Elizabeth

Capítulo 15 – Elizabeth


Quando Harry voltou ao quarto de Guilherme, não sabia o que fazer ou dizer. Sentia que Guilherme o olhava, por isso resolveu dizer a primeira coisa que veio à sua cabeça.
-Quem eram eles? As pessoas que Voldemort matou? – perguntou imaginado se estaria certo em pensar que eram os pais de Guilherme.
-Meus pais. – disse ele simplesmente, ainda olhando fixamente a Harry. –Tem algo que você quer me perguntar sobre essas lembranças Harry?
-Não. – disse ele timidamente.
-Relaxe Harry. Não se preocupe com essa última lembrança. – disse ele guardando-a de volta no frasco, e este na caixa de madeira. – Eu já estou conformado, embora ainda queira justiça. A primeira lembrança que você viu, foi a primeira etapa da minha conquista por justiça. Você sabe quem é Avery? – perguntou ele enquanto se sentava e gesticulava para que Harry também o fizesse.
-É claro. Já ouvi falar dele. Sei apenas que é um dos Comensais de Voldemort. – disse Harry imediatamente.
-Ele era um dos Comensais de Voldemort. Ele morreu há mais de um mês.
-Morreu? – perguntou Harry.
-É. Morreu. Eu o matei. Por isso fui preso. – disse ele sem demonstrar remorso algum. – Mas com a ajuda do Professor Dumbledore, fui solto e ingressei na Ordem, essa é a segunda lembrança que nós vimos. E a terceira e última foi a lembrança que Dumbledore me deu no Ministério. Você viu. É a lembrança do assassinato dos meus pais. O professor Dumbledore a conseguiu com o elfo-doméstico deles, Doblin.
-Sim. Eu vi.
-Pois é. Doblin presenciou tudo, e assim que os homens foram embora, ele apareceu na casa do meu tio, onde eu estava morando, com aquela caixa de madeira.
-E o que tinha dentro dela? – perguntou Harry chocado, mas curioso.
-Isso. – disse ele enrolando a manga esquerda da camisa e mostrando o bracelete dourado que sempre usava. – Elizabeth.
-Elizabeth? – perguntou Harry sem entender.
-A minha Espada Harry. Você me viu usando-a contra Snape naquela lembrança. Veja. – disse se levantando.
Ele encostou o braço esquerdo à cintura, de modo que o bracelete também encostasse, e depois com um forte brilho dourado, o bracelete foi ganhando forma até que havia se transformado em uma bonita Espada dourada. Era a mesma Espada que Harry tinha o visto empunhando na casa dos Dursleys e na lembrança contra Snape. Era dourada, com símbolos circulares por toda a empunhadura e pela bainha, e em ambas havia pedras coloridas e semi-preciosas, estava presa à cintura de Guilherme por um cinto grosso, metálico e dourado.
-Como você fez isso? – perguntou Harry pasmo.
-A minha Espada, Elizabeth, é enfeitiçada com um Feitiço de Auto-transfiguração. Foi isso que o elfo, Doblin, foi me entregar. E depois de deixar o bracelete com meu tio para que ele o desse a mim quando eu crescesse, ele voltou e deu o alarme à Ordem.
Harry apenas olhou abismado para ele, com o cérebro saturado de informações. Sem saber o que dizer, disse a primeira coisa que veio à mente.
-E o que mais essa Espada pode fazer? – perguntou depressa.
-Muitas coisas Harry. Tem feitiços de todos os tipos, Anti-ladrão, para Desarmar, Chave de Portal, Convocatório, entre outros.
-É... Incrível... – disse ainda pasmo.
-Por incrível que pareça, ela não é nada comparada à Excalibur.

***

A partir do dia seguinte, os treinamentos começaram de verdade. Por todos os dias que seguiram, Harry, Hermione e Rony tinham várias aulas com os membros da Ordem.
A primeira aula que tiveram de verdade foi com Minerva. Enquanto Hermione achou a aula interessante, Harry e Rony acharam dificílimas, embora ela tenha ficado mais fácil quando Guilherme lhes sussurrou instruções, coisa que Harry estranhou.
No começo ficara surpreso quando Guilherme apareceu para assistir a aula com eles, mas depois achou que aquilo se repetiria sempre e, poderia ser útil.
Ele parecia saber a matéria que Minerva ensinava, tão bem quanto Hermione, embora parecesse levemente entediado. Ao sair da sala de treinamento, onde fora a aula particular, Harry lhe perguntou o porquê do tédio e ele resmungou um “Matéria repetida” que Harry não entendeu.
As aulas foram se tornando bastante interessantes, exceto, talvez, Poções. Snape parecia estar de péssimo humor, mais do que o normal, e falava apenas o essencial. O estranho é que em determinadas aulas, como a de Poções, Guilherme sequer prestava atenção. Ele apenas se sentava em uma cadeira e ficava lendo um livro em silêncio, como se estivesse apenas acompanhando e sequer dirigia um olhar a Snape.
Mas ao contrario as aulas de Snape, as aulas de Dumbledore eram muito interessantes. Harry em poucas semanas com as aulas de Dumbledore, conseguiu o que não conseguira no ano anterior com Snape: Aprender Oclumência.
Segundo Dumbledore, assim que todos eles aprendessem Oclumência, poderiam passar à Legilimência, o que seria muito interessante segundo Guilherme e Hermione.
As aulas de Lupin continuavam tão boas como sempre, e a cada aula ele lhes mostrava uma criatura das trevas diferente e como derrotá-la. Revisou Bichos-papões e Dementadores, aulas que Harry achou anormalmente fáceis.
Com Moody, as aulas eram repletas de gritos e avisos sobre como os Comensais agiam, como identificar venenos na comida ou bebida, mas o tema mais interessante sem dúvida era a Percepção do Bruxo. Moody lhes explicou que se desenvolvessem a Percepção Mágica com perfeição, não precisariam de nenhum olho mágico para saber se estavam em perigo ou sendo seguidos.
Na opinião de Harry, Rony e Hermione, a aula mais importante de todas essas era a que Guilherme começara a dar. Depois de contar a história de Excalibur, ele passou a lhes ensinar ótimos feitiços ofensivos e defensivos.
-Excelente Hermione. Muito bom mesmo. Você já dominou o Feitiço Expendia. – ia dizendo ele.
-Grande novidade. – sussurrou Rony para Harry, que sorriu.
-Não é tão difícil. – murmurou ela corada, de esforço para realizar o feitiço ou, talvez, de vergonha. – Só não entendi como podemos usar magia fora de Hogwarts, sem o Ministério saber.
-Ah isso. Com a Guerra contra Voldemort, a ultima coisa com que o Ministério se preocupa é com magias realizadas fora da escola. – explicou Guilherme.
-Ah certo. E mais quantos feitiços desse tipo teremos que aprender? – perguntou Hermione.
-Bom. Mais alguns. O treinamento que Dumbledore me pediu para dar a vocês vai ser dividido em três partes...
-Quais? – perguntou Rony o interrompendo.
-A primeira fase é essa. Feitiços Ofensivos e Defensivos. Muito úteis.
-E depois? – perguntou Harry curioso.
-A segunda fase é o treinamento corporal. Vou ajudar no seu desenvolvimento físico.
-Desenvolvimento físico? – perguntou Hermione entrando em pânico.
-É. Vou ajudar vocês a desenvolver sua força física, velocidade, resistência, elasticidade, etc. – disse sorrindo ao ver a cara dela. - E a terceira e última fase é ensinar vocês a usarem Espadas em batalha. Principalmente a você. – disse apontando para Harry.
-A mim? – perguntou surpreso.
-É claro. A Ordem está à procura da Excalibur. E quando a acharmos, você terá que saber usá-la para derrotar Voldemort. – disse de forma simples.
-Mas eu não posso usar uma Espada. Nem sei como...
TOC, TOC.
Alguém batia à porta.
-Você não sabe usar uma Espada agora. É pra isso que eu vou te ensinar. – disse ele caminhando até a porta para abrí-la. Quando o fez, Lupin entrou. Estava vestindo um sinistro uniforme negro com linhas prateadas bordadas e uma capa pesada.
-Olá Lupin. – disse Guilherme. – Achei que viria mais cedo.
-Desculpe. Tive assuntos a tratar com Moody. – respondeu lançando um olhar para os garotos que apenas ouviam a conversa.
-OK. Sem problemas. Você está pronto pelo que vejo. – disse sorrindo.
-Estou sim. E você? – perguntou surpreso por ele ainda estar com roupas de trouxa.
-Ah... Desculpe-me. Perdi a hora. – disse se dirigindo à porta. – Volto logo. – terminou saindo.
Harry, Hermione e Rony se entreolharam, sentindo que algo muito interessante estava para acontecer.



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N/A: Aí está o novo cap...
Obrigado a tds q comentaram... To meio sem tempo, mas depois respondo os comentarios...
Eh isso... Comentem!!!

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