Mundo dos Trouxas Sob ataque



Harry se debatia, estava muito suado e embolado com os cobertores, mais uma vez
invadira a mente de Voldemort em sonhos, mas dessa vez, sabia que não era um simples
sonho. Dumbledore lhe explicara uma vez que quando Voldemort "o marcou como se igual",
estabeleceu entre os dois uma ligaçao mental.Até hoje Harry não entendera o
significado disso, e provavelmente, pensou harry, Dumbledore também não.
Mas ao lembrar de Dumbledore, a garganta de Harry deu um nó, e o garoto sentiu um
agourento vazio no estômago. O garoto ainda não se acostumara que o maior de seus
protetores e um de seus melhores amigos se fora...Ainda não acreditava que nunca mais
fosse ouvir seus divertidos comentários, nem seus sábios conselhos, nunca mais...
nunca.

Harry tinha os olhos marejados, mas não chorou. Não é isso o tipo de coisa que teriam
feito Sirius, nem Dumbledore, e nem seu pai, Tiago. Harry nunca chegou a conhecer seu
pai, e os culpados disso, eram justamente os três homens que estavam em seu sonho:
Rabicho, Snape e Lord Voldemort.

Harry apanhou seus óculos e sentou-se sobre a cama. Faltava uma semana para seu
aniversário, e Harry estava em um dos lugares de que menos gostava:
a casa dos Dursleys. Tudo bem que últimamente eles já não implicavam com ele,
nem o maltratavam como em tempos anteriores(teria a visita de Dumbledore no último
ano influenciado nisso?) mas harry não pôde deixar de ressentir todos os mau-tratos
que recebera na infância.

Mas agora Harry tinha algo mais sério com o que se preocupar...
Lord Voldemort planejava sua morte, e Harry era obrigado a ficar ali, na rua dos
Alfeneiros nº4, até a data de seu aniversário de dezessete anos, data que ele
atingiria a maioridade, pois há dezesseis anos atrás, quando Harry foi deixado
naquela casa, Dumbledore invocou uma mágica que o protegeria de Voldemort ou de
qualquer outro inimigo enquanto pudesse considerar aquela casa como dele.
Em uma semana a mágica acabaria, e justo nesse dia, Lord Voldemort viria em seu
encalço.

Harry respirou fundo deitou-se na cama, e visualizou mentalmente o espantoso
número de aventuras que ele ja vivera. Antes mesmo de se dar por gente, escapou do
bruxo mais terrível de todos os tempos, aos onze, impediu o mesmo de obter a pedra
filosofal e assim, os plenos poderes, aos doze, Harry enfrentara e triunfara sob uma
Horcrux legítima de Riddle juntamente com um basilisco, aos treze, Harry enfrentou mais
de cem Dementadores com um patrono corpóreo, aos quatorze, passou pelo terrível torneio
tribruxo vencendo dragões, esfinges, e muito mais, além de escapar mais uma vez de Lord
Voldemort recém recuperado da semi-vida que fora obrigado a ocupar, aos quinze, Harry
escapou de vários comensais da morte e novamente do próprio Voldemort, e no ano passado,
com dezesseis anos, Harry ajudou Dumbledore a decifrar os enigmas da vida de Riddle,e
recuperou ,ao lado do diretor, a falsa Horcrux, e assistiu a morte de seu grande amigo
e mentor...
Sem dúvida sua vida não era nada monótona.
Harry levantou-se, abaixou e puxou de baixo de sua cama, um grande e pesado malão
no qual costumava guardar suas coisas, Harry retirou de lá um tinteiro quase vazio,
uma pena branca, fina e comprida e um pedaço de pergaminho amarelado.
Harry lembrou-se de que Dumbledore o aconselhara a confiar cegamente em seus dois amigos,
e que era um deserviço para com os dois omitir tal sonho.
Harry escrevera a Rony uma carta com os seguintes dizeres:



"Caros amigos Rony e Mione,

Gostaria de lhes desejar um ótimo fim de Julho,
já que vocês não estão trancados numa casa de
parentes tão amigáveis quanto o Groope, sem poder
nem ao menos tomar distância da casa. Bom, agora
falando sério pessoal, se lembram dos sonhos com
Voldemort? Estão de volta. e ele vem atrás de mim
no dia do meu aniversário, Snape está com ele!
Preciso tirar os Dursleys daqui!Há alguma novidade
no o mundo bruxo? Porque não recebo mais o profeta
diário?
Espero que estejam bem.


Harry Potter"

Harry leu e releu a carta(lembrando que Sirius também ficou em uma casa de parentes
abominaveis sem poder sair por um longo tempo) pensou em como seria arriscado mandar
isso por coruja, uma vez que o ministério
andava inspecionando quase todas as cartas, e então teve uma idéia.

-Monstro? Chamou Harry baixinho, com tom incrédulo.

Segundos depois, houve um estampido, seguido por um forte estalo.

-CRAC!

Mostro materializou-se diante de Harry com um olhar do mais profundo desprezo.
O elfo era um ser baixo, narigudo com olhos que mais pareciam grandes bolas de
tênis, era enrugado e tinha a estranha ambição de ser decaptado, além do estranho
hábito de falar sozinho, não, Monstro não era do tipo de criatura considerada normal.
Porém era forçado por sua própria natureza a obedecer cada ordem de Harry, uma vez
que o garoto o herdara de seu padrinho Sirius Black.

-Pois não meu senhor? Disse o elfo doméstico fazendo uma reverência tão profunda
que seu comprido nariz tocou o chão.

-Monstro, preciso que você aparate para a toca, urgente, e entregue isso ao senhor
Ronald Wesley está me entendendo? Disse Harry lentamente ao Monstro.

-Sim senhor. Respondeu o elfo.

Mas a longa experiência de Harry com elfos domésticos mandava ele detalhar o máximo
possível sua ordem, então repensou e ditou outra vez ao elfo.

-Monstro, você está proibido de entregar essa carta a qualquer um que não seja o Rony
ou a Hermione!

-Sim senhor, metidozinho infeliz, maldito ser de veias imundas.Respondeu o entediado
elfo resmungando a última parte sem parecer tomar ciência de que podia ser ouvido
pelo menino.

-E quero que vá imediatamente para a toca! Sem nenhuma parada!Quero que peça que escrevam
respostas, e que você não leia também, e nem entregue a qualquer um que não seja eu, Fui claro?
Perguntou Harry para o velho elfo doméstico.

-Sim senhor! Respondeu o elfo.


o Elfo desaparatou para a toca levando sua carta. O elfo não atenderia a ninguém que não
fosse Harry, no máximo possívelmente, Belatriz Lestrange, prima e assassina de Sirius.
Por isso, Harry ordenou que Monstro trouxesse as respostas.

Harry esperou longos cinco minutos, até que o elfo retornara.

-CRAC!

-Entregou a carta Monstro? Perguntou Harry anciosamente.

-Sim senhor...Mestiço imundo! Respondeu Monstro resmungando xingos mais uma vez.

-Onde está a resposta Monstro? Perguntou Harry aflito.

-Aqui estão senhor...Vermezinho de sangue ruim. Repondeu o elfo entregando a Harry o
mesmo pergaminho que escrevera, só que possuia algo escrito no verso.

-Obrigado monstro, pode voltar para Hogwarts com Dobby ok? Agradeceu um satisfeito Harry.

-Até mais ver senhor! e curvando-se na exagerada reverência, Monstro desaparatou.

Harry sentou-se para ler a resposta de Rony e Hermione que se encontravam na toca.
A resposta era:



"Caro amigo Harry,

Estamos preocupados com esses sonhos, é melhor que saia dai o quanto antes.
Dumbledore queria que você ficasse até o momento exato de seu aniversário,
estaremos ai pra te ajudar! Tome muito cuidado Harry! E aliáis, que história é
essa de usar um elfo doméstico de coruja Harry? O FALE não te ensinou nada?
Quanto ao profeta diário, foram suspensas as edições porque os funcionários
sumiram misteriosamente, e o mesmo aconteceu com seus substitutos.
Acreditamos que Você-sabe-quem não quer que as notícias se espalhem com clareza,
assim as boatarias vão ganhar mais força e o terror será maior, já que ninguém
saberá exatamente com o que está lidando.As novidades são:
Fleur e Gui se casam mais ou menos em uma semana(isso você já sabia né?)
A ordem da fênix não existe mais
A marca negra foi encontrada sob a casa dos Longbottons e a avó de Neville,
Augusta Longbotton foi encontrada morta.
Lupin e Tonks estão namorando firme e forte
e por ordem do ministério da magia, Hogwarts não reabrirá esse ano.
Esperamos que esteja bem.


Rony e Mione"




Harry se sentiu confuso com o choque de emoções, estava feliz por Gui, Fleur,
Tonks e Lupin, mas pesaroso por Neville. O pobre garoto de faces redondas
também sofria bastante por culpa de Voldemort...Seus Pais ficaram loucos,
Seu nariz foi quebrado a dois anos atrás, e agora, a única pessoa a quem ele
tinha também se fora.
Harry lembrou que Neville poderia estar no lugar de Harry de acordo com a
profecia, e mais do que nunca, se identificou com o amigo.
Assim como ele, Harry também perdera pessoas importantes, seus pais, seu padrinho,
e por fim, Dumbledore. Harry sentiu em seu peito um ódio enorme por Voldemort,
um ódio tão grande quanto sua nova coragem de enfrentar cara a cara o culpado
de tudo. Isso tinha de acabar!E pensando nisso, Harry adormeceu.

A semana que se seguiu não troxe maiores novidades(Duda chegava em casa cada vez mais
tarde e cada dia mais bêbado, a tia Petúnia dera a Harry uma bronca particularmente grande
por rir do primo quando o mesmo entrou em casa de samba-canção cantando o hino da
Inglaterra, e os noticiários falavam diáriamente de catástrofes inesplicadas e uma mais
terrível que a outra) Enfim, era o aniversário de Harry.
O garoto acordou cedo, eram as primeiras horas da manhã de seu aniversário, Será
que Voldemort tardaria a chegar? Estaria Harry preparado para um confronto tão cedo?
O menino sabia que não. Se por desventura a hora chegasse, Harry não fugiria, mas sabia
que o bruxo o liquidaria, não era tolo a ponto de subestimar o inimigo, uma vez que tivera
aulas com Dumbledore sobre a vida de Voldemort...Harry sabia, o que ele queria, como ele
agia, porque queria matá-lo, porque odeia tanto trouxas e também sabia que um iria morrer
pelas mãos do outro, como diz "a profecia".

Mas foi então, que Harry pensou em um detalhe: Os Dursleys.
Harry não poderia escapar de Voldemort e deixar seus últimos parentes vivos morrerem.
Por mais que os Dursleys lhe fizessem mal, Harry não sentia ódio deles, nem mesmo de Duda
e acreditava que o que sentia mesmo era pena do primo.

Harry pensava em um jeito de tirá-los da casa por um dia, para que eles não corressem
perigo diante de Voldemort, mas, como?

Foi então que lhe passou pela cabeça uma idéia maravilhosa, há alguns anos, quando
precisaram tirar harry de casa sem que os Dursleys estivessem, eles mandaram uma carta
ao tio Válter lhe convocando para um torneio do jardin mais bem cuidado do país, e
o tio passara dois dias em tal viagem, seriam eles obtusos o bastante pra cair no mesmo
truque de novo?
Harry escrevera uma carta muito convincente de aspecto autêntico e a deixou na caixa de
correio.A carta de Harry fingia ser uma organização de concurso e indicava uma localização
longínqua e pedia desculpas por ter passado o nome errado da rua a dois anos atrás.

Harry voltou pelo hall da casa abafando risos antes dos Dursleys acordarem.
Seria interessante ver a cara de tio Válter Quando descobrisse que mais uma vez
fora enganado pelo mesmo truque.

Aproximadamente as oito horas da manhã, tia Petúnia levantara da cama e descera as
escadarias da casa em direção a seu aposento favorito: a cozinha. Ao passar por Harry,
deu ao sobrinho a mesma atenção que daria a um inseto, Harry não ligou, No passado,
passara por coisas muito piores na mão dos Dursleys para agora se importar com o fato
de ser ignorado.

Mais tarde quando todos os Dursleys sentavam-se à mesa para o café da manhã, uma enorme
coruja de preta de olhos muito amarelos surgiu na janela, tio Valter precipitou-se para
trás de sua cadeira com o susto e caiu estatelado no chão.

-HARRY!!!HARRY!!!SUAS MALDITAS AMIGAS DE PENAS VOLTARAM!!! Gritou o nervoso Dursley.

Harry correu até a cozinha ancioso, de quem seria a carta? pensou ele.
Ao chegar a coruja ergueu a pata esquerda, de onde Harry retirou um pergaminho com
um brasão muito conhecido, o brasão de Hogwarts!

Harry pensou, e decidiu que não abriria a carta, não agora.Já tinha muito com o que se
preocupar hoje para ter que lembrar da escola que ele não iria retornar e dos
acontecimentos do último ano que ocasionaram essa decisão.

-Harry, coma esses malditos ovos ou eu mesmo o farei! Disse Duda, agora um homem forte
de quase dois metros e largo como uma escrivaninha.

-Sirva-se Duda, quem sabe você não troque seus cigarros e sua cerveja por ovos e
bacon não é? Debochou Harry.

-...Pa-papai! Mã-mãe! Vocês ouviram o que ele disse? está zombando de mim! Está rindo
de meu problema! Disse Duda chamando a atenção dos pais para si, já que nenhum dos dois
tomara partido dele até o momento.

Os Dursleys não falaram até então, o que não era típico, uma vez que zombar do primo
na hora da refeição seria algo muito insensato a fazer, e em outros tempos, Harry ficaria
uma semana no armário sendo tratado a pão e água.

-Du-duda querido...Começou uma trêmula Petúnia.

-...Em uma coisa "ele"(nota de desprezo) tem razão...Você precisa parar com seus vícios não?
completou a senhora Dursley quase aos prantos.

-É filho...Sua mãe e eu estivemos conversando...E acho que o melhor a fazer é te colocar
numa clínica de reabilitação...Sabe...Por uns tempos, o que me diz? Arriscou Valter visívelmente
contrafeito.

-O QUÊ? ESTÃO LOUCOS? NUNCA!EU NÃO VOU! É ELE QUEM PRECISA DE REABILITAÇÃO!NÃO VOU!
Duda berrava à mesa.

Harry considerou que aquele era um momento em família, e como não considerava os Dursleys
"exatamente" uma família deixou o local, rumando para seu quarto.
Algumas horas depois, Tio Válter e tia Petúnia abriram a porta de seu quarto.

-Harry? Chamou Válter Dursley com uma voz calma que não pertencia a ele.

-Sim tio Válter? Respondeu o menino com um quê de curiosidade na voz.

-É o seguinte, sua tia e eu vamos sair por dois dias. Vamos ao verdadeiro concurso que
deveriamos ter ido há dois anos atrás, e no caminho vamos deixar Duda numa...Numa...
Cli-clínica de recuperação... A voz do senhor Dursley estava trêmula e ele parecia a
ponto de chorar.

-Espero sinceramente que ele se recupere senhor...Disse Harry instintivamente, e sabia
que seus votos eram verdadeiros.

-Bom, o caso é que estaremos fora esse tempo, e sei que hoje você atinge a maioridade
no mundo...no mundo...Bem, no seu mundo! e sendo assim não precisa mais ficar conosco.
Dizia tio Válter delicadamente, quase como se fosse um parente.

-Sim tio Válter, entendo, quer que eu saia de seu teto exatamente na hora em que não
precisar mais ficar aqui, é isso? Respondeu Harry com voz de educado entendimento.

-Não exatamente Harry, por mim pode terminar as suas férias aqui se assim desejar,
mas o caso, é que ambos sabemos que não é o que você deseja.Sendo assim, essa é a
última vez que estamos nos vendo Harry...Nunca pensei que fosse dizer isso mas...
Estava me acostumando com você. De qualquer forma, temos que ir, adeus Harry!

Era uma despedida, e Válter parecia estar sendo sincero.Harry não pensou em nada
melhor pra responder já que fora pego de surpresa então disse:

-Obrigado tio Válter! Respondeu o espantado menino menino
Err...Espero que fique bem! E...Boa sorte com o Duda.

-Obrigado Harry... Disseram os dois Dursleys em coro já saindo pela porta.
mas então tia Petúnia girou nos calcanhares e encarou Harry mais uma vez, e
perguntou ao menino:

-Harry...Só mais uma coisa...Err estive pensando...Sabe, no seu mundo...Não existe...
Bem, um jeito de curar alguém... Nas condições de Duda?

Harry vasculhou sua mente a procura de tal informação, e lembrou-se de Wink, a elfa
doméstica que tinha problemas com bebidas. Harry perguntava-se se sua amiga Hermione
saberia da existência de tal poção ou feitiço. Mas como Harry não poderia confirmar
tal informação ele não deu muitas esperanças aos dois.

-Olha...Não posso dizer com certeza...Mas, se tiver algum jeito...Aceitariam que eu
fizesse uso de recursos... Bem, vocês sabem... Mágicos? Perguntou Harry timidamente pois
sabia que mágica decididamente não era uma das palavras favoritas dos Dursleys.

-...Sim Harry, respondeu Válter, tudo pelo nosso Dudoca!

-Tudo bem...Juro que se houver tal poção ou encantamento eu retornarei para ajudar Duda!

-Sério mesmo Harry? Perguntou a incrédula tia petúnia, Seria capaz de nos ajudar mesmo
depois de tudo que...bem...Lhe fizemos?

Harry constatou que o temor dos Dursleys era de que ele se fosse para sempre e não ajuda-se
realmente com o problema, ainda mais levanto em conta a possibilidade de Harry querer se vingar
por todos os maus-tratos.

-Tia Petúnia...Claro que eu volto se achar alguma coisa! Não penso em me vingar do que me
fizeram...É passado não é? Vamos esquecer disso...

-Obrigado Harry, e tchau! Disse a tia Petúnia com lágrimas no olhar.

Harry fora deixado ali, sozinho na casa dos Dursleys, e teve horas para refletir
sobre tudo...Horas que sempre traziam a mente Voldemort...Tardaria ele a chegar?

Harry tirou a falsa Horcrux do bolso, e a admirou pesaroso por muito tempo, e
lembrou-se de como fora seu turbulento ano passado. Olhar para aquela Horcrux,
certamente não trazia a Harry lembranças boas, mas Harry a olhava como se aquilo lhe
indicasse como seria longa a sua jornada em busca de mais três ou quatro objetos
espalhados por ai. Então lembrou de Dumbledore. Nada seria possível se o diretor não
tivesse o ajudado...A verdade, É que Dumbledore indicara para Harry a única chance de
sobreviver ao que viria, e Harry seria eternamente grato a ele por tudo.

quatro da tarde- Será que posso ajudar o Duda?- Cinco da tarde- Como posso derrotar
Voldemort?- oito da noite- Como será que Neville está agora?-Nove horas- Será que a ordem
estará aqui?- Dez horas- Melhor arrumar minhas coisas.

Quando Harry descia com seus pertences, ouviu vozes na sala, empunhou sua varinha com
a mão direita e gritou:

-Quem está ai?

-Calma Harry, somos nós! A ordem! Respondeu uma voz amigável que Harry reconheceu como
sendo do senhor Weasley.

Ao descer, Harry avistou o senhor Weasley próximo a televisão, e parecia maravilhado olhando para
o aparelho. Junto a ele, estavam Alastor Moody, um homem atarracado e velho com cicatrizes
por toda a face, que tinha um olho normal, e o outro azul elétrico, que ficava girando para
todos os lados, Tonks, uma garota não muito mais velha do que ele que Harry conhecera a dois
anos atrás na mesma casa dos Dursleys, Tonks era uma metamorfomaga, e podia mudar sua aparência
a vontade, desde que não estivesse deprimida, ou abalada. Neste momento, estava com o cabelo comprido
num tom rosa choque, trajando calças e jaqueta jeans e uma blusa cor de rosa, Harry não pôde deixar de
reparar que ela estava abraçada carinhosamente com Lupin, embora todos na sala parececem tensos, seu antigo
professor Remo Lupin, com roupas muito rotas e cabelos quase completamente grisalhos e Kingsley Shacklebolt,
um bruxo alto, forte e negro que Harry sabia ser um auror bastante competente.

Harry cumprimentou a todos com acenos de cabeça, ao responderem, pareciam muito mais preocupados do
que Harry pensava.
Lupin abraçou Harry e falou

-Alo Harry! Como está?

-Estou bem professor! Respondeu Harry.

-Escute Harry, temos informações que nos dizem que Voldemort estará aqui em instantes!
É importante que você não saia de perto da gente em momento algum está me ouvindo?

-Sim estou...

-Harry! Vigilância constante! Avisou Olho-Tonto-Moody quase aos berros.

-Rony e Hermione nos disseram que você sonhou com isso...Isso é verdade Harry?

-Sim, é...

-Tomem cuidado! Protejam o garoto com suas vidas!Vai ser uma situação de risco!
A antiga magia de Dumbledore não deixará que desaparatemos juntos...Harry deverá ir sozinho!
Disse Alastor Moody, muito nervoso.

-Olho-Tonto está certo Harry, corremos todos um grande perigo esta noite! Você está sendo
protegido por uma magia antiga de Dumbledore, mas, a meia noite de hoje isso acaba! Dumbledore
tinha nos dito que você precisava ficar aqui até o momento que completasse dezessete anos para
fechar o ciclo de proteção magica, por isso, só poderemos partir depois da meia noite, está me
ouvindo? Falou Lupin rapidamente revelando estar um pouco ancioso.

-Sim senhor. Respondeu Harry, que sentia que o pessimismo de Lupin não tinha ajudado muito.

Naquele momento, os piores temores de Harry se confirmaram, vários gritos de horror
chegavam pela janela, seguidos por barulho de explosões.

-AVADA KEDAVRA!

-AHHHHHHHHHHHHHHHHHH

Harry ouvia muito choro e desespero, ao olhar pelas janelas da casa dos Dursleys teve
uma das piores visões que seu olho ja fizera, as casas ao redor da nº4 estavam todas
destruídas, e por incrível que pareça nenhum dos comensais ou dos gigantes pareciam
perceber a existência da casa, mentalmente Harry agradecia a Dumbledore pela antiga magia.

-Eles chegaram! Disse Shacklebolt com sua voz grave.

-Os reforços do ministério estão vindo! Nossa missão é proteger o garoto! Disse Moody com
sua enfática voz.

-Eles estão destruindo tudo! Matando todos os trouxas que aparecem em seu caminho!
Gritou Tonks.

Harry queria sair, ajudar, mais na verdade, como poderia derrotar dezenas de comensais
da morte e vários gigantes? Foi então que Harry viu o maior de seus inimigos
andando lenta e imponentemente por entre a rua destruída, Lord Voldemort chegara no local.

-LÁ ESTÁ ELE! VOCÊ-SABE-QUEM! Gritou Tonks agitando nervosamente suas mãos.

-Onde estão os reforços Olho-Tonto? Perguntou o nervoso Lupin.

-Não sei! Já deviam estar aqui! Gritou olho tonto girando seu olho mágico pra todos os lados.
Harry sabia que ele procurava sinais de aurores do ministério.

Faltavam dois minutos, Harry estava aflito com seu malão, sua vassoura, a vazia gaiola de
Hedwiges, sua varinha e sua capa da invisibilidade.

Voldemort aguardava a revelação da casa dos Dursleys, Gigantes pisoteavam
os destroços a procura de sobreviventes, e os comensais faziam um círculo diante de seu mestre.

-Meus leais seguidores...Começou Voldemort com uma ênfase de discurso.

-A quase exatos dezesseis anos, ocorreu o famoso evento com os Potters em Godric's Hollow...
Mas, meus caminhos a imortalidade são maiores do que qualquer ser na terra pode imaginar!

O coração de Harry deu um solavanco, ele sabia que o que Voldemort queria dizer, era sobre
seus sete fragmentos de alma espalhados por ai, na verdade cinco, pois Harry destruira uma
em seu segundo ano de escola, e Dumbledore outra ano passado, havia ainda mais uma
possivelmente destruída, a Horcrux de R.A.B.

-Graças a minha privilegiada inteligência e habilidade com a magia, tornei praticamente
impossível a minha morte. E hoje, hoje nos encontraremos com o nosso último "grande inimigo",
zombou Voldemort, HAAAAAARY POTTER!!!!!O-GAROTO-QUE-SOBREVIVEU, O "ELEITO", enfim,
o lendário e heróico Potter!Não é mais necessário nos esconder como simples ratos meus amigos..
Não, não é! Isso, porque estamos mais uma vez reunidos com força total!
LORD VOLDEMORT VOLTOU AOS PLENOS PODERES!!!NÃO HÁ MAIS DUMBLEDORE!!!NÃO HÁ MAIS CENSURA!!!
OS DOIS MUNDOS TREMERÃO DIANTE DA IRA DE LOOOOOOORD VOLDEMORT!!!!!!!!!!!

-EHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH(lord voldemooooort!)HHHHHHH(longa vida ao lorde das trevas)HHHHHH
Os comensais aplaudiam e gritavam!

Harry estava desesperado, não poderiam vencer, não agora. Faltavam apenas alguns segundos,
Harry deveria escapar para a toca e destruir todas as horcruxes, pra só então, ter uma chance
em um duelo com Voldemort. Moody, Lupin, Shacklebolt, Tonks e o senhor Weasley formaram um
círculo em volta dele.

-Harry, você já sabe aparatar creio eu! Perguntou o senhor Weasley num tom de quem está prestes
a pular de para-quedas.

Harry sacudiu a cabeça afirmativamente.

-Então é o seguinte, no momento exato que der meia noite, concentre-se e aparate para a toca
entendeu? Continuou o senhor Weasley.

Harry sacudiu novamente a cabeça.

-Lupin, Moody e Shacklebolt lhe darão cobertura! Tonks e eu iremos para a toca junto com você.

Meia noite, uma sucessão de coisas aconteceram ao mesmo tempo,
o relógio cuco da parede dos Dursleys começou a fazer barulho, uma enorme casa se materializou
do nada em frente a muitos comensais, gigantes e Voldemort, o coração de Harry acelerou como
poucas vezes antes, atingira a maioridade, executar feitiços fora de Hogwarts não era mais crime,
Harry teria autorização para adentrar caminhos da magia que nunca sonhara antes.
Porém, Harry demorou demasiado tempo imerso nesses pensamentos e então, Voldemort aparatou para
sua frente, com um forte estalo, os dois bruxos atrás dele desaparataram, os tres bruxos a frente
de Harry foram arremessados para as paredes e Harry caiu de costas no chão.

-HAAARY!!! Disse o bruxo com ar de quem via um antigo amigo.

-ESTUPEF...Tentou gritar Shacklebolt, porém voldemort ordenara antes:

-Crucio Trinity!!!

e os tres protetores de Harry urraram de dor ao mesmo tempo.

-Harry, Harry, Harry...O lendário Harry Potter!
Feliz aniversário hã? Pensou que eu iria me esquecer Harry? Pensou?
Voldemort falava com uma zombeteira voz de quem finge ser um grande amigo.

-Voldemort empunhara a varinha, Harry agarrara todos os seus pertences e pensara com mais nitidez
do que nunca na toca, deliberou seu corpo com todo o seu desejo de deixar a destruída rua dos
Alfeneiros, e no exato momento que deixara o solo, uma luz verde atingiu o chão onde ele estava a
poucos milésimos.

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