O Ataque Lupino
Capitulo 34 – O Ataque Lupino
Harry, Rony, Mione e Gina tinham combinado tudo o que fariam em quanto aos lobisomens antes do meio dia. Harry contara aos três que tinha vários contatos espalhados pela Grã Bretanha e que se comunicavam usando moedas encantadas, assim como Harry fizera com a A.D. no quinto ano e que, se acontecesse algo na área em que residiam, avisariam Harry imediatamente, o garoto só precisava deixar os terrenos de Hogwarts, usando sua vassoura, e aparatar para o local onde a pessoa estava. As garotas não parecerem confiar muito no plano do garoto, mas era a única opção que tinham. Hermione ainda fizera questão de que deveriam aproveitar a presença de Tonks e Rudigier no castelo para que contassem com a ajuda de aurores.
Harry olhou pela janela de seu dormitório assim que a noite caiu, a lua cheia brilhava forte no seu noturno. Aonde quer que fosse os lobisomens estariam se preparando naquele exato momento, sob o comando de Fenrir Lobo Greyback. Lupin, pensou Harry, espero que esteja bem.
Os dois amigos estavam vestindo as melhores vestes que o dinheiro de Harry pôde pagar. Harry usava vestes negras, com detalhes azuis rubi e Rony vestes vermelhas vulcão, de mangas compridas. Tiveram de sair correndo do vestiário masculino na torre da Grifinória, estavam atrasados, combinaram de esperar as garotas no saguão de entrada vinte minutos antes do inicio do baile. Passaram batidos pelo salão vazio, e nem se importaram que quase rasgaram o retrato da Mulher Gorda.
Os corredores da escola também estavam vazios, o que facilitou a corrida dos dois, assim não teriam que desviar dos alunos no caminho, como comumente faziam.
Quando finalmente chegaram ao saguão de entrada o encontraram simplesmente lotado de rapazes. Parecia que todos os casais de Hogwarts tinham combinado se encontrar no mesmo local a mesma hora. Mais de um garoto acenou para eles quando os viu passar, Rony sentiu uma particular pitada de ódio quando viu Côrmaco McLaggen acenando para ele, de mãos dadas com Luna Lovegood, o sorriso sonhador da garota parecia mil vezes mais viajante naquele momento.
–Olha só para Luna. –pediu Harry, dando uma cotovelada nas costelas dele.
–Ai… Eu vi. –disse Rony, massageando as costelas. –Mas por que eles ainda não estão no salão?
–Olha em volta. Já tem um monte de casais por aqui… Acho que ainda não abriram o salão.
Rony, que era quase um palmo mais alto que Harry, esticou o pescoço para olhar na direção do salão principal.
–E ai? –perguntou Harry.
–Não da pra ver direito, mas parece que ta mesmo fechado… Ei, está abrindo!
As palavras de Rony foram literalmente mágicas, assim que ouviram o que o ruivo disse todos os casais do saguão correram, se atropelando uns aos outros, para dentro do salão principal. Uma musica alta explodiu lá dentro e Harry se sentiu seriamente tentando a tampar os ouvidos com as mãos.
–Que musica é essa? –perguntou Harry. –Não parece com as Esquisitonas!
–São os Umbrellanos! –disse Rony, com um largo sorriso. –Uma banda nova!
–Eles são meio… Barulhentos, não é?!
–Eles são o máximo!
–Você tem um péssimo gosto…
Harry olhou seu relógio de pulso, ainda faltavam mais de meia hora para as nove horas da noite. Olhou para as escadas, nem sinal das garotas. Elas viriam juntas, disso Harry tinha certeza. Mas quanto tempo demorariam?
De repente, num súbito, tudo ficou silencioso, talvez fosse só impressão de Harry, ou talvez fosse as duas garotas que desciam juntas as escadarias de mármore. Uma garota de cabelos cor de fogo presos num brilhante rabo de cavalo usando um vestido longo e rosado que combinava perfeitamente com o tom corado de suas bochechas. A outra tinha os cabelos fofos aconchegados num pequeno monte no topo de suas cabeça, o vestido negro contrastando com sua pele branca.
–Rony, você poderia fechar a boca… –comentou Harry, zombeteiro. –Você ta babando nas minhas vestes.
–Ah… –balbuciou ele. –Ah! Foi mal… Nossa!
Ele ainda não tirara os olhos das garotas. Não tirara os olhos de Hermione. A garota estava realmente linda. Mas Harry não tinha nem o direito, nem como olhar para ela. Estava completamente hipnotizado por Gina. Nossa… Essa é a minha ruivinha?
–Boa noite, garotos. –disseram as duas em uníssono.
Harry notou que aquele boa noite não fora dirigido unicamente a ele e Rony, mas para todos os garotos presentes no saguão de entrada. Sentiu uma pitada de ódio, principalmente ao constatar as caras de idiotas que eles fizeram ao responder para as garotas. Justino Flinch-Fletchey estava a quase a ponto de ter que segurar seu queixo.
–Você também, Justino, fecha a boca. –disse Harry rispidamente.
–Ah… Ta… Já fecho. –disse o garoto, bobamente.
–Olha a Willians.
–Cadê? Onde? Fala, Fala! –o garoto parecia realmente assustado com a iminência de encontrar sua namorada.
–Agora você acordou, né?
–De que é que você ta falando? –perguntou Justino, sem entender muita coisa. –E onde está a Willheumina?
–Em lugar nenhum…
Gina finalmente chegara ao lado de Harry, que não pode conter um sono “UAU”, a garota sorriu. Harry lhe estendeu um braço, onde ela enlaçou o seu próprio.
–Obrigado, senhor Potter. –disse ela, alargando seu sorriso.
–É um prazer, Srta. Weasley.
Ao lado dos dois Hermione e Rony não eram tão corteses um como outro. Rony simplesmente enlaçara a garota pela cintura e a erguera no ar, girando, entre os gritinhos agudos dela. Harry sorriu ao ver a cena.
–É legal ver como eles se dão bem, não é? –perguntou Harry, caminhando com Gina na direção do Salão Principal.
–É. –respondeu Gina. –Só que as vezes eu me pergunto cadê aquela Mione prudente e discreta de antes.
–Foi assassinada pelo Rony irresponsável e ignorante de antes. –disse Harry. –Vamos que eu quero pegar as mesinhas do fundo.
Eles entraram no salão e, assim como Harry previra, as quatro mesas das casas foram dispensadas, dando lugar para dezenas de mesinhas redondas, com quatro cadeiras cada. Harry avistou uma mesinha vazia bem ao fundo do salão, caminhou ate lá o mais rápido que pode, sem atrapalhar o caminhar de Gina, que usava salto alto.
–Ah, nem a pau, Potter! –exclamou alguém, assim que Harry ajudou Gina a se sentar.
Harry se virou e viu uma frustradíssima Angelina Hunter de braços cruzados batendo pe a exatamente dois metros da mesa, Ernesto Mcmillian ao seu lado, com cara de bobo.
–Sai fora, Potter, eu vi essa mesa primeiro! –exclamou ela, avançando com o punho erguido na direção de Harry.
–Acho que você conhece as regras, Hunter, não é quem vê, é quem pega. –disse Harry, displicente, se sentando ao lado de Gina. –Agora, se me der licença, tenho um encontro.
–Qual é, Potter? Isso não é um jogo de quadribol!
–Mas eu cheguei primeiro, Hunter, não há do que reclamar.
–Ah, vai, eu detesto esse rock britânico ridículo!
–Então somos dois. –respondeu Harry. –E o assunto está resolvido… Olha, tem uma mesinha ali.
A garota olhou para onde Harry apontou. No outro extremo do salão, a mais ou menos a mesma distancia do palco. Hunter olhou para a mesinha, para Harry, para Ernesto, para Harry novamente e então para Gina. Sortuda, pensou ela, Harry não pode deixar de pescar isso.
Angelina Hunter se afastou dos dois ao mesmo tempo em que Rony e Mione chegaram, sentando-se ao lado deles. Rony parecia extremamente emburrado.
–Vocês não andaram brigando, não é? –perguntou Gina, cuidadosamente.
–Mione não gosta do som dos Umbrellanos… –resmungou Rony. –Ela disse que prefere esperar uma balada para dançar.
–O rock deles é muito pesado. –retrucou Hermione. –Olha lá: só Fred e Jorge estão dançando… E um com o outro!
Eles olharam para o centro do salão, onde Fred e Jorge formavam um estranho casal. Não puderam conter o riso.
–Pelo jeito que Harry mostrou gostar da banda nem mesmo uma balada nós vamos dançar… –disse Gina, em contrapartida, mas demonstrando extremo desgosto.
–O que? Você quer dançar? –perguntou Harry, ponde-se mais do que depressa de pé. –Se quiser, vamos.
Os três se entreolharam. Gina mostrou seu assombro instantaneamente, puxando Harry de volta para seu lugar.
–Não, Harry… Acho melhor não… –disse ela, com um sorriso amarelo.
O garoto olhou para os três amigos, sem entender muita coisa.
–Por acaso eu perdi alguma coisa? –perguntou ele.
–Harry, a parvati nos contou… –admitiu Mione. –Você é péssimo dançando, não parava de pisar nos pés dela.
–Ah… É… –Harry ficou meio sem graça. –Mas é que… Bem, eu não tava afim de dançar naquele dia.
–E hoje você está? –perguntou Mione, erguendo uma sobrancelha.
–Se for com a Gina, estou. –respondeu Harry, sem pensar em suas palavras.
Demorou cerca de dez segundos ate que todos conseguissem assimilar as palavras de Harry e, mesmo assim, não pareceram pegar completamente a frase.
–Desculpe, acho que não entendi. –disse Gina, levemente corada.
Harry ficou estático, em pe, olhando para o meio da mesa, onde estava o cardápio. Mione e Rony tentaram puxar assunto entre si, sem muito sucesso, Hermione não era Harry e não conhecia os Chuddley Cannons como o garoto.
–Harry, você pode me explicar o que você quis dizer? –pediu Gina novamente.
Harry olhou para a garota, estava extremamente vermelho. Me desculpe, Cho, mas eu não agüento mais… Só espero não fazer besteira.
–Então, Mione, vamos dançar agora? –convidou Rony, se levantando prontamente.
–Ah, não, vamos esperar uma… –começou Mione.
–Mione, nós VAMOS dançar. –disse Rony, ligeiramente agressivo, puxando a garota.
–Mas, Ronald…
–Sem mas, Mione.
Os dois se afastaram rapidamente da mesa e sumiram na multidão que só fazia aumentar e muito rápido, então Harry e Gina estavam sozinhos. Harry se sentou defronte para Gina, pegou as mãos da garota e, sentindo as suas próprias suarem, as apertou, olhando nos olhos castanhos da garota. Coragem, Harry, você jaz fé coisa bem pior.
–É engraçado. –disse ele, com um sorriso amarelo.
–O que? –perguntou a ruiva.
–Eu já enfrentei o próprio Voldemort um bocado de vezes, um basilisco, um lobisomem, um dragão, dezenas de comensais da morte e estou com medo de… De você.
–O que? Você me acha inofensiva?
–Muito pelo contrario… Você é o que mais me deu medo ate o hoje.
Gina não disse nada, apenas o encarou.
–Harry, da pra falar logo? –pediu ela, se inclinando um pouco pra frente.
–Antes de eu falar qualquer coisa, me promete uma coisa? –perguntou ele.
–Prometo. –respondeu ela, se inclinando um pouco mais, parecia saber o que Harry iria falar.
Ela sabe. Pensou Harry. Mas também, qualquer toupeira saberia o que você vai falar, idiota!
–Mesmo que não consiga, você vai fazer de tudo pra tentar me entender. –disse ele.
Ela concordou com a cabeça, seu rosto ainda mais corado, um estranho brilho nos olhos, um meio sorriso nos lábios. Harry quis beija-la, ao invés de dizer o que tinha para dizer.
–Gina eu te…
–LOBISOMENS!!!
Bláz Zambini entrara no salão com suas vestes rasgadas e vários ferimentos pelo corpo, mas, pelo que harry percebeu, nenhum parecia ter sido causado por um lobisomem, aparentavam ser escoriações causadas por quedas durante a corrida. Cho apareceu em seu encalço, aparentemente ilesa. A musica parou, todos os casais que dançavam agora tinham sua atenção voltada única e exclusivamente para o casal que entrara. Harry se ergueu imediatamente de sua cadeira, deixando-a cair.
–O que disse, Zambini? –Harry reconheceu a voz da prof a. Hunter.
–Lobisomens, professora! –ofegou o garoto, –Estão vindo da floresta proibida.
Harry sentiu uma forte pancada em seu coração, então era Hogwarts que eles pretendiam atacar? Quanta ousadia. Parou para analisar a situação, Lobo Greyback estava com o grupo, o mais violento dos lobisomens e Malfoy os liderava, junto com Belatriz Lestrange.
–Potter, onde pensa que vai? –perguntou a prof ª Minerva, fazendo o garoto parar.
–Malfoy está liderando! –exclamou Harry. –Belatriz Lestrange e Logo Greyback estão junto.
Rudigier e Tonks surgiram ao lado de Harry algum lugar que ele não consegui distinguir.
–Como sabe disso, Harry? –perguntou Tonks, em tom urgente.
–Isso não vem ao caso agora. –disse Harry, rispidamente. –Temos uma horda de lobisomens lá fora.
Harry não deu muita importância para o que eles fariam com aquele ataque, só sabia que tinha que chegar lá o mais rápido possível.
–Esperem! –exclamou a prof ª McGonagall.
A sua frente Harry viu a porta do salão se fechar com estrondo. Virou-se com ferocidade, podendo constatar que Gina, Rony, Mione, Neville, Fred, Jorge e Angelina Hunter o seguiam de perto, nem passou por sua cabeça repreende-los, os treinara por dois meses com assiduidade para que fossem capazes de enfrentar momentos como este. E agora era a hora de mostrarem tudo o que sabiam fazer.
–Que é agora? –perguntou o garoto, com ferocidade, sendo apoiado pelos companheiros da Armada.
–O que faz o senhor pensar que deixarei meus alunos partirem para um encontro letal com lobisomens? –perguntou a professora.
–A senhora tem uma idéia melhor? –questionou Harry.
–Temos professores e dois aurores no castelo. –informou a professora Hunter, se erguendo ao lado da diretora.
–Esperava mais da senhora, professora. –admitiu Harry. –Temos quantos professores..? Trinta? E com mais dois aurores trinta e dois, mais ou menos.
–Deve ter pelo menos cinqüenta lobisomens lá fora! –exclamou Zambini, exaltado.
–Estamos numa absurda desvantagem, professora. –disse Harry, tentando manter a calma. –Mesmo que seja insanidade, a senhora não pode negar nossa ajuda.
–Mas vocês são só alunos! –argumentou Tonks.
–Eu não queria chegar a tal ponto… –murmurou Harry.
O garoto ergueu a mão para a porta que a professora que a professora fechara e, com um barulho maior do o que o que fizera quando se fechara, ela se abriu. Harry caminhou dois passos na direção da porta.
–Já cheguei a maior idade mágica. –disse ele, calmamente. –Se quiserem realmente me impedir, me estuporem.
Harry voltou mais uma vez, olhando para todo o salão com uma frieza que ninguém jamais vislumbrara em seus olhos. Todos recuaram alguns milímetros sob aquele olhar. Todos com a exceção de Rudigier. O rapaz se aproximou alguns passos de Harry, com um meio sorriso nos lábios.
–Harry, você sabe que tipo de feitiço é mais eficaz contra lobisomens? –perguntou ele, aparentando ter certeza de que Harry saberia a resposta.
–Elementais do tipo fogo. –respondeu Harry, caminhando com determinação em direção ao saguão de entrada. –Se alguém quiser vir comigo, sinta-se a vontade, mas assumam as conseqüências.
Harry não precisou dizer duas vezes, assim que deu seu passo seguinte Rony e Mione já estavam ao seu lado.
–Sabia que não hesitariam em me seguir. –disse ele com um sorriso. –Não perdem uma boa briga.
–Talvez. –respondeu Mione, ligeiramente nervosa.
–Mas preferimos dizer que não perdemos um amigo. –completou Rony.
Os três caminharam decididos ate o meio do saguão de entrada, observando a grande porta de mármore. Escutaram ao longe o uivo de um lobo. De um lobisomem. Rony engoliu em seco, ao lado de Harry.
–Vocês estão prontos? –perguntou Harry, sua voz mais parecia um pedido de que não estivessem.
–Estamos. –responderam os dois em uníssono.
–Nós também.
Harry se virou e viu o restante da Armada surgindo as suas costas, acompanhados de todos os professores, assim como mais uma dúzia de alunos do sexto e sétimos anos, além de Rudigier e Tonks. Os dois últimos avançavam confiantes, tomando a frente do grupo. Harry procurou por Cho, mas não encontrou a garota no grupo. Entrementes Gina se postava ao lado dele.
–Você me deve uma explicação. –disse ela, apertando sua varinha em seu punho. –Não vou te deixar morrer sem antes me dá-la.
–Pode deixar, eu não vou morrer. –disse Harry, alongando o pescoço. –Não antes de…
Rudigier olhou para todos, encorajando-os, em especial para o professor Binns, seu avô, que parecia estar ali somente para dar um apoio moral.
–Em três segundos. –avisou o jovem auror. –Três… Dois… Um… Agora!
Ele fez um gesto com a mão e as portas se abriram. A visão a distancia era pavorosa, destruindo tudo em seu caminho e brigando entre si, uma horda de lobisomens avançava ferozmente. Tentando impedi-los com arcos e flechas três ou quatro centauros atiravam. Os lobisomens, ao avistarem a luz da porta que acabara de se abrir, pareceram ficar ainda mais furiosos e avançaram com fúria triplicada.
Harry não esperou por uma ordem de ataque, avançou correndo em direção aos jardins, a varinha em punho, podia sentir cada músculo de seu corpo, há pouco tensos, relaxarem e seus dedos deslizarem pela superfície polida de sua varinha. Aquela sensação… pensou consigo mesmo, aquela vontade de matar…
Os dois primeiros lobisomens estavam a menos de duzentos metros de onde estava Harry, o garoto ergueu sua varinha e mirando com toda a sua concentração disparou:
–Lumus Solem!
A luz solar que jorrou da varinha de Harry atingiu o lobisomem em cheio e a criatura, que não possuía o costume de agir na luz do sol, caiu para traz, as patas peludas e de garras afiadas cobrindo os olhos.
As costas do garoto vários outros feitiços começaram a jorrar, na direção dos lobisomens, evitando atingir os centauros, que ainda lutavam contra alguns lobisomens, mesmo aquela distancia Harry não pôde deixar de reconhecer Firenze. Mione e Rony logo se postaram ao lado de Harry, as varinhas erguidas, um estranho brilho nos olhos. Rudigier e Tonks logo tomaram a dianteira mais uma vez, ladeados pela prof ª Minerva, a prof ª Hunter, o prof º Rubercroft Dumbleodore e o prof º Strathmore.
–Fiquem atrás de nós. –aconselhou o prof º Strathmore. –É mais seguro.
Neste exato momento um jorro de luz verde surgiu de algum lugar, voando exatamente na direção do professor.
–Protego! –exclamou Harry, protegendo o professor da morte certa. –E o senhor poderia prestar mais atenção no que está fazendo! Lumina Solarium!
Um dos lobisomens que avançava sorrateiro por entre alguns arbustos caiu para trás ganindo, arranhando os olhos com as patas.
–Ei, Potter, que tal um help aqui? –pediu Angelina Hunter no outro extremo da fileira de aluno que estavam formando.
Os feitiços da garota não eram fortes o suficiente para fazer algo mais do que retardar por dois ou três segundos as criaturas lupinas, que pareciam ficar mais furiosas ao serem atingidas por ela do que por qualquer outro. Ao lado dela Crabbe e Goyle estavam dando conta do recado, apesar de terem o trabalho quase duplicado pela incompetência de Hunter.
–Você podia começar a fazer as coisas sozinha, né Hunter? –zombou Harry, chegando ao seu lado. –Incendiase!
Da ponta da varinha de Harry surgiu uma crescente labareda que formou uma parede de chamas a cerca de cem metros de onde estavam.
–Que diabos é isso, Potter? –perguntou a prof ª McGonagall.
–Magia negra. –disse o garoto, serio, ofegando. –Não posso manter por muito tempo… Temos cerca de dois minutos…
–Magia negra? –perguntou Tonks.
–Isso não é hora..! –exclamou Harry. –Bolem alguma coisa!
Rudigier tinha a varinha em punho e olhava para o chão, tinha uma aparência de extrema decepção. Ele tremia.
–Rudigier? –chamou Tonks, preocupada.
–Estou bem… –respondeu ele. –Minerva.
–Sim. –atendeu a diretora.
–Acho que teremos… Que usar magia… Magia negra. –disse o rapaz, sua voz estava fraca.
–Também estava pensando nisso. –disse a prof ª Minerva. –Mas… Acho que para isso será necessário mata-los.
Houve um silencio, quebrado apenas pelo som do trepidar das chamas conjuradas por Harry.
–Eles estão atacando um castelo cheio de alunos indefesos, Minerva! –exclamou Strathmore. –Pro inferno com ética, vamos fazer o que deve ser feito.
–Ele tem razão, Minerva. –disse o prof º Rubercroft. –Não temos outra escolha.
A prof ª Minerva analisou cada um dos alunos ali presentes, parecia temer pelo estrago que poderia causar se deixasse que esses garotos começassem a matar. Ela mesma só matara uma única vez, e para salvar sua vida.
–Somente os professores, Tonks e Rudigier vão agir. –disse ela. –Os alunos ficam mais para trás para dar cobertura, continuem retardando o avanço deles.
Todos concordaram, menos Harry. Ele sabia que isso não daria certo, que teriam de matar uma quantidade muito grande de lobos em um espaço de tempo muito curto para que pudessem ter alguma chance.
–Precisamos de um plano de apoio. –disse Harry, a voz fraca.
Já era possível de se ver varias falhas no muro de fogo que Harry conjurara.
–Que tipo de apoio? –perguntou Rudigier. –Harry, você não está pensando num ataque por trás, não é?
Harry concordou com a cabeça, ajoelhando, estava usando toda a sua força para manter o fogo por mais alguns instantes.
–Eu e mais uns dois ou três. Estava pensando em Rony e Mione.–disse Harry. –Poderíamos confundi-los.
–É muito arriscado. –disse Tonks. –Vocês têm só dezessete anos.
–Temos dezoito! –exclamou Rony, desgostoso, Hermione lhe lançou um severo olhar de reprovação, que o garoto ignorou.
–Somos jovens, mas já enfrentamos perigos que poucos aurores jamais imaginaram. –disse Harry. –Quantos bruxos de cinqüenta anos você conhece que enfrentaram Voldemort e voltaram para contar a historia?
Tonks não respondeu, todos os outros professores desviaram o olhar, somente Rudigier continuava fitando Harry, seus olhos muito azuis incomodavam o rapaz.
–E de dezessete? –insistiu Harry.
–Os três vão. –disse Rudigier, em tom de fim de conversa. –Mas devem estar dispostos a matar.
Matar, ao som daquela palavra Harry sentiu seu coração palpitar. Nunca matara ninguém, nem mesmo sentia vontade de faze-lo, mas nos últimos meses sentia absurdos impulsos assassinos, e ele sabia quem os instigavam: Voldemort.
–Pelo bem do castelo estou disposto ate a morrer. –disse Rony, tomando a lateral de Harry.
–Estamos, Ronald. –concordou Mione, se postando ao lado do namorado e segurando sua mão.
Harry sorriu para os amigos, um sorriso ligeiramente forçado, sentia seu corpo começar a doer do esforço que estava fazendo, era quase como ter que carregar um dragão nas costas. Não que ele já o tivesse feito, mas para termos de comparação.
–E como pretende passar pelos dragões, Harry? –perguntou Tonks, preocupada.
–Psicotransporte. –respondeu Harry, sua voz quase não saia.
Naquele instante a barreira de fogo de Harry desapareceu e os lobisomens, que tentava de inúmeras maneiras avançar, voltaram a correr, os membros da Armada não perderam tempo e voltaram a ataca-los, deixando-os temporariamente sem ação. Harry estava caído de joelhos, uma mão no peito, ofegava. Mione e Rony logo se jogaram ao seu lado, com expressões de extrema preocupação.
–Cara, você ta legal? –perguntou Rony.
–Harry, você não está em condições de se psicotransportar, ainda mais levando eu e o Rony junto. –argumentou Mione, sua voz estava mais aguda e rápida do que de costume.
–Ela tem razão, Harry, psicotransportar exige muita energia e você já está exausto. –concordou Tonks.
Harry continuava caído de joelhos, a mão no peito, fitando o chão insistentemente.
–Harry, você ta bem? –Gina acabara de se aproximar dele, ajoelhando-se ao seu lado.
–Harry?! Você ta ouvindo? –perguntou Mione.
–Levicorpus! –Harry ouviu uma voz conhecida exclamar ao longe, pouco atrás dele Neville começou a levitar.
Levicorpus, pensou Harry, deve ser o Malfoy.
–Cara, fala alguma coisa! –gritou Rony, balançando Harry pelos ombros.
–Finite Encantatem! –exclamou Harry, apontando a varinha para suas costas, Neville imediatamente caiu, mas não se deixou abalar, se levantou e continuou tentando afastar os lobos. Eles já estão bem perto, se chegarem ao castelo…
–Oh, finalmente sinal de vida! –exclamou Rony. –E ai, cara, o que vamos fazer?
Harry enfiou a mão dentro de suas vestes e retirou de dentro um frasco com uma poção branca, bebeu tudo de um só gole. Pode sentir um calor se espalhar por seu corpo, ao mesmo tempo em que as dores da poção dissolviam as dores da exaustão. Ele se ergueu quase de um pulo.
–Sangue de dragão, Harry? –perguntou Rudigier, com um meio sorriso.
–Ando precisando muito disso ultimamente. –disse Harry alongando mais uma vez o pescoço.
–Vai acabar na miséria se continuar assim. –comentou o rapaz.
–Não se preocupe, tenho minhas fontes.
Harry deixou Rudigier se empenhar na batalha, os professores pareciam fazer de tudo para matar os lobos, mas a ferocidade das criaturas era imensa, alguns que se queimaram com o feitiço de Harry pareciam decididos a matar alguém aquela noite. Virou-se para Rony, Mione e Gina, a ultima tinha algumas lagrimas nos olhos, não parecia preparada para o que estava vivenciando.
–Gina, posso te pedir um favor? –perguntou Harry, olhando diretamente nos olhos castanhos da garota.
Ela fez que sim com a cabeça.
–Se sentir qualquer sinal de perigo, qualquer ameaça que possa te machucar aperte com toda a sua força o colar que eu te dei. –disse Harry. –Não hesite, só aperte.
–Pra que? –quis saber ela, Rony e Mione também pareciam curiosos.
–Você só precisa saber que você estará protegida se fizer isso. –disse Harry, então se voltou para Rony e Mione. –Vamos?
Os dois concordaram com a cabeça, mas pareciam ligeiramente confusos, provavelmente não sabiam o que tinham de fazer.
–Vocês estão prontos para matar alguns lobos? –zombou Harry, pegando na mão de cada um deles.
–Estamos. –respondeu Mione.
–Quero chutar alguns traseiros peludos hoje! –exclamou Rony, empolgado.
–Já é!
Harry deu uma ultima olhada em Gina, sentindo pesar, talvez nunca mais fosse vê-la, estava indo a uma missão suicida e estava levando Rony e Mione com ele. Sentiu uma pontada no coração. Com eles por perto as chances de ser bem sucedido são quase infinitizadas,pensou ele. Fechou os olhos e se concentrou num ponto especifico atrás dos lobos, onde sabia que Malfoy não estaria, o garoto era covarde, provavelmente estava desiludido entre as criaturas. A ultima coisa que ouviu antes de sentir seu corpo se decompor foi a voz de Rudigier exclamar:
–Detesto ter de matar! Lupin Morbis!
O barulho dos feitiços sendo lançados cessou, tudo o que ouviam agora eram os ganidos e grunhidos dos lobisomens. Harry abriu os olhos e viu Rony e Mione, caídos um de cada lado seu, massageando o próprio corpo.
–Desculpe. –pediu Harry. –Me esqueci de avisar que a primeira vez é extremamente dolorida.
–Tudo é horrível pela primeira vez… –gemeu Rony.
–Ronald! –repreendeu-o Mione.
Mesmo naquela escuridão Harry pode notar que a garota ficara extremamente vermelha, achou melhor não tentar cogitar sobre o que eles falavam, mas uma certa palavra não saia de sua cabeça. Eles já estão bem grandinhos e sabem se virar, penou Harry impondo a sua mente um ponto final para aquela historia.
–Vamos, não podemos perder tempo, temos que abater pelo menos um quarto deles antes que notem nossa presença. –informou Harry, estendendo a mão para ajuda-los a se erguer.
–Ta, mas eles tem sentidos superiores aos nossos, podem perceber. –comentou Rony. –São mais sensíveis ate que cachorros!
–Mas estão furiosos. –explicou Harry. –Ei… Cadê o Firenze e os outros centauros?
–Aqui, jovem Potter.
Harry deu um pulo, virando-se para trás, o enorme centauro o observava na escuridão, junto com os outros três, o arco de Firenze pendendo molemente em sua mão.
–O que houve? –perguntou Mione, ainda assustada.
–Não somos páreos para tantos lobos. –explicou um dos companheiros de Firenze, que tinha um enorme rasgo em seu peito.
–E onde estão os outros centauros? –quis sabe Rony.
–Dentro da floresta, mantendo a vigília. –explicou Firenze. –Mas diga-me jovem Potter, o que pretende fazer pela retaguarda dos lobos?
–Quero matar o Maximo deles possível. –explicou Harry, seco, analisando o gramado a sua volta. As marcas de patas acabaram com todo o verde que outrora existira ali.
–Quer mesmo matar humanos, garoto? –perguntou um dos centauros. –Quer mesmo destruir tua alma assim?
–Eles não são humanos, são lobos. –argumentou Harry. –E estão destruindo a minha casa.
–Você é valente, garoto. –comentou o centauro. –Mas já vi muitos valente como você perecerem.
–Não me importo. –disse Harry.
–Vocês já pensaram em cuidar dessas feridas? –perguntou Mione, preocupada. –Podem infeccionar!
–Ela tem razão, Firenze. –disse Harry. –Vão se cuidar, nós podemos segurar as pontas por aqui.
–Não vou deixar a segurança do castelo nas mãos de crianças! –disse um dos centauros, com ferocidade.
–Façam o que quiser. –disse Harry. –Mas vocês vão atrapalhar mais do que ajudar nesse estado. Firenze mal consegue segurar o arco com esse pulso quebrado.
Os centauros ficaram em silencio, enquanto Harry avançava, pisando devagar para não fazer nenhum barulho natural, eram os barulhos da natureza que chamavam a atenção dos lobisomens para a comida, normalmente aventureiros desavisados faziam esse tipo de barulho, durante seu acampamento.
–Venham. –chamou Harry, a varinha em punho.
Eles caminharam em silencio, observando os lobos a sua frente, estavam atacando uns aos outros para que pudessem chegar a frente do grupo. Harry apontou sua varinha para um deles, bem no final do monte, mas antes que fizesse qualquer coisa o lobo esganiçou e então caiu, morto. Harry se virou para Rony, que também tinha sua varinha erguida.
–Tente pronunciar o feitiço. –pediu ele. –Feitiços não verbais costumam ser mais fracos.
–Mas eu não fiz nada! –exclamou o ruivo.
–Como não?!
–Ei, psiu, olha ali! –Hermione lhes chamou a atenção.
Harry se virou para ver sobre o que falava a amiga, ela apontava para uma pilha de lobisomens mortos, para onde o outro flutuava agora. Ao lado dos cadáveres havia da duas figuras, uma mulher loura e um rapaz de cabelos ruivos.Harry reconheceu imediatamente o ruivo e, pela exclamação que Rony deixou escapar, parece que ele também.
–Percy… –balbuciou o garoto.
Harry fez sinal para que o garoto ficasse quieto, Hermione imediatamente enfiou-lhe uma mão na boca. Eles apuraram os ouvidos para poder ouvir:
–Se o Príncipe quer o garoto morto, pra que ele pediu pra impedirmos esses lobos? –perguntou a mulher, tinha uma voz clara e limpa, como a de uma garota. Provavelmente não tinha mais de vinte.
–Não questione os planos do Príncipe. –disse Percy, sua voz extremamente pomposa. –Ele sabe o que faz.
–Você só fala isso porque é um Lorde, se fosse só um Bobo como eu estaria reclamando também! –reclamou a garota, fria.
–Do que eles estão falando? –perguntou Mione.
–Não sei. –mentiu Harry.
Na verdade Harry conhecia toda a hierarquia estipulada por Snape, para comandar seu homens, só não entendia o porque daquela maluquice.
–Nhunf… –resmungou Rony, tentando chamar pelo nome do irmão.
–Quieto, Ronald! –repreendeu-o Mione.
–O que o percy ta fazendo aqui?! –perguntou o garoto, que conseguiu se desvencilhar das mãos de Mione.
–Não faço a mínima idéia. –respondeu Harry. –Mas não acho uma idéia muito inteligente ir perguntar.
–E quem é esse tal de Príncipe, afinal? –perguntou Rony, se escondendo com Harry atrás de um arbusto.
–Acho que ele está falando do Snape. –sugeriu Harry, tentando parecer inocente.
–Então… Snape está contra Voldemort? –Hermione parecia ligeiramente surpresa.
–De acordo com Malfoy ele se rebelou. –disse Harry, se lembrando de sua visita à mente de Voldemort. Alguém ainda me deve explicações quanto a morte de Hagrid.
–Ele é louco ou…
Hermione se calou, um uivo alto soou exatamente as suas costas, os três sentiram arrepios na nuca. Devagar se viraram, a luz do luar vinha correndo na direção deles, furioso, um lobisomem um tanto menor que os outros, os olhos cinzentos e uma razoável quantidade pelos brancos espalhados por seu corpo. Harry reconheceu seu ex-professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, Lupin. O professor passou batido por eles, se infiltrando no meio dos lobisomens, parecia procurar por algo.
–Harry, aquele é..? –começou a perguntar Mione.
–É o Lupin. –respondeu Harry, sinistro.
–Ele ta com Voldemort? –perguntou Rony, assombrado.
–Não. –respondeu Mione. –Harry, foi o Lobo Greyback que transformou ele em lobisomem, né?
Harry fez que sim com a cabeça.
–Será que ele está procurando por ele? –perguntou a garota, agachando-se.
–Provavelmente. –respondeu Harry, pensativo.
–Do que vocês estão falando? –perguntou Rony, ligeiramente confuso.
–Um lobisomem só pode ser curado se comer o coração de quem o transformou, Ronald. –explicou Mione, em poucas palavras.
–Ah… Ta… –ele não parecia muito confiante de que entendera completamente. –Ei, cadê o Percy?!
Harry não notara ainda, tanto Percy quanto a garota que o acompanhava haviam desaparecido, Rony correu ate o lugar onde estavam para ver se não estavam apenas escondidos, uma idéia que Harry achou de uma extrema estupidez. Rony parou exatamente no ponto onde seu irmão estivera a pouco, olhando com cara de bobo a sua volta, Hermione logo se juntou a ele, analisando a pilha de cadáveres de lobisomens. Harry tinha uma péssima sensação no fundo de seu estomago.
–Harry, vem cá… Que foi? –perguntou Mione.
O olhar de Harry estava completamente perdido no meio dos lobisomens. É só impressão ou tem menos da metade deles agora? Harry sabia que mesmo os professores demorariam para matar os lobos, mesmo porque era necessária verdadeira vontade de matar para faze-lo.
–Vocês também acham que os lobos estão ficando em numero menor muito rápido? –perguntou Harry, a voz distante.
O casal parou para analisar a guerra que estourava a sua frente.
–Realmente… Tem bem menos da metade agora! –exclamou Mione, voltando para perto de Harry. –Você acha que já conseguiram matar tantos assim?
–Não… Matar um lobisomem sem auxilio de magia negra é uma tarefa extremamente complicada. –comentou Harry. –Acho que estão fugindo.
–Fugindo? –Rony acabara de se juntar aos dois. –Mas para onde e por quê?
–Para a Floresta Proibida, acho, mas o porque é que estão começando a ficar em desvantagem e estão com medo. –Harry não tinha muita confiança no que dizia, parecia que uma outra coisa assustava os lobos.
–Come medo de que? –perguntou Rony, nervoso. –Eles são lobisomens, não têm medo de nada!
–Eles tem medo morte, Rony, como todo ser humano normal. –explicou Hermione.
–Dumbleodore não tinha medo da morte. –retrucou o ruivo.
–Ah, Rony, isso não é hora pra…
–ARGH…!
Harry caiu de joelhos, a mão no peito, parecia sentir uma enorme dor.
–Harry, você ta legal?! –perguntou Rony, preocupado.
Mas a pergunta de Rony foi quase obsoleta, mal ele terminou de falar Harry já estava de pe, e correndo na direção do castelo, contra o contingente crescente de lobisomens amedrontados. Harry agora desconfiava do que estava acontecendo.
A dor em seu peito cessara, aquilo fora só pra avisa-lo, ela provavelmente apertara com toda a sua força. Estranhou nenhum lobisomem se interpor em seu caminho. Já estava quase no castelo, mas onde ela está?
Viu os professores e membros da Armada lutando para manter longe alguns lobos que insistiam em atacar o castelo. Rudigier estava muito pálido, abalado, parecia preste a desmaiar, mas Harry não estava se importando com isso, queria achar ela. Gina.
–Harry, pra onde você ta indo? –perguntou Mione, o alcançando a cerca de duzentos metros do castelo. –E por que os lobisomens estão correndo desembalados desse jeito?
–É, eles passam pela gente e parecem nem ver! –Rony, que tinha pernas bem mais compridas que as dos outros dois os alcançara com facilidade.
–Eles estão com medo. –explicou Harry, sendo ligeiramente obvio. –Daquilo.
Ele apontou para o centro de todo o tumulto, onde dois lobisomens lutavam, Harry reconheceu Lupin e supôs que o outro não poderia ser ninguém mais que Lobo Greyback. Ambos tinham o corpo dilacerado por cortes e mordidas, mas pelo estado de Lupin era obvio a supremacia de Greyback.
–Meu Deus, ele vai acabar morto! –guinchou Hermione, automaticamente apontando a varinha para os lobos.
Harry baixou a varinha da garota com a mão. Ela o olhou, ele fez que não com a cabeça.
–Mas… –começou ela.
–Essa briga é dele. –disse Harry. –Vamos, Gina corre perigo.
Harry sentiu que sua voz soara extremamente fria e talvez ate tenha assustado os amigos, mas não tinha tempo para pedir desculpas. Seguiu caminhando por entre os lobos, Mione e Rony em seu encalço.
–Mas, Harry, por que eles estão com medo da luta entre os dois?! –perguntou Mione, sem entender muita coisa.
–Também não sei. –respondeu Harry, virando seu rosto para a amiga. –Lobisomens são estranhos.
–Talvez tenham medo de ficar sem um líder. –tentou Rony, sem convencer muito.
–Mas correndo eles já estão ficando sem líder. –disse Hermione em contrapartida.
–É… É… –Rony não parecia muito propenso aceitar que errara.
–Gina! –exclamou Harry.
Harry avistou a ruivinha trinta metros a sua frente, caída ao chão, toda encolhida, seus olhos fixos em algum ponto indistinto.
–Cruccio! –uma voz arrastada exclamara perto dela.
Draco Malfoy se divertia ao ver Gina se contorcendo no chão, mas Harry urrou de raiva ao ver a cena.
–Finite Encantatem! –exclamou ele, jogando a mão na direção de Malfoy.
O louro sentiu um solavanco e sua maldição fora anulada. Harry correu a amparar Gina, agachando-se ao seu lado.
–Gina… –chamou ele, erguendo-a em seus braços. –Gina, acorda… Você ta legal?
A garota fez um estranho barulho, como um esquilo sendo esmagado.
–Malfoy?! –Rony acabara de chegar com Mione. –Que é que você..? Gina?! Que você fez à ela?!
–Eu, Weasley, nada. –zombou o louro, parecendo extremamente confiante. –Por que a pergunta?
–Por que, seu desgraçado? –Rony avançou um passo na direção do louro.
–Não, Rony. –Harry disse, se erguendo. –Ele é meu…
–Não mesmo, Potter. –ordenou Malfoy, erguendo sua varinha e apontando para Harry.
–Parado, Malfoy! –exclamou Rony, apontando a sua varinha para Harry, parecendo estar completamente fora de si.
–Ronald, controle-se! –exclamou Mione.
–Você ta vendo o que esse desgraçado fez com minha irmãzinha?! –perguntou Rony. –Minha irmãzinha, Mione!
–Não se precipite, Ronald. –pediu Mione. –A gente vai dar um jeito nele.
–Vai mesmo, sangue-ruim? –o tom de zombaria de Malfoy estava começando a deixar Mione irritada, o que não era muito fácil.
–CALA ESSA BOCA, SEU MERDA MALDITO!!! –Rony tentou pular para cima de Malfoy, mas Mione o conteve com um gesto de sua varinha.
–Era você que estava tentando nos atacar no meio dos lobos, não era, Malfoy? –perguntou Harry, completamente alheio a briga de Rony.
–Não foi muito difícil de perceber, não é Potter? –zombou o louro. –Ate você conseguiu.
Harry olhou para a varinha de Malfoy.
–Expelliarmus! –exclamou Harry, calmo.
–Protego Tria! –exclamou malfoy, cortando o ar com sua varinha. –Não tão fácil, Potter.
Harry inclinou ligeiramente a cabeça, sua vontade de matar crescia, sentiu vontade de matar um dos lobos para se controlar.
–Já fez? –perguntou Malfoy, calmamente.
Um “sim” veio do nada, assustando o trio. Harry reconheceu aquela voz.
–Bellatriz? –perguntou ele.
Malfoy fez que sim com a cabeça.
–Nos livramos dessa escoria, já pode terminar o serviço. –disse ele, em tom de comando.
–Sim, Draco. –acatou Bellatriz. –Estupefaça!
Harry sentiu uma forte pancada em sua cabeça, aquilo já lhe era familiar, quantas vezes antes não fora estuporado? Sentiu seus joelhos fraquejarem e seu corpo pender para o lado, então cair.
–Seu louco do inferno!! –gritou Rony, completamente descontrolado.
–Cadê aquela vaca?!?! –Hermione também parecia ter perdido a linha.
Harry sentiu-se desmaiar.
MAIS UM CAP GRANDE PRA QUEM GOSTA DE FICAR LENDO NA FRENTE DO PC!!! ABRAÇOS AEW!!! E COMENTE PLX!!! =]
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