Tudo diferente
Ginny se esticou preguiçosamente na cama, algo estava errado, a cama era macia demais, ela não estava acostumada com toda essa maciez, algo definitivamente não estava certo. Ela abriu os olhos, era de certo que não estava mais em Hogwarts. Como? Como ela foi parar ... Ah!!! Agora ela se lembrava, tudo voltou a sua mente como num filme em camera lenta, aquela luz cegante e aquele baque ensurdecedor. Tudo estava claro agora. No momento em que ela tocara no pingente tudo isso aconteçeu, deveria ser algum tipo de chave de portal, mas ainda sim era estranho. Agora ela tinha que tratar de descobrir aonde estava. Ela piscou os olhos, tentando clarear as vistas e deu uma boa olhada no aposento. Reparou que onde quer que ela estivesse, era um lugar muito luxuoso, provavelmente de pessoas muito ricas, era tudo muito bem decorado e com peças que aparentavam ser caríssimas. Ela estava numa cama de casal muito bonita, em madeira entalhada, com um dossel pesadíssimo cinza chumbo, preso, para não cair sobre a cama. Haviam várias telas no quarto e um tapete perto de sua cama também, as paredes eram em pedra fria o que à lembrou dos castelos medievais. Havia também um grande armário em madeira escura e logo ao seu lado uma escrivaninha com uma cadeira acolchoada. Tudo muito bem distríbuido pelo aposento, o que parecia um trabalho de profissional, havia também, um grande espelho no outro lado do quarto. Ginny parou de olhar em volta, sentia algo em seu pescoço, um pesinho que nao era normal, levou uma das maõs à ele e sentiu algo parecido com um colar, a pequena não se lembrava daquele objeto. Então retirou todas as cobertas que a cobriam e se levantou. Quando seus pés tocaram o chão frio de pedra seu corpo se arrepiou e ela continuou andando em direção ao espelho. Ela encarou o próprio reflexo por um tempo. No seu pescoço estava um colar,uma fina corrente prateada, mas que aparentava ser bem resistente, com um pequeno pingente de uma serpente. Era o mesmo pingente que à tinha transportado pra esse local. Era por causa dele que ela estava ali.
-/p/ Mas isso é uma chave de portal, certo? Tem, que ser não é mesmo?Como isso aconteçeu então? Chaves de portais não fazem isso. Calma Gina, se acalma, pensa, pensa.
Ela ficou mais um tempo tentando entender. Até que intuitivamente ela levou as mãos até a nuca para soltar o fecho do colar. No momento em que ela o abriu, ele voltou a se fechar. Agora ela não tinha dúvidas, era um feitiço e não uma chave de portal. E isso definitivamente não era bom. Foi então que ela teve outra idéia, ela segurou o pequeno pingente com a sua mão esquerda e andou até a parede atrás do espelho, ela então, com toda a sua força bateu a pequena cobra que soltou uma lasca. Quando isso aconteçeu ela sentiu uma dor horrível, como se estivessem arrancando a sua própria pele, ela caiu no chão e começou a se contorcer, o corpo todo doía, uma dor que ela nunca sentira antes. A sua pele parecia em chamas. Depois de um tempo a dor sessou.
-/p/ Mas Que diabos...?
-/p/ Será que então... Só pode ser. Se algo aconteçe com essa desgraça de pingente aconteçe comigo também...
-/p/ È... definitivamente não é uma chave de portal.
Era melhor tomar cuidado com o delicado pingente de agora em diante, se quisesse garantir que essa dor não se repetisse outra vez. Ela estava tão absorta em seus pensamentos sobre o pingente, que nem reparou leves batidas em sua porta que já duravam um tempo. A porta se abriu e uma pequena criaturinha mal vestida entrou, ela se virou e percebeu ser um elfo-doméstico. Ele a encarou com seus grandes olhos brilhantes, que demonstravam um grande receio. Após uma longa pausa ele abriu a boca e disse com a voz vacilando:
- C...coom licença senhorita Malfoy – ele parou, parecia amedrontado demais para continuar, tomou um pouco de coragem vendo que Gina não iria insultá-lo continuou – Os seus tios Sr. e Sra. Malfoy estão à sua espera para o d... des... desjejum. Eu esperarei a Senhorita s... se... se vestir e volto logo para guiá-la. – com isso ele se virou e saiu, tão apressadamente, que Gina não teve nem tempo de chamá-lo de volta para dar algumas explicações.
-/p/ Senhorita Malfoy? Que espécie de brincadeira de mal-gosto era essa? Estaria essa criaturinha ficando louca?
-/p/ Será mesmo que estou na mansão Malfoy?
Agora ela estava mais confusa do que nunca, o que aconteçera? Só poderia tudo estar ligado ao tal colar, e que tipo de magia era essa? Ela nunca ouvira falar em tal coisa. Pretendendo obter algumas respostas ela se vestiu rapidamente e esperou o elfo retornar. Não demorou muito, e logo a criaturinha já estava de volta, como antes ele deu pequenas batidinhas na porta e entrou.
- V...ve...vejo que a senhorita j...já está pronta, me ac... acompanhe por favor – ele falou trêmulamente como da outra vez.
- Ahan – foi tudo em que Gina conseguiu pensar em responder. Por medo de assustar ainda mais a criatura e também por toda a confusão que estava a sua mente no momento.
Eles seguiram em silêncio, porque Gina não conseguiu pensar em nada que não parecesse estúpido demais para se falar. A medida que eles seguiam pela mansão ela se confundia mais e mais, os corredores pareciam todos muito iguais, largos, em pedra fria e escuros no geral, mudando apenas algum detalhe como uma tapeçaria ou um quadro de um para outro. E haviam também muitas portas do que deviam ser quartos. Eles viraram em vários corredores, por vezes ela se perguntavam se não estavam andando em círculos, porque parecia que por mais que andassem, não chegavam à lugar nenhum. Sempre que dobravam um corredor ela esperava chegar ao seu destino, mas ficava desapontada em ver apenas outra passagem fria. Finalmente, no final de um dos muitos corredores, havia uma ampla escada. Com uma tapeçaria cor de vinho, muito fechado. A escada era bem ampla no começo e depois começava a se estreitar levemente, o que, como tudo mais na casa, era bem elegante. Eles desceram as escadas e viraram à direita, mais a frente Ginny avistou um amplo portal e o que parecia ser a sala de jantar. O elfo parou e indicou com a sua mão para que ela prosseguisse. Ela obedesseu, atravessando o portal percebeu uma gigantesca mesa com vários assentos. E no final da mesa ela pode avistar, na cabeceira Lúcius Malfoy e à sua direita sua esposa Narcisa Malfoy. Quando à viu o homem abriu um largo sorriso. Que não combinava muito bem com seu rosto, que assim como o de Draco caía muito melhor o tradicional sorrisinho irônico. Por fim ele principiou:
- Minha querida sobrinha! Como foi a sua noite? Agradável eu espero. Vejo que o idiota daquele elfo fez o seu trabalho e lhe pediu para se juntar à nós, não ?
Ela não sabia o que dizer, congelou por um momento, mas sabia que tinha que dizer alguma coisa,então ela resolveu fingir – Er... A noite foi ótima, foi bom para descansar da viagem. Sim, ele me chamou à pouco, tio – não sabia se tinha dito a coisa certa, teve medo da história da viagem não ser verdade. Se amaldiçoou agora por ter dito isso. Poderia estragar tudo.
- Que bom que você descansou minha querida. Agora venha, sente-se conosco para tomarmos o desjejum. – Era realmente estranho ver o Sr. Malfoy falando desse jeito, tão delicadamente, quase como se ele fosse tão gentil, o denunciava apenas o sorriso irônico que, vez ou outra, inconscientemente teimava em aparecer em sua boca. Isso à lembrava por demais Draco, o sorriso era exatamente idêntico ao de seu filho. Por falar nele, onde estaria? Ela percebeu que o Sr. Malfoy a fitava com preocupação, então se lembrou que deveria sentar.
- Onde está Draco? – **Vômito de palavras**, vez ou outra ela pensava em algo e, instantaneamente falava, sem nem perceber que o havia feito, ela já se encrencara muito por causa disso, mas dessa vez lhe causou apenas constrangimento.
Lúcius pareceu um pouco irritado com a pergunta, mas tornou suas expressões tranqüilas novamente e respondeu - Ele foi visitar os Parkinson. – ele respondeu breviamente, indicando que não queria mais questionamentos sobre o assunto.
Narcisa, que não havia falado nada até o momento e mantinha sua face neutra, o que parecia habitual para a mulher, falou subitamente – Lúcius, querido, vou mandar servir a comida, Virgínia deve estar morrendo de fome, não é mesmo querida?- ela apenas concordou com a cabeça e Narcisa se retirou.
O Sr. Malfoy pareceu extremamente irritado pela interrupção da mulher, ou simplesmente por ela ter dito algo mas, continuou calado apenas soltou uma bafada de ar. Narcisa tinha um tom bastante maternal e parecia bem sincero, ela era uma mulher extremamente bonita, à quem Draco provavelmente puxara, ela não podia negar, ele era um dos rapazes mais bonitos que ela já vira, isso era de certo, mas seu temperamento, isso sim o tornava insuportável. Mas quem poderia culpá-lo ? Com uma família louca como essa, seu pai era um crápula, que parecia fazer coisas horrorosas não apenas com Draco, mas com sua mãe também. Narcisa parecia ser bem submissa ao marido. E Gina duvidava que ela desobedeceria alguma ordem dele, qualquer que fosse. Mesmo que isso significasse negar qualquer tipo de demontração de afeto ao seu filho. Ele nunca fora amado de verdade, mas isso agora não importava, mesmo com todos esses motivos ele ainda era um garoto mesquinho e egocêntrico. E ela ainda tinha que descobrir o que estava aconteçendo.
Narcisa entrou novamente na sala de jantar e se sentou, instantaneamente apareceram vários pratos com comidas deliciosas, desde frutasa até bolos maravilhosamente confeitados. Lúcio se serviu então ambas Narcisa e Ginny começaram a se servir também. Após comer uma laranja e um pedaço do bolo de maçã com uma calda que ela não conseguiu identificar ela achou que era suficiente. Parou de comer esperando que os outros acabassem também. Assim que ambos terminaram, Sr. Malfoy se levantou.
- Se as senhoras me dão licença, tenho alguns assuntos para resolver. – sua voz soou arrogante, e ela não entendia a mudança repentina.
Antes mesmo que ela pudesse entender as mudanças compornamentais do Sr. Malfoy, Narcia também se levantou.
- Com licença. Se precisar de algo querida chame Robby, dê umas voltas pelos jardins enquanto Draco não volta. Tenho certeza que você encontrará o que fazer – com issso ela também se retirou apressadamente.
-/p/ Que familiazinha mais esquisita.
Ela ficou por um momento tentando entende aquelas pessoas, desistiu porém ao se lembrar que eram Malfoys, deu de ombros e começou a pensar.
-/p/ O que será que se faz aqui para passar o tempo?
-/p/ Não muito pelo visto, gente rica parece ser bem chata.
Ultimamente conversar consigo mesma era uma constante no dia de Gina. Nem se preocupou mais em ficar sozinha, então não vendo nada mais o que fazer naquela casa estranha e sem expectativas de obter respostas por si só. Ela resolveu seguir o conselho de Narcisa e ir aos jardins.
Estava muito frio lá fora, porém Ginny estava bem agasalhada, com uma grossa capa que provavelmente estava enfeitiçada com algum feitiço aqueçedor, porque por mais grossa que fosse a capa, estava ventando muio mesmo lá fora e ela não sentia nem calafrios. De qualquer modo ela continuou andando, porque estava apenas na porta de entrada da mansão ainda, e não fazia idéia de pra qual lado ficavam os jardins, a parte externa da mansão Malfoy parecia tão grande ou maior que seu interior, tanto, que ela nem conseguia ver o portão de entrada.
Depois de um tempo, optou pela esquerda então, apenas porque era seu lado favorito. Seguiu andando e viu uma grama muito verde e mais atrás algumas àrvores, nada que a interessasse então, continuou seu percurso, ao longo ela ia vendo esculturas em formatos de criaturas mágicas e isso ia a distraindo. Quando ela julgou estar nos fundos da mansão, que estranhamente eram mais bem elaborados que a faixada, com um gigantesca porta e muitos objetos por perto, ela avistou algo como um labirinto de arbustos. E curiosa como sempre resolveu investigar, chegando mais perto ficou um pouco amedrontada com o aspecto sombrio dos arbustos e por medo de se perder resolveu não entrar. Avistou ao lado uma àrvore com um tronco bem largo e um balanço de madeira pendurado, algo estranho para uma casa tão luxuosa, julgou então que deveria ter sido feito para Draco quando pequeno. Ela se aproximou da àrvore e sentou no balanço, dando leves empurrões com os pés de vez em quando.
E assim se seguiu a tarde. Ginny tentando descobrir como havia parado ali, que tipo de feitiço era aquele e muitas outas perguntas que vinham à sua mente, por vezes ela chegou à algumas conclusões que logo foram descartadas, eram absurdas demais. Ela ouviu passadas distantes, ficou imaginando quem poderia ser, antes mesmo que pudesse concluir qualquer coisa. Draco apareceu, parecia abatido, cansado e por algum motivo, irritado, carregava consigo um pequeno embrulho sob um de seus braços . Ele estava distraído, mas intuitivamente olhou para a àrvore, quando viu Gina ele, que geralemente não demonstrava emoções ficou completamente espantado, chegou a recuar, mas logo depois deu algumas passadas em sua direção.
- Weasley ?! – sua voz soou agressiva, e seu rosto demonstrava confusão.
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Ufaa! Esse cap realmente me deu muito trabalho, eram muitos cenários, muitas emoções para descrever e também hoje meu dia foi muito cansativo.
porém eu só me acabei pra terminar ele por 2 motivos
- Porque finalmente enviaram um comentário. Que eu JURO eu fikei muito feliz em saber que voce está acompanhando a minha fic nina. Eu realmente axava que ninguém estava realemente a lendo. Tá vendo ? A história, como eu prometi fica mais emocionante apartir de agora. E eu sinto muito em informar que romance entre d/g soh vai rolar mesmo daqui a alguns capitulos. sabe, eu queria fazer a coisa bem feita, fazer vcs entenderem um pouco mais a historia primeiro ^^. Espero que eu esteja fazendo a coisa certa.
- Não sei se vcs perceberam mas, eu estou procurando postar capitulos todos os dias, porque semana que vem eu tenho 4 provas realemente dificeis e essa semana eu to tentando estudar de manhã. entao me sobra pouco tempo pra escrver aqui ;/. E eu entro em férias em 2 semanas proavelmente eu viajo, entao estou procurando adiantar bastanta enquanto posso.
Bom é isso.
Muito obrigado quem está acompanhando.
E eu adoraria opiniões sobre essee cap em particular
x**
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