Eu quero lutar… Eu vou lutar
Capitulo 44 – Eu quero lutar… Eu vou lutar
–Professor?! –perguntou Harry, assombrado. –Do que diabos o senhor está falando?! Eu só posso estar morto! Como mais eu estaria aqui?
–Harry, quando acordou aqui, qual foi sua primeira pergunta? –questionou-lhe Dumbleodore.
–Que lugar era esse. –respondeu Harry, prontamente.
Dumbleodore sorriu.
–Você gostaria que eu lhe respondesse essa pergunta? –ofereceu-se Dumbleodore, quase lhe erguendo uma mão.
–Claro! –exclamou o garoto, se erguendo da cama.
–Sente-se, Harry. –pediu o ex-diretor.
Harry obedeceu e, quando encostou na cama, sentiu uma estranha sensação, quase como se lhe faltasse algo… Minha varinha!
De um salto o garoto se ergueu novamente, tateando seu próprio corpo a procura do instrumento mais familiar de sua vida.
–Que foi Harry? –perguntou-lhe seu pai, parecendo ligeiramente desconcertado.
–Minha varinha… –murmurou o garoto. –Eu… Não consigo encontrá-la…
Tanto Tiago, quanto Dumbleodore não puderam conter uma gostosa gargalhada, que fez com que Harry se sentisse ligeiramente desconcertado, enquanto olhava confuso para sua mãe, que sorria para ele.
–Harry… Se nesse mundo estamos mortos, de que lhe adiantaria uma varinha? –perguntou seu pai. –Não temos um corpo, portanto não há mágica em nossos seres.
Harry concordara com a lógica de seu pai, mas algo em sua cabeça dizia que não era bem daquele jeito e, esse algo, tinha um tom de voz muito parecido com o de Dumbleodore. Ele olhou para o ex-diretor, que o observava atento, com um meio sorriso nos lábios. Legilimens, se concentrou Harry, focando a mente do diretor. Era mais do que lógico, se Dumbleodore estava morto e não tinha energia mágica era claramente impossível à ele usar Oclumência… Mas se eu estou morto, não posso usar Legilimência.
Por cerca de cinco segundos Harry esperou, acreditando piamente que, como estava morto era impossível para ele ser capaz de adentrar a mente do ex-diretor. Acredito que agora você ficará ainda mais confuso, ele ouviu a voz de Dumbleodore em sua mente.
Com o susto Harry deu um passo para trás, já estava acostumado a ouvir a voz das pessoas a sua volta, com a experiência adquirira a técnica de adentrar a mente de todos a sua volta sem que eles percebessem a sua presença. Mas, desta vez, ele tinha a certeza de que falharia, afinal, ele não tinha mais energia mágica. Estou morto… Não estou?!
–C-Como? –perguntou ele, pondo uma mão em sua nuca. –Eu…
–Agora você entendeu? –perguntou Dumbleodore.
–Eu… Eu não sei… –murmurou Harry. –Se eu posso usar… Magia, então… Eu não…
–Você não está morto, Harry.
Harry percebeu que tanto seu pai quanto mãe deixaram escapar bufadas de alivio ao ouvir aquilo, mas, ainda assim, continuavam ao confusos quanto ele. Os três observavam Dumbleodore, com expressões intrigadas.
–Professor… –começou Harry, mas foi parado por um sinal de mão do mestre.
–Sabe, Harry, esse lugar é chamado de Fim dos Sonhos, –começou Dumbleodore. –É estranho pensar nisso, uma vez que todos aqui dizem que é exatamente aqui que os sonhos começam.
“Quando morrem todas as pessoas vêm para cá e, assim como você, as primeiras pessoas que encontram são aqueles que eles mais amavam em vida… As pessoas mais importantes de sua vida. Quando chegam aqui eles tem duas opções: aceitar ou não sua atual condição. Normalmente aqueles que possuíam, quando ainda vivos, medo de morrer não pode podem permanecer aqui, pois, ao terem medo de morrer, não aceitam essa condição, assim voltam ao mundo dos vivos na forma de energia espiritual condensada: fantasmas.”
–Então como é que eu vim parar aqui? –perguntou Harry, achando a cura explicação de Dumbleodore completamente inútil.
–Você perdeu a consciência de sua existência enquanto vivo. –disse Dumbleodore, curto e grosso.
–Eu… Esqueci que estava vivo? –perguntou Harry, confuso.
–Como é possível se esquecer de que se está vivo, Alvo? –perguntou Lilian, tão confusa quanto ele.
–Não é se esquecer de que se está vivo… É não percebê-lo. –resumiu Dumbleodore. –Já aconteceu com todos, quando passamos por traumas muito profundos e acabamos no limiar entre a vida e a morte.
–Então eu estou aqui por causa do ataque cardíaco? –Harry parecia ter entendido.
–Também.
Tiago, Lilian e Harry ergueram os olhos para o ex-diretor, ainda mais confusos do que antes.
–Então… –Harry pediu para que ele continuasse.
–O principal motivo para você estar aqui, –continuou Dumbleodore –Harry, eu lamento dizer é que, no momento em que seu coração atacou, sua maior vontade era a de morrer.
Harry sentiu um leve solavanco no estomago, como se a montanha russa em que estava começasse, de repente, a andar. Tentou engolir a pequena quantidade de saliva que se acumulara em sua garganta, na esperança de que sua respiração voltasse ao normal.
–Eu queria morrer… –riu-se Harry, lembrando-se dos seus últimos momentos em vida. –Realmente, eu só queria isso…
–Harry! –exclamou sua mãe, perecendo muito surpresa com a reação do garoto.
–Desculpe, mãe… –murmurou o garoto. –Mas quando se vê a garota que se ama caída ao chão por sua causa só há uma coisa que se possa querer: morrer.
–Harry? –chamou-lhe seu pai. –Você morreria por essa garota?
Harry olhou para seu pai, com um estranho sorriso, sentindo-se extremamente idiota, então olhou para sua mãe, e ela olhava-o de uma maneira esquisita.
–Eu morreria por qualquer de meus amigos, pai… –disse Harry, quase num desabafo. –Mas por ela eu me deixaria beijar por um dementador.
Nem mesmo a expressão de terror de sua mãe, que imaginava a cena fez com que o orgulho que, de repente, se estampara na face de seu pai.
–Nunca ouvi alguém tão determinado. –disse seu pai, mal separando os dentes do sorriso para falar.
–Não é determinação, pai… É algo mais… –explicou Harry, envergonhado demais para dizer algo parecido com “amor”.
–Eu sei como você se sente. –confessou seu pai, olhando para sua mãe.
Harry baixou os olhos, sentindo-se um pouco estranho, evitou os olhares que lhe eram dirigidos. Lembrou-se de Gina, da vez que não pudera se conter e acabara a beijando… E da dor que sentiu quando entregou para Mione o colar que deixara para a garota. Aquele colar… será que a Gina ou a Mione já descobriram o que é?
–Professor… Existe alguma maneira de se descobrir o que se passa por lá? –perguntou Harry, confuso.
–Por que a pergunta, Harry? –perguntou o mestre, parecendo já saber a resposta tão bem quanto Harry.
–Bem… Eu queria saber como andam as coisas lá em Hogwarts… –respondeu o garoto, não parecendo ter certeza do que dizia.
–Existe sim uma maneira, Harry. –respondeu Dumbleodore. –E é bem simples, diga-se de passagem.
–Como? –agora Harry parecia realmente curioso.
–Se concentre no que gostaria de ver, Harry. –explicou ele. –É uma sensação muito parecida com a de entrar numa penseira.
–Só isso? –perguntou o garoto, olhando para seus pais, conhecia a mania de Dumbleodore de simplificar as coisas.
Ambos concordaram com a cabeça.
Harry fechou os olhos e, como pode, se concentrou especificamente em Gina. Queria saber como estava a garota, se não parecia muito abalada com o que lhe acontecera.
Como quando entrava numa penseira, Harry teve a sensação de que mergulhava numa bacia sem fundo, ao longe podia ver a imagem de Hogwarts se formando, de inicio sem foco, mas, aos poucos, foi se tornando mais nítida. Ele percebeu, a partir da vista aérea, a quantidade real de torres e torrinhas de Hogwarts, mas isso foi o que menos lhe chamou a atenção. Duas massas de pessoas a frente do castelo eram o que realmente se destacavam, ambas negras, uma delas atrás de barricadas feitas com saco de terra, o que dava-lhe a impressão de que não eram apenas alunos, acrescida da forte sensação ruim que não parava de lhe fazer formigar a nuca. Conforme se aproximava a sensação ruim aumentava, ate se tornar um medo crescente de que algo de extremamente ruim acontecesse ali, logo a sua frente.
Quando alcançou uma distancia de cerca de cem metros um forte pânico tomou conta de seu coração. A massa de pessoas mais distante do castelo emanava um ar extremamente mortífero, alem da formação perfeitamente comportada em que se encontravam. Um pouco a frente ele encontrou um rosto conhecido, com uma expressão extremamente dura e que fez seu pânico se tornar ainda mais concreto: Minerva McGonagall.
–Professora! –gritou Harry. –Mas que droga… Então eles são…
De repente perdeu sua concentração, uma dor lacerante em sua cicatriz o fez jogar sua cabeça para trás. Ele sentiu, como se caísse sobre almofadas, o chão em suas costas, no momento em que o tocou em sua queda. Aquela dor era infinitamente maior a que sentira, antes de perder sua consciência na sala comunal, sentiu algo quente lhe escorrer pelos lados do nariz. Sangue?
De repente a dor sumiu. Harry sentiu frio, percebia que provavelmente suara muito, sentia seu peito subir e descer, com sua respiração acelerada. Respirou fundo. Aos poucos abriu seus olhos, estava tudo desfocado e escuro. Deve ser a dor, pensou ele, fechando os olhos mais uma vez. Continuou deitado onde estava, mexeu as mãos e notou que estavam apoiadas em algo macio. Uma cama. Devem ter me deitado, quando eu cai, por causa da dor.
Passou a mão sobre sua cicatriz, pensando encontrar sangue ali. Não havia nada, mas ela ardeu como uma ferida recém aberta e, a sua volta, havia um pouco de umidade fria, que ele teve certeza de que não era suor.
Abriu os olhos mais uma vez, continuava escuro e fora de foco. Seus olhos doíam e ele sentiu falta de seus óculos.
–Potter… –ele ouviu uma voz conhecida, mas que não consegui identificar. –Você pode me ouvir?
–Quem é você? –perguntou Harry, mais uma vez, por causa da dor nos olhos.
–Papoula… –respondeu ela. –Papoula Pomfrey. Você está na ala hospitalar.
Harry parou cerca de três segundo s para pensar em tudo, se ele estava na ala hospitalar de Hogwarts então estava de volta ao mundo dos vivos. Eu quero lutar… Pensou ele. Eu vou lutar.
–Há quanto tempo estou desacordado? –perguntou ele, calmamente.
–Há cerca de dez dias. –respondeu Madame Pomfrey.
Dez dias, pensou ele. Ergueu uma mão e estalou os dedos. Imediatamente seus óculos apareceram em seu rosto. Ele se sentou em sua cama. Continuava com o uniforme de Hogwarts. Sua varinha logo em seguida surgiu zunindo pela janela aberta. Ele a agarrou com firmeza e enfiou na bainha de sua calça, se certificando de que poderia pegá-la a qualquer momento.
–Você se sente bem, Potter? –perguntou Madame Pomfrey.
–Não. –respondeu Harry, olhando a volta, não conhecia aquele aposento. –Isso aqui não é a ala hospitalar.
–É uma sala especial. –explicou ela.
Ela iria continuar, mas, com uma vago movimento, Harry a dispensou. O garoto continuou sentado. Um calafrio lhe percorreu a espinha. Voldemort está aqui, pensou ele, não pensei que fosse encontrá-lo tão cedo… Nem que teria que fazer isso alguma vez.
–Madame Pomfrey, a senhora poderia me deixar só por um momento? –perguntou Harry, sem ergueu os olhos.
–Eu não acons… –começou ela.
–Por favor. –insistiu Harry.
A enfermeira não disse nada, mas, sem ao menos questionar novamente, ela deixou a sala, por uma portinha escondida atrás de uma prateleira.
Harry finalmente se ergueu, mas continuou olhando para o chão. Se concentrou e estabeleceu conexão mental com Gina.
Gina, você pode me ouvir? Chamou ele. Se sim, apenas pense na resposta, não tente fazer esforço físico nenhum.
Harry, é você? Perguntou a garota, em sua mente.
Sim, sou eu… Mas não tenho tempo pra conversar, Voldemort está em Hogwarts?
Voldemort?! Mas nós pensávamos que fossem apenas comensais…
Ele também está por ai, provavelmente escondido, mas já vai aparecer…
Céus… Nós não seremos capazes de enfrentá-lo… OS comensais talvez, mas ele?
Ao se preocupe com isso… Olha, isso é de suma importância: provavelmente você vai desmaiar daqui a pouco.
Por quê?
Depois eu explico… Nas não se preocupe, vai ser só por alguns segundos…
Mas Harry..!
Até daqui a pouco, Gina.
–Quanto aos outros não existem motivo para alertá-los… –murmurou ele, sozinho. –Provavelmente apensa ficarão paralisados, pela súbita tomada de energia… E dane-se o Malfoy!
Ele ergueu a palma de sua mão e olhou fixamente para ela, apertou por alguns segundos e depois abriu-a mais uma vez. Pegou sua varinha e encostou sua ponta na palma da mão, apertando-a de leve.
–Dori me! –exclamou ele.
Em torno do ponto onde sua varinha tocara sua mão surgiram sete outros pontos brilhantes, cada um de uma das cores do arco-íris. Os sete pontos se moveram na direção oposta ao centro do circulo que formavam e formando cicatrizes finas e profundas em sua mão, ate quase se encontrarem nas costas da mão, formando um segundo circulo, como na palma da mão.
–Isso vai doer… –murmurou ele, mais uma vez. –Vai doer um bocado.
Ele apertou sua varinha com todas as suas forças e, com uma força sobre humana a enfiou na palma de sua outra mão, fazendo-a atravessá-la.
O sangue quente da mão de Harry espirrou, ao mesmo tempo em que seu rugido de dor foi abafado por seus lábios, que se contraíram involuntariamente. Ele caiu de joelhos, sentindo um filete de sangue lhe escorrer pelo braço, indo ate o cotovelo.
Ele ergueu a mão com a varinha, tirando-a da ferida em sua mão, e apontou-a para o nada.
–Accio Slytherin Hollow. –murmurou Harry, com a voz pastosa por causa da dor.
Meio segundo depois, vindo do mesmo lugar que a varinha, surgiu uma luva em couro de dragão, era grossa e, nas costas da mão, havia uma serpente em fios de prata e ouro. Harry vestiu a luva e se ergueu, com os olhos fechados.
–O Selo já era… –murmurou ele.
Ele sentiu o poder que havia sido lacrado pelo selo fluir pelo seu corpo e uma onda de sentimentos familiares voltarem a lhe assolar. Seus sentimentos por Gina, que antes só lhe incomodavam porque ele sabia de sua existência agora lhe machucaram o peito, ao pensar na garota desmaiada por sua causa. A amizade de Rony e Mione também lhe abateu e ate mesmo seu ódio por Malfoy voltou como uma feitiço super poderoso.
Sentiu uma forte formigar por seu corpo, como se uma leve força magnética lhe atingisse por todas as direções. Seus dedos pareciam estar mergulhados em água fervente, chegavam até a queimar. Respirou fundo, esquecendo-se da dor em sua mão.
–Tô indo, Tom. –disse ele, apertando sua mão, se preparando para se psicotransportar. –E eu vou lutar ate o fim.
AI PEXUAL!!!!! VCS PODEM COMENTAR, TAH?!?!?!
NAUM EH SOH PQ EU NAUM EPÇO Q VCS PRECISAM PARAR!!!!
ABRAÇUS... TALVEZ AMANHA TENHA MAIS...
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