Novas Amizades

Draco sem nem ao menos responder nada, virou-se e começou a andar e foi seguido rapidamente por Ginny.



- Isso significa um sim?


- É o que parece, não? – ele falou distraído, parecia absorto em sua própria mente.



Ele queria saber o que estava acontecendo, se esqueceu completamente que Ginny estava ali, ele andava apressado como sempre, querendo chegar à biblioteca o mais rápido possível, queria respostas.



- Ei, você precisa andar tão rápido Malfoy? – Gina estava com dificuldade em acompanhá-lo.


- Me esqueci que você estava aqui. – sua voz soou entediada.


- Imagino que isso vai ser o mais próximo de um pedido de desculpas que eu vou ouvir de você.


Draco nem se deu ao trabalho de responder, afinal eles haviam dado uma ‘trégua’ e ele realmente não estava com humor para brigas. Porém, sem nem ao menos reparar que o fazia, diminuiu suas passadas, agora ele andava não muito, mas perceptivelmente mais devagar.





˱˱˱˥˱˱˱˥O feitiço da serpente ˱˱˱˥˱˱˱˥ O feitiço da serpente ˱˱˱˥˱˱˱˥






Gina, como sempre que andava por esses corredores, estava confusa, apenas seguia Draco de perto, com medo de que se ficasse muito para trás se perderia. Depois de muitos e muitos corredores frios, eles pararam. Em frente a duas portas de madeira escuras e muito pesadas, que mais pareciam portas de masmorras, largas, muito altas e espessas e tinham todo aquele aspecto rudimentar, mas que não deixava de ser elegante. Elas se abriram sozinhas e revelaram uma imensa biblioteca, com altíssimas, longas e diversas estantes, havia tantas que Gina imaginou que aquela biblioteca era maior até que a de Hogwarts. De certo que era, e era também, bem mais bonita. As estantes ficavam nos cantos dando uma volta completa no salão. No meio estavam muito bem dispostas várias poltronas de madeira escura, estofadas em tom de vinho tinto, que pareciam extremamente confortáveis. Também havia algumas mesas, pequenos sofás, iguais às poltronas e algumas luminárias, havia também, pequenos tapetes, entre algumas poltronas e entre as estantes. E como o resto da casa, as paredes eram em pedra fria, que nem parecia mais tão fria, devido à imensa lareira que havia lá.




- Não sabia que você gostava tanto de ler Malfoy. – ela falou mais tentando puxar assunto. Pois não agüentava mais ficar calada.




- Gosto, passo muito tempo aqui, mas meu pai é quem realmente gosta, isso tudo foi feito pra ele. – Gina estava impressionada agora, ela também adorava ler e seu grande sonho era ter um lugar confortável assim para que pudesse passar suas tardes lendo. Agora ela descobrira o que fazer nessa mansão o tempo que seria obrigada a ficar aqui.




- Quem diria, Malfoy gosta de ler. – não era para sair em tom desafiador, era simplesmente um comentário, ela sempre falava assim com seus amigos, ela se esquecera ele não era seu amigo. Mais uma vez ela tinha falado sem pensar.




- Quem diria que a Weasley sabe o que é leitura. Imaginei que talvez você nunca tivesse tido a chance de realmente ler alguma coisa, já que tudo que lhe pertence é de segunda mão e deve ser tão velho que não se pode ler mais nada – voltara para seu rosto o tão insuportável sorrisinho, que toda vez que Gina o via, tinha vontade de dar um murro nele para ver se desaparecia, mas ao mesmo tempo, que deixava o seu rosto tão irresistivelmente lindo. - /p/ VIRGÍNIA WEASLEY, você não pensou isso, você não chegou nem perto de elogiar DRACO MALFOY. Aquele mesmo Draco Malfoy que suas famílias se odeiam, porque a dele é hipócrita. –



Ela simplesmente bufou em resposta, ela não estava a fim de brigas, na verdade, ela acabara de se lembrar de uma coisa. Não havia comido nada desde o desjejum, agora que ela parara para pensar, estava com fome, o almoço já deveria ter passado a muito, já estava escuro lá fora, olhou para um relógio e viu que já eram oito horas.



Como ela ocasionalmente fazia, jogava frases ao vento falou:



- Estou com fome.


Draco se virou para ela para olhá-la nos olhos.


- O jantar em breve será servido. – ela começava a perceber que ele não era muito de conversa. Normalmente eles só falavam um com o outro para jogar insultos e discutir. Ela sabia que ele não tinha amigos, apenas ’seguidores’, mas nunca parara para refletir sobre isso. Ele tentava ao máximo cortar papo dando respostas curtas, para não darem margem para um assunto qualquer.




- Você não é muito de conversa né, Malfoy? – curiosa como de costume, tentou investigar mais a fundo.

- Eu prefiro não ficar falando asneiras por ai, como certas pessoas. - ele falou isso calmamente e depois revirou os olhos.

- Então você falhou, porque asneiras é o que mais sai dessa sua boca suja.

- Só não tão suja como a sua casa, porque isso é meio impossível - ela fingiu que não ouviu, porque não queria brigar no momento.




-/p/ Céus! Nem mesmo quando eu pergunto sobre sua mudisse ele fala algo que comece uma conversa. Ele deve ser realmente muito solitário para ter se acostumado com esse tipo de vida – Ela não acreditava que uma pessoa não gostasse de conversar, por mais reservada que fosse. Gina suspeitava então que ele não falava porque não sabia como desenvolver o assunto. Isso seria definitivamente que eles teriam que ‘trabalhar isso’ [n/a uma expressão que geralmente psiquiatras usam para um problema do paciente a ser resolvido]. Afinal ela nunca agüentaria sabe-se lá quanto tempo sem ter com quem conversar.




- Você realmente não é de muitos amigos, não é Malfoy? – novamente ela ‘jogava frases ao vento’.



Ambos agora haviam se esquecido que estavam ali por causa de um livro, para resolver essa situação, estavam os dois sentados em duas poltronas de frente uma para a outra.




- O que você quer dizer com isso Weasley? – Ele a olhava interrogativo.




-Ah, nos dois sentidos. Quis dizer que você não tem muitos amigos e que não faz nada que isso aconteça.




- Eu tenho Crabbe e Goyle – ele estava começando a ficar irritado com o questionamento da garota. Afinal, Quem era ela para falar aquilo dele? Quem aquela Weasley pensava que era para julgar se ele tinha amigos ou não? Mas preferiu manter a calma e não perder a pose.




- Eles não são realmente seus amigos Malfoy, e você sabe disso.




- A não? Então o quê? – essa menina só poderia estar ficando louca para fazer tal questionamento.




- Amizade Malfoy, não são pessoas que estão com você e fazem tudo que você ordena por medo, e por acharem que com você estão melhor. Amizade é você se importar realmente com alguém, é você gostar e conhecer essa pessoa. Crabbe e Goyle são seus servos, não seus amigos.





- Eu pouco me importo para o que vc acha ou não de amizade, tanto que eu não pedi a sua opinião, Weasley. Você é uma pobretona que não sabe de nada. Que acha que tudo que conta são os sentimentos, mas pelo menos eu consigo o que quero com Crabbe e Goyle eles seguem exatamente o que eu falo e nunca os ouvi reclamando, você parece a única que não tá no esquema. – ele falava isso tudo com uma calma estupidamente irritante e com o sorriso irônico finalizando.





Antes mesmo que ela pudesse dar qualquer resposta mal-educada a porta se abriu e ela constatou que era outro elfo.




- Com licença jovens mestres, Nancy veio dizer que o jantar está servido e o mestre espera a senhorita.




- Eu estou indo Nancy, me leve até lá, por favor, não me lembro como se chega lá. – ela achou que seria melhor não responder, até porque ela sabia dessa vez porque ele havia agido te tal forma, ela havia tocado em seu ponto fraco, mais tarde voltaria a falar disso.





- Eu não estou com fome e tenho alguns assuntos a resolver, avise que não irei e mais tarde leve comida ao meu quarto. Anda elfo estúpida! O que ainda estás fazendo aqui? – ele parecia descontar toda a sua raiva na criaturinha, como se a agredindo de tal forma fizesse tudo passar.





Ela se virou apressada e tremendo de medo. – Sim, Nancy já vai, V...va...vamos jovem Virgínia – ela parecia querer sair correndo dali de tão assustada.





Ela guiou Gina para fora dos aposentos e mais uma vez estavam nos corredores que ela tanto detestava. A elfo parecia mais calma, mas ainda tremia de medo. -/p/ pobres criaturinhas, a Mione tinha razão em criar a F.A.L.E., eles merecem ser livres.














Ele estava nervoso. E de nada tinha adiantado a explosão que tivera a pouco com a elfo. Ele continuava fora de si, tinha vontade de quebrar tudo, sem mais se controlar chutou uma das cadeiras longe, que se espatifou quando colidiu com a parede de pedra. Draco era realmente forte, e não tinha nem usado toda a sua força para quebrar a cadeira. Em meio a devaneios de como a Weasley tinha sido abusada em falar daquilo com ele, se lembrou porque estava ali, tinha que procurar sobre o feitiço e o que havia dado errado para aquilo ter acontecido. Sem mais perder tempo foi em direção às estantes em menção de achar o livro. Lembrou-se, porém, que também estava com fome. Seu estômago havia acabado de dar o sinal de que precisava de alimento, deu de ombros, mais tarde ele comeria, por agora ele tinha que tratar de descobrir.







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Betado ;]
Brigada Laurets ^^

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