Capítulo XXXI



N/A Bom... dei muita sorte de não ter tanto trabalho hoje, e no meu horário de almoço deu tempo de terminar de betar tudo!
Então... tá aí o cap pra vcs!!! Espero que gostem... e comentem!!!

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Harry, Rony e Hermione caminhavam apressados para a sala de Poções, estavam quase atrasados. Ao cruzarem o corredor, a garota viu de longe uma pessoa encostada no batente da porta. Era Draco, que observava os três amigos aproximando-se. Quando Rony fez menção de passar Malfoy fechou a passagem com um braço estendido, fazendo as orelhas do rapaz ficarem vermelhas.

- Sai da frente Malfoy! – Disse ele entre os dentes.

- Realmente Weasley, você nunca vai aprender bons modos? – Retrucou o loiro encarando Hermione. – Primeiro as damas.

Harry e Rony entreolharam-se enquanto Draco cedia passagem a Hermione, que sorrira em agradecimento ao sonserino. Após os três passarem ele dirigiu-se a sua cadeira, observando a garota se acomodar mais à frente.

Depois de se sentarem, Harry indagou:

- O que deu no Malfoy? – Dizia franzindo as sobrancelhas. – Desde quando ele é educado com você Mione?

- É, e desde quando você ri pra ele como se fosse a coisa mais comum do mundo? – Resmungou Rony.

Hermione simplesmente não deu ouvidos aos dois, primeiro porque ainda estava admirada pela atitude de Draco e segundo porque o Professor acabara de passar pela porta com cara de poucos amigos.

Já haviam se passado 45 minutos e Snape já havia retirado 120 pontos da Grifinória. Qualquer coisa era motivo para punição e os alunos anotavam os ingredientes que ele citava em silêncio, a maioria com a cara emburrada.

Hermione, Harry e Rony eram alguns deles, assim como Malfoy, que também já havia perdido cinco pontos pra Sonserina por rir da cara de Snape, que havia explodido um pouco de pó de flu ao invés do pó de ossos de morcego.

- Isso está uma porcaria! – Dizia o Professor ao checar a mistura inicial de Neville. – Você não sabe ler, Sr. Longbottom?

- Des... Des-culpe Pro... Pro-fessor, é que... – O menino gaguejava tentando se explicar.

- Aprenda a falar primeiro pra depois tentar me convencer, Sr. Longbottom. – Dizia o homem asperamente. – Não se aproveita isso nem para irrigar mandrágoras, que dirá pra tomar como remédio.

- É que... Eu só... Só tro-troquei... – Ele continuava tentando falar.

- Nunca vi em toda a minha vida uma mistura pior que essa! – Snape crispava os lábios enquanto falava. – Se seus pais dependessem disso pra viver, já estariam do outro lado há muito tempo!

- Já chega Professor! – Levantou Hermione indignada com a atitude do homem. Neville estava quase chorando após lembrar dos pais ainda no St. Mungus. – Ele não tem culpa de ter errado a preparação, já que nunca tinha ouvido falar nessa poção.

- Como se atreve a me interromper, Srta. Granger? – Falou virando-se na direção da garota. – Já não basta defender seus amiguinhos, agora também pensa que pode me dizer como tratar um aluno?

- Não Senhor. – Ela encarou-o enquanto a sala inteira parava pra prestar atenção na discussão Aluna x Professor. – Apenas não consigo admitir que...

- Admitir o que? – Interrompeu Snape enquanto ficava frente a frente com ela. – Que ele é um trasgo em Poções?

- O Senhor não pode falar assim dele. Dumbledore jamais aceitaria que...

- Não me interessa o que o Diretor acha, pois na minha sala de aula mando eu! – Disse ele alterando o tom da voz, chegando a assustar Parvati, que se encontrava na mesa ao lado. – E se não parar de se intrometer levará uma detenção por atrevimento.

Harry e Rony entreolharam-se, Hermione deveria parar aquela discussão logo, pois parecia que o Professor não deixaria barato a forma como ela o enfrentou. O homem já lhe dava as costas imaginando que aquilo já houvesse terminado.

- Não estou me atrevendo, só estou falando que isso é errado! – Ela continuou sem se importar com o castigo que levaria. – O Senhor como Professor de Hogwarts deveria saber que...

- Ainda continua me irritando, Srta. Granger? – Virou-se novamente com os olhos cerrados. Ela sentiu seu sangue gelar ao encarar aqueles olhos negros fitando-a com ódio. – Não imaginei que uma sangue-ruim feito você teria essa audácia!

- Como o Senhor... – Hermione sentiu os olhos marejarem de raiva. Como ele podia chamá-la daquilo? Ele era um Professor!

Harry e Rony apertaram os pulsos, mas antes que pudessem tomar qualquer atitude, uma voz pouco atrás deles foi mais rápida.

- O Senhor passou dos limites, Professor! – Malfoy levantou-se batendo as mãos no tampo da mesa.

- Como é? – Snape olhou para Draco com desdém. – Eu estou ouvindo direito? – Novamente encarou Hermione que parecia estar paralisada. – Está defendendo uma grifinória, Sr. Malfoy?

- Não. – Ele disse simplesmente.

Severo deu um sorriso de triunfo. Por um instante imaginou que seu aluno mais promissor estaria lhe desafiando.

- Estou defendendo Hermione Granger! – Continuou Draco com voz alterada. – Não porque é uma grifinória, mas porque é minha namorada!

Hermione virou-se a fim de olhar nos olhos de Draco. Por um instante ele a fitou, no que ela pôde entender que ele, mais que ninguém, sabia como aquelas palavras a afetavam. Eles não haviam se comprometido em nada, não tinham nem ao menos se falado naquela manhã! Harry e Rony simplesmente estavam boquiabertos encarando os dois, assim como o resto da turma que cochichavam sobre a novidade.

- E não admito que fale assim com ela na minha frente! – Falou ao notar o modo interrogativo que o Professor lhe encarava.

A garota sentia-se flutuar. Num instante era humilhada pelo homem mais nojento da face da Terra e no outro era defendida pelo cara que acabara de concluir, estava completamente apaixonada!

- Realmente você tem um péssimo gosto pra namoradas, Sr. Malfoy. – Desdenhou o homem, voltando sua atenção para Hermione. – Porém isto não vai impedir que eu lhe dê uma detenção, Srta. Granger. – Frisou particularmente o Srta. Granger.

O sinal tocou indicando o fim da aula. Antes de retirar-se da sala, porém, o Professor aproximou-se da garota e disse simplesmente:

- 20:00 horas na minha sala. Não se atrase.

Hermione deixou-se cair sobre a cadeira apoiando os cotovelos na mesa e colocando as mãos no rosto. Ouviu passos aproximarem-se e uma voz conhecida indagar:

- Que história é essa de que você e o Malfoy estão namorando? – Rony tinha as maçãs do rosto totalmente coradas. Sua voz soara firme e Hermione não conseguia encará-lo. – Isso é um absurdo!

– Como isso foi acontecer, Mione? – Questionou Harry, também esperando uma explicação. Hermione detestava o sonserino, e nunca havia escondido nada deles. – Como você pôde nos trair dessa maneira? Ele é o Malfoy!

- Antes de qualquer coisa deveriam perguntar se ela está bem. – Retrucou Draco que mantinha o tom sério e encarava os dois rapazes à sua frente.

Harry e Rony voltaram-se olhando para o loiro que segurava a mochila com um dos braços. Ambos estavam estarrecidos pela forma como ele estava agindo, realmente parecendo se importar com a garota. Entreolharam-se pensando em que atitude tomar diante daquela situação.

- E você cala a boca porque ainda não foi chamado na conversa. – Retrucou Rony ficando ainda mais vermelho do que já estava.

- É melhor sair daqui antes que sofra as conseqüências! – Falou Harry apertando firmemente sua varinha no bolso da calça.

- Fiquem quietos vocês dois! – Disse Hermione, que ainda não havia se pronunciado. Ela já havia recolhido seus materiais e também estava segurando sua mochila nas costas. – Draco não está mentindo.

- Draco? – Repetiu Rony. – Desde quando você chama o Malfoy de Draco?

- Desde que começamos a namorar. – Ela disse simplesmente. – Vamos? – Indagou ao rapaz que concordou com a cabeça. Hermione saiu da sala acompanhada pelo loiro, deixando seus amigos boquiabertos.

Se alguém lhes contasse nunca acreditariam: Hermione Granger e Draco Malfoy juntos? Parecia que sim.

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Ambos caminhavam silenciosamente, já estavam à beira do lago, onde Draco havia levado-a para dançar na noite do baile. Hermione imaginava se ele ainda se lembrava daquela promessa tola que fizera.

- Ainda me deve uma dança. – Ele disse, como que adivinhando os pensamentos da garota.

- É, eu sei. – Respondera ela, sentando-se próxima a uma árvore, encostando as costas na mesma.

Draco sentou-se ao seu lado, dedicando um tempo a observar a água tranqüila que emitia uma paz interior descomunal. Hermione o encarava de esguelha imaginando o que diria a ele sobre sua atitude na sala de aula.

- Quer dizer que aceita? – Ele perguntou de repente tirando a garota de seus pensamentos.

- Aceito o que? – Ela quis saber.

- Ser minha namorada. – Disse ele encarando-a com um meio sorriso. Não era um sorriso cínico ou desdenhoso, simplesmente era um sorriso.

- Ah... Er... – Hermione tentava formular uma resposta, porém não havia pensado realmente na questão. – Eu não sei, Malfoy.

- Há pouco me chamou de Draco, Hermione. – Lembrou o loiro ainda encarando-a.

- Eu sei, mas... Pensei que só estivesse tentando me ajudar com o idiota do Snape! E não que estivesse falando sério.

- Entendi. – Ele suspirou e encarou novamente o lago a sua frente. Sem pressa ele observou-a atentamente, sabia que ela se sentiria desconfortável, e pôde notar isso quando ela ajeitou as vestes. – Então... Vou ter que fazer do modo tradicional?

Hermione o encarou sem reação assim que ele começou a falar.

[i]Ele não teria coragem de...[/i]

– Você quer namorar comigo? – Questionou ele seriamente enquanto ela ficava totalmente desconcertada, corando levemente.

[i] ...Pedir-me em namoro.[/i]

Ela não expressava nenhuma reação, até que ele tocou levemente em seu rosto, fazendo-a voltar à realidade. Ele acariciava sua face com as costas da mão, como fizera na noite anterior, porém dessa vez, com os dedos polegar e indicador ele levantou seu queixo fazendo-a olhar em seus olhos. Hermione mergulhou naquele azul acinzentado e não soube o que a levara a fazer aquilo, mas quando percebeu estava se aproximando rapidamente do loiro, que agora mantinha sua mão firme em sua nuca.

Quando ela sentiu os lábios dele junto aos seus perdeu a noção de tempo, espaço e lugar. Realmente ele tinha razão, pois quando ele a beijava ela parava de pensar e só conseguia corresponder. Dessa vez eles se beijavam calmamente, sem pressa e mesmo assim a intensidade demonstrava o quanto estavam envolvidos.

Draco sentiu ela roçar os dedos em seu pescoço e os pêlos da nuca se ouriçarem. Jamais havia sentido tal sensação com outra garota, e isso o deixava ainda mais atraído por ela. Hermione não precisava se insinuar pra que ele a desejasse, simplesmente ao olhar pra ela ele já sentia vontade de abraçá-la, beijá-la e estar perto dela, mesmo que só pra contemplar o sorriso lindo que ela tinha.

Após alguns segundos ambos foram afastando-se gradativamente. Ao abrir os olhos Hermione notou que suas bochechas queimavam e que sua mão suava de nervosismo. Nunca um garoto havia mexido tanto com ela, até aquele dia.

- Isso foi um sim? – Ele brincou sorrindo abertamente.

- Acho que nem preciso responder, não é? – Disse ela também sorrindo.

Ele segurou suas mãos entre as suas e beijou-as com delicadeza. Ao olhar novamente pra ela Hermione pôde notar que nunca vira Draco tão lindo como agora. Seu coração batia tão forte que parecia querer sair pela boca. Ambos ficaram abraçados debaixo da árvore até o próximo horário de aulas.

Porém, não notaram que haviam sido vigiados durante todo esse tempo... E por quem eles menos esperavam.

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