A Aldeia Dos Centauros
__________Com o passar das horas Edwiges começou a ter realmente uma grande necessidade de sono, por causa das viagens que tivera que fazer recentemente, e seus olhos piscavam. E a cada minuto que se passava a quantidade de piscadas crescia, era visível sua vontade de se manter alerta, e também era visível sua vontade de dormir um bom período de sono.
__________O que fez com que ela tivesse meio que o dever de ficar alerta ao Harry, fora o ocorrido há poucos minutos: Harry sentira a presença de algo o seguindo, este algo não era certamente a própria Edwiges, só que ele não sabia do que se tratava. Aos céus, Edwiges que voava normalmente para lhe entregar uma mensagem de última hora, vira tal figura aproximar-se do corpo móvel de seu dono, como que por instinto a coruja mergulhou com tamanha precisão que salvara Harry das garras da maldita figura misteriosa que dos céus não pôde ser vista.
__________A distância não permitira a visão da figura por Edwiges, e que de relance, quando ela tentou vê-la, a mesma desapareceu. Como poderia tal coisa sumir diante dos olhos de qualquer ser até os de uma coruja, um ser mágico, todos sabiam que era impossível aparatar no castelo; e as corujas também, afinal seres mágicos detinham alguns dons especiais, às vezes podiam ter, até mesmo, poderes tão poderosos quanto os de seus donos.
__________Esse desaparecimento fez com que a pobrezinha da Edwiges se obrigasse a não dormir um calmo e tranqüilo período de sono.
__________Realmente dentro do dormitório a noite foi tranqüila, mas se eles tivessem olhado através das janelas, justamente naqueles instantes, teriam visto o que talvez não pudessem ver nem em um milhão de anos, teriam visto uma cena desesperadora!
__________Parecia que o ser que tentara atacar Harry estava lá fora, voava, flutuava, ele não parecia assustador como anteriormente, mas, sim, parecia como um monstro afável e bondoso. E ele era realmente grande.
__________Seria ele o mesmo de antes? Mas o que estaria ele fazendo ali, no ar? Estaria à procura de Harry? O que faria se o encontrasse dormindo debruçado sobre as correspondências?
__________Entretanto, não muito longe dali, dentro do castelo uma entidade que não era fantasma, mas também não estava totalmente viva, dirigia-se em direção à Torre da Grifinória, mais precisamente, ao dormitório de Harry.
__________O que era essa entidade, e qual era o seu objetivo, poucos bruxos no mundo poderiam gabar-se de saber tal informação, mas nenhum deles estava vivo naquele exato momento, exceto por talvez um que não sabia de verdade, mas, sim, ouvira falar do que era factual.
__________Alvo Dumbledore estava seguindo sempre tudo o que ocorria dentro do castelo da escola. Ele sabia que cedo ou tarde elas viriam para buscá-lo a Harry.
__________Dumbledore, Harry não sabia, estava muito mais inteirado do que viria a acontecer do que ele, e em uma sala qualquer do segundo andar, entrou segurando o que parecia ser uma mistura de argola, disco e bumerangue.
__________Era um Sibroen, aparato mágico que servia como meio de comunicação entre bruxos antigos, que trabalhavam para o Ministro da Magia Ocultista, o Spedcalitus, de uma sociedade secreta capaz de servir como inimigos aos bruxos do ministério da magia, mas também já os ajudaram em secreto.
__________Dumbledore não era um Spedcalitus, mas ele conhecera o chefe deles como ninguém melhor o faria. A verdade é que hoje em dia essa sociedade não tem mais a força que possuía antigamente, quando estava reinando a era de trevas de Voldemort, o bruxo mais famoso por ter dominado de terror a sociedade bruxa inglesa.
__________Era por isso que Harry era famoso, porque foi ele, enquanto ainda bebê, que o derrotou, o motivo e como aconteceu, ninguém sabe.
__________Mas desde então, a Sociedade da Magia Ocultista não existe com tamanho poder. O seu antigo líder era alguém da família Pourtouttoi, um dos grandiosos mestres da sociedade bruxa, alguém com bastante influência e caráter, porém algo aconteceu com a sua família, alguém que sabia de todas as suas negociações, e também de que a família era o cérebro da sociedade secreta. Esse alguém avisou aos servos ainda vivos e livres de Voldemort, pouco depois da derrota para o menino que sobreviveu.
__________Então o patriarca da família fora terrivelmente assassinado.
__________A única que sobreviveu foi a sua filha, jovial e bela, a herdeira dos Pourtouttoi, agora vítima e refém seqüestrada. Seu rosto ainda paira no Ministério da Magia, por resgate, mas ninguém se atreveu a salvar a garota.
__________A sala na qual Dumbledore se achava agora, era misticamente empoeirada, e cheia do mofo-bruxo, uns cogumelos cresciam nas paredes e musgos caiam do teto. A única coisa com aparência de viva era uma samambaia que se localizava no centro da sala, e era violeta, quase cor-de-rosa, ali se achava sobre uma pequena mesa circular, de mármore, e o frio era bastante maior lá do que no resto do castelo.
__________Alvo segurava firmemente o sibroen em sua mão, e na outra uma varinha. Passando a varinha contornando a borda do sibroen, e dizendo:
__________‘Adrec Faen Ruom!’, Ele ligava o aparato e este passou a girar solitário no ar de fumaça verde-lodo que subia do chão. Luzes douradas e prateadas se misturavam aos sinistros raios de luz opacos, que conseguiam penetrar no ambiente através das janelas, estas estavam cobertas por cortinas rasgadas e cheias de teias de aranhas.
__________O aparato havia cessado movimento naquele instante.
__________‘Clamo por resposta, Celloam Distenteir!’, Disse Dumbledore, mirando a ponta da sua varinha para o meio do disco parado a sua frente. As luzes que saíram antes, agora estavam sendo concentradas nas bordas do aparato, e começaram a formar imagens de rostos cada um separado em um arco da circunferência da argola, eles eram os rostos do professores novatos e estavam bem longe, já quase iniciando a sua chegada no limiar da Floresta Proibida, tinham que passar por ela para se chegar ao bosque.
__________‘Sumtin Sobesndal!’, Falavam todos quando chegaram e olharam para Alvo, apreensivos, todos estavam ali, e alguém mais, um rosto feminino que Alvo se recordava bem, alguém que ele sabia que estava vivo, mas que não podia aparentar, nem se mencionar.
__________Uma garota, que estava em um lugar não mais o que todos pensavam que estaria, era a não-vilã mais procurada.
__________Era a última dos Pourtouttoi.
__________Um pouco depois de ter anoitecido completamente a Floresta Proibida, em todos os momentos era fria e escura, entretanto no verão ela parecia se dar uma trégua.
__________O solo úmido ainda das chuvas que se davam à noite, fazia muitos dos alunos escorregarem, e até alguns dos jovens e a idosa professora...
__________A luz da lua conseguia atravessar as copas altas das árvores que assombravam as crianças em contos infantis. Os troncos daquelas árvores assemelhavam-se a rostos gritando de dor e sofrimento, e com narizes longos sendo galhos um pouco mais pronunciados. Bocas imensas, que serviam de casas a animais da floresta, pássaros principalmente. Ou seres rastejantes...
__________Espinhos, lodo, galhos retorcidos, era o que não faltava. E em todas as árvores havia aquela sensação de que dali eles não sairiam mais.
__________Em parte eles poderiam estar certos.
__________A lua estava enorme naquele dia, bem diferente de todos os outros, e parecia estar tão perto. Ela tomava o espaço só para si. E sua luz branca iluminava, a vastidão da floresta. Era possível de se ver o chão, a terra secando, e as plantas monstruosas dali.
__________‘Senhorita Napoli...’, Dizia um dos professores, Massimusk. Seus olhos irradiavam compaixão e pena.
__________‘Não se preocupe jovem...’, Ela era mais velha do que ele, ‘...Nós os centauros não vivemos nestas...’, virou-se e com os braços fez o movimento mostrando a todos o local, ‘...Condições...’.
__________‘O nosso lugar fica separado do de vocês... E também da floresta.’.
__________‘Meu pai já me disse uma vez que vocês, os centauros são seres selvagens e sem leis...’, Disse uma das crianças.
__________Napoli virou-se a ele encarando sua figura, e viu seu rosto branco e seus olhos azuis claros, sua testa suando de um quase-medo.
__________‘Seu pai sabe de coisas que então eu não sei.’, Virou-se mais para olhar o jovem.
__________‘Eu sei o que você quer...’, Disse em um tom irônico quase maternal.
__________Seus braços se esticaram, e seu dorso abaixou. Sua cauda oscilava de um lado ao outro.
__________‘Suba, mas não pense que é você quem está me guiando, porque, afinal, sou eu que estou carregando você.’.
__________Seu corpo levantou-se de uma vez, assustando o coraçãozinho do menino. Que corou, querendo por tudo sair dali. Querendo que seu pai não o tivesse obrigado a ir àquela excursão. Querendo saber, porque a sua mãe não interveio a seu favor. E por que haveria ele de ter que passar por tudo aquilo, quando seus amigos, não?
__________A cavalgada estava sendo perturbadora para o garoto. Era noite escura, e a lua parecia estar se distanciando, ficando menor, mas não menos brilhante.
__________Aswell olhava Napoli com uma admiração tamanha. E o garoto loiro sentado ereto sobre seu dorso. E crítico que era, avaliou o menino.
__________‘Ele sabe cavalgar...’, Disse para a Dama de Branco.
__________‘É claro que ele sabe.’, Concordou White.
__________‘Sendo filho de quem é...’, Pensou com um leve lembrar do seu passado.
__________Os professores se distanciaram do grande grupo. Ficando um pouco mais atrás.
__________Napoli sabia de tudo.
__________Porque ela era uma boa leitora...
__________Não mais que de repente a coruja Edwiges acordou, e assustada com as energias que estava a sentir, começou a querer sair dali dando cabeçadas na janela, isto invariavelmente chamou a atenção do ser que flutuava e fez com que a entidade, que estava a subir, que ouvira também, corresse em vez de somente caminhar até onde o som se propagava.
__________Dentro de poucos minutos, o tal ser estaria olhando, através da vidraça, para Harry; e sem falar da entidade que escancararia a porta e o veria ainda dormindo.
__________Edwiges que não parava para nada, cada vez mais batia e batia, mais e mais, e a cada vez, mais fortes e mais barulhentas as batidas eram. O tempo estava a se esgotar, dali a poucos segundos a desgraça estaria feita.
__________Os passos da entidade eram difíceis de se ouvir e naquela situação, eles eram quase que ensurdecedores. A entidade estava significativamente bem próximo a Harry. Já o ser, desconfiado, voava em direção a janela que sofria as colisões de Edwiges.
__________Aquele instante deveria ser quando a entidade estivera na sala comunal da Grifinória, pois a senha não fora dita e se ouviam passos adentrando, vindos de fora. O ser flutuante, já aparecia na janela, longe ainda, mas já podia ser visto por qualquer um que estivesse dentro do dormitório de Harry.
__________Um calor foi chegando ao lugar, a temperatura subiu drasticamente; quando, Edwiges já cansada caiu; o ser flutuante bateu na janela, a porta foi escancarada pela entidade, e sem nada a entender, de repente cansado, suando, fora acordado, Harry Potter!
__________Alvo ainda olhava calmamente sem dar a perceber que havia mais alguém que estava somente no seu sibroen. Era perceptível que ela se comunicava só consigo, porque fora ele quem a havia salvado de um dos servos de Voldemort, há poucos dias.
__________E ela o conhecia, como se fosse um pai, mas sabia que não o era. E sabia da atrocidade que cometera no passado. Ela fora forçada a matar seu pai; e ele próprio a permitira fazer, aplicando um feitiço de proteção no mesmo instante nela, tal cena fora magnífica. Alvo lembrava de como ela o havia contado:
__________‘Não, não me faça fazê-lo, eu não queria que tivesse chegado a este ponto, papai, não, me deixe assim...’, Ela, Pauline Pourtouttoi, herdeira de uma fortuna em galeões, moeda do mundo bruxo, segurando uma varinha e um lenço ensangüentado.
__________‘Não vou perdoar-te se não o fizer, filha, será a única forma de...’, Dizia o senhor da família Pourtouttoi, fincando a varinha dentro do orifício no peito, que se formara da batalha anterior. Dizendo:
__________‘Serás mais do eu sempre fui, te perdôo pela tua inconseqüência, mas eu já sabia que seria assim, minha filha, eu conheço muito mais do que na tua vida inteira conhecerás, mas eu te perdôo com todo o meu amor, minha criança insana, minha pérola dos Mares-Encantados.’, Eram estas as últimas palavras. E no mesmo momento em que ela berrou o encanto de morte, ele gritou o seu.
__________‘Mortiiuv Ferenesco!’, Berrou a voz idosa do senhor, que estava de joelhos. Seus sangramentos, que não mais coagulavam, jorravam a cor vermelha, por todo o chão. Como uma ilha de vida e morte, que os separava de todos os servos de Voldemort naquele recinto, o sangue subiu pelas pernas da menina e adentrou os seus poros.
__________‘Beol Straom Mooris Taol!’, O feitiço de anulação da vida e da morte, saiu feito um arcanjo dracônico, da ponta da varinha e penetrando o corpo do senhor já antes desfalecido, porque sua vida já lhe tivera sido tirada pelo seu feitiço de proteção, porque este só funcionava em troca da vida do parente mais fisicamente próximo.
__________Naquele instante o feitiço de controle da mente e do corpo, que estava aplicado a menina, foi quebrado e ela não mais podia ser pega por nenhum deles, porque fora amaldiçoada com o poder do não-toque, aquele feitiço também era chamado de ‘A Ilha de Amor’, ou a despedida do sentir.
__________Aquilo fora a maior vingança do pai para a filha rebelde, ela viveria muitos anos até que alguma cura para a maldição fosse achada, e enquanto vivesse não poderia mais amar ninguém, porque não seria sentida pelos outros, ela virou um fantasma sem ser, a pior condição para os que queriam ser importantes.
__________Somente pessoas que soubessem manejar o feitiço precisamente poderiam encontrá-la, ou tocá-la ou ajudá-la, uma dessas pessoas, era o piedoso Alvo Dumbledore.
__________Os jovens professores já estavam a se comunicar com Dumbledore, e se inteiravam de tudo que deveriam fazer, estava tudo saindo bem, não tinha acontecido nada de anormal durante a travessia por aquela parte da Floresta Proibida, ninguém havia se machucado.
__________A mais séria de todos eles era a Professora White, que fitava Dumbledore como alguém que quer descobrir seus segredos e este a olhava com felicidade, pois sabia que ela o considerava muito.
__________‘Famour Cerdane!’, Todos então se despediram antes de usarem este feitiço de desligar os sibroen de todos, com a passagem das luzes que rodeavam na borda circular do aparato, para dentro do espaço redondo central, e sumindo.
__________Dumbledore se ajeitou e olhando para aquela sala, viu algo que não estava lá, e disse em voz alta para o vulto que aparecera em sua frente.
__________‘Está tudo indo bem, como você deve bem saber, e eu também.’, Disse Alvo baixo e sereno, o vulto sumiu em um desintegrar no ar sujo da sala enquanto Dumbledore se retirava e pensava sobre a conversa.
__________A aparição da menina Pourtouttoi no sibroen, e também a sua estimada menina Professora White.
__________Ele sabia que ela guardaria todos os segredos necessários para que tudo desse certo e ela sabia, tal qual ele, que absolutamente tudo estava saindo como o planejado.
__________Subitamente um grito de pavor foi sufocado em sua garganta, não tinha mais voz nem para solfejar lanceio de palavras, sem perceber Edwiges, que a pouco estava desfalecida no chão, teve seus olhos amarelos brilhantes sido trocados por uma cor branca, pálida como a névoa de dias frios, ela então o pegou com todas as forças que lhe restavam e o levou para fora quebrando, estilhaçando a janela em vários pedacinhos de vidro, que caiam feito uma chuva de cristal reluzente.
__________Quase sendo atropelado, o ser flutuante deu um vôo rasante bem perto de Edwiges, mas foi atrapalhado pela entidade, que se dizia ser outra parte do ser que Harry deveria ajudar. A primeira parte, a qual Harry teve muito medo, já havia conseguido o que queria. Mas agora, esta veio para outro objetivo, que contaria após saírem daquela enrascada.
__________A entidade era quente feito lava; bem diferente da anterior, que era fria como gelo; seus olhos em vez de serem como espelhos eram de um brilho intenso; nas regiões as quais correspondiam as íris, e transmitiam uma ardência a todos que neles fixassem o olhar.
__________Ela se impelia pelo ar, rodeando Harry e Edwiges em sua fuga. Eles, que já haviam entendido que ela não faria mal algum, só se importavam em se distanciarem da figura flutuante que os seguia. Depois de alguns minutos de fuga rápida pelo ar, Edwiges, que não mais agüentava o peso de Harry. Mesmo ele sendo magro, largou-o no chão e prosseguiu a corrida vigiando-o do céu. Harry que continuava a correr de modo desesperado, não sabia para onde ir, mas mesmo assim corria daquela figura.
__________Quando avistou, solitária, uma vassoura largada perto de onde estava. Então ele correu para lá, mas quando o ser, que ainda flutuava, o viu, e entendeu o que era o seu objetivo, deu tudo de si e voou em direção a vassoura, passando Harry. Deparando-se com uma muralha naquele momento, Harry percebeu que o estava impedindo de chegar até qualquer parte da vassoura. Enquanto o suor pingava-lhe no rosto, brilhando na noite sem fim, Edwiges querendo ajudar seu dono, chamou a atenção da muralha personificada e em seguida a própria nocauteou-a sem um pingo se quer de esforço, essa era a hora certa, ele tinha que alcançá-la, então arriscou tudo e todas as suas energias em um grande e único movimento, que o impulsionara por entre as pernas do ser flutuante. Mas para o seu azar ele o havia sentido e no mesmo instante trancou-lhe as pernas por entre as próprias. Só faltavam uns centímetros para poder segurar o cabo da vassoura, que má sorte, entretanto isso não passou pela cabeça de Harry, que estava a tentar com as forças que nem tinha, tocar nem que seja, em um pequeno pedaço da vassoura.
__________Seus braços arrastando no chão, seu rosto sujo de tudo o que podia imaginar, gotas de suor escorriam-lhe da testa ao pescoço, pingavam nos seus olhos que não conseguiam nem mais enxergar direito, àquelas horas já deviam ser umas cinco da manhã e ainda estava escuro. Quando não mais que de repente, a entidade que não se manifestara antes, moveu um braço. Este fora o momento, Harry que conseguiu que a atenção do ser flutuante fosse desviada das suas pernas, empenhou-se ao máximo e alcançou a vassoura. Ao mesmo tempo em que o sol nascia e como se fosse um vampiro correndo da luz do sol, o ser flutuante desaparecia de sua vista.
__________Harry voou ainda na vassoura, a alguns metros do chão e despencou com sono no colo não mais da entidade, mas sim no colo do espírito completo da Dona das Entidades. Esta que lhe acariciava o rosto, como se fosse um filho, parecia que havia sofrido muito quando viva. Ao sair de perto de Harry o espírito da jovem dirigiu-se aos céus onde desaparecera, jogando um enorme beijo para ele. Mas será que realmente aquele espírito era de alguém que já morrera?
__________Ainda na noite que acabara de terminar Napoli fez o seu guiar em um ritmo menos acelerado, deixando os alunos beberem água de uns poucos córregos límpidos.
__________O único que não bebeu, nem se quer se mexeu foi o garoto que ela carregava. O menino loiro do grupo da professora White.
__________‘Meu pai acha que não devemos beber água de córregos.’, Disse em um tom quase que imponente.
__________‘E você acha que de onde sai a água que todos vocês humanos bebem?’, Disse em um tom de superioridade intelectual que detinha Napoli.
__________‘Mas e as impurezas? E os seres miúdos que existem nesse tipo de água? Você pode morrer se beber dela!’, Disse quase que perdendo a calma o garoto.
__________Com essas palavras chegando aos ouvidos Napoli se volta o tronco humano para ele, dando um giro de sessenta graus forçados.
__________‘Você? Preocupando-se comigo?’, Seu rosto estava com uma expressão de espanto.
__________O garoto quase ficou vermelho. Suas maçãs estavam rosadas. E a testa suando como um rio.
__________‘Eu não pensaria que você viesse a se modificar...’. Disse com uma meia risada.
__________‘Como você me conhece?’.
__________‘Na verdade eu não o conheço.’.
__________‘Como não me conhece?’, Seu tom era de indignação.
__________‘Eu não o conheço, nunca vi mais gordo...’.
__________‘Então por quê?’.
__________‘Quer saber? Desça. Você está pesadinho demais para mim.’, Seu rosto estava preste a rir.
__________‘Hei! Não me pegue assim, faz cócegas!’. Sua face estava vermelha, ele fora pego por baixo dos ombros.
__________‘Pronto! Doeu? Não! Agora vá! Vá beber a água que mata pessoas...’.
__________Ele virou-se com uma cara de enfezado, mas de repente aquela boquinha se desfez e um sorriso nunca antes visto naqueles lábios apareceu. Se aquele sorriso tivesse sido um pouco maior poderia até iluminar como o brilho da lua...
__________‘Não tão cedo...’, Pensou Napoli.
__________Quando os professores alcançaram o grande grupo, Napoli os guiou até uma pequena cachoeira.
__________‘Vocês não poderão andar mais por hoje...’, Disse enquanto os alunos todos quase fizeram uma algazarra.
__________‘Vocês passarão a noite na minha aldeia...’.
__________A sua boca agora se movia, no obstante não saiam sons de dentro dela. E seus olhos ficaram de uma cor pálida...
__________Todos os alunos ficaram espantados com aquilo... Poucos humanos conseguiam... E estatisticamente seria menor o numero de centauros capazes...
__________Ela era uma Clamante...
__________E entre aquele clamor, um feitiço de hipnotismo foi exumado.
__________Aswell era um hipnotizador de mentes. Todos os alunos estavam desacordados e deitados no chão. Os professores também.
__________Ou era para ser assim.
__________Porque duas pessoas ainda estavam de pé e sem nada a entender.
__________White e seu aluno.
__________‘Vocês são realmente fortes. Dumbledore sabia e me disse que fizesse essa encenação.’, Disse Napoli.
__________‘Por quê?’, Veio à voz engasgada da professora.
__________‘Pelo simples fato de que vocês dois têm suas missões a cumprir...’.
__________‘Menino, venha cá!’, Disse a centauro.
__________‘Eu não queria estar aqui! Meu pai me obrigou a vir! Eu não sei o que está acontecendo! Tudo o que estávamos planejando, ele não conseguiu...’, Seus olhos estavam quase a esparramar lágrimas.
__________‘Eu sei que ele não conseguiu... Eu sei quem você é. E também sei que tipo de pessoas são os seus pais. Afinal eu estive em contato com os seus antepassados...’.
__________‘E também sei do seu envolvimento em tudo isso senhorita White.’.
__________‘Venham vocês dois. Eles já chegaram!’, Dizendo estas palavras White e o jovem, se viraram e viram uma guarda de grandes centauros.
__________Entre eles estava Firenze, que disse:
__________‘Napoli, nós vamos levá-los não é?’.
__________‘Para o centro da aldeia. Onde está a menina...’.
__________‘Vocês dois me acompanhem! Se não quiserem se perder e dormir aqui. Estas são ordens explícitas do diretor.’, Disse com uma cara de desacordo e de serviço feito.
__________Napoli ainda estava desacostumada com esses trâmites. E o seu verdadeiro querer ainda relutava com a grande correnteza.
__________Eles estavam passando pelas águas da cachoeira.
__________Adentrando um túnel semi-inundado por suas águas até a imensidão que era a Aldeia dos Centauros.
__________Uma grandiosa clareira na Floresta Proibida.
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