O melhor aniversário
–Harry! Por que você está aqui tão tarde?
–Cai da cama e vim beber um pouco de água. Não sabia que você viria tão tarde.
–Não era pra eu vir, mas não agüentei mais ficar lá. Terminei com o Vítor.
–Por quê?
–Ele vem sendo muito chato, e ainda o peguei com outra garota. Ainda teve a cara de pau de dizer que lá eles se cumprimentam com um beijo.
Harry riu.
–E aí? Novidades?
–Nenhuma... E você?
–A única novidade, acabei de contar pra você. Você sabe por que estamos aqui e não na Toca?
–A sra Weasley me disse que Alastor desconfiava de que Comensais da Morte estivessem por perto, me procurando.
–Ah... E o que você quer ganhar de aniversário?
–Nada... não precisa me dar nada.
–Nem vem, Harry. Eu tenho que te dar alguma coisa de aniversário.
–Não. Eu nunca te dei nada de aniversário. Só com um parabéns eu fico feliz.
–Você nunca me deu nada porque eu nunca disse quando é meu aniversário.
–Você não vai me dar nada.
–Ah, é? Quem vai me impedir?
Harry olhou para Hermione pensando no que dizer.
–Sério, Hermione. Não precisa me dar nada.
–Mas eu vou dar alguma coisa no seu aniversário.
–Hermione, eu não quero lançar um feitiço em você.
–Ah, é? E quem disse que você conseguiria? – em tom de desafio.
–Bom, se um dia eu vou ter que derrotar o maior bruxo das trevas de todos os tempos, não vai ser difícil lançar um feitiço numa garotinha.
–Mas a [i]garotinha[/i] aqui sabe muito mais feitiços do que o sr, sr Potter.
–Mas não tem tanta habilidade e experiência quanto eu.
–Ah, então quer dizer que você vai me lançar um feitiço? Tente. Agora.
Hermione foi se aproximando cada vez mais de Harry, até ficarem frente a frente, dez centímetros separavam os dois. Ela chegou ao seu ouvido e disse:
–E então, não vai agir? Ou eu mesma vou ter que agir?
Agora, cinco centímetros separavam o rosto dos dois, quando Rony chega.
–Harry? Hermione! – os dois se separam rápido. –Que horas você chegou aqui, Hermione?
–Por volta das cinco da manhã. Encontrei o Harry aqui e ficamos conversando até agora.
–Onde você estava Harry?
–Eu caí da cama, então vim tomar um copo de leite e a Mione chegou pelo Pó de Flu.
–Hermione, querida! – acabara de chegar a Sra. Weasley.
–Sra. Weasley!
–Tudo bem com você? Que horas você chegou?
–Chegei por volta das cinco da manhã, encontrei Harry aqui e ficamos conversando.
–Harry? O que você fazia aqui às cinco da manhã? – pergunta uma sra. Weasley desconfiada.
–Eu caí da cama e vim beber um copo de água – diz Harry, cansado de repetir isso.
–Bom... vão se arrumando. Lupin mandou uma coruja para mim dizendo que já podemos voltar para A Toca. Agora só falta Fred, Jorge e Gina para acordar. Arthur está arrumando as nossas malas.
–Vamos arrumar nossas malas, Harry?
–Tudo bem...
Harry já estava estranhando. Hoje é o dia de seu aniversário e nem sequer recebeu um “Parabéns”... O garoto subiu, guardou sua capa da invisibilidade, pegou sua Firebolt, seu malão, e a gaiola de Edwiges.
–Edwiges, agora vá para a casa do Rony, tudo bem?
A coruja deu-lhe uma bicadinha carinhosa, na qual Harry entendeu como um “sim”.
–Ah, Harry. Antes de irmos gostaria de lhe pedir uma coisa. – diz o Sr. Weasley que acabara de descer com as malas.
–Pode falar Sr. Weasley.
–Você poderia ir comigo ao “Nopin”?
–Nopin?
–É, aquele lugar onde os trouxas fazem compras.
–Ah, “Shopping”.
–É, isso mesmo. Shopping. Sempre tive curiosidade de ver como os trouxas fazem aquilo.
–Tudo bem... como vamos?
–Vamos a pé mesmo, não é muito longe daqui.
–Ok.
Harry e o Sr. Weasley vão para o shopping, enquanto a Sra. Weasley, Hermione, Gina, Fred e Jorge e Rony usam o Pó de Flu para ir para A Toca. Ao chegarem lá...
–Onde está o Harry? – pergunta um Lupin curioso.
–Foi no shopping com o Arthur. Por enquanto, o plano está dando certo.
–Está tudo preparado? – Tonks pergunta animada.
–Ainda não. Preciso preparar o bolo. Os presentes todos estão aqui?
–Estão.
–Ótimo. Nada pode dar errado essa noite.
A Sra. Weasley olha pela janela e vê faíscas no céu.
–Corram! É o primeiro sinal! Eles estão perto, apaguem as luzes e se preparem.
Um pouco mais longe dali, Harry e o Sr. Weasley caminhavam em direção à Toca.
–Por que o sr. soltou faíscas pela varinha, Sr. Weasley?
–Ultimamente minha varinha está falhando, estou vendo como está. – mentiu o Weasley pai.
Mais cinco minutos de caminhada e eles chegam n’A Toca. Entram e Harry pergunta:
–Cadê todo mundo? Por que as luzes estão apagadas?
–Feliz Aniversário! – gritam todos os presentes na casa ao mesmo tempo.
Harry sente que poderia soltar o melhor Patrono do mundo depois dessa cena.
–Parabéns, Harry! – e todos vão cumprimentar o garoto. Quando vê que vai ganhando presentes, logo diz:
–Não precisa!
–Ah, Harry, que é isso? É seu aniversário! – diz Tonks.
Ele abre o presente de Rony primeiro.
–Uau! Um uniforme dos Chuddley Cannons! Obrigado, Rony!
Em segundo, abre o presente de Hermione.
–Ah! O livro “Magias Avançadas em Defesa Contra as Artes das Trevas”. Obrigado, Hermione! – agora pega o presente da Sr. Weasley. – Obrigado, Sr. Weasley! Uma escova de dente elétrica. Estava precisando de uma. – agora pega o presente de Tonks – Uma caixa cheia de Sapos de Chocolate! Valeu Tonks!
–Bom, Harry... Queria que você abrisse meu presente por último... Espero que goste.
Harry abriu o presente. Parecia um livro, mas não era. Era um álbum de fotos. Fotos de seu pai e sua mãe quando adolescentes. Harry ficou em silêncio durante algum tempo, mas depois falou.
–Uau... Obrigado, professor... nem sei como agradecer...
Lupin riu.
–Não precisa agradecer. Achei que você precisava mais disso do que eu.
Naquele momento, Bichento pulou no colo de Harry, e ficou ali durante alguns minutos.
–Bom... Temos que comprar o material de vocês, já que o casamento de Gui e Fleur é amanhã.
–Tudo bem. Vamos? - perguntou para Rony e Mione.
–Não, querido! Pode deixar que eu vou para vocês.
–Deixa mãe... Queremos ir. Já aproveitamos para ver a loja de Fred e Jorge.
–Tudo bem, podem ir. Mas voltem antes do anoitecer!
Rony foi até a lareira e pegou um pouco de pó que estava dentro de um vaso. Entrou na lareira, e ordenou:
–Beco Diagonal!
Chamas verdes encobriram o corpo de Rony e ele desapareceu. Hermione fez o mesmo. Agora foi a vez de Harry. As chamas o encobriram e ele saiu por outra lareira, no Caldeirão Furado. Rony o ajudou a levantar.
–Vamos aonde primeiro? – perguntou o amigo.
–Ao Gringotes. Precisamos pegar dinheiro.
Quando saíram do Caldeirão Furado, se depararam com uma rua cheia, havia quase quinhentas pessoas por ali.
–Nunca vi o Beco Diagonal tão cheio assim. – comentou Hermione.
–Deve ter muita gente no Artigos para Vassouras... devem estar admirando a Firebolt.
–Bom... vamos logo comprar as coisas, quero ir nas “Gemialidades Weasley”.
Dez minutos depois, os três chegam ao Gringotes, pegam seu dinheiro e vão comprar seu material. A caminho da Floreios e Borrões, o coração de Harry dá um salto.
– Malfoy! – diz, com a raiva crescendo em seu peito. – Agora vou me vingar dele!
–Harry, aqui não! – os dois amigos lhe segurando.
–Potter! – Malfoy finalmente avista os três. – E o casal Weasley e Sangue-Ruim.
–Me solta! – Harry tenta se libertar para atacar Malfoy, mas os amigos o impedem.
–Harry, aqui não!
–Ora, Potter. Quer me atacar, é? Está esperando o quê? Vá em frente, me ataque.
–Harry, não vale a pena! Você vai acabar encrencado!
–Sabia que não teria coragem de me atacar, Potter. – disse Malfoy, e saiu andando na direção oposta a eles.
O garoto se soltou, mas não foi atrás de Malfoy.
–O que ele está fazendo aqui? Ele não vai voltar para Hogwarts. Todos sabem que ele é um Comensal.
–Ele foi na direção da loja do Borgin. Mas esquece ele um pouco.
–Esquecer ele um pouco?! Ele matou Dumbledore!
–Snape matou Dumbledore, Harry.
–Mas se não fosse o Malfoy, Dumbledore estaria vivo!
–Harry, vamos esquecer isso um pouco. Vamos comprar nosso material.
Passadas cinco horas, eles compraram todo o seu material.
–Daqui a pouco vai escurecer... Mamãe vai me matar se voltarmos depois de anoitecer... Vamos dar uma passada rápida na loja de Fred e Jorge? – Os dois amigos concordaram. Cinco minutos de caminhada e eles chegaram nas “Gemialidades Weasley”.
–Harry! Como vai? Antes de qualquer coisa, pegue o que quiser. Você sabe que sem a sua ajuda, não estaríamos aqui nesse momento. E além do mais, é seu aniversário.
–Não... eu pago, pode deixar.
–Ah, Harry... vamos lá, pode pegar tudo que quiser de graça.
Os três saíram meia hora mais tarde. Já começara a escurecer.
–Harry! Minha mãe vai me matar! Vamos voltar rápido... Hermione! – a garota parara para olhar alguns livros na vitrine da Floreios e Borrões.
–Tá, tudo bem. – e voltaram correndo para o Caldeirão Furado. Ao chegarem, usaram o Pó de Flu e voltaram para A Toca.
–Ronald Weasley! O que eu falei para você? Cheguem antes do anoitecer! E sabe que horas são? São sete horas! Já anoiteceu faz tempo! – ralhou a Sra. Weasley. – Claro que a culpa não é de vocês, Harry e Hermione. – acrescentou com um sorriso.
–Desculpa, mãe! É que fomos ver Fred e Jorge...
–Que isso nunca mais se repita!
–Bom... Vou me deitar um pouco, estou cansado... – anunciou Harry.
Harry foi até o quarto, onde estavam todos os seus presentes. Pegou o álbum de fotos dos pais e ficou vendo aquelas fotos se mexerem. Estava cansado de ouvir isso, mas era incrível como ele era parecido com o pai. Tinha os olhos da mãe, muito verdes. Ficou ali, admirando os pais e pensando que aquele foi seu melhor aniversário até hoje, com todas as pessoas que ele gosta reunidas. Então escutou barulhos estranhos vindo lá de baixo, e um grito, provavelmente da Sra. Weasley. Quando Rony entra desesperado no quarto.
–Harry! Vem até aqui rápido!
–O que foi?
–Dementadores! Cem dementadores!
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!