Revelações
- Nossa é inacreditável!- exclamou Juliah
- O que? – perguntou Harry
- Eu estou sendo acompanhada pelo famoso Harry Potter.
- É famoso...
- Parece que você não gosta disso. Bom... nós nunca fomos devidamente apresentados. Meu nome é Juliah Settlers, eu estou no quinto ano e sou da Sonserina.
- (Harry sorriu e apertou a mão que ela lhe estendeu) e eu sou Harry Potter, estou no sexto ano e sou da Grifinória.
- Muito prazer Sr. Potter.
- Me chame de Harry. Muito prazer...
- Me chame de July.
- Muito prazer July!
Os dois sorriram e resolveram se sentar na escadaria do saguão de entrada.
- Então...-começou Harry- como você ficou amiga daquele traste do Malfoy?
- Para começar ele não é um traste! Eu sei que ele não é a pessoa mais gentil do mundo e que ele é muito metido, mas para mim ele sempre foi legal desde que eu entrei em Hogwarts. Na realidade eu não tenho muitos amigos e sempre que precisei de alguém pude contar com o Draco ou com o Hagrid.
- Eu adoro o Hagrid ele é uma excelente pessoa, foi a primeira pessoa de Hogwarts que eu conheci e desde o princípio me tratou como um amigo.
- Você não conhecia ninguém do mundo bruxo?
- Não!
- Nossa aqui toda criança cresceu já sabendo seu nome e o que “você” fez.
- É mas eu fui criado pelo meus tios e eles não gostam de magia...
E Harry contou a Juliah o quanto ele sofreu na casa dos Dursley, com seus tios Válter e Petúnia e com seu primo Duda. Dormindo dentro do armário sob a escada, contou que nunca teve amigos até entrar em Hogwarts e que não sabia que era bruxo, nem que seu pais também eram e que a melhor coisa que lhe aconteceu foi entrar para a escola de magia apesar de todos os seus anos terem sido bastante turbulento.
- Eu lembro que no meu primeiro ano- interrompeu Juliah- todos achavam que você era o herdeiro de Slytherin, tinha aquela história da câmara secreta, mas eu sabia que não era você!
- Como?- assustou-se Harry.
- Bem... você lembra do clube de duelos?
- Claro.
- Bom naquele dia que você enfrentou o Draco e apareceu uma cobra e você começou a falar com ela eu entendi o que você falou, sabia que você pediu para ela se afastar daquele garoto.
- Então você também é uma ofidioglota?
- Sim. Eu adoro cobras, como eu não tinha amigos eu ia para o jardim de minha casa e ficava conversando com uma cobra que lá vivia. Um dia minha mãe viu e falou pro meu pai, os dois me fizeram jurar que eu nunca contaria para ninguém que eu podia falar com cobras, mas tarde eu entendi porque e bem... só quebrei a promessa agora.
- Eu não fazia idéia de que existia mais alguém em Hogwarts capaz de falar com cobras!- exclamou Harry.
- É Harry, você é especial ,mas nem tanto!- disse Juliah num tom sério.
Harry ficou vermelho de vergonha enquanto Juliah ria.
- Eu estava só brincando Harry, não era para você ficar assim, se você quer saber você é muito especial, não é fácil passar por tudo que você passou.- Juliah o olhou com uma expressão de ternura e Harry ficou ainda mais vermelho.
- Bom... você já sabe muita coisa sobre mim e eu ainda não sei nada sobre você. Como é sua família?
- É... minha família...- alguma coisa em Harry fazia Juliah querer se abrir, contar seus segredos e suas angustias- minha família não é minha família!- Harry a olhou com uma cara de quem não entende nada- bem... eu fui adotada pelos Settlers, minha mãe me abandonou com um bilhete, um diário que eu não consigo abrir e com esse talismã que eu não sei para que serve. –Juliah apontou para uma grande pedra azul que estava pendurada em seu pescoço por uma linda corrente de ouro- então a Lola e o Henri, meus pais adotivos, me criaram como filha, me deram de tudo, mas eu sinto que eles tem... sei lá... medo de mim...
- Porque?
- Acho que é pelo fato de eu ser capaz de falar com cobras, de quando eu estar zangada eu consegui explodir coisas sem usar a varinha e pelo fato deles não saberem quem são meus pais verdadeiros...sabe eu poderia ser filha de algum bruxo das trevas!
- Eu não acho!- disse Harry- Uma vez eu fiz a minha tia inchar como um balão quando eu estava zangado e isso não me tornou um louco assassino, adorador das artes das trevas, não é?- comentou Harry tentando alegrar a menina- só queria perguntar uma coisa: esse talismã você sabe o que significa?
- Não. Também já fiz de tudo para abrir o diário e não consegui. Na realidade as únicas informações que eu tenho são as do bilhete de minha mãe. Nele dizia que ela não tinha como ficar comigo, pedia para que eles me cuidassem, falava que meu nome era Juliah, pedia para eles nunca tirarem meu talismã e... Ah! Dizia que eu tinha nascido no dia 31 de julho daquele ano, portanto eu tinha uns 3 meses.
- Eu não acredito...
- No que, eu juro que falei a verdade, para que eu iria inventar uma história dessas?
- Não, não é isso... é que você nasceu no mesmo dia que eu, só que um ano depois.
- É sério?
- É.
- Pelo visto nós temos mais coisas em comum do que eu imaginava... Harry! Agora eu tenho uma pergunta para lhe fazer: o que você achou do talismã que eu lhe mandei?
- Ah! Foi você? Para que serve?
- Bom ele dará proteção a você enquanto estiver na vassoura, ou seja, quando você jogar quadribol. Ele acende quando tem algum balaço por perto. Bem... o que você achou?
- Eu adorei, só não coloquei porque minha amiga Hermione disse que era melhor saber para que servia primeiro... eu tinha me esquecido! Tenho que voltar para a cabana de Hagrid!
- Ah! Tudo bem!
- Você não quer ir comigo?
- Eu não quero incomodar você e seus amigos.
- Ah! Deixa de bobagens, aliás... porque você e o Hagrid não vieram almoçar?
- Bem... na realidade era porque eu não queria encontrar você!
- Eu realmente não te entendo, mas parece que não adiantou muito!
- Não, mas esse natal foi muito melhor do que eu esperava.
- Acredite você ainda não viu nada!
Harry estava puxando Juliah para fora do castelo, que ria enquanto era praticamente arrastada pelo garoto. Com certeza os dois haviam ganhado um presente de natal fantástico.
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