Pressentimento
Capítulo 1 - Pressentimento
Ele já estava cansado daquilo, fazia dias que estava de vigia. Sabia que a missão que Dumbledore lhe dera não seria fácil, mas não imaginava que fosse tão entediante.
O sol raiava no horizonte de Londres, e ele sabia que deveria voltar para sua vigia. Mundongo o substituiria apenas durante a noite. O rapaz olhou para a rua em que se encontrava admirando o nascer do sol. Estava deserta. Teve um mau pressentimento, um arrepio na espinha, um arrepiar de pêlos da nuca, uma energia maligna.
Num piscar de olhos ele havia disparado, em uma corrida desenfreada rumo ao número 4 da Rua dos Alfeneiros.
***
Mundongo estava descansando em um banco em frente à casa de Harry Potter. Seu turno estava no fim, ele deveria ser substituído ao amanhecer pelo novo integrante da Ordem. Mundongo achara estranho um rapaz tão novo quanto aquele já pertencer à Ordem, e achava mais estranho ainda que Dumbledore tivesse confiado àquele rapaz a vida de Harry Potter, a pessoa que, segundo Dumbledore, acabaria com a Guerra.
O rapaz, admitia Mundongo, demonstrava incrível poder, mas mesmo assim era novo demais para proteger “O Escolhido”.
Mundongo foi despertado de seus pensamentos por passos rápidos e firmes. Se levantou do banco em que estava, com a varinha em punho e pronto a atacar. Os passos se aproximavam e Mundongo pôde ver um vulto, coberto por uma capa negra, se aproximar correndo. Ia lançar um feitiço quando ele o chamou:
-Mundongo! Ei, Mundongo, onde você está?
Mundongo se lembrou, então, que estava sob a capa da invisibilidade de Moody.
-Estou aqui. - disse Mundongo descobrindo a cabeça para falar com o rapaz que ainda estava completamente encoberto pela capa negra. - Você me assustou sabia? Por que demorou tanto? Onde se meteu?
-Desculpe, perdi a hora. Hum... você não viu ou sentiu algo estranho?
-Não, por que veria ou sentiria algo? – perguntou Mundongo desconfiado.
-Nada não. Desculpe ainda estou com um pouco de sono. Mas agora já estou aqui e você pode ir. – Disse finalmente descobrindo o rosto, que era coberto pelo capuz da capa.
-O.K. Já vou. Se houver algum problema avise a Ordem rapidamente ‘tá?
O rapaz sorriu.
-É claro que sim. Pode deixar comigo. Tenha um bom dia. – E dizendo isso voltou a cobrir o rosto com o capuz e se sentou no banco em que Mundongo estava a minutos atrás.
Mundongo se afastou lentamente enquanto se cobria com a capa da invisibilidade, “Que comportamento estranho ele tem”, pensou antes de aparatar com um sonoro CRAC.
Alguns metros distante do local em que Mundongo desaparatou, o rapaz estava pensativo. Ele tinha certeza de que sentira uma presença maligna por perto. Seu rosto, meio encoberto pelo capuz, demonstrava preocupação. “Algo estranho está acontecendo” pensou ele.
***
Do outro lado da rua, uma coruja, muito branca com olhos cor de âmbar, olhava o vulto escuro num banco. Olhou para o seu dono, um rapaz de mais ou menos dezesseis anos deitado na cama, e dormindo profundamente, e depois voltara a olhar para o vulto. Em questão de segundos Edwiges saltara do parapeito da janela e voara na direção do homem encapuzado.
Quando a viu, ele esticou o braço para ela pousar nele.
-Olá Edwiges. Veio me ver é? – perguntou ele retirando o capuz para olhar melhor para a coruja.
A coruja deu um pio e uma bicada como resposta, e depois voou para o céu do amanhecer que lentamente ia se tingindo de uma luz dourada pelas cores da aurora.
***
Harry abriu os olhos. Parecia que algo esvoaçara na janela do seu quarto. Levantou-se rapidamente e depois de colocar os óculos olhou a rua. Estava deserta. Ninguém nas calçadas, nem nas janelas, nem nos bancos de jardim e nem em lugar algum. Sequer havia pássaros na árvore que ficava do outro lado da rua. Então, estranhando, ele olhou ao seu redor, visualizando seu próprio quarto. Estava deserto também, apesar da bagunça de livros e papéis pelo chão. Então, uma coisa lhe ocorreu. Edwiges saíra para caçar e fizera barulho ao sair, “É deve ter sido isso”.
Respirando aliviado, Harry voltou para a cama depois de olhar o relógio.
-Ainda está muito cedo. – resmungou ele, aparentemente ainda tonto de sono.
***
Em frente à casa número 4 da Rua dos Alfeneiros, um vulto encapuzado saiu da sombra de uma grande árvore.
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N/A: Espero q tenham gostado...
No próximo cap ja começa a estória propriamente dita...
Prometo q posto rapido se tiver comentarios... Comentem...
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