Encontro com o Passado
Assim que teve a oportunidade, Harry muito nervoso e envergonhado pediu para que Juliah o acompanhasse ao baile e a menina aceitou imediatamente. Cada vez mais eles descobriam coisas em comum e cada vez mais eles ficavam mais unidos.
Todos no castelo só falavam sobre o baile, até parecia que haviam esquecido o incidente com a Juliah e o Draco. Colin Creevy havia convidado Gina, e Rony com o apoio de Harry havia convidado Cho Chang que aceitou muito feliz. Somente Hermione não tinha par e parecia que não dava muita importância a isso.
- Juliah! Juliah!- gritou Hermione- eu preciso muito falar com você! Oi Harry! Que bom que você está aqui!
- Oi Mione! Que aconteceu?
- Eu tive uma idéia! Juliah você disse que não sabia qual era o poder do seu talismã, não é?
- Sim eu pesquisei sobre ele, mas nunca encontrei nada...
- Bem... eu também andei pesquisando e achei um livro que diz que alguns talismãs podem, digamos assim, aumentar o poder de uma pessoa e muitos deles são uma espécie de brasão das famílias de bruxos.
- É eu acho que já li alguma coisa a respeito, mas aqui em Hogwarts eu já procurei em quase todos os livros e não encontrei nenhum, nem parecido.
- Bom... você não procurou na seção restrita, procurou?
- Não! E como iria lá é proibido sem a autorização de um professor e a noite geralmente o Filch tá de olho!
- Mas tem algumas coisas que o Filch não pode ver, não é Harry?
- Claro Mione, eu não sei como não pensei antes, então a noite a gente se encontra?
- Depois que todos forem deitar, a gente sai do nosso dormitório e vai buscar a Juliah na porta que leva as masmorras, o que você acha?- perguntou Mione.
- Por mim tudo bem!- respondeu Harry.
- Eu não estou entendendo nada!- exclamou Juliah.
- Pode deixar que eu explico!- disse Harry e ele lhe contou sobre a capa da invisibilidade de seu pai e como eles a usaram no primeiro ano para procurar na seção restrita um livro sobre Nicolau Flamel.
- Então tá tudo certo?- perguntou Hermione depois das explicações de Harry.
- Claro!- disseram os outros dois.
Um pouco antes da meia-noite quando o dormitório da Grifinória estava vazio, Harry e Hermione saíram pelo quadro da mulher gorda, colocaram a capa da invisibilidade e foram para as masmorras. Juliah iria esperar atrás de uma armadura bem próxima a entrada.
Eles chegaram e encontraram a menina, descobriram a cabeça para que ela os visse, então Juliah soltou um grito de susto, pois parecia que a cabeça dos dois estava flutuando. Harry a cobriu com a capa enquanto Hermione tampou sua boca. Segundos depois apareceu o zelador Filch e sua gata Madame Nor-r-ra, procurando quem estava ali, mas não encontrando ninguém ele foi embora. E os três subiram para a biblioteca.
- Desculpem, mas é que eu me assustei.- disse Juliah quando eles chegaram.
- Bom... vamos começar a procurar alguma coisa!- disse Hermione, e eles andaram entre as prateleiras lendo todos os títulos depois de alguns minutos e uma pilha de livros Hermione disse:
- Acho que é o suficiente, aí deve haver algo sobre seu talismã! Agora só temos que procurar um lugar para lê-los e depois trazê-los de volta antes que amanheça.
- Eu sei aonde nós podemos ir!- disse Harry colocando novamente a capa da invisibilidade, segurando os livros e se dirigindo junto com as meninas para a torre de astronomia.
- Eu sempre costumava vir aqui quando estava chateada.- comentou Juliah.
- Eu também!- disse Harry.
Eles saíram de baixo da capa sentaram-se em circulo com um lampião no centro e começaram a folhear os livros.
- Juliah, você se importa de me emprestar o seu talismã por um momento?- pediu Hermione.
- Bem...- Juliah olhou para ela e para Harry- acho que não tem problema.- e Juliah tirou o colar e entregou a Hermione, por um instante ela sentiu uma dor imensa no peito, viu a sala rodar e então ficou inconsciente.
Quando Juliah abriu os olhos, não estava mais na sala de astronomia. O lugar onde estava era velho e muito empoeirado, tinha alguns móveis tampados por lençóis, não era iluminado a não ser por um pequeno lampião que estava perto dela. Juliah levantou-se de sobressalto e viu um homem sentado em uma bela poltrona que não parecia fazer parte do lugar.
O homem estava coberto por uma capa preta, quando viu Juliah de pé, levantou-se lentamente e caminhou até a menina- que ofegava forte, mas não se moveu- parando a pouco centímetros da garota e retirou o capuz, Juliah não gritou, ela já tinha visto aquele rosto nos seus sonhos.
O homem magro, branco, com olhos vermelho com pupila de gato e nariz chato com fendas de cobra não parecia nenhum pouco humano. Ele olhou para Juliah e soltou uma gargalhada fria. A menina apenas o encarou de volta ainda um pouco aturdida pelo desmaio, achando que tinha batido a cabeça e estava tendo uma alucinação.
- Não!- disse o homem com uma voz aguda e fria- isso não é uma alucinação- comentou ele como se tivesse lido os pensamentos da menina- eu trouxe sua consciência até aqui. Você não se lembra de mim? Me diga, você nunca viu meu rosto antes, talvez em sonhos?
- Eu... quem é você?
- Ora!- disse o homem exaltado- eu sou seu dono, seu pai, você me pertence. Eu sou o grande Lord das Trevas!
- Voldemort?!
- Sim. Eu venho te procurando desde que consegui meu corpo de volta, eu não sei o que fizeram, mas algum feitiço bloqueava as minhas tentativas de localizá-la. Enfim hoje algo aconteceu e eu consegui encontrá-la, apartei aqui e a trouxe para me ver. Está na hora de você me provar que valeu a pena te deixar viver!
- Eu não acredito!- berrou Juliah.
- Menina... vai me dizer que nunca teve, digamos, amigos diferentes como répteis rastejadores, cobras peçonhentas, meus amiguinhos preferidos. Você consegue falar com elas, não? Você é obviamente da Sonserina, Juliah Settlers, eu não acredito que aqueles retardados deram seu nome a minha herdeira, mas eles irão pagar no devido tempo, agora é obvio que você fica com raiva de uma maneira muito especial, você tem poderes inexplicáveis, foi por isso que eu escolhi sua mãe para me dar um herdeiro, mas ela me deu uma menina!
- Onde está minha mãe?
- hahahahahaha!- riu novamente Lord Voldemort- se você for boazinha e fizer tudo que eu pedir eu te levo pra junto dela como um presente, o que você acha?
- O que você quer que eu faça?
- que você me traga Harry Potter!
- Nunca!
- Como ousas desafiar o maior de todos os bruxos! Sabe eu deveria lhe castigar! Vejamos..... crucio!- Voldemort apontou a varinha para menina e lhe lançou a maldição.
Juliah não gritou, apesar da dor alucinante que sentiu, nem tampouco fraquejou. Sentia todas as partes do seu corpo doendo, mas não daria a oportunidade daquele homem lhe vencer. Após alguns minutos quando já era difícil resistir, a dor foi diminuindo e Juliah pode ouvir a risada de Lord Voldemort. Ele começou a bater palmas e disse:
- Parabéns! Você realmente é muito forte, talvez tenha sido bom te deixar viva! Agora mudou de idéia?
- Sabe se você é tão poderoso porque não pega o Harry sozinho?
- Resposta errada!
E novamente o Lord das Trevas lançou o maldição cruciatus na garota e novamente mas com muito mais esforço ela resistiu.
- Estou perdendo a paciência que eu não tenho, sabe eu poderia dominá-la com a maldição impérius mas será muito mais divertido se você fizer isso por “vontade própria”, então se você colaborar seria muito mais fácil e menos dolorido. Então...
- Vai se ferrar!
Agora Juliah não conseguiu resistir, caiu com um baque no chão, cada parte do seu corpo doía e estava difícil de respirar, ela achou que iria morrer e esse pensamento lhe deu muito, mas muito medo. Ela queria continuar vivendo, ela não queria morrer, mas ela não estava conseguindo mais. Então assim como começou, a dor parou, e Voldemort a encarou com seus olhos vermelhos.
- Sabe se você não fizer essa tarefa, você não servirá de nada para mim então terei de matá-la!
- Não!- gritou Juliah ainda com dor, mas com muito mais medo- eu... trarei... o ... Harry- ela falou com a voz engasgada- mas eu quero ver minha mãe.
- o Lord das Trevas sempre recompensa quem lhe é fiel. Pelo que eu soube haverá um baile em Hogwarts não é mesmo?
Juliah afirmou com a cabeça.
- nesse dia todos estarão muito ocupados e distraídos é nesse dia que eu quero que você me entregue o Potter. Você sabe da passagem secreta sob o salgueiro lutador?
- Sim.
- Então mandarei alguém esperar na casa dos gritos e muito cuidado para não falhar, eu não perdoarei outra traição! Agora é melhor você voltar! Hahahahahahaha!
*
Harry estava abraçado em Juliah, ele e Hermione tentavam acordar a menina, já fazia muito tempo que ela estava inconsciente.
- Harry, vamos chamar alguém, sabe Sirius não iria nos prejudicar e ela realmente precisa de ajuda.
- tá Mione! Acho que você tem razão, vá chamar Sirius que eu fico com ela!
Hermione saiu rápido cuidando para não fazer barulho. Ela foi até os aposentos de Sirius e bateu na porta.
- Hermione! O que você faz aqui, a esta hora? Aconteceu algo com o Harry?
- Não professor! É Juliah- disse Hermione ofegante- ela passou mal, está desmaiada e nós não conseguimos acordá-la!
- Onde ela está?
- Na sala de astronomia!
- Vamos, mas depois vocês terão de me explicar o que estavam fazendo lá.
Os dois foram o mais depressa possível para a torre de astronomia. Chegando lá, Harry ainda estava sentado com a cabeça de Juliah em seu colo. Sirius se aproximou pegou sua varinha, colocou-a no peito de Juliah e gritou “enevarte”, nada aconteceu, então ele perguntou o que ocorreu. Hermione contou que havia pedido o colar, ela havia tirado e sem mais nem menos caíra desmaiada. Sirius pediu para ver o talismã.
- Hum... feitiço de proteção, forte muito forte- disse Sirius olhando o objeto- quem deu esse colar a ela?
- Foi a verdadeira mãe.- respondeu Harry.
Nesse momento Juliah abriu os olhos um pouco assustada. Harry suspirou aliviado, Sirius pegou a menina nos braços, mandou Harry e Hermione voltarem aos dormitórios e levou a menina para a enfermaria.
- Não precisa professor eu estou bem!- dizia ela.
- Não custa a Madame Pomfrey dar uma boa examinada em você.
- É que... bem... nós não deveríamos estar fora dos dormitórios...
- Vocês ainda terão de explicar tudo, por enquanto deixa que eu resolvo isso.
Harry e Hermione ainda levaram os livros de volta, antes de ir para o salão comunal. Estavam assustados com o que acontecera e com o que Sirius faria, mas não quiseram contrariar a ordem do professor. Ao entrarem no salão da Grifinória encontraram Rony parado a espera deles, quase dormindo no sofá.
Ele perguntou aonde eles estavam e os dois contaram tudo o que se passou, apesar de chateado Rony não brigou, apenas sugeriu que fossem dormir e foi o que eles fizeram.
Sirius, carregando Juliah, chegou na enfermaria e chamou Madame Pomfrey. A enfermeira apareceu perguntando preocupadíssima o que eles estavam fazendo ali. Sirius disse que Juliah havia passado mal a noite e foi procurá-lo porque achou que tivesse alguma coisa a ver com seus poderes e como ele era seu professor ela achou que ele poderia ajudar, mas quando ela chegou na sala dele ela desmaiou.
Madame Pomfrey não desconfiou da tremenda mentira que o professor contou, apenas perguntou porque Juliah não havia procurado o diretor de sua casa, afinal não era certo andar sozinha no castelo a noite ainda mais não se sentindo bem. A enfermeira examinou a menina lhe deu um remédio que tinha uma cor rosa-choque e um gosto de bala de framboesa e disse que se ela estivesse boa iria embora pela manhã, mas que ela iria avisar a professora McGonagall sobre o que aconteceu. Sirius concordou com a cabeça, se aproximou de Juliah, lhe devolveu o talismã e saiu.
Harry estava deitado, mas não conseguia dormir. Ele precisava ver Juliah, saber como ela estava, então pegou sua capa da invisibilidade e saiu em direção a enfermaria.
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