Explicações de Gina Weasley



N/A 1: Pessoal sei que estão eufóricos pelo capítulo bônus da Scheila Potter (Minha beta querida), mas não a crucifiquem por não ter postado o bônus ainda, se alguém tem culpa esse alguém sou eu... Ela passou o tempo disponível de hoje betando minha fic.








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O silêncio na rua era gritante, e a única coisa que se ouviu depois disso foi o som do tapa que Percy Weasley desferiu contra a face de sua irmã.

Gina ergueu a varinha em direção ao irmão, no mesmo momento em que uma forte ventania foi sentida no local, fazendo com que Percy fosse jogado a alguns metros de distância, caindo desacordado.



Direcionou os olhos para saber de onde vinha tamanha ventania, e o que viu deixou até os pêlos da nuca arrepiados. Um olhar com um brilho extremamente intenso, os cabelos rebeldes sendo esvoaçados para todos os lados, na face uma fúria nunca vista antes; mas o que mais lhe chamou a atenção foi que ao observar suas mãos, não havia varinha erguida; estavam os punhos cerrados demonstrando uma raiva descomunal.

E sem ao menos se dar conta sentiu quando ele passou por si e agarrou as vestes de seu irmão desacordado, nesse momento já com a varinha em punho e ouviu quando o mesmo murmurou o feitiço Enervate, fazendo com que Percy acordasse. Quando pensou que ia ver os dois se rasgarem de ódio percebeu mais um vulto passar por si, constatando que se tratava de seu irmão. Só chegou a ver um raio vermelho ofegante passar como um relâmpago empurrando Harry de lado e dessa vez chacoalhando Percy descontroladamente.

-Percy, você não é digno de ser um Weasley. Não foi isso que nossos pais batalharam pra nos ensinar, mas pelo visto é isso que você quer... Gerar violência entre os nossos...Bem... Se é isso que você quer, é isso que terás. – esbravejou Rony momentos antes de erguer o punho fechado e desferir um golpe na boca do irmão, que sentiu sangue escorrer pelo canto da mesma.

-Rony, por Merlim meu filho, não faça isso! –Gritou senhora Weasley momentos antes de desfalecer nos braços do marido que a amparava antes devido ao que seu filho Percy havia feito com sua filha caçula.

-Pai, leve mamãe para casa. –Falou Gina se desesperando ao ver a mãe desmaiada.

-E... – olhou para os dois caçulas Weasley, direcionou os olhos para a esposa e vendo que não teria jeito, completou com os olhos marejados. – Eu vou levá-la e quero vocês lá, logo atrás de mim.

Todos que estavam por ali foram se dispersando, ficando o ministro que tentava organizar uma equipe para ver se todos os feridos estavam sendo curados, e se havia ficado algum trouxa sem ter a memória alterada. Os Durleys estavam estáticos olhando pela janela, pois já haviam entrado em casa. Lupin e Tonks estavam entre os aurores que ainda se encontram ali, mas a atenção continuava na briga dos jovens.

-Eu sempre pensei que os panacas de nossa família seriam sempre Fred e George. –Disse, sentindo o gosto amargo de sangue na boca. Mas estou enganado, aliás, continua sendo dois, mas esses são Ronald Weasley e Ginevra Weasley.

-Percy, acho melhor você calar sua boca. – Vociferou Harry que escutava tudo tremendo em fúria.

-Harry Potter... O grande menino-que-sobreviveu... – Desdenhou olhando para Gina que estava próxima. – Você tem que ser bem tola mesmo para achar que o “Eleito” iria se interessar por você. –Sorriu ao ver a irmã abaixar a cabeça e julgou que fosse por vergonha. – Depois que ele percebeu que, segundo informações a respeito, você já passou pelas mãos de praticamente Hogwarts inteira, ele quis tirar uma lasquinha também.

Logo após essas palavras, com a varinha em punho, sentiu seu mundo desabar como se toda a razão tivesse evaporado em questão de segundos. Não conseguia distinguir o que todos falavam ao redor e só conseguiu ouvir ao longe alguém gritar... Aliás, berrar um feitiço.

-EXPELLIARMUS. – Gritou Lupin, que ao longe analisava a discussão e no momento que viu Gina erguer a varinha percebeu que se não interferisse poderia acontecer uma tragédia sem volta. Tonks, que percebeu o movimento de Lupin ao seu lado momentos antes de vê-lo correr resolveu ir atrás, afinal, sabia que para que seu “doce” lobisomem agisse assim, era por que algo de muito grave estava prestes a acontecer.

***
Sentiu que precisava dar uma boa lição naquele que até momentos atrás sentira pena; tinha uma família maravilhosa e não sabia reconhecer que não havia maior fortuna no mundo que a de ter uma família abençoada como os Weasley, mas agora o que sentia era um ódio crescente dentro do peito.

Avançou para cima daquele Weasley desnaturado com a varinha em punho e assim os dois começaram uma briga ao qual Harry até aquele momento só desviava das azarações conjuradas pelo oponente. E ao longe ouviu Rufos aos berros.

-Sr. Potter, se você usar magia mais uma vez essa noite, te levarei preso e lá permanecerá por umas duas noites. – Esbravejou o ministro torcendo para que o menino usasse magia, assim o levaria a fim de poder tentar negociar para que o garoto desse apoio ao ministério. Não o prenderia é lógico, afinal sabia perfeitamente que tudo o que aconteceu naquele bairro trouxa tinha presença de muitas testemunhas, assim não poderia incriminar o rapaz; então, sabendo que o garoto tinha pavio curto, sabia que com essa proibição iria instigar mais a audácia do rapaz e assim o usaria para ganhar prestígio. Com certeza conseguiria ficar a sós com ele. Mas logo após viu que seus planos foram por água abaixo.

Não pensou duas vezes. Viu Rony abobalhado sendo segurado por Mione apavorada e sem pensar duas vezes lançou sua varinha na mão do amigo e partiu para agressão física bem ao estilo trouxa. Conseguiu desferir mais uns dois socos na boca, onde um acertou e quebrou o nariz de Percy e outros vários no estômago, fazendo com que o rapaz envergasse o corpo para frente várias e várias vezes. Não pôde negar que também levou vários golpes, e tinha que admitir que apesar do irmão de seu melhor amigo ter nascido e sido criado entre bruxos, ele bem que sabia dar golpes extremamente trouxas.

**

Você tem que ser bem tola mesmo para achar que o “Eleito” iria se interessar por você. Ouviu seu irmão debochar de seu amor; começou a sentir seu corpo tremer aos poucos e na tentativa de se controlar pra não ter um ataque Weasley naquele momento abaixou a cabeça e fechou os olhos, como se estivesse contando até 10. Mas sua concentração foi toda embora quando ouviu o complemento que seu irmão usou para lhe ofender...

Depois que ele percebeu que, segundo informações a respeito, você já passou pelas mãos de praticamente Hogwarts inteira, ele quis tirar uma lasquinha também. Isso não toleraria. Seu irmão a chamara de vadia em outras palavras; sentiu seu corpo vibrar em ódio e ergueu a varinha disposta a lançar o que viesse em mente, mas sentiu um baque arremessando sua varinha longe, ergueu os olhos em direção a quem bruscamente havia a desarmado. Viu quando Lupin, com uma fisionomia extremamente séria e preocupada, abaixou-se pegando a varinha que se encontrava a uns 20 metros de distância de si. Um turbilhão de pensamentos confusos passou por sua cabeça. Não entendia porque do irmão a tratar daquela maneira, se bem que tinha ofendido ele também, mas tudo que havia falado era a mais pura verdade, mas ele... Ele não mediu esforços para lhe ofender e fez isso com a maior perfeição, só que cometeu um equivoco. Namorou sim com outros rapazes em Hogwarts, mas a escola não se resume em apenas dois ou três garotos. E quem ele pensa que é para tratá-la daquela maneira? -Se questionou logo sem seguida sentindo como se uma avalanche estivesse caída sobre si.

Sentiu um gosto amargo de fel e um arrepio na espinha ao se lembrar do que quase fora capaz de fazer se não tivesse sido impedida por Lupin. Não conseguia se dar conta de mais nada que acontecia ao seu redor, sentia o corpo dolorido pela vibração que havia sentido minutos antes. Só percebeu que estava estática no meio da rua de cabeça baixa quando sentiu alguém se aproximar colocando uma mão em cada lado se seus ombros.

Assim que viu Gina parada sem reação de cabeça baixa resolveu se aproximar e percebendo que a garota não tinha notado sua presença, colocou as mãos uma em cada lado de seu ombro. Sentiu um leve suspiro emitido pela garota momentos antes de levantar o olhar para encará-la nos olhos.

O que Tonks viu naquele olhar a deixou sem reação; nos olhos da caçula Weasley ela pôde ver nitidamente uma tristeza sem fim, existia mágoa, medo, decepção, angústia, desespero. Reparou que os olhos da garota estavam vermelhos e percebeu quando a mesma piscou consecutivamente os olhos fazendo com que finas lágrimas rolassem pelo seu rosto, mas em tudo isso o que mais deixou a auror apavorada fora constatar que as lágrimas eram vermelhas, nunca em sua vida havia visto algo nem ao menos semelhante.

Passou uma das mãos pelo rosto da garota fazendo com que aquele líquido lacrimal molhasse suas mãos para poder confirmar se suas suspeitas estavam certas, mas para seu espanto ao levantar a mão para olhar melhor viu que eram apenas lágrimas com sua coloração normal, incolor. Ao olhar novamente para o rosto de Gina não havia mais tonalidade alguma. Tonks piscou algumas vezes encarando Gina. Será que estou enlouquecendo -Pensou Tonks franzindo o cenho e vendo Gina fazendo um leve aceno com a mão e se distanciando
**

Lupin pensou que se não separassem aqueles cabeças ocas, iriam acabar se matando. Gritou para que Rony, que continuava estático sendo amparado por Mione que chorava descontroladamente, o ajudasse a separar a briga. Enquanto o ruivo tentava arrastar Harry, que estava com o rosto cheio de marcas e algumas partes ganhando tonalidade arroxeada, Lupin puxava um Percy persistente que se debatia a fim de continuar no “ringue”. Após muito esforço de ambas as partes ao qual tanto Rony quanto Lupin ganharam alguns arranhões, conseguiram distanciar um do outro, mas nem tudo saiu perfeito. O professor, achando que estava tudo controlado soltou Percy que ofegava muito e cuspia sangue.

- Meus bais são uns idiodas gue acredidam gue você sembre deve boas indenções. – Cuspiu Percy sentindo o nariz quebrado latejar puxando a capa violentamente limpando a boca ensangüentada. - Mesmo debois de você der se esvregado em Gina. – Completou jogando a capa para trás com raiva.

Aquilo foi como se começasse o segundo round. Desvencilhou-se dos braços de Rony que o segurava frouxamente após ouvir o que Percy havia falado, como se tivesse dado permissão para quebrar mais um pouco a cara do irmão. Percy partiu pra cima também dando um soco na boca do estômago de Harry, que ao receber tal golpe deu dois passos pra trás, logo em seguida partiu pra cima dando dois socos consecutivos na barriga do ruivo que inclinou se para frente com os dois braços abraçando a própria barriga.

Rony se aproximou ao ver Harry cambalear enquanto Mione pedia desesperadamente para que eles parassem com aquela briga de rua, mas foi em vão. Viu quando o amigo do “eleito” apoiou as duas mãos nos ombros do irmão, que continuava inclinado balbuciando ofensas a sua família, e levantou com uma certa violência o joelho acertando mais um golpe no rosto do rapaz que urrou de dor.

-Isso... É para você aprender a nunca mais ofender nossa irmã e muito menos a nossa família. –Esbravejou Rony ajudando Harry a se encaminhar próximo onde se localizava Hermione. – Eu acabo com você, caso eu saiba que tenha falado novamente alguma coisa que ofenda Gina.

-Cof...Cof... Is... Isso é uma ameaça Ronald? – Questionou Percy que mal se mantinha em pé.

-Entenda como quiser. – Respondeu Rony que andava amparando Harry, que a cada passo gemia de dor.

Harry parou de andar e se virou lentamente com um sorriso sarcástico contendo um gemido de dor ao levar a mão ao maxilar - Não Percy... –Disse respirando fundo com um pouco de dificuldade. – Isso não é uma ameaça - vendo que seu oponente levantou a cabeça e assim que seus olhos se encontraram completou... - É uma promessa.

Encararam-se por mais alguns segundo e decidiu que mais nada tinha a falar e deu as costas caminhando com dificuldade ao lado de seu amigo.


***
**

Assim que se aproximaram de Hermione, Harry viu Gina se aproximando com uma preocupação estampada no rosto, mas também percebeu algo mais.

-Gina? –Chamou calmamente. – Você está bem? –Perguntou assim que a garota direcionou os olhos encontrando com os deles.

-Caramba, Potter...Quantas vezes eu vou ter que falar pra você que eu sei me defender sozinha. – Esbravejou, apontando o dedo em seu peito, indignada com a brutalidade com que ele e seu irmão resolveram as desavenças.

Potter? Desde quanto ela me chama assim?- pensou Harry ignorando a dorzinha e um formigamento persistente na região onde a ruiva apertava com o dedo.

-Ele não ofendeu só você, Gina. -Falou se irritando com a maneira que a ruiva o questionava. – Ele ofendeu todos os Weasley, e isso eu não posso admitir. Eu fiz o que qualquer um que goste de sua família faria.

-E se existe alguém que deve alguma explicação por aqui. –Disse Harry tirando a mão de Gina que continuava insistindo em cutucá-lo. – Esse alguém é você, Srta. Weasley.

-Do que está falando? – Perguntou Gina sentindo uma sensação desagradável após ouvir o modo com que Harry a chamou. Sentiu-se pequena, triste, afinal ele sempre a chamava pelo apelido que os gêmeos carinhosamente lhe deram.

-Ora, vai dizer que não tem nada a explicar? Você aparece aqui na rua da casa de meus tios sendo menor de idade, usa magia e o ministro nem liga para o que você fez ou deixou de fazer. – Falou se sentindo cansado, ainda sentindo dores pelo corpo; não sabia ao certo se era efeito da maldição que recebera ou se era pela briga. Só sabia que precisava seriamente de um banho, cama e se possível uma poção revigorante. ou quem sabe um carinho vindo dessa ruivinha. - Pensou rindo tristemente.

-Harry... .Eu... Eu -Tentou argumentar enquanto Harry sorria abertamente após ouvi-la chamar pelo seu primeiro nome novamente. -É melhor irmos embora. –Completou se afastando e passando por Rony e Mione que os olhavam chocados.

-Gina, posso falar com você? –Perguntou Percy que estava distante com o ministro que tentava dar um “conserto” provisório no nariz do rapaz.

A ruiva parou onde estava, sentindo uma nova tensão no ar e direcionou os olhos para o ministro que se mantinha estático no outro lado da rua e um brilho de compreensão passou pelos seus olhos cor de mel. Viu quando seu irmão parou a meio caminho andado e entendeu que o “infeliz” estava com medo de se aproximar muito, afinal, pelo cantinho dos olhos pôde ver Rony e Harry de punhos cerrados parados um ao lado do outro e percebeu que Mione também estava preparada para qualquer movimento estranho. Em passos firmes aproximou-se do irmão parando a uns 10 passos de distância, não porque tinha medo, mas sim porque queria só ouvir o que aquele babaca tinha para falar.

-Gina, me desculpe, não devia ter ofendido você. – Falou cabisbaixo. – Eu agi como se eu fosse o seu inimigo, mas não sou. – Completou com a esperança de ser perdoado.

-Sabe Percival, eu sempre admirei todos os meus irmãos. – Disse Gina se encaminhando graciosamente em direção ao irmão. – Todos têm seus defeitos, da mesma forma que eu mesma tenho os meus. – Continuou parando muito próximo do irmão. – Mas o que não admito é um ser puxa saco, vira casaca, sanguessuga que ofende a família somente para agradar e conseguir algo para seu superior.

Nesse momento elevou o joelho ao meio das pernas do irmão atingindo em cheio a parte acima das coxas e bem abaixo do umbigo. Sabendo que após tal ato sobrinhos vindo do lado daquele irmão seria pouco provável por alguns anos devido à brutalidade que o atingiu, fazendo com que o grito de Percy fosse ouvido por muitas e muitas pessoas, enquanto via o irmão meio curvado com as duas mãos protegendo o lugar atingido, prosseguiu:

-Você acha mesmo que eu não percebi o que pretendia? – Perguntou abrindo o melhor sorriso sarcástico que já fez na vida, enquanto a cada palavra Percy arregalava os olhos sem entender e ao mesmo tempo admirando a capacidade que a ruiva tinha em pegar as coisas no ar. – Você fez o que fez para ver Harry sair do sério, deixá-lo nervoso a ponto de ser levado ao ministério, para que Rufus e sua equipe doentia conseguissem fazer o “eleito” apoiá-lo. – Fez cara de nojo torcendo o nariz - Preferiu ofender sua família, entristecer nossos pais, tudo para conseguir satisfazer a mente doente do ministro.

O trio, que ouvia tudo que a ruiva falava, ficou mumificado com as palavras firmes e ao mesmo tempo com rancor, mas assim que Harry entendeu a percepção da ruiva e viu aquela garota desferir uma joelhada no irmão, arregalou os olhos e involuntariamente levou uma das mãos protegendo a suas partes baixas e pôde reparar que Rony fazia o mesmo. Logo após, viu a ruiva dar de costas para o irmão e se encaminhar até onde se encontrava, mas ao se deparar com os olhos verdes resolveu seguir outra direção. Rony, vendo Gina se distanciar, resolveu ir atrás sendo seguido por Harry e Mione; essa ao passar por Percy que ainda se recompunha e cambaleava em sua frente não resistiu e deu um empurrão fazendo com que ele caísse sentado ao chão.

-Gina, onde você pensa que vai? –Resmungou Rony se aproximando e segurando-a pelo braço fazendo com que ela se virasse.

-Me despedir de Tonks e Lupin. Por quê? –Murmurou erguendo o queixo e encarando o rosto do irmão.

-Certo. Vamos nos despedir e logo em seguida eu levo você pra casa. – sentenciou o ruivo sem notar um olhar estranho entre Mione e Gina.

Logo após todos se despedirem resolveram que estava na hora de irem para casa, afinal eles sabiam que no mínimo o Senhor Weasley iria querer ter uma conversa muito séria com eles, pois havia pedido que eles fossem embora logo atrás dele e ao invés disso, eles resolveram ficar um pouco mais, mas na verdade tudo que Harry queria era cama.

Gina andava a passos largos para alcançar o parque próximo dali. Eles sabiam que era o lugar mais seguro para aparatar e desaparatar sem que os trouxas os vissem. Muitas residências que haviam sido destruídas já estavam com o aspecto de nova, impecavelmente como sempre fora. Os aurores estavam fazendo um belo serviço; além de apagar a memória dos trouxas usavam feitiços reconstruindo tudo novamente. Chegando ao parque próximo de uma árvore se agruparam para aparatar, enquanto Harry falava para Rony que ele próprio levaria Gina, viram um vulto se deslocando entre eles e ao olhar para ver o que estava acontecendo viram Gina dar um sorriso e girar nos calcanhares e desaparecendo.

-Que diabos! Como foi que ela fez isso? –Perguntou Rony que olhava de Mione para Harry, que estava tão surpreso quanto ao amigo. –Mione? Responda-me como foi que minha irmã aparatou?

-Simples Rony –Disse alegremente - Foi assim. – E seguindo os gestos anteriormente de Gina desaparatou, deixando para trás os dois abobalhados.

-Mulheres. – Grunhiram os amigos e fizeram o mesmo.

***
Gina, assim que chegou, rumou em direção as escadas subindo para o quarto com os pensamentos a mil, sabendo que agora não tinha mais por que esconder o motivo de passar horas no quarto e tão pouco como chegou á casa dos Durleys, sabia que tinha chegado o momento e esperava de todo o coração que os dois garotos entendessem o motivo de ter omitido todos esses meses uma coisa que mais cedo ou mais tarde eles saberiam, mesmo por que ela resolveu tomar essa atitude simplesmente por saber que seria sempre deixada para trás, sempre achando que por ser nova demais sabia feitiço de menos. -Não Ginevra, não é bem assim, eles sabem do seu potencial –repreendeu-se por tal pensamento com um sorriso triste. Assim que chegou ao seu quarto viu sua mãe sentada em sua cama com seu pai lhe afagando os cabelos, seu gatinho branco dormindo aconchegantemente na caminha posta ao lado da poltrona, enquanto em cima da escrivaninha dormia uma bolinha roxa, era Arnold seu mini-puff.

-Mamãe? -Engoliu em seco. –Papai? –Vocês estão bem? –Demonstrando nervosismo na voz em um tom de preocupação.

-Quem deveria perguntar isso somos nós, minha filha. –Disse Molly endireitando o corpo se desencostando do marido. –Como foi que deixei que isso acontecesse? Eu não criei meus filhos para se agredirem. Eu jamais... – respirou fundo não conseguindo impedir que um soluço sufocado fosse ouvido. Gina, vendo a tristeza que seus pais estavam sentido aproximou-se ajoelhando em frente aos dois, esperando que sua mãe concluísse: – Ah! Minha filha... Jamais imaginei nem em meus piores pesadelos um de meus filhos agredindo o outro.

-Mamãe, não fique assim. –Falou acariciando o rosto de sua mãe com as pontas dos dedos. –Nem você, papai. Um dia... –Suspirou cansada. –Quem sabe um dia Percy volte a ser o que era antes. –Elevou a outra mão ao rosto de seu pai que deixou uma teimosa lágrima escorrer por seu rosto, fazendo com que a caçula dos Weasley secasse com a palma da mão aquele rosto cansado de um homem trabalhador e honesto.

-Filha, o Percy escolheu seguir o ministério, isso seria motivo de orgulho para qualquer pai. – Falou fortemente Arthur se pondo de pé após ouvir as palavras de consolo da filha. – O que ele não percebe é que o ministro quer tampar o “aerosol” com a penseira. –Continuou Srº. Weasley sem nem ao menos se importar com o fato da filha dar uma risadinha pelo ditado popular trouxa que o pai tentou falar. -Ele não vê que o ministro está fazendo pouco caso para tudo que é relacionado ao você-sabe-quem.

Ficaram alguns minutos digerindo o que aquele pobre senhor havia falado, até que por fim decidiram que de nada adiantaria ficarem debatendo sobre os critérios de Ruffus.

-Vamos mudar de assunto. –Disse Molly se levantando junto com Gina no momento que Mione entrava pela porta fazendo menção de sair novamente – Não precisa se retirar Hermione, você, tanto quanto Harry, fazem parte da família e não tem porque não saberem o que estamos conversando, mesmo por que você já sabe que o segredo de vocês termina agora, certo? –Olhou de Mione para Gina que confirmaram com um aceno de cabeça. – Bem, isso é ótimo. Mas me digam onde estão os meninos?

-Devem estar chegando. –Resmungou mal humorada Gina que se abaixou acariciando o gatinho que dormia tranquilamente.

-Vou descer e ver o estado daqueles dois. – Falou senhora Weasley olhando para Gina e dando um sorriso para Mione, que entendeu que com certeza a peraltice dos gêmeos Weasley tinha a quem puxar.

–Hum... Percy se feriu muito? –Perguntou Molly com a mão na maçaneta para se retirar, logo após Arthur ter saído informando que iria para o quarto descansar.

-Nada que um bom feitiço e um saco de gelo não resolvam. –Respondeu Hermione reprimindo uma risadinha enquanto Gina revirava os olhos e completava em murmúrio fazendo com que somente Mione ouvisse. –Só não posso garantir que terá netos vindo dele.

Senhora Weasley franziu o cenho tentando entender o porquê de seu filho precisar de um saco de gelo. Tentava se conformar em não poder cuidar do filho desnaturado que havia colocando no mundo; acabou dando de ombros e indo verificar os dois garotos que provavelmente estariam na sala. Desceu já pensando em como colocar seu plano em ação.

***
Assim que os garotos chegaram ao Largo Grimmauld, permaneceram alguns minutos na sala, cansados sem ânimo algum para subirem para o quarto mesmo sabendo que tanto um como ou outro precisavam urgente de banho e no caso de Harry cuidar das marcas roxas, arranhões pelo rosto inclusive um pequeno corte ao lado do lábio superior. Passou um tempo ao qual os dois continuam caídos um em cada sofá até que viram a Sra. Weasley vindo em desespero em seu encontro.

-Harry, meu filho, você está todo machucado. –Falou Molly desesperada analisando e passando a mão no rosto do rapaz levantando a franja e analisando as marcas roxas e arranhões. -Suba para seu quarto e tome um banho enquanto vou preparar um lanche e alguns remédios trouxas que Arthur costuma guardar em casa.

-Mamãe, remédios trouxas? –Questionou Rony enquanto Harry franzia o cenho sem entender por que ser curado no modo trouxa sendo que com magia seria muito mais rápido.

-Ronald, lógico que prefiro magia. –Respondeu Molly percebendo Rony relaxar os ombros de alívio. –Mas nesse caso vou usar métodos trouxas, afinal foi uma briga trouxa certo? –Falou em tom de afirmação olhando de Harry pra Rony. –Vou pegar um pouco de alcoólatra para desinfetar os ferimentos.

-Senhora Weasley, disse Harry meio sem graça, é álcool e não alcoólatra.

-Ah! Que seja. –Falou fazendo um movimento com as mãos enquanto caminhava para cozinha.

-É cara, não queria estar na sua pele. -Comentou Rony se referindo ao desastre que poderia ser sua mãe tentando usar métodos trouxas.

-Só queria saber onde ela pretende usar o álcool. –Falou dando de ombros após ter ficado alguns segundos olhando o caminho que a doce senhora havia passado. -Vou tomar um banho.

-Certo. Quer ajuda pra subir? –Perguntou Rony se postando ao lado do amigo.

-Acho que posso fazer isso sozinho. Obrigado. –Murmurou caminhando rumo ao andar de cima com Rony em seu encalço.

***
Lupin e Tonks após o quarteto se despedir, continuaram a ajudar todos os moradores. A metamorfomaga estava inquieta desde o momento que Lupin desarmou Gina. Ele mantinha um semblante sério e pensativo.

-Remo, o que está incomodando você? –Questionou Tonks enquanto agitava a varinha reconstruindo um chafariz de um jardim em uma das casas.

-Ah!... -Pronunciou girando a cabeça em direção onde se encontrava a metamorfomaga.

-Ah! Qual é Remo? Tenho reparado que seu aspecto mudou consideravelmente após desarmar Gina. –Fez um gesto impedindo que fosse interrompida - Enquanto a discussão rolava solta você se mantinha atento o tempo todo, mas no momento que vi você correndo percebi que algo grave estava prestes a acontecer.

-Não é nada. Você está imaginando coisas, querida. –Falou acenando a varinha em um outro canto do jardim onde reconstruiu com perfeição duendes de gesso que enfeitavam aquele local. –Só fiquei preocupado da maneira que estava correndo a discussão. –Prosseguiu vendo a incredulidade que Tonks havia feito ao dizer que ela estava imaginando coisas. –Sabemos que a pequena Weasley é esquentada e fiquei com medo dela proferir alguma maldição imperdoável contra o irmão.

-Bem pensado. –Disse Tonks encarando a fisionomia de Lupin. – Remo, você não acha que ela lançaria uma maldição imperdoável. Seria um desejo vindo de coração, certo? –Perguntou antes de arregalar os olhos ao ver a expressão que o professor fez ao olhá-la nos olhos.

-Ela sentiu ódio, Tonks. Eu consegui ler a mente dela em tempo. – Respondeu passando uma das mãos no rosto sentindo cansaço. –Tenho medo que esses jovens comecem a ter mais ódio que amor nos corações deles. Para conseguir derrotar Voldemort todos precisaram de amor, o ódio é algo repugnante e preocupante.

-Não se preocupe. Sei que tanto Gina como os outros têm muito amor naqueles corações. –Disse abrindo um sorriso maroto. – Sabe... – levou um dedo ao queixo dando um ar de pensativa se encaminhando até onde o legitimo maroto estava. – Eu já disse que te amo hoje?

-Tonks, estamos falando sério. –Exasperou Lupin. – Estou preocupado com esses garotos.

-COMO É?? – Grunhiu magoada. –Eu também me preocupo com eles, e sei que o que aconteceu aqui poderia ter sido pior. Mas tenho certeza que saberemos lidar com isso, e também sei que Gina se arrependeu do que seja lá o que for que tenha tido a intenção de fazer.

-Como você pode ter tanta certeza? –Perguntou sentindo o remorso corroer seu corpo, aquela garota havia acabado de dizer que o amava segundos antes e ao invés de ter uma atitude de homem acabou fazendo a pior besteira possível.

-COMO SEI? AH! TENHA SANTA PACIÊNCIA REMO LUPIN. EU VI ELA PARECENDO UMA MÚMIA, PARADA NO MEIO DA RUA CHORANDO, LOGO APÓS VOCÊ DESARMÁ-LA. OU VOCÊ ACHA QUE FIQUEI FAZENDO O QUE ESSE TEMPO TODO? NO MÍNIMO VOCÊ ESTÁ PENSANDO QUE VIM PRA ASSITIR UM RINGUE AO AR LIVRE, SEM NEM AO MENOS ME PREOCUPAR COM O QUE ACONTECE AO REDOR. -Gritou cansada e baixando a voz continuou. – Você vem com essa conversa que tem medo que os garotos tenham mais ódio do que amor nos corações, mas o que você fez a respeito do amor? Eu falo o que sinto de coração aberto e o que você faz a respeito, heim? –Sentiu lágrimas quentes escorrerem pelo eu rosto.

-Tonks, me desculpe. Eu errei. Minha cabeça não está boa com tudo que aconteceu aqui essa noite. -Desesperou-se Lupin se aproximando de sua namorada. – Eu também te amo. – A abraçou depositando um beijo na testa de Tonks. – Amo como nunca pensei em amar alguém. – Completou dando um sorriso maroto e olhando ao redor. – Acho que podemos ir para casa.

-Para casa de quem? –Perguntou se desvencilhando do abraço e dando um sorriso.

-Não importa na casa de quem, o que importa é que vamos juntos. – Voltou a abraçá-la desaparatando em seguida.

***

Saiu do banho se sentindo um pouco mais relaxado, mas ainda com dores pelo abdômen e algumas partes do rosto latejando. Ficou um pouco sem graça ao ver o amigo aos beijos com a namorada.

-Hum... Hum... Espero não estar atrapalhando. –Tentou brincar pegando a camisa do pijama para vestir.

-Se eu fosse você nem teria trabalho de vest... – Tagarelou Gina ao entrar no quarto, mas parou a frase na metade assim que Harry se virou deixando a mostra o peito nu. –É melhor não vestir. Mamãe está subindo com alguns remédios para passar em você. –Engoliu em seco, sentindo o ambiente aquecer foi até a janela próxima abrindo um pouco dando a desculpa de que era bom entrar um pouco de ar noturno.

-Harry, eu vim aqui para agradecer pelo Sebastian. – Disse olhando para o rosto do rapaz. Ginevra, não olhe abaixo do queixo. Área perigosa mantenha focalizado o rosto – Brigou internamente.

-Sebastian? –Perguntou franzindo o cenho sem compreender do que aquela ruiva desmiolada estava falando agora.

-Aham. Eu acabei de dar nome para ele agora. –Falou com simplicidade percebendo que tanto Mione quanto seu irmão não estavam entendendo do que ela estava falando.

-Que bom que você gostou. Fiquei sabendo através da Luna que no dia que...- falou analisando se poderia continuar ou não resolveu após perceber Gina fazendo um aceno para que prosseguisse. Continuou – No dia que fomos ao beco diagonal.

-Sei. A Luna te contou? –Perguntou debochadamente erguendo uma sobrancelha esperando a confirmação inexistente, afinal naquele dia ela se lembrava perfeitamente de ter visto ele, através de um espelho, escondido observando.

-É. Bem, não foi exatamente ela. –Gaguejou vestindo uma camisa de botões para facilitar na hora de passar alguma poção para minimizar a dor que persistia.

Antes de prosseguir, agradeceu a Merlin por ver a senhora Weasley entrando no quarto, com uma bandeja cheia de lanches e logo atrás flutuando um litro de álcool, toalha e uma bacia que ficou entalada do lado de fora. Seria impossível algo daquele tamanho passar por aquela porta.

-Mamãe, a senhora pretende dar banho no Harry na cama? –Questionou Rony se divertindo com a cara de espanto de Harry.

-Oh! Harry querido você não conseguiu tomar banho sozinho? –Falou Molly preocupadíssima, fazendo um feitiço para que a bacia sumisse do lado de fora e reaparecesse dentro do quarto ao lado da cama do “eleito” e correu próximo ao garoto olhando e constatando que o rapaz já havia tomado banho. – Que brincadeira mais sem graça, Ronald Weasley. – Exaltada ralhou Sra. Weasley.

-AH! Isso prova que nossas suspeitas estavam corretas. – Diz Jorge que acabara de chegar com Fred e havia ouvido o que o irmão havia falado.

-Exatamente meu caríssimo irmão.- Fred concordou cumprimentando a mãe com leve beijo na bochecha seguido por Jorge que havia acabado de dar um abraço caloroso em Gina, que se mantinha ao lado da cama do irmão e logo após dando um beijo na suposta futura cunhada - Isso indica que a mente dele se prende ao passado. –Falou Fred abraçando Gina e consecutivamente Hermione.

-Do que é que vocês estão falando? –Perguntou Mione apreensiva, afinal saber que as três palavras: cama, banho e Rony, na mesma frase eram sinal que... – nesse momento arregalou os olhos. -Merlin, ele teve momentos íntimos com alguma garota e todos os Weasley sabem. Inclusive Gina?! – Pensou fechando a cara tristemente. Enquanto via Fred e Jorge cumprimentando Harry que estava deitado sem desgrudar os olhos do litro de álcool que estava ao seu lado.

-Minha cara cunhada e meu futuro cunhado... –Nesse momento Harry e Gina se encararam, mas logo desviaram o olhar... -Agora vou relatar um momento de puro prazer que nosso maravilhoso irmãozinho viveu. –Disse Jorge se colocando ao lado direito de Rony, que estava mais vermelho que um tomate, enquanto Fred parara ao lado esquerdo. Senhora Weasley agitava a varinha enchendo a bacia com água quente, mas seu olhar estava perdido como se tivesse relembrando alguma coisa de um passado distante.

-Quando Rony tinha aproximadamente uns 10 anos, ele ficou muito doente-falou Jorge fazendo cara de dramático. - E mamãe tinha que dar banho nele praticamente na cama. -Continuou Fred franzindo o cenho como se precisasse se forçar para relembrar dos detalhes. -E em um desses dias a nossa tia avó Muriel veio nos visitar, e entrou no quarto no momento que mamãe começou a dar banho nele, mas por excitação ou desespero de vergonha, não sei bem ao certo. – Disse Jorge com ar de divertimento enquanto ouvia o irmão resmungar palavras indecifráveis ao seu lado. - Rony começou a se debater e nossa tia resolveu ajudar a dar banho nele. Enquanto mamãe o segurava firmemente nossa tia o lavava. –Completou Fred olhando atentamente para a cara de Jorge com um sorriso dando a vez para que sua mãe fizesse o comentário final, coisa que sempre fazia ao se lembrar de tal cena.

-Tia Muriel me ajudou muito naquele dia. –Olhou para Rony estufando o peito de orgulho. – Ela sempre comentava que eu alimentava bem meus filhos. De vez enquanto ela mencionava as dobrinhas gorduchinhas de Rony. – Suspirou se despertando dos devaneios ao ouvir todos naquele quarto caírem na gargalhada menos Rony, que já estava havia passado do tom vermelho escuro para arroxeado.

A matriarca dos Weasley riu alegremente em ver todos se divertirem com a velha lembrança que de vez enquanto os gêmeos insistiam em recordar, fazendo com que Rony bufasse de ódio. Voltou sua atenção para Harry e os pequenos arranhões e preferiu optar pela barriga do rapaz que estava avermelhada.

Mergulhou a toalha na “pequena” bacia onde havia despejado uma exagerada quantia de sal, lembrou que Arthur havia lhe falado uma vez que os trouxas tinham a mania de misturar água com sal para passar em ferimentos e para essa mistura davam o nome de salmoura.

Enquanto a doce senhora umedecia várias e várias vezes a toalha naquela salmoura e depositava em sua barriga, resolveu tomar suco de abóbora, notando estranhamente um copo separado da jarra e por diversas vezes Fred e Jorge faziam menção de pegar e misteriosamente Molly ficava exaltada e ralhava com eles dizendo para pegar da jarra, atitude que não passou despercebida por Hermione que sabia que aquela senhora estava aprontando alguma, mas sabia que não era nada que prejudicasse o amigo. Tinha certeza que era algo para tentar fazer Gina ficar mais próxima de Harry. Na bandeja tinha tortas, bolinhos de carne, coxinha de frango empanado e pudim de abóbora suficiente para todos os presentes no quarto.

- Harry o que foi que aconteceu com você? -Perguntou Fred saboreando um bolinho de carne logo em seguida estalando a língua, sinal de que estava uma delícia.

-Você – Sabe - Quem resolveu deixar a magia de lado e partir para murros? – Jorge perguntou recebendo um olhar mortal de sua mãe e de Gina enquanto Mione, que estava abraçada com Rony, olhava gesticulando com a cabeça em reprovação.

Vendo que o amigo mantinha a boca ocupada, impedido de responder, Rony falou em sem lugar. - Foi o babaca do Percy. – Logo em seguida fazendo um gesto brusco com as mãos, longe dos olhos de sua mãe, como se tivesse enforcando alguém.

-O que realmente aconteceu? –Questionou Fred e Jorge em uníssono.

Rony relatou o ocorrido enquanto Fred e Jorge ganhavam tonalidades de diversas cores. Uma vez ou outra davam murros na cômoda que estava mais próxima e por diversas vezes meteram o pé na bacia cheia de água sendo obrigados a agitarem as varinhas limpando tudo sobre o protesto da mãe, para logo em seguida Rony continuar o relato.

Até aquele momento não havia sido mencionado que Percy tinha encostado um dedo em Gina, mas no momento que Rony falou, os gêmeos urraram em fúria.

-Isso não vai ficar assim! –Disse Fred sendo segurado por Gina que pedia para que ele se acalmasse e Jorge era segurado por Rony.

-Vocês dois podem ficar onde estão. –Ralhou Molly parando o que estava fazendo e olhando para os filhos. – Já chega. Não quero saber mais de brigas por hoje.

-Mãe, precisamos proteger a Gina. Aquele asno não tem o direito de fazer o que fez... -Falou Jorge dando-se por vencido. -Deixa só Carlinhos e Gui saberem disso.- Completou Fred zangado.

-Ninguém precisa me proteger. – Protestou Gina firmemente.

- Não precisam ficar achando que ele saiu impune. –Sorridentemente falou Rony.

- Isso quer dizer que o estado dele é pior do que o do Harry? - Perguntou Fred. – Que pergunta estúpida a minha, até mesmo uma minhoca é capaz de dar uma surra naquele idiota metido.

-Exatamente. –Dessa vez foi Mione que se pronunciou. – Desde quando Percy tem capacidade de levar a melhor com alguém. Ainda mais quando esse alguém é o Harry. –Completou olhando para o amigo que sorriu.

-Mas assim que pintar uma oportunidade nós vamos atrás daquele que-não-se quer-ser-achado. No momento que o encontrarmos vai se arrepender amargamente do que fez. –Jorge decidido falou recebendo aceno de Fred em concordância, enquanto ambos apoiavam a mão por cima da capa, lugar que indicava estar guardada a varinha.

-Vocês não vão encontrá-lo tão cedo. –Sentenciou Rony se posicionando ao lado dos gêmeos. – Não depois do que nossa ilustríssima irmã fez com ele.

-O que você fez Gina? –Perguntaram os gêmeos virando a cabeça simultaneamente em direção a ruiva que arregalou os olhos e deu de ombros, atitude que os gêmeos conseguiram entender o que exatamente a irmã tinha feito.

-Então o que ensinamos deu certo? –Os gêmeos euforicamente abriram um largo sorriso. Sorridente, Gina confirmou com um gesto de cabeça.

- Uauuuu... Que bom que anda praticando isso com um irmão que realmente mereça. –Suspirou aliviado Fred enquanto Harry e Rony estreitavam os olhos sem entender.

-Por falar em praticar. –Murmurou Rony se encaminhando até a irmã. – Como você aparatou? E como chegou a casa dos Durleys? –Olhando de Gina para Fred e depois para Jorge. – Você nunca tinha ido à casa dos tios de Harry. Por que o ministro não repreendeu você, por usar magia sendo menor de idade?

-Credo, Ronald quantas perguntas. –Resmungou Gina chateada. - Em primeiro lugar menor de idade correndo perigo pode usar magia fora de Hogwarts, para sua informação. –Falou Gina erguendo o queixo e encarando o irmão. - E segundo lugar eu não devo satisf... – nesse momento foi interrompida.

-Exatamente Gina. –Dessa vez quem se pronunciou foi Harry fazendo a ruiva encará-lo. – Mas no caso... Você não estava correndo perigo aqui em casa e apareceu em um lugar que não deveria estar.

-Mas apareci no momento certo. –Interpôs Gina fazendo Harry sorrir concordando. – Aquela Belavaca. Que ódio. –Completou voltando a encarar Rony assim evitava encarar o dono dos olhos mais belos que já viu em toda sua vida.

-Gina, não enrola. Conte como você conseguiu fazer tal proeza. –Resmungou Rony pegando um pedaço de pudim e enfiando de uma vez na boca enquanto Gina e Mione reviravam os olhos.

-Acho que eu posso responder isso por você, filha. – Docilmente falou Molly, que sabia do medo da filha de não ser perdoada por esconder uma coisa como aquela dos garotos. – Eu e Arthur quando voltamos para casa após a morte de Dumbledore... –Nesse momento todos os presentes naquele quarto sentiram um imenso vazio, apenas Harry e Gina mantinham um olhar concentrado um no outro, afinal eles sabiam que foi a partir daquele momento que a separação deles dois foi inevitável.

-Ficamos preocupados como todos os pais que querem proteger seus filhos, mas quando Gina chegou em casa triste e nos pediu para autorizá-la á usar magia fora de Hogwarts, eu e Arthur fomos contra, discutimos muito... Entre nós três. – Interpôs ao ver Rony tentar questionar. –Vimos que não adianta nada esconder nossos filhos... Coloquei-os no mundo para serem dignos e valentes de coração. Lógico que me preocupo com todos os presentes aqui nesse quarto, como também todos os que não estão aqui. – Relatou suspirando – Inclusive Percy. – Completou entristecida.

- Eu soube através de Tonks que se papai e mamãe autorizassem poderia usar magia fora de Hogwarts. Pedi isso para eles para poder treinar horas e horas – Disse Gina se aproximando de Mione. –Nós treinamos muito sendo sempre acompanhada por Tonks, que nas folgas vem dar aulas para nos duas. –Olhou para Rony, vendo que esse estava prestes a falar alguma coisa –Sim. Hermione ficou sabendo de tudo assim que chegou á Toca.

-Mas não entendo o porquê de esconder isso tudo de nos dois. – Disse Harry se ajeitando melhor na cama, afinal já começava a se irritar com toda hora sendo molhado por aquela água salgada.

-Por que eu não sendo treinada nenhum dos dois, fez um aceno para que Rony ficasse quieto. – Isso mesmo. Nenhuns dos dois concordariam em me ver ajudando nessa maldita guerra por ser nova demais. – Se posicionou no lugar onde a mãe havia acabado de levantar para pegar o álcool e começou a fazer o que antes sua mãe fazia. Atitude que fez o rapaz pedir mentalmente por misericórdia para que senhora Weasley tirasse Gina dali, afinal seu monstrinho interior estava começando a dar os primeiros passos de um tango. – E também posso ser útil, sem que ninguém fique o tempo todo com medo que eu não saiba me defender.

- Mas sabemos perfeitamente que você sempre soube se cuidar. – Resmungou Harry puxando a coberta até a altura do umbigo, vendo Gina ruborizar. -O que não quero é você se machucando por minha causa. –Completou se sentindo enganado.

Gina ficou alguns segundos o encarando e depois prosseguiu.

-Eu tenho licença para aparatar, fiz o teste no mesmo dia que vocês dois. -Falou irritada e se levantou.

Naquele instante Harry lembrou-se de ter sentido o aroma floral que tanto amava no dia que foi fazer seu teste.

Molly então pegou um pequeno tufo de algodão e encharcou no álcool levando ao canto superior do lábio de Harry onde havia o pequeno corte. A ruiva mantinha um olhar compenetrado a cada movimento que sua mãe fazia e no momento que seus olhos se encontraram com aquela imensidão verde percebeu que ele a fitava já algum tempo com um sorrisinho de lado que foi desfeito no momento que ele sentiu o contado daquele algodão em seu ferimento.

- Aii! - Gemeu Harry baixinho devido á dor.

- Bem feito. Quem mandou ficar igual um trasgo? - Disse Gina tentando disfarçar o aperto no coração ao ver seu amado sofrendo e não entendendo por que sua mãe resolveu tratar ele pelo método trouxa, já que sempre ouviu sua mãe falando que não confiava nesse método.

-Gina, você não explicou como chegou à casa dos Dursleys. –Prosseguiu Rony. –Mesmo que você tenha licença para aparatar como conseguiu aparatar sem conhecer o lugar de destino? -Intrigado falou o ruivo no momento que os gêmeos empalideceram repentinamente engasgando com um pedaço de torta na boca cada um. Molly conhecendo bem seus filhos sabia que eles tinham culpa no cartório.

-Fred e Jorge Weasley, foram vocês, certo? – Perguntou Molly, já sabendo a resposta. Com um olhar fulminante para os gêmeos que pareciam ter encolhidos centímetros.

- Bem Mamãe... - Começou Fred. – É que... – continuou Jorge, ambos ganhando tonalidades infinitas de vermelho.

- Fred e Jorge Weasley! - Disse Molly num tom bravo.

- Não fica brava com eles. -Começou Gina mordendo o lábio inferior sabendo que a cada tufo de algodão que sua mãe passava com álcool em Harry sabia que doía e muito, mas o rapaz continuava firme sem expressar mais nenhum gesto que indicasse dor. - Eu sou a culpada. –Finalizou direcionando os olhos para sua mãe.

-Como você, mocinha? –Disse Molly parando de cuidar de Harry, deixando a mão elevada no ar e olhando para Gina. -Até parece que você os obrigou. -Falou voltando a cuidar do rapaz.

-Foi logo depois do pesadelo com os Dursley. –Disse encarando Harry nos olhos. -Pedi para que eles me levassem até lá, mas eles se negaram. –Desviou os olhos de Harry para sua mãe que a encarava. - Então eu os ameacei. –Disse com simplicidade.

-Qual argumento você usou, para conseguir que eles fizessem o que você pedia? –Perguntou divertidamente Harry, esquecendo momentaneamente da dor.

-Bem... – Prosseguiu achando graça ao se lembrar. – Isso foi simples. Eu os ameacei que se eles não me lavassem eu faria algo com que eles ficassem impossibilitados de dar netos para mamãe. –Respondeu como se, o que tinha feito fosse a coisa mais certa do mundo.

- Como vocês tiveram coragem! Não sabiam que podiam estar levando a irmã de vocês ao perigo!!! E você mocinha como pode ameaçar seus irmãos assim! -Ralhou Molly com os filhos que pareciam cada vez menores perante a fúria da matriarca dos Weasley. Harry não pôde esconder a felicidade em ver a cara de travessa que aquela ruiva tinha, e ele admirava o jeito moleca dela.

- Mas... - Tentava argumentar Fred, porém, foi interrompido pela mãe.

- Não me venha com mas Fred Weasley, eu estou decepcionada. –Declarou Molly furiosamente.

Um silêncio inquietante caiu então sobre o quarto. A senhora Weasley continuou a cuidar de Harry, coisa que o garoto não achava mais necessário por que na certa, após ter passado praticamente um litro de álcool em seus arranhões, provavelmente supôs ter perdido a sensibilidade naquela região. Rony e Hermione mantinham-se encostados na janela, já Gina se mantinha encostada num canto muda e tanto Fred como Jorge já haviam saído discretamente após a bronca da mãe.

- Terminei. –Finalizou Molly agitando a varinha para que a água e bacia sumissem fazendo com que aparecesse uma outra menor e térmica para que “alguém” resolvesse cuidar de Harry enquanto dormia.

- Obrigado Srª Weasley. - Agradeceu Harry gentilmente.

- De nada, querido. Beba o restante de seu suco. –Falou observando que ele só havia tomado a metade indicando o copo ao lado da cama.

-Obrigado. - Disse Harry pegando o copo com o restante de seu suco e bebendo de uma vez sentindo um estranho gosto amargo nunca sentido antes em suco de abóbora. Supôs ser por ter tomado só um pouco e depois o restante, porem após tomar sentiu –se revigorado.

-Vamos deixar o Harry descansar. - Sentenciou Molly arrastando todos para fora do quarto.

-Boa Noite, Harry! Boa Noite, Rony! –Desejaram as garotas e senhora Weasley.

-Boa Noite! –Desejaram os rapazes.

Após todos saírem do quarto Harry não pensou em mais nada, só queria fazer uma coisa, dormir, dormir e dormir para tentar esquecer um pouco seus problemas. Viu quando Rony deitou e ficou encarando o teto com cara de bobo, isso Harry conseguiu notar antes de se virar para o lado e adormecer.

***
Depois de horas e horas rolando na cama, Gina finalmente se deixou vencer, precisava ver ele, precisava ter certeza que ele estava bem para finalmente acalmar seu coração e dormir.

Suavemente vestiu seu robe e saiu a passos leves para não acordar Hermione, que dormia profundamente na cama ao lado, e nem ninguém mais da casa.

Chegou à porta do quarto de seu amado e ao abri-la lentamente amaldiçoou a dobradiça velha por ranger, porém por sorte nem Rony nem Harry fizeram um mínimo movimento, estavam dormindo um sono pesado.

Aproximou-se lentamente da cama de seu amado que dormia tranquilamente dando a impressão de estar sonhando algo muito bom devido ao sorriso que estava estampado em seu rosto. Observou seu abdômen torneado e agora a marca que se mantinha ali era bem pequena se comparada com a que estava após a briga a modo trouxa com Percy.

Direcionou os olhos pelo corpo de Harry olhando desde seus lábios convidativos até suas partes próximo ao umbigo, ruborizando ao se dar conta do que estava fazendo. Ginevra, nunca olhe abaixo do queixo, controle-se. -Brigou intimamente -Mas ele precisava ser tão perfeito assim? -Se questionou vendo a bacia térmica que ainda se encontrava ali.

Dirigiu-se até onde tinha uma toalha, molhou na salmoura e lentamente começou a passar sobre o abdômen de seu amado, que mesmo dormindo soltava pequenos gemidos de dor devido à pressão que havia feito com a mão que segurava a toalha.

Analisou a face de Harry constatando que os arranhões haviam sumido, franziu o cenho em incompreensão -Como é possível ter sumido praticamente tudo sem usar magia? -Se perguntou mentalmente.

Prosseguiu analisando o rosto do rapaz e sem se dar conta se inclinou sobre a cama de Harry tocando seus lábios nos dele, por impulso assim que percebeu o que tinha feito afastou bruscamente como se tivesse levado um choque.

-Devo estar enlouquecendo. -Falou em voz inaudível depositando a toalha, que já estava seca devido a um feitiço, no local que estava anteriormente.

Após isso Gina sai do quarto ainda um pouco assustada com seu descontrole. Mal sabia ela que enquanto vagava pelo corredor, alguém a vigiava, dando um grande sorriso de felicidade, felicidade maternal.


***
Assim que amanheceu todos desceram eufóricos, não antes de cumprimentarem a caçula Weasley, afinal aquele era o dia de seu aniversario de 16 anos. Sabiam que no final da tarde haveria uma pequena recepção e todos estavam dispostos a ajudar nos preparativos.

- Feliz aniversário minha princesa. –Falou Arthur que ainda estava em casa. – Só não vou repreender vocês quatro... –Direcionou os olhos para os demais, enquanto os gêmeos, por trás do pai gesticulavam em perfeita imitação do senhor Weasley. -Por não ter vindo para casa ontem quando mandei, por que não quero estragar esse dia especial. –Dando uma piscadela e abraçando Gina em um abraço apertado e lhe beijando a bochecha, gesto repetido pela senhora Weasley que tinha acabado de fritar bacon e panquecas.

-Harry querido como está se sentindo? –Averiguou a senhora Weasley olhando e passando as mãos pelo rosto de Harry, que deu um meio sorriso sem graça ruborizando.

-Estou muito bem, Srª Weasley. –Afirmou se sentando a mesa ao lado de Rony, e tentando disfarçar uma queimação na cicatriz.


-Fred e Jorge abraçaram e beijaram Gina dando os parabéns, logo em seguida se ajeitaram à mesa para todos tomarem o café da manhã, com muitas brincadeiras por parte dos gêmeos.

Assim que terminaram, resolveram ficar na cozinha ajudando na arrumação ou simplesmente brincando com as panelas que flutuavam fazendo com que um duelo enorme de panelas se atacasse, inclusive Srª. Weasley que a principio havia dado bronca acabou entrando na brincadeira. Fred e Jorge haviam saído da cozinha informando que iriam usar a lareira para ir ao trabalho. Mas, passado alguns minutos, voltaram com expressão descaracterizada.

-Harry é... –Começou Jorge aflito. – Moody está ai. – Terminou Fred com uma expressão de terrível temor; a senhora Weasley ao ouvir passou por eles e rumou para sala sendo seguida por todos.

Assim que chegou na sala uma estranha névoa acinzentada se formou predominando o ambiente.

-VOCÊ! – Gritou Harry empunhando a varinha sendo imitado por todos que o seguiam.

-Bom Dia Potter!
****


Indicações de fics H/G


O Clã –( Georgia)
http://www.floreioseborroes.net/menufic.php?id=17400

Harry Potter e o Encontro das Trevas (Livinha)
http://www.floreioseborroes.net/menufic.php?id=17648

Just Like Heaven (Sally)
http://www.floreioseborroes.net/menufic.php?id=17671
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Agradeço a todos quem vem acompanhando minha fic e peço desculpas novamente pela demora.

Ruiva Potter, Felipe Vieira, Naty Lavigne Potter, Fla Malfoy, Dani Evans Potter, Ana Teles, Mari lPotter, Débora Goebel, Leonardo Potter, Aldo Padfoot, Ana Carolina Guimarães, Drika Granger, Monique Malfoy, Sirius Regulus Black, Priscila Bananinha, Tonks & Lupin, Daniela Paiva, Lize Lupin, Lola Potter, Gina, Amanda Regina Magatti, LiLi N.

Agradecimento Especial


Clow Reed – Amigo valeu pela força que vem me dando desde antes mesmo de começar essa fic.
Molly – Por se essa pessoa maravilhosa que me dá muita força e pela amizade verdadeira.
Marcio (Rabino) - Por ter me ajudado também e me dando apoio. Valeu...
Scheil@ Potter - Por ser minha beta querida que atrasa a postagem da própria fic para betar a minha. Minha amiga querida, Te adoroooo
Cláudio Souza – Esse é o cara.. hahaha... Meu amigo obrigada pelas dicas e por ter sido o anjo da semana (nem adianta negar por que sei que você não foi um anjo só pra mim sei que foi pra Scheila também). Obrigada de coração.
Mérope (Natalia) - Pelos altos papos através do MSN, altas gargalhadas, surtos totais.. Hahaha...

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Comunidade no Orkut http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=19547163








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