Mamãe!?

Ao chegar no salão, Severus sentou-se no seu lugar habitual, ao lado de sua irmã, mas tristemente, o Black ainda estava lá, sentado à direita de McGonagall, que estava do lado de Dumbledore:
-Então?-Perguntou Sarah discretamente, mas com uma pontada de malícia.
-Então o quê?-Perguntou fingindo mal-humor
-Você disse que não ia vir jantar...ela está bem?
-Está dormindo...
-E?-Maliciosa...
-Para sua informação, Sarah Snape, ela está bem, tranqüila e dormindo calmamente.-Parecia um aluno que decorou a resposta e quer impressionar seu professor.
-Você me entendeu, Severus...não entendeu?
-Entendi mais do que devia.-Disse com uma sombrancelha levantada e um sorrisinho cínico nos lábios, Sarah riu, mas seu sorriso morreu ao perceber o olhar de Sirius sobre Hannah. Severus percebeu:
-Não adianta remoer o erro. A Hannah te perdoou e é isso que importa...-Ele falava baixo para que o homem não escutasse.
-Ele é o pai dela. A Laura não devia odiar ele por causa disso. Ele não fez nada com ela...
-Fez sim! Ele omitiu dela a vida inteira que ela era filha dele. Ele não merece perdão, nem da Hannah, nem Da L...srta. Black.
-Tudo bem, Sev...eu não vou discutir com você. Não aqui. Anda logo, come alguma coisa, você não comeu quase nada o dia todo.
-Tudo bem, “mamãe”.-irônico.
-E vê se come direitinho, senão, eu vou ter que te dar na boquinha...-Ele fez cara de asco e ela riu...
Semanas se passaram, já era fim de novembro. Laura teve que inventar uma desculpa para os amigos, disse que sua tia estava doente e Tonks não podia ficar com ela por causa do ministério. Ela e Hannah ficaram mais unidas do que nunca. Sentia-se triste por Sirius, mas feliz por estar com Severus, o que estava acontecendo com eles crescia a cada dia. Recebeu noticias de sua mãe, o que a deixou mais feliz ainda. Dumbledore anunciou que haveria uma reunião da ordem. Hannah ficou com cara de triste, ela tinha que fazer alguma coisa, tá certo que ele mentiu para as duas, mas ele era o pai delas e ela ia ter que fazer alguma coisa. Não ia deixar o ódio e o rancor tomarem conta de seus corações. Ela iria fazer algo, mesmo que isso machucasse Severus, ele ia ter que entender. Chegou o dia. Antes de ir até a sala de Dumbledore, foi à sala de poções. Bateu e esperou ser chamada.
-Com licença, professor.-Malfoy estava na sala, ela não queria levantar suspeitas.- O professor Dumbledore está lhe chamando.
-Diga que ele já vai.-Malfoy desafiou.
-Ele já é bem grandinho, não acha Draco?-Disse calma.-Professor, é urgente.
-Eu já disse à você que...
-Quem cuida da minha vida sou eu, Sr. Malfoy. Vá! Depois conversamos.-Draco saiu extremamente irritado da sala. Snape se virou para Laura após trancar a porta e disse:
-Ele não está me chamando, está?-Aproximava-se cuidadosamente, encostou seu corpo no dela e segurou a cintura com as duas mãos.
-O que você acha?-Cínica. Ele agora estava à milímetros dela.
-Ahn...que...não!-Ela riu e ele não pôde deixar de sorrir ao ter aquela visão. A garota mais linda que ele já havia conhecido estava abraçada à ele e sorria por sua causa. Ele não se achava digno de uma segunda chance.
-Está certo...como sempre...-Murmurou antes de ser beijada avidamente. Ela correspondia à altura, beijava-o com vontade e saudade. Afinal, não se viam desde...anh...desde a noite passada, na qual, eles ficaram juntos no sofá do quarto dele contemplando a lareira. Ela se surpreendeu com o fato de ele não forçar a barra para cima dela, ao contrário, ele à respeitava, à fazia se sentir protegida. Ela só tinha medo de quando Hannah ficasse sabendo, como reagiria? Será que a odiaria por ter um caso com seu “pai”?
Mas ela se esqueceu de tudo aquilo no momento em que ele os separou:
-Vamos? Ele é paciente mas nem tanto...-Ele tinha a voz irreconhecível, doce. Acariciava o rosto da jovem, que olhava em seus olhos sem desviar.
-Vamos. A Hannah e a Sarah já foram?-Ela afastou uma mecha de cabelos dos olhos dele e acariciou o rosto. Ele se rendeu e fechou os olhos. – Você está bem?
-Humrum. –Ainda de olhos fechados.
-Não está não. O que houve?-Disse carinhosa para ele.-Olha pra mim. Me diz, o que houve?-Ela o fez abrir os olhos.
-Nada, é verdade.-Ela fez cara de quem não acreditou.-Você não acredita em mim...não é?-Ele tinha tristeza nos olhos.
-É lógico que eu acredito, mas quando você diz a verdade. Você não confia em mim?-Ele não disse nada, fechou os olhos novamente. Ela sentiu o estômago gelar. Ele não confiava nela, ela sentiu que ia chorar, mas não ira fazer isso, não na frente dele, ele percebeu e abriu os olhos e fitou-a, frio, sem nenhuma compaixão, sem nenhum sentimento no olhar...então ela se afastou, já com as lágrimas vindo à superfície de seu olhos.-Eu já vou indo.-Nem deu tempo para ele responder, ela saiu andando rápido da sala e correu para a sala de Dumbledore. Bateu e entrou mesmo sem ser convidada. Encontrou os olhos carinhosos de seu mestre a observando:
-Tenha calma minha menina. Ele é assim mesmo, não há nada o que fazer, só esperar que ele se sinta confiante.-Porque ele tinha que ter essa mania irritante de saber tudo?
-Do que o senhor está falando?-Resolveu fingir.
-Se você quer assim, assim será.Mas se você ama, é melhor lutar pelo que você quer. Ah, você vai ter uma surpresinha hoje, não se espante, fique feliz...-Agora sim ela estava confusa. Alguém bateu na porta, ela sabia quem era, ficou de costas, o diretor mandou entrar, depois de alguns segundos, ela sentiu que ele a observava. Ela se virou e encarou pretos, e pretos encaravam castanhos. Ele desviou o olhar para o diretor:
-Você já disse a ela, Albus?- Voltou a encará-la.
-A que ele está se referindo, professor?-Se limitou a apontar para ele com a cabeça. Ele permaneceu impassível, frio.
-Acalme-se, minha criança. Eu disse a você que terá uma surpresa hoje, e se é surpresa, eu não posso contar antes da hora.-Lançou um olhar penetrante a Severus.-Vamos?
-Sim senhor.-Disse Laura. Snape apenas acenou com a cabeça. Dumbledore seguiu até a porta, abriu-a. Severus o seguiu, Laura continuou parada.-Não vamos via-flú, professor?
-Não, querida. Vamos aparatar lá de baixo.
-Mas eu não posso aparatar, sou menor de idade...
-Não tem problema. Depois de você...-Apontou para fora.
-Obrigado. –Ela passou pelos homens ressabiada. Snape a seguiu e depois, Dumbledore. Andaram em silêncio até a entrada da Floresta Negra. Ao chegarem lá, Laura quebrou o silêncio.-Senhor, perdoe-me, mas como vou aparatar. O senhor não vai me levar de novo, vai?-Fez cara de desespero ao lembrar-se da sensação.
-Não...-Ela respirou aliviada-...Quem irá leva-la será Severus...-Estava bom demais pra ser verdade.
-Hã?
-Eu já não tenho disposição para aparatar alguém...-“Mas que mentira deslavada...” -...Portanto, Severus que é jovem e disposto a levará. Alguma oposição?
-Não senhor.-Disse relutante
-Pois bem. Vão!-Laura chegou perto de Severus, ficou a quase um palmo de distância dele. Ele continuava parado.
-Chegue mais perto e segure-se em mim. Eu não mordo.-Irônico. Ela aproximou-se mais e mais, tocou de leve o braço dele.-Não desse jeito, assim!-Puxou-a para si, apertou-a e sem dizer uma palavra, aparatou.
-Crianças...-Dumbledore sorriu e aparatou.
****
Sentiu como se o chão escapasse de seus pés, como se nada mais fosse real, mas sentiu-se aterrissar em terra firme. Ela não gostava nem um pouco de aparatar. Sempre passava mal, e dessa vez não foi diferente. Mas antes de cair, foi segura por Severus. Olhou-o com medo então ele sorriu confiantemente doce, ela sentiu-se aliviar por dentro.
-Eu cofio em você.-Ele murmurou. Ela sorriu fracamente. Ele deu-lhe um beijo leve e ela se levantou ainda tonta.-Venha.
-Onde estamos?-Perguntou olhando ao redor.
-Num dos quartos da sede. Venha, deite-se. Não sei como, mas mesmo sem se aparatar, você consome energia.-Ele ajudou-a a deitar-se.
-É. Dumbledore também já me disse isso. E se é assim, imagine quando eu aparatar sozinha...-Ele fez cara de desespero, ela sorriu.
-Nem quero imaginar.-Ela sorriu mais ainda. O puxou pela mão, fazendo-o sentar-se na beira da cama.
-Me desculpa, ta? Eu fui infantil, ridícula e...
-Shiiiiiiii.-Ele pousou o dedo indicador na boca da menina.-Não precisa falar. A culpa também foi minha...-Ficaram em silêncio durante um tempo, se olhando.
-Sev...
-Hum?-Sem tirar os olhos um do outro.
-Me beija?-Fez cara de pidona.
-Srta. Black. Mas isso é coisa que se peça a um professor?-Fingiu-se atingido.
-Não, claro que não. Porque eu não estou pedindo. Me beija!
-Tem certeza?
-Tenho!
-Absoluta?
-Você está acabando com a minha pa...-Foi calada por um beijo, um beijo repleto de vontade.Ficaram se beijando, se beijando, se beijando até que...
-Huhrum...- Os dois se separaram vermelhos. Dumbledore sorria para eles.-Vejo que já resolveram seus problemas...-Severus já estava de pé e Laura tentava esconder o sorriso.-Você já está disposta para receber alguém, querida?-Ele divertia-se.
-Sim, professor. Estou perfeitamente bem.
-Estou vendo. Então, entre...-Ele apontou para a porta aberta e uma pessoa de capa e capuz pretos entrou no quarto.
-Mas quem é você?...-As palavras morreram-lhe na boca, a pessoa havia tirado o capuz e revelou-se uma bela mulher de cabelos longos, lisos e negros, seus olhos cinza contrastavam com sua pele alva. Era a caricatura de Laura daqui a uns anos.
-Mamãe...?-Sibilou Laura, que já estava de pé em frente à mãe. Sem nada dizer, se abraçaram.
-Venha, Severus. Vamos deixar mãe e filha à sós.-Elas não escutaram o que ele disse e nem os viram saindo. Só se importavam uma com a outra, e agora, depois de tanto tempo sem um abraço, estavam juntas novamente. E nada, nem ninguém iria separa-las .
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N/A:Oi genteeeeeeeeeeeeeeeeeee, desculpem a demora, de novo. Época de prova é assim mesmo...Bem, espero que tenham gostado, e sempre, sempre COMENTEM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Valeu e 1000beijos, Bella

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