embora! – dissera Hermione sem encarar o loiro.
– Ahh.. Você ainda me odeia? – a castanha suspirara, desviando finalmente o olhar da tenda de Draco.
– Não, não te odeio. Mas pensei em vinte modos diferentes para separar sua cabeça do resto do seu corpo. – o loiro sorrira.
– Que bom, já estava com saudades de você Hermione. Hey, se eu te beijar Draco vai aparecer para me tirar daqui? – dissera o loiro sorrindo perigosamente. A morena rira divertida.
– Não brinca com isso, eu sou uma criminosa. – dissera a castanha num riso.
– Céus! Eu deveria ser domador de leões! Você quase ficou humana. – dissera o loiro debochado.
Ela rira irônica e depois voltara a sua expressão triste, pensando em Gina e Harry.
– Então? Eu ganho algum prêmio se adivinhar o por quê dessa carinha?
– Nada. Só... Estou discutindo com todos por causa... Dessa maldita “Misteriosa do Pergaminho”...
– Que no caso é você. Grande redundância...
Hermione resmungara irritada encarando o sonserino, e voltando a olhar a fila de garotas.
– Hermione, quando é que você vai contar?
– Um dia... Em breve... – disse Hermione, não muito confiante e com os braços cruzados.
– Tic-tac tic-tac...
– Ok, eu admito! Eu não sei como contar! Não sei se quero contar! Quero dizer... Eu gosto dele, mas... Ele é tão irritante. – dissera a castanha frisando a última parte. – Olha que ridículo... Ainda não percebeu que ela não quer ser encontrada?
– Não quer? – Hermione ficara desconcertada. – Precisa contar logo a ele, ou fazer... Não sei. Alguma outra coisa. Mas alguma coisa tem que ser feita Hermione.
– Alguma outra coisa é legal, eu adoro o alguma outra coisa.
– Hermione...
– Amanhã! Amanhã eu digo!
– Ah claro, você com certeza vai ter uma daquelas gripes convenientes que só dão em fracassados. Vai passar sua vida toda se culpando pela burrada que fez, não vai conseguir se concentrar nos estudos, não vai passar pra nenhuma faculdade bruxa e acabará vendendo cachorro-quente numa barraquinha trouxa. Aí você vai conhecer um cara barrigudo que pensa que tem 15 anos, na verdade ele vai ser mecânico, ele vai te chamar pra sair e...
– Ok... Tá bom! Já estou suficientemente apavorada! – ele sorrira vitorioso.
– Se prestar atenção posso lhe ensinar algumas coisas.
– Poderia me ensinar, por exemplo, como me livrar disso que estou sentindo?... Pra falar a verdade a cada dia que passa me dá menos vontade de contar a verdade pra ele. Ele não merece que eu goste dele... Tudo o que ele fez e está fazendo comigo...
– Você é muito engraçada Hermione! – dissera Dan ficando estressado. Hermione levantara uma sobrancelha sem entender.
– Sou?
– É, é sim. O que você esperava? Quero dizer... Tudo bem que Draco nunca foi um cavalheiro com você, mas no fundo você sempre teve certeza que ele gostava de você e mesmo assim não se preocupou em não pisar nele.
– Ele também pisou em mim!
– Mas se arrependeu... Quero dizer... Eu não quero brigar com você, você é minha amiga e é bem gata... – ele dizia cada vez mais nervoso, passando a mão no cabelo e mantendo uma cara revoltada. Uma “linda” cara revoltada.
– Então não brigue!
– Mas você pede por isso! Eu sei que você não faz por mal, que você é praticamente “controlada” por todo esse seu orgulho, mas... Você já assistiu “No Amor e Na Guerra”?
– Não!
– Pois devia! Você é impossível Hermione!
– Sabe estou começando a acreditar! Tenho ouvido muito isso ultimamente! – disse Hermione também revoltada, bufando de ódio.
– Eu sei que é difícil! Mas custa arriscar uma única vez?
– Eu já arrisquei uma vez Dan, e ele foi embora, deixando claro que não queria nem ao menos ser meu amigo. Você não sabe do que está falando. – dissera Hermione séria.
– Está vendo? Você não esquece as coisas! Você não sabe perdoar!
– Eu perdoei, mas ele mentiu! Você estava ou não estava naquela sala de aula na segunda?
– O fato de todos os seus amigos estarem te dizendo para fazer a mesma coisa, não significa nada pra você? Você não abaixa a cabeça por nada, não é?
– Você estava a poucos dias me dizendo pra nunca abaixar a cabeça, lembra?
– Pros outros Hermione... Mas às vezes é hora de abaixar a guarda e fazer algo de útil!
– Mas...
– Mas não! Como você resolveu tudo? Beijando outro! Realmente Hermione... Você é de uma inteligência... Sabe... Estou desapontado. Eu esperava um chute melhor da sua parte! – disse Dan mantendo seu tom grosso numa pequena ironia e indo embora também, deixando novamente Hermione de boca aberta. A castanha olhara pros lados revoltada.
Draco andava tenso de um lado para o outro na neve a alguns metros da tenda no campo de Quadribol, onde deixara Roger em seu lugar anotando as respostas das garotas. Não agüentava mais aquelas meninas tolas fingindo inutilmente terem escrito o pergaminho. Era óbvio demais, ninguém continha a simplicidade e o sentimento daquela garota. Ninguém. “Hermione estava certa...” concluíra Draco chutando com raiva a neve a sua frente. “Ela não queria ser achada... Não por ele. Ela não o queria...”.
Sentara num degrau das arquibancadas com a cabeça abaixada deixando as madeixas loiras caírem pra frente. O que fazer... Pensara em Hermione, aquela castanha irritante que o magoara tanto, nem sabia ao certo porque ainda a mantinha presa na aposta. Não tinha forças nem idéias de como se vingar dela, do que ela lhe fizera, apesar de vontade não lhe faltar... Não, beijar o Potter fora demais, seu maior inimigo, ele podia ser um babaca com ela às vezes, mas nunca a traíra... Fora fiel todo o momento. Tudo bem que mentira pra ela, mas fora necessário. Como falar pra ela que era herdeiro de Voldemort e que teria de matar seu melhor amigo?
Não interessava agora, a cena em que ela beijava o Potter não lhe saía da cabeça, ele... Draco era o único, o único que podia tê-la. E agora aquele idiota conseguira... O Santo-Potter! Tinha ódio dele, mais ainda dela... Por humilhá-lo... Pelo menos não a deixaria livre pra correr pros braços dele, ah não deixaria.
– Draco! – cumprimentara Luke vindo ao seu encontro com um sorriso no rosto. Draco sorrira de volta, tentando esquecer a castanha. – Que cara é essa? As garotas... O intervalo já vai acabar, sabe?
– Não adianta... Estamos nessa há três dias... Não é nenhuma delas. Ela não quer ser achada.
– Pára com isso cara! Não desista! Lute pelo amor! Pela vida! Vingue sua alma, amigo! – dissera Luke sonhador.
– Hey não fala essas coisas para mim. As pessoas podem ouvir.– dissera Draco irritado.
– Ah ok, desculpa... Me empolguei.
– E o pior... É que...
– O que? – pressionara o amigo ao seu lado.
– Granger!
– Ahh...
– Tem alguma coisa nela... Desde o dia do coche eu tenho evitado ela. Mas é mais pra me proteger de mim mesmo. Tem alguma coisa nela que me puxa. Não consigo me livrar dela... Sinto como se fosse cometer um grande erro... Por isso eu inventei essa de vingança. Quero dizer... Eu não faço a menor idéia do que fazer com ela, de tão grave assim... Por mim eu a ignoraria pra sempre, ainda mais agora que quero achar a Misteriosa do Pergaminho. Mas não consigo terminar com ela. Parece que se eu fizer isso... Não tem volta.
– Mas cara... Essa semana vocês mal se viram, se focou apenas na Misteriosa... Termina logo com ela, esquece a Granger. Vocês nunca dariam certo mesmo, você sabe... Ela é sangue-sujo.
Draco se incomodara com as palavras do amigo, mas mesmo assim não dissera nada, no fundo ele tinha a pura razão.
– E afinal... O Dan é doido por ela, e eles andam bastante juntos. Não tem porque ainda investir nisso...
– Ela está com o Dan? – pergunta Draco com o cenho franzindo sem prestar atenção numa fumigação na boca do estômago.
– Não, porque ela está com você... Oficialmente. Mas isso te incomodaria? – Draco parecera pensativo por um momento.
– Não, claro que não.
– Ah vejam... Falando na diaba!
Draco olhara para onde o amigo indicara e reconhecera Hermione no fim da fila de meninas.
– O que? – dissera Draco pra si mesmo, indo às pressas para o meio do campo de Quadribol.
Hermione lutava contra a própria razão para permanecer naquela fila idiota. Contorcia-se de nervoso, ao ver que ainda tinha muitas na sua frente e que com certeza acabaria por matar uma aula pra fazer aquela loucura.
– Não tem outro jeito Hermione! – dizia a castanha baixo para si mesma. – Mantenha-se no lugar, não tem outro jeito. Afinal, você não vai lucrar com a morte da criatividade.
– O que está fazendo aqui? – dissera um Draco, que aparecera divido entre a curiosidade e o estresse, de braços cruzados para a castanha.
Só usava a camisa branca do colégio dobrada até os cotovelos sem se importar com o frio e uma gravata frouxa. Seu rosto estava liso e os lábios firmes pelo vento gelado. Hermione tentara manter a pose.
– Eu adoro filas. – dissera ela rindo de si mesma.
Draco olhara para os lados, tentando somar um mais um, mas no fim não chegando a nenhuma conclusão. Decidira por se virar pra Hermione novamente agora um pouco mais estressado.
– Sério o que está fazendo aqui?
– Draco! – do nada uma garota de cabelos escuros, voz e olhar infantis aparecera se jogando no pescoço de Draco. Esse parecera meio constrangido. – Eu sei que você não vai se enganar comigo, ai graças a Merlin meu pergaminho fora cair em suas mãos!
– Ah oi Diana... Por que não me espera lá perto das suas amigas que depois eu falo com você? Hein?
– Oh como quiser Draco. – dissera ela beijando arduamente o rosto do sonserino e saindo aos tropeços de perto dos dois.
– Não diga nada. – disse Draco rabugento.
– Então essa é a Misteriosa de Pergaminho? – Perguntara Hermione prendendo o riso.
– É a que tem mais chances de ser, por enquanto. – dissera ele estressado, ela prendera mais o riso o que resultou num pequeno ataque de riso.
Draco se estressara, mas ao mesmo tempo se lembrara de como era gostosa a gargalhada dela. Se concentrara na briga pra esquecer tal pensamento.
– O que foi agora? Pare de rir!
– Não, é que... Hsuahsuahsuahsuhaushaus... O que foi? A mulher barbada já tinha compromisso pra essa noite?
– Shiii... Ela vai ouvir...
– Com aquelas orelhas aposto que vai!
– Por que não me diz logo o que está fazendo aqui? – perguntara Draco vermelho, enquanto Hermione ainda voltava do seu ataque de riso.
– Eu só queria ver como anda seu progresso nessa história. Afinal, você é meu namorado. Eu me preocupo com você. – dissera ela irônica voltando a rir.
– Ha-há, muito engraçado. Você não tem aula agora?
– Tenho sim. Já vou indo. – dissera a castanha indo em direção ao castelo. – Ah Draco, reunião hoje à noite.
– Quem convoca reuniões sou eu.
– Essa não. Temos um trabalho para entregar amanhã. Caso tenha se esquecido.
A castanha olhara novamente em deboche para a fila de garotas.
– Eu realmente te desejo toda a sorte do mundo nessa busca Draco... Hsuahsuahsuahsuhaushaus...
– Apenas some daqui, ok?
Continua...
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