Brigas



Desapataram no Largo Grimmald, na calçada entre as casas números 11 e 13, Lupin tirou pequeno papel do bolso e disse algumas palavras que Harry não pode entender, pois estava prestando atenção em Hermione e Phillipe, o rapaz ainda não tinha largado da cintura da garota, o que estava irritando Harry. Ela estava encostada nele e conversavam baixo. Nesse momento Lupin o tirou de sua observação e disse pra todos:
- Vamos pessoal! Para dentro rápido, aqui fora pode ser perigoso.
Harry nem havia notado a porta que apareceu em frente dele. Todos entrarão na pela porta inclusive Phillipe e Hermione que continuava abraçada com ele, achou melhor entrara também, pois estava ficando frio.
Entrou e ficou parado em frente a porta, era a primeira vez que ele entraria lá sabendo que não teria Sirius para recebê-lo, para conversar o que ele precisava muito nesse momento, para saber mais sobre as aventuras dele e de seu pai.
Mas só de saber que só faltava um ano em Hogwarts o deixava mais triste ainda, Hogwarts foi seu lar por seis anos, onde ele vivera aventuras que ele nunca mais iria esquecer, onde ele fez amigos que nunca mais esqueceria, onde ele encontrou seu amor...
Quando a guerra acabasse ele iria pedir Hermione em casamento, compraria uma casa em Hogsmead, teria muitos filhos e eles iriam para Hogwarts para fazer coisas que certamente eles também nunca esqueceriam.
Deu uma olhada para a casa e para sua surpresa Hermione havia saído de perto de Phillipe e estava sentada no sofá, olhando para a lareira. Chegou mais perto e se sentou ao lado dela que pareceu não perceber. Foi quando ele viu uma pequena e solitária lagrima descer pelo belo rosto dela e tratou de enxugá-la rapidamente que Hermione pareceu perceber a sua presença.
- Por que esta chorando Mione?
- A guerra, Voldemort...Ah Harry, as vezes é difícil pra gente se fazer de forte o tempo todo, dizer que vai ficar tudo bem, quando a gente também está com medo.
- Não fique assim Mione. Aquele maldito não merece nem que você pense nele nem nenhuma lagrima sua. Você vai ver logo vai acabar viveremos felizes pelo resto da vida,nós dois.
- Nós três você quer dizer?
- Ah sim, claro, nós três. – novamente ele se censurou mentalmente por ouro furo – Er..Mione?
- Oi?
- Por que você estava abraçada com ele daquele jeito?
- Com que? Que jeito Harry?
- Com quem mais? Com o loiro-aguado... er quero dizer com o Phillipe.
- Mas de que jeito?
- Abraçada, sei lá como, de um jeito diferente. Pareciam até que vocÊs eram namorados.
- Mas por que a pergunta?Ta com ciúmes?
- NÃO! Claro que não! É só que...bom...
- E você esta fazendo todo essa cena só porque não gosta de me ver abraçada com outro garoto?
- Bom...É.
- E POSSO SABER O PORQUÊ? VOCE E RONY SÃO MEUS DONOS AGORA? MANDAM EM MIM? NÃO POSSO TER UMA VIDA NORMAL? SÓ PORQUE VOCE É O HERÓI NÃO SIGNIFICA QUE PODE MANDAR EM MIM!- Hermione já tinha se levantado do sofá e estava berrando com Harry que a olhava espantado como uma pessoa podia explodir assim? Isso não ia passar barato, mesmo se tratando de Hermione.
- ENTÃO VOCE ACHA QUE É FACIL ASSIM? QUE EU SOU O HERÓI E PRONTO? QUE A ÚNICA COISA QUE EU TENHO QUE FAZER É DESTRUIR VOLDEMORT E PRONTO? VOCE ACHA QUE EU NÃO SOFRO?- Nessa hora todos que estavam na cozinha tinham saído para ver o que era o barulho, mais os dois nem perceberam – VOCE ACHA QUE EU FACIL, EU TER QUE ME PREOCUPAR COM VOCES A CADA VEZ QUE EU ACHO ALGUMA PISTA? TER QUE ME PREOCUPAR COM VOCE E RONY TODA VEZ QUE VOCES TENTAM BANCAR OS AJUDANTES?POR QUE A ÚNICA COISA QUE VOCES FAZEM É ME ATRAPALHAR...

Tap...

Dessa vez Harry havia ido longe demais, todos o viam e escutavam tudo mas apenas Hermione teve alguma reação para pará-lo. Só depois do tapa que ela, que estava a beira das lagrimas desde que ele tinha começado a discutir, e Harry perceberam que não estavam sozinhos: A Sra. e o Sr. Weasley, Tonks, Lupin, e Phillipe estavam parados perto das portas da cozinha olhando para ele como se ele quem tivesse dado o tapa em Hermione,mais o pior ainda estava por vir.
- Então de agora em diante, vá caçar as pistas sozinho. – Ele a ouviu dizer amtes que a garota corresse para as escadas já não agüentando o choro. E foi quando Harry observou a garota subir as escadas correndo que ele percebeu que ainda mais gente que havia presenciado a briga: Rony, Gina e os gêmeos estavam parados nas escadas próximos as escasas e o olhavam com uma ainda pior que a dos outros. Gina quando Hermione passou por ela foi atrás da amiga, os meninos fizeram o mesmo, menos Rony que ainda ficou olhando Harry por um bom tempo, até Harry ter coragem de falar alguma coisa:
- Rony, me desculpe, eu...
- Hermione tem razão. Se somos um “problema a mais” pra você, então que cuide de procurar o resto das horcruxes sozinho. - após dizer isso fez o mesmo que os outros e subiu sem olhar para trás.
Harry ficou assistindo Rony subir as escadas, inconformado com o amigo. Quando ele virou para explicar para os outros não viu mais ninguém. Estava sozinho. Achou melhor não ir dormir no mesmo quarto de Rony, então deu uma procurada pela sala e encontrou uma colcha que poderia servir de cobertor, pegou uma almofada e deitou no sofá. Demorou a dormir, pensando no que tinha falado. Tinha ido longe demais. Não era aquilo que ele queria dizer mas simplesmente saiu, não teve como evitar. Adormeceu perturbado e acabou por ter um pesadelo:


“Ele estava andando em um corredor muito sujo, com tochas nas paredes, velhos quadros os quais ele não conseguia distinguir os ocupantes e também não conseguia identificar onde era o lugar, pois não havia nenhuma janela. Continuou andando até chegar a uma porta um pouco mais iluminada do que o corredor. Se aproximou da porta para ver se tinha alguém lá dentro, escutou vozes, vozes muito familiares, tentou chegar mais perto para ver se conseguia ver alguma coisa, encostou a orelha na porta e começou a escutar a conversa:
- Mas milorde, o que o senhor fará em relação a garota?Tem certeza que é ela mesma? – ele ouviu Draco Malfoy dizer, com a voz carregada de medo
- Calado Malfoy! Já mandei alguém chegar perto dela e ver se ela da algum deslize e mostra algum poder, para identificarmos ela.
- Perdoe-me a ignorância, mas e quando ao Potter descobrir? – ele pode distinguir facilmente a voz arrastada do ex-professos de Hogwarts Severus Snape.
- O nosso informante foi instruído para ser o mais sutil possível. Teremos que evitar isso ao máximo.
- Uma última pergunta meu senhor?
- Quanta petulância Severus! Mas, de qualquer forma, você cumpriu com o nosso objetivo em Hogwarts, merece ser informado. Pergunte.
- Perdoe-me milorde, mas quem esta atrás da garota? Convivi com ela por anos e digo que é difícil enganá-la. Ela é muito esperta, e pode desconfiar de algo.
- Não se preocupe a pessoa é de confiança e extremamente , ele me manterá informado com relação a ela.
Harry tentou chegar mais perto para ver se enxergava alguma coisa, mas derrubou sem querer uma tocha que estava pendurada na parede.
- Parece que temos visita, Malfoy!
- Estou indo, meu senhor. – o som de passos soaram e ele podia sentir Malfoy cada vez mais perto, quando, de repente, tudo escureceu e ele acordou no sofá do Largo Grimmald”


Harry agradeceu que tivesse acordado, por que não teria para onde fugir caso Malfoy fosse atrás dele. Tinha reconhecido algumas vozes como Malfoy, Snape e Voldemort, mas sabia que havia mais gente naquela sala. E se esse sonho fosse verdadeiro, o que significava aquela conversa? Mencionaram seu nome e quem seria a garota que estava seguindo? Achou melhor dar um tempo nos pensamentos e ir tomar um copo d’água.
Levantou do sofá e estava indo a cozinha quando escutou já havia alguém lá. Olhou o relógio: 03:45 da manhã. Entrou na cozinha devagar e encontrou Hermione com um short e uma blusinha, os dois brancos, e os cabelos presos um trança, ela estava encostada na pia com um copo de água na mão quando ela o viu tomou o resto da água rápido e ia saindo sel falar nada. Harry, então, resolveu tentar um diálogo.
- Hermione, eu...
- Não quero falar com você, me dê licença, por favor. – ela passou por ele sem nem mesmo olhá-lo, o que machucou o garoto. Ele ia indo até a pia para também tomar água quando ouviu uma voz arrastada soar atrás de si.

- Ela tem razão para ficar irritada, sabe? O que você disse mais cedo não foi nada cavalheiro. – Harry cerrou os dentes e se virou apenas para encarar a figura loira e atraente de Phillipe, encostado no batente da porta da cozinha.
- Mas a que brilhante conclusão você chegou! Descobriu sozinho ou precisou da ajuda de alguém? – ele fuzilava o loiro com os olhos enquanto a sua voz saia carregada de ironia.
- Nossa Potter, isso são modos de tratar o seu “amigo”? – disse Phillipe sarcasticamente e deixando transparecer um sorriso. – Sabe, é uma garota encantadora. A Hermione. Vocês se conhecem a muito tempo? – ele adentrou ao cômodo e puxou uma cadeira para se sentar.
- E o que isso te importa? – disse Harry o olhando torto
- Ora Potter, estou apenas curioso. – disse Phillipe distraidamente enquanto pegava uma maça da cesta que ficava em cima da mesa e dava um mordida.
- Sim, desde que entramos para Hogwarts. – Harry respondeu sem tirar os olhos do loiro.
- Uhmm, então já faz um bom tempo. Creio então que saiba do que ela gosta, quero dizer, do que a atrai.
- Aonde você pretende chegar com esse interrogatório Bordeaux? (Eu sei que não tinha colocado antes, + é o sobrenome do Phillipe ok?) – Harry disse com uma sobrancelha levantada e olhando desconfiado para Phillipe.
- Vou jogar aberto com você Potter. – Phillipe virou o tronco o bastante para ficar cara a cara com Harry e o olhar com uma expressão séria - A Hermione me encantou. A achei uma garota muito interessante e extremamente bonita. Se vocês passaram todos esses anos juntos e você nunca tentou nada creio que não há problemas se eu investir nela não é? – Foi a gota d’água para Harry. Ele deixou o copo em cima da pia e caminhou até Phillipe, que continuava com uma expressão ilegível. Harry apontou o dedo para o rosto do loiro e falou em tom de ameaça:
- Se você ousar encostar um dedo dessa sua carcaça de mauricinho da Mione eu juro que eu te mato. – o loiro deixou escapar um sorriso de satisfação ao ver o moreno tão irritado. Ele, calmamente, afastou o dedo de Harry de seu rosto e se levantou, ficando vários centímetros maior que o moreno.
- Devo lhe perguntar o porque dessa reação Potter. Até onde eu sei, você e a Hermione não passam de “bons amigos” e creio que depois do que ocorreu quando chegamos todo e qualquer interesse que ela pudesse ter por você se extinguiu, pode ter certeza Potter. – Harry soltou um rosnado e esqueceu que estavam no meio da noite e começou a gritar.
- E QUEM É VOCÊ PARA DIZER ISSO? AO MENOS A CONHECE TÃO BEM PARA DIZER UMA COISA ASSIM? VOCÊS SÓ SE VIRAM HOJE E VOCÊ JÁ ESTÁ BOTANTO AS MANGUINHAS DE FORA? QUEM VOCÊ PENSA QUE É?
- Com certeza Potter, alguém a quem você nunca irá se igualar e que pode cuidar muito melhor de Hermione. – disse Phillipe ignorando o tom de voz do moreno e o encarando com um olhar e sorriso de desdém.
- ORA SEU!- Harry jogou o bom senso pro alto e acertou um soco no nariz do loiro, que foi ao chão mas que não deixou por menos: deu uma rasteira em Harry para que ele também caísse e montou por cima dele e quando estava levantando o punho para revidar o soco, repentinamente inverteu as posições, ficando por baixo de Harry, que aproveitou a deixa pra descontar ainda mais a sua raiva e dar outro soco em Phillipe. Sua mão acabava de acertar o rosto do loiro quando um voz assustada e irritada ecoou na cozinha.
- MAS O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? – o Sr. Weasley falou da porta da cozinha – HARRY! POR MERLIN! O QUE VOCE ESTA FAZENDO? LARGUE-O AGORA!
Harry saiu de cima do loiro, massageando a mão que tinha usado para golpeá-lo, enquanto o outro continuava no chão, com as mãos no rosto e com um machucado acima da sobrancelha e outro no canto da boca .
- Phillipe! - Hermione saiu de trás do Sr. Weasley e foi correndo socorrer o loiro. Ela – Tire as mãos do rosto para que eu possa ver – ele tirou as mãos do rosto e instantaneamente a garota começou a examinar o rosto dele com cuidado para ver se ele estava machucado. O que fez o moreno urrar de raiva – O que você tinha na cabeça Harry? Podia ter machucado ele feio!
- A culpa é desse loiro aguado! Ele estava te desrespeitando Mione!
- E quem é você para defender a minha honra Harry? Até onde eu sei, isso não é obrigação sua, lembra?
- Mentira! Eu estava quieto aqui Hermione. Apenas disse que eu te achei uma garota muito legal e esse doido começou a me bater! – mentiu Phillipe enquanto fazia uma cara indignada e massageava o canto da boca.
- Harry! Nunca pensei que você fosse capaz de algo assim! – disse a Sra Weasley decepcionada. Foi ai que Harry percebeu que praticamente todas as pessoas que estavam na Ordem haviam acordado e estavam paradas na frente da porta olhando pra eles.
- Mas... – Harry tentou agumentar.
- Sem mas Harry! Vá dormir, não quero mais nenhuma confusão! Amanha conversaremos seriamente. – disse o Sr. Weasley serio
- Venha Phillipe, eu vou cuidar desses machucados – disse Hermione, ajudando o loiro a se levantar.
- Mas...
- Sem mas Harry! Vá logo! – disse o Sr. Weasley já se irritando. Harry soltou um rosnado e saiu batendo o pé e esbarrando em todo mundo. Ele foi até o sofá onde estava deitado anteriormente e deitou-se irritado. Aquele loiro azedo ia pagar. Ah se ia!

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