- Voldemort e seu Enigma -



CAPÍTULO SUJEITO A MUDANÇAS!





Meio da noite, a lua brilhava no céu e resplandecia o céu, enquanto este abrigava milhares de estrelas brancas e ofuscantes. Tudo estava quieto, a noite havia calado a rua, e agora só se escutavam os grilos. Na rua o único movimento era de um vira-lata que a cruzava devagarzinho. Parecia que a lua estava emanando um tipo de brisa suave que invadia as casas refrescando-as, e ainda que estivesse de noite, surgiram várias sombras.
Cada vez a lua se encontrava em uma posição. Dava para observar nela cada cratera de tão visível. De repente um estalo ensurdecedor rompeu o suave silêncio e três pessoas encapuzadas apareceram do nada. Uma era menor que os outros. Pareciam realmente apressados.
Começaram uma rápida caminhada cruzando o campo do parque. Ninguém parecera acordar com aquele barulho. O primeiro parou por um instante e olhou para a lua, e admirou-a por um instante.
- Sorte que Greyback não está aqui! – sussurrou a voz de um homem.
- Ele queria vir! – disse outro, só que som uma voz mais suave, uma voz feminina – Acho que nós conseguimos impedi-lo de vir. Tomara! Ou... nada bom vai acontecer... – e apontou para a lua – É lua cheia mesmo!
- Certo – disse o homem outra vez – Nossa meta é para lá – e indicou o noroeste. – Ele me dissera que era naquela direção. Tenho certeza
- Severo... ti-tic... Não pode haver erros! – disse advertindo o homem – Vamos logo! Antes que alguma luz acenda!
Aceleraram o passo, e já estavam no início da rua. O menor continuava quieto. Apesar de ser o mais novo, estava mais excitado do que os outros. Com muita cautela, os três atravessaram a rua, entraram numa passagem entre dois prédios, entraram em outra rua e seguiram-na. Pareciam que iriam para um enterro. Continuaram andando até acabar a rua. Viram-se em uma entrada de um bosque, entraram.
O silencio do bosque dava medo, parecia que habitavam fantasmas ou espíritos. Tudo estava escuro, não se via por onde ia. Até que o menor tropeçou em uma rocha e caiu no chão. Com o barulho, assustou vários morcegos que dormiam, o deixando mais tenso. Logo Severo virou-se e foi ao encontro do outro.
- Malfoy!
- Desculpe-me, senhor!
- Você quer que nos descubram! – e deu um sorrisinho – Ou acha que estamos sozinhos? Talvez, mas... como você sabe se não existe um animago aqui por perto? Levante-se!
- Sim senhor!
- O que houve Severo? – chegou a mulher.
- Nada não Bela. Só que o senhor Malfoy se assustou com a grama verde.
Logo se calaram, ouve-se um barulho, não tão alto, mas poderia ser alguém, cada um ficou atento a qualquer ruído. Um bando de arvores começaram a se mexer. Malfoy se encolhia mais e mais de medo, se agachou no chão. Mas logo voltou a si, levantou puxou a varinha e apontou-a para a escuridão.
- O que há? – perguntou.
- C-a-l-a-d-o... animago...
De repente, uma revoada de morcegos os sobrevoou. Logo Severo sacou a varinha, e em um movimento rápido, se virou e gritou:
- AVADA KEDAVRA!
E ouve um baque, se esse alguém existia, havia sido acertado pela maldição. Correram para a direção do som, e o que conseguiram foi espantar mais morcegos. Começaram a vagar na escuridão, e mal perceberam que já haviam perdido a direção certa para onde iriam. Encontraram finalmente um animal morto no chão, e um deles disse:
- Animago! Não trouxemos Fenrir Greyback por causar problemas que poderiam ser futuros, e você acaba o fazendo!
- Ele estava no meu caminho... – disse revirando a carcaça – Eu acho que este não é um animago...
- Tem certeza?
- Não é não, olhe – e apontou para o animalzinho. – Não voltou ao normal. Vamos deixar isso para lá, temos um caminho a seguir!
- Cadê o Malfoy?
- Estou aqui! - berrou lá do outro lado da floresta.
- Não berra – disse para si mesmo.
Ao chegarem onde estava Malfoy, seguiram o caminho por onde iam. E a floresta ficara mais densa e difícil de se locomover sem tropeçar. Quase em toda caminhada Malfoy caía, e ficara tão tenso, que apontava a varinha para qualquer lugar. E logo caíra de novo. Depois de tanta queda, achou que estava meio difícil se levantar, mas depois de um esforço conseguiu.
Cada passo começava a ressoar, mas a floresta parecia mais escura. Malfoy estendeu a varinha para um arbusto e murmurou um feitiço estuporante. E logo que vira que havia lançado em vão, percebera que Severo estava o encarando.
- Professor Snape... foi sem querer... achei ter visto um animago...
- Você viu? Seria aquele arbusto? – disse cinicamente – Talvez ele não seja um arbusto! Talvez seja um fantasma!
- Vamos! – bradou Bela – Severo! Malfoy!
- Desculpe tia – desculpou-se Malfoy.
E logo recomeçaram a caminhada. Malfoy explodia de raiva. E ao mesmo tempo sentia orgulho. A floresta ficava menos densa a cada passo, e logo saíram em uma clareira. Havia um espelho antigo estilhaçado quase no meio da clareira.
- Vamos!
Aproximaram-se do espelho, e logo seguravam uma de suas laterais. Bela contou até três, e os três sentiram um deslocamento de ar. Tudo começou a girar, parecia que um furacão os arrancara dali. Seus pés já não tocavam mais no chão. Malfoy sentiu um imenso enjôo, e quase vomitou. Começaram a sobrevoar o invisível, e logo já estavam em terra firme. Com um imenso esforço, depois do impacto no chão, Malfoy demorou a se levantar, enquanto os outros já estavam caminhando. E logo recomeçou a segui-los.
Tudo estava tão escuro, que a lua era a única fonte de luz. Haviam vários postes apagados. Aquele lugar era assustador, parecia que a escuridão não acabava, e a cada passo, afundasse no chão. Severo estava fora do alcance da vista de Malfoy, e Bela já desaparecia. Apressou o passo para acompanhá-los, subiu uma colina, e ao chegar no topo avistou uma casa abandonada.
Severo parara na porta daquela misteriosa casa, esperando os outros dois. Malfoy, aos tropeços, alcançara Bela. Severo bateu na porta que, com um rangido, logo se abriu. Entraram em uma sala obscura cheia de livros antigos empilhados ou em prateleiras. Malfoy apreciou cada brochura espessa e mofada de cada livros. Alguns títulos diziam: “Magia Negra Além da Razão”, “As Artes das Trevas e suas Maldições”, “As Maldições Milenares”, dentre outros. As paredes eram enfeitadas de quadros com figuras e bruxos horrendos que se contorciam. Começou a gostar daquela casa, então viu uma mão monstruosa, em cima de uma escrivaninha aos pedaços. “A Mão da Glória”, lia-se em uma etiqueta, era uma réplica igual a que existia do Brongins & Burkes na Travessa do Tranco. Com os mesmos detalhes, ou seria a daquela loja a réplica? Lembrou-se do trabalho que teve de fazer consertando o armário mágico que se encontrava na sala precisa, obteve sucesso conseguindo infiltrar vários Comensais em Hogwarts.
De repente, ouve-se um baque, e uma porta é aberta, por onde saiu um homenzinho baixo e encurvado. Ele analisa todas as três pessoas presentes, e faz sinal com a cabeça de que podiam entrar na sala da qual saíra. Era uma sala mais escura, apresentava dois cômodos, uma poltrona, e um sofá. Na poltrona, estava sentado um homem magro e alto com uma fisionomia de uma cobra. Outra porta se abriu, por onde o homenzinho desapareceu.
Severo se ajoelhou na frente do homem, e disse com calma “Eu cheguei, Lorde das Trevas”. Bela também fez uma breve reverencia e Malfoy ficou pasmo, mas logo se recuperou e também reverenciou ao senhor.
- Finalmente! Nós estamos aqui reunidos, para discutir, nada além do nosso destino e futuro – disse em um tom superior.
- Sim, Lorde!
- Vamos começar... Belatriz! Severo! Malfoy! Relatem-me os seus grandes empreendimentos! – e parou por um instante – Como foi a derrota de Dumbledore? E sua invasão em Hogwarts?
- Hahaha! Fantástica! – disse Belatriz - Malfoy é que foi a chave para destrancar a porta... ou melhor o armário!
- Sim! Muito bem Malfoy! – disse o homem.
- Primeiro, Malfoy foi atrás do dono da Burgins & Burkes, e tentar persuadi-lo para saber como se consertava o outro lado do armário mágico, que se localizava na sala precisa em Hogwarts. Isso foi um grande passo – e hesitou. – Em Hogwarts, ele tinha que se infiltrar toda a hora na Sala Precisa, eu dava minha parte, com meu estoque de poção polissuco, enquanto Crabb e Goyle a bebiam e se disfarçavam. Ficavam vigiando, e quando alguém se aproximava, conseguiam alertar Malfoy.
- Dias e dias consertando algo que não sabia se estava correto – continuou. – Mas conseguiu. E no dia em que Dumbledore saíra, invadiram o castelo.
- O problema não foi o Dumbledore... o problema foi a Ordem da Fênix que chegou na festa, ela foi chamada por garotos!
- Senhor... Dumbledore está morto! – disse Severo encarando o outro.
- Sim, eu sei... e o garoto?
- Bem... ele... – e balançou a cabeça.
- Como você não o MATOU?!
- Lorde, eu... eu não consegui...
- Tudo bem... acho que eu mesmo o farei! Malfoy!
- Sim, senhor!
- Bom trabalho, soube que você desarmou Dumbledore... – hesitou – Agora me diga... como?
- Bom... eu não sei... ele parecia estar fraco, doente, coisa assim.
- Severo, você soube para onde ele foi?
- Não... isso ele não revelou a ninguém... apenas, eu acho, para o menino Potter.
- Muito bem...
- Mestre... e agora? O que faremos? – perguntou Belatriz que até então permanecera calada.
- Há muito que fazer, e... – e se levantou – é o que discutiremos.
- Lorde, Dumbledore morreu! Não a nada mais o que temer!
- Não sei... não tenho tanta certeza.
- Milorde – começou Belatriz. – O que faremos?
- O que Dumbledore estava tramando?
- Soube que ele andava dando aulas para o garoto – disse Severo.
- AULAS? – indagou. – Você não faz a mínima idéia do que se referiam?
- Nenhuma, Milorde!
- Mesmo assim... isso é interessante...
Por um momento tudo ficou em silencio, o homem continuava em pé, só que pensava em muitas possibilidades. Sentou-se outra vez, e encarou o resto com um sorriso.
- Será que o Dumbledore estava dando aulas para o Harry sobre mim?
De repente um silêncio profundo invadiu a sala. Depois de um tempo, todos ainda andavam pensativos, quando a porta a direita da sala se abriu e o homenzinho calvo reapareceu.
- Rabicho! – disse o homem.
- Sim, Lorde Voldemort! – e fez uma reverência.
- Você pode nos ser muito útil.
- C-co-mo a-a-ssi-ssim?
- Sua mão de prata! Mostre-me a!
Logo, Rabicho estendera sua mão que havia sido decepada por ele mesmo. Não era uma mão comum, exatamente de prata pura, mesmo que conseguisse movimenta-la. Voldemort apreciou-a, e o outro ficou espantado ao ver o Lorde observando sua mão.
- S-senhor? – perguntou assustado.
- Sim... sente-se! – ordenou.
- Sua mão Rabicho – continuou – essa que eu mesmo concebi a você, é de um tanto valiosa para onde nós estamos por realizar.
- E... o que é?
- Você saberá... logo, logo... quando chegar a hora. – Vocês... – depois de uma grande pausa, voltou a encarar os outros – vão me ajudar em outras coisas...
- Lorde... – começou Malfoy, mas foi interrompido.
- Vocês vão ter que unir o maior número possível de nossos seguidores... mas isso não é nada comparado ao que pretendo – continuou Voldemort. – Vamos começar reunindo os mais fiéis! Greyback, Macnair, Narcisa, Crabb, Goyle, e outros.
- E eu? – perguntou Malfoy.
- Você? Bem...
- Por que você me chamou aqui?
- Calado! Tenha mais respeito! – sussurrou Severo.
- Obrigado, Severo! – e recomeçou a falar – Como eu dizia, depois que conseguirem se reunirem com os outros; Severo, quero que venha me relatar os acontecimentos! Ainda estarei aqui, ainda é seguro. Malfoy irá encontrar a querida mãe dele.
- Mas... – continuou – tenho coisas mais urgentes a fazer. Minhas horcruxes! Acho que não estão mais seguras... não é Nagini? – perguntou para uma cobra imensa que imergira da escuridão e subira pela poltrona até ele.
- Horcruxes? – perguntou Malfoy.
- Sim... Horcruxes...
- O que é isso?
- Para um garoto como você é de difícil entendimento.
- Mestre, o que você fará com suas horcruxes?
- Eu tentarei esconde-las em outro lugar. Afinal, só me restaram quatro, e eu. – calou-se e começou a acariciar a cobra, esta fez um sibilo como se dissesse alguma coisa. – Quando nos reencontrarmos – dirigiu-se para Severo. – Vai haver muitas coisas a discutir, lhe direi os próximos passos que daremos.
“Enquanto você estiver longe daqui, eu estarei fortalecendo as proteções das minhas horcruxes. Depois, do nosso reencontro, irei para a antiga fortaleza das sombras, um castelo abandonado, extremo norte da Inglaterra, me encontrem lá. Nós nos organizaremos e estudaremos as possibilidades de uma nova invasão ao Ministério da Magia. E... aí sim, Malfoy vai ser útil!”
- Onde? – gritou de alegria Malfoy.
- Sim... você vai vigiar uma das minhas horcruxes. Ainda terá de treinar sua magia – e deu outro sorriso malicioso. – Rabicho!
- Sim, Milorde!
- Você procurará o seu querido lobinho.
Rabicho ficara espantado com a ordem de Voldemort. Talvez, o lobinho no qual se referira, poderia ser Lupin. Mas, ainda sentia raiva deste, quando ele tentara o matar, mesmo que tenha sido um dos seus melhores amigos quando jovem. Olhou para o Lorde, e concordou.
- Severo! Alguma notícia da Ordem?
- Milorde, não houve reuniões desde que Sirius morrera.
- E a casa?
- Sirius deixara um testamento, no qual dizia que agora a casa era de Potter.
- Bela! Você pode dar uma inspecionada naquela casa?
- Posso.
- E o Potter? – perguntou Severo.
- Tenho planos para ele, só que mais tarde. Imagino que Dumbledore andou dando aulas sobre minhas horcruxes para ele! Então... – deu um breve olhar para Malfoy – o que será feito será! Nós nos cruzaremos pelo caminho, e ele... não vai nem ter chance.
E parou de falar. Por um momento Malfoy ficou analisando a casa.
- Onde estamos? - perguntou.
- Em um antigo lar de um bruxo das trevas – respondeu Voldemort.
- Mestre... como pretende invadir o Ministério? – perguntou Belatriz.
- São várias as portas que se abrem em uma gaiola.
- E... o que são horcruxes? – perguntou Malfoy já se misturando na conversa.
- Eu já disse que você não precisa saber.
- Milorde, quais são as horcruxes que te restam? – perguntou outra vez.
- Uma boa coisa que você devia fazer era ler um desses livros – e retirou um da prateleira ignorando a pergunta de Malfoy.
“Partes da Alma”, lia-se o título. Logo Malfoy começou a folhear, falava sobre horcruxes e suas propriedades. E já se encontrava sozinho na sala, os outros quatro presentes forma embora para outra sala. Leu a definição de horcrux e deduziu do que se tanto falava naquela conversa. E ficou lendo sozinho.

A noite acabava e o dia começava a raiar, quando os quatro saíram da sala, e Malfoy acabara o livro.
- Vocês não precisam mais usar a chave de portal, já sabem onde estamos – disse Voldemort antes dos três saírem.

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