O aniversário, o baile e as am

O aniversário, o baile e as am



O mês passou muito rápido. De vez em quando, Laura e seus amigos desapareciam por horas. O trio grifinório não sabia o que estava acontecendo. Houveram mais duas visitas à sede da Ordem, Laura, Hannah e Sirius ficavam o tempo todo juntos, na maioria do tempo, cantando ou conversando sobre histórias engraçadas do seu tempo de escola. Ele tomava muito cuidado pra não falar mal de Snape, ele não queria machucar Hannah, e sabia que, de alguma forma, isso também afetava Laura. Os três ficaram muito apegados uns aos outros. Dumbledore prometeu lhes fazer uma surpresa no dia do baile.
As aulas de poções já não estavam mais sendo tão chatas, Snape desistiu de pegar no pé de Laura, às vezes, ele não agüentava e despejava ironias na sonserina. Ela já não ligava mais, estava muito feliz. Era 15 de Outubro, o aniversário de Hannah. Ela e Sarah prepararam uma festa surpresa para a menina na sede da Ordem, já que a maioria dos amigos, faziam parte de lá. Já estavam todos lá, menos é claro, ele, Snape. “Mas que idiota! Eu não acredito que ele não vai vir. É a própria sobrinha. Eu quero, preciso que ele venha, não, não e não. A Hannah iria querer ele aqui. Eu não quero nada! É só por ela, só por ela...” Pensava Laura. Dumbledore havia ficado de levar a aniversariante para o local. Estava tudo pronto. Eryck, Harry, Rony, Hermione, Meg, Vic, Sarah, Remus, Tonks, Sirius, e é claro, Laura estavam lá.

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Hannah havia ido até a sala de Dumbledore bem cedo, nem falou com ninguém. Quando chegou, o diretor lhe disse que ela teria que ir com ele a algum lugar. Ela preocupou-se. Eles desceram até os jardins e Dumbledore os aparatou até a casa de Sirius. Quando chegou, estava tudo escuro, não se podia enxergar um palmo a sua frente. Não havia sinal de vida ali dentro, a não ser por ela e Dumbledore. Ela entrou na sala acompanhada pelo diretor. Tentava enxergar algo, mas foi aí que aconteceu. As luzes se ascenderam e todos gritaram “SURPRESA!!!”, ela quase caiu pra traz quando os viu lá. Depois de muitos cumprimentos, notas de felicidades, abraços, beijos, risadas e muita brincadeira, ela notou que o tio não estava lá. Decepcionou-se, resolveu que iria chorar sozinha. Foi até uma saleta que ficava atrás da sala de estar. Sentou-se numa cadeira e chorou triste e silenciosamente. Ela quase pulou se susto quando sentiu duas mãos em seus ombros, se virou e o viu, abaixou a cabeça, sua expressão não era tão amargurada quanto nos outros dias. Sentiu uma das mãos irem até seu queixo e levanta-lo para que os olhares se encontrassem, ela levantou os olhos molhados, que foram enxugados com a mão livre dele. Ele a levantou e a pôs em seus braços. Se abraçaram carinhosamente, ela deitou a cabeça em seu peito, enquanto ele acariciava seus cabelos. Após algum tempo de carinho, ele se afastou um pouco, tirou um pequeno saquinho de dentro dos bolsos e entregou à menina:
-Tome. É o seu presente de aniversário.-Os olhinhos de Hannah brilharam de alegria.
-Obrigada, titio.-As lágrimas voltaram a seus olhos.
-Ah, por Merlin, não chore por isso. Abra, quero ver se gosta.-Falou meio impaciente. A moça atendeu prontamente ao pedido do tio. Abriu cuidadosamente e dentro, havia uma pulseira finíssima de prata com algumas esmeraldas miúdas penduradas. Ela arregalou os olhos e fitou o homem a sua frente.
-Era Dela?E-eu acho que vi uma parecida numa foto que a mamãe tem...
-Sim. Ela me deu antes de morrer e...-Ele respirou.-...e agora ela é sua.-Ela sorriu e deixou uma lágrima escorrer.
-Obrigada, de verdade.-E se abraçou ao tio, que devolveu com muito carinho.- Eu amo você, tio. Muito, muito, muito...-Ele não sabia o que dizer, então...:
-Eu sei.-Aquilo não dizia nada, mas para Hannah, dizia muita coisa. Ele pôs a pulseira no braço direito da garota, depositou-lhe um beijo na testa e, sem dizer nada, saiu, deixando a sobrinha com um sorriso feliz estampado no rosto. Ao cruzar a porta, deu de cara com a última pessoa que queria ver.

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Laura viu Snape chegar e sumir. Só então, notou a ausência da amiga. Pensou que ela pudesse estar com a mãe, que conversava séria com Sirius, parecia que discutiam alguma coisa. Perguntou por Hannah, mas disseram que não a viram, então passou a procura-la. Encontrou uma porta entreaberta, chegou mais perto e viu o que não esperava, o professor abraçado à sobrinha num gesto carinhoso. Sorriu. Sentiu-se feliz pela alegria visível de sua colega. Ficou espiando até a hora em que ele pôs a pulseira na menina. Então virou-se e encostou-se na parede ao lado da porta. Respirou aliviada e foi ver novamente o que estava acontecendo, quando virou, esbarrou com Ele. Ficou surpresa com a face dele, que não parecia ser tão dura, mas do nada, ele retomou a pose de “ Professor Snape” e saiu, deixando Laura olhando o nada. Quando olhou pra traz, ele já havia desaparecido de vista. Ela na controlou um sorrisinho bobo e se voltou para a porta. Entrou. Hannah estava sentada observando a correntinha em seu pulso, ela percebeu a presença da amiga e olhou-a. Não foi preciso dizer nada. As duas se abraçaram com lágrimas de felicidade caindo-lhes sobre as faces.

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O dia do baile chegou, todos tinham par, menos Laura, que dispensou quase a metade da escola, inclusive Rony, Harry, Eryck, Simas, Neville e até Draco, que implorou para que ela fosse seu par, porque o pai estaria lá. Grande coisa! Tonks e Lupin também. Ela só lamentava que Sirius não pudesse ir. Ela não tinha vontade de ir com ninguém. Ela passou o tempo inteiro pensado naquele beijo e na maneira com que tratou Hannah no dia do aniversário.
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Snape observava a menina todos os dias, todas as noite, resumindo: ele olhava por ela o tempo inteiro. Também não parava de pensar no beijo. Como uma Black poderia tê-lo deixado daquela maneira? Ele pensava desesperadamente em busca de uma resposta, mas não havia nenhuma razoavelmente convincente, a não ser que ele estivesse ap...“NÃO, NÃO, NÃO E NÃO!!! Isso NÃO é possível!!! Em hipótese alguma, não, não, não, não...” Ele nem queria pensar nisso, afinal, ela era sua aluna, e ainda por cima, filha de Bellatrix Lestrange, a Comensal mais temida da face do mundo bruxo, e que ainda o detestava. Afilhada do Lord das Trevas, queridinha de Dumbledore e amiguinha de grifinórios, de Harry Potter, o menino que sobreviveu, da sabe-tudo irritante Granger, do idiota Weasley e do seu pior inimigo, Sirius Black. Não, isso não poderia ser possível.
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Estava na hora. Laura, mesmo sem par, se aprontou para a festa, na qual, ela e seus amigos fariam uma grande surpresa para toda a escola. Pelo visto, os sumiços renderam alguma coisa. Ela estava totalmente linda, usava um vestido verde com detalhes em prata, seus cabelos longos caiam graciosamente pelos ombros e a maquiagem dava um ar “Black” à ela. Depois de pronta, subiu para o Grande Salão, onde seria o baile. Na porta, estavam Eryck e Hannah, Harry e Meg, Rony e Hermione e, Gerard, um grifinório muito branco, de cabelos e olhos negros. Estava acompanhado por Vic.
Todos se alegraram ao ver Laura chegar, Eryck, Hannah, Meg e Vic se adiantaram para cumprimentar a amiga, o rapaz mostrou os bolsos discretamente às meninas, que sorriram alegremente:
-Vocês já sabem a hora?-Perguntou Laura animada.
-Não, Dumbledore disse que vai dar um sinal.-Respondeu Hannah. Os outros vinham na direção deles. Disseram oi e Harry resolveu perguntar:
-E aí, Laura? Cadê o seu par?- Ele queria saber quem havia feito ela dispensar quase a metade da escola.
-Eu não tenho par.-Ela disse simplesmente.
-Como é que é?-todos se espantaram, menos Hannah, que já sabia.
-É isso aí. Eu não tenho par.
-Mas você dispensou quase todos os garotos da escola.-Rony se espantou.
-Eu tive vontade de vir sozinha. Mas vamos deixar de conversa e vamos entrar. Já começou, estou certa?
-Certíssima. Vamos!-Eryck ofereceu seu braço a Hannah, que aceitou, o outro, ele ofereceu a Laura, que também aceitou. Todos entraram. Vestidos coloriam o salão. Uma cabecinha rosa-chiclete chamou a atenção de Laura, que se desviou dos amigos e foi em direção ao motivo de sua curiosidade: Tonks, que estava sentada numa mesa, junto com Remus, Kingsley e um homem que ela nunca tinha visto na vida. Ela reparou nos olhos do desconhecido, eram azul-vivos..
Ao ver que Laura se aproximava, todos, inclusive o desconhecido sorriram. Tonks correu de encontro com a prima, quase esmagou um casal que andava calmamente pelo local. Abraçaram-se, e Laura viu que Dumbledore estava vindo acompanhado por Snape até a mesa. Eles cumprimentaram os convidados sentados, o homem estranho olhava o mestre de poções de um jeito que só uma pessoa era capaz de olhar. Foram até a moças, que estavam uns 3 passos dos demais:
-Laura, querida. Venha, quero que conheça esses dois.-Disse Dumbledore fitando a menina atenciosamente.-Você está linda. E Nimphadora...-Ela engasgou ao escutar o primeiro nome.- Perdoe-me, Tonks. Está muito bela esta noite, como em todas.-Ela enrubesceu.- Venham.
-Boa noite, Snape.-Disse Tonks passando pelo Mestre de Poções.
-Boa noite, Nimphadora. Boa noite, Srta. Black.-Disse sem olhar para as duas.
-Boa noite, professor.- Respondeu.
-Laura, este é o senhor White.- O senhor levantou-se e cumprimentou a garota com um grande sorriso.
-É um grande prazer conhece-lo.- Ela disse muito sorridente.
-Igualmente.-Respondeu o homem. Laura se espantou ao ouvir aquela voz, arregalou os olhos e fitou novamente o brilho dos olhos daquele homem. “Não é possível.” Pensava a menina. Sr. White, ao perceber o que havia acontecido, mudou o tom de voz, para uma mais grossa:
-Ah, é que seu estou um pouco rouco hoje.-Ele inventou
-Ah, que pena. Odeio rouquidão. –Disse ainda ressabiada. Dumbledore sorria discretamente, Snape não entendia nada, Tonks e Lupin sabiam do que se tratava e Kingsley não se importou com isso.
-Eu sei.-Respondeu o homem pensativo. Ela, novamente se espantou. Ela conhecia muito
bem aquela voz. Entendeu rapidamente qual era a surpresa que Dumbledore lhe falou. Quase sorriu abertamente, mas disfarçou ao perceber que seus tios Lucius e Narcisa a observavam, e lá estavam Draco e Juliet, dançando. Ela se voltou para o senhor:
-É muito bom conhecer gente nova, senhor White.- Cínica. O homem sorriu irônico e respondeu com a voz mais fina que pôde:
-Concordo. É ótimo.-Dumbledore ria. O senhor White também. Remus pediu licença e tirou Tonks para dançar, Snape disse que ia fazer a ronda, Kingsley foi até a mesa dos professores e tirou Sarah para dançar. O diretor se despediu e tirou Minerva para conversar. Na mesa, ficaram White e Laura. Ambos se olhando divertida e ironicamente. Ele disse:
-Sente-se .
-Obrigado.-Ela se sentou com a ajuda do homem.
-Você estuda aqui à muito tempo?-Disse o senhor White com a voz bem grossa.
Ela parou um pouco, olhou dentro dos olhos dele e resolveu dizer:
-Por Merlin, você está ridículo com essa voz.
-Como você sabe?-Ele disse com a voz normal.
-Não é muito difícil. Os olhos não mudaram, nem a voz.
-Não me diga.-Disse o homem.
-Agora sim, está bem melhor. Mas será que dá pra você me dizer o que um foragido está fazendo num baile de Hogwarts?- Ela disse ficando séria.
-Dumbledore disse que era seguro.
-Si...senhor White, se Dumbledore disse, é porque é.-Ela disse conformada.
-Como você está? Estão te tratando bem aqui?-Ele apontou para a saída, onde Snape atravessava a porta.
-Tudo bem. Eu estou ótima. E você? Eu estava morrendo de saudades.
-Estou bem, Laura. Erm, preciso falar com você.
-Sobre?
-Você.
-Eu?
-É...um certo dia na sede da Ordem, uma certa conversa num canto...
-Olha, Sirius. Eu não tô afim de fal...
-Ele não estava falando de detenção, estava?-Ela calou-se.-É, foi o que pensei. Escuta, você sabe que eu não sou o melhor amigo do Ranh...
-Sirius!-Repreendeu.
-Tá legal, eu odeio aquele morcego seboso, mas o que exatamente, ele estava falando com você que o deixou daquele jeito?
-Ele só estava falando que o Draco...
-Sem essa.
-...ele me pediu desculpas.-Falou rápido
-Ele o quê?-Ele se espantou.
-Me pediu desculpas porque me ofendeu na frente de alguns alunos, e como ele não admite se desculpar, ficou daquele jeito.-Inventou na hora, parece que funcionou.
-Ele te ofendeu? Como?-Estava quase enfurecido.
-Disse que eu era igual à minha mãe...
-E isso é uma ofensa?-Ele tinha um sorriso doce no rosto.
-...me chamou de insolente, me deu uma detenção, e ainda por cima, tirou pontos da pobre da Hermione por minha causa, já que ele é incapaz de tirar pontos da própria casa...
-E porque ele te deu uma detenção?-Preocupado
-Porque eu quase estuporei o Draco.-Falou baixo, na esperança de ele não escutar, mas não adiantou.
-Você o quê?-Ele, agora, se divertia.
-Ah, ele implicou comigo. Me jogou no chão, o que você queria que eu fizesse? Que dissesse “Ah, Draquinho, não se preocupe, pode me jogar longe quando quiser, eu não me importo. Estou a sua disposição...”-Fez uma voz doce e falsa-... nem morta! Você sabe como eu sou. Você sabe muito bem o sangue que corre em minhas veias. Talvez eu até agradeça ao Snape pela comparação com a mamãe, pelo menos eu não levo desaforo pra casa.
-Hey, calma.Tá bem. Você me convenceu.-Ele se segurava para não ter uma crise de riso.- Quer dançar?
-Quero. E vê se pára de rir de mim.-Fez cara de coitadinha.
-Eu não estou rindo de você...-Ela fez um “Nãããão, imagina.”-...estou rindo com você. Imagino a cara do Malfoy com você apontando a varinha pra ele. Rsrsrs
-Até que ele conteve o medo.-Disse calma.
-Hã?-Ele a olhava incrédulo.
-Ele me enfrentou.
-Você está brincando.
-Não. Ele ta pegando o jeito. Vamos logo, ta?-Levantou-se e puxou Sirius para a pista com ela. Dançaram por alguns minutos quando ele notou algo.
-Hey, parece que estão te chamando.
-Hã? Quem?
-Dumbledore.-Ela rapidamente olhou pra traz e viu o diretor reunido com seus amigos. Ele fez um gesto apontando para as mão de Eryck, que estavam com muitas miniaturas de alguma coisa, que ela sabia perfeitamente o que eram.
-Eu tenho que ir. Espero que você goste.-Disse e se foi antes de receber alguma resposta.
Chegou perto dos quatro e sumiu de vista.
A festa estava chata. Sirius avistou alguém entrando pela porta do salão. Sorriu e foi em sua direção. Era Andrômeda, com um vestido vermelho com um decote comportado. Seus cabelos castanhos estavam presos em um coque com alguns fios soltos. Estava linda, como só uma Black pode estar.Veio sozinha( o marido é trouxa ). Ela avistou Narcisa e sorriu para a irmã, que sorriu de volta, mas foi repreendida pelo marido.
Acenou para Tonks e Lupin, Sirius foi até ela e a tirou para dançar, de inicio, ela não queria, mas ao vê-lo piscar um dos olhos, percebeu rapidamente quem era por traz do disfarce. Foram dançar.A festa continuava chata. Do nada, no palco, surgiu uma fumaça colorida. Os professores se alarmaram, achando que se tratava de um ataque. Dumbledore se pôs na frente de todos para que não fizessem nada. De repente se escutou em coro “ ENGORGIO”. Logo após, a fumaça vai desaparecendo aos poucos, ainda é difícil ver quem eram os invasores. Os professores já estavam a postos para atacar, quando uma música começou.

“Durante muito tempo,
eu construí uma história
em cima de um castelo destruído.”

Sirius não cabia em si de orgulho, Andie chorava de alegria, Tonks gritava de euforia, Lucius praguejava, Harry, Rony e Hermione entendiam, Dumbledore sorria, os professores se encantavam e Snape não sabia o que sentir. Todos entenderam quem eram os tais “invasores”.

“E pra fugir dessa realidade dura,
Eu já encontrei mais de mil motivos.
Agora essas palavras de pessoas santas
parecem músicas nos meus ouvidos.
Já que ficou quase insuportável
Ouvir a voz dos meus olhos aflitos.”

Hannah no piano, Eryck e Vic nas guitarras, Meg na bateria e Laura no baixo. Todos no vocal, com destaque para a voz da herdeira da família Black.

“De tanto chorar depois que a festa acabar.
Se eu não me matar, talvez eu peça ajuda pra voltar
Do lugar da onde despenquei
feito um anjo que morreu de raiva.
Na queda eu me despedacei,
Mas eu já me permito mudar.”

Severus não sabia o que fazer, jogou-se numa cadeira e assim ficou enquanto a música tocava. Não sabia como, mas aquela música lembrava ele mesmo. Ficou quieto, só ouvindo aquela voz.Não sabia se sentia orgulho por sua sobrinha, ou admiração por Laura.

“Olhei ao meu redor pra reconstruir
o meu castelo caído.
Pra viver de bons momentos
sem ter que ter os olhos escondidos.
Já fiz até um testamento que não tem nada,
nada, nada escrito.
Já que a minha maior herança é a que eu vou levar comigo.
Pra evoluir depois que o terror passar.
Se eu não suportar, talvez eu peça ajuda pra voltar
Do lugar da onde despenquei feito um anjo que morreu de raiva.
Na queda eu me despedacei,
Mas eu já me permito mudar.
Esse meu ódio é...meu ódio é...
O veneno que eu tomo querendo que o outro morra.”

Quando a música acabou, a escola inteira veio abaixo. Todos aplaudiam e gritavam enlouquecidos. A banda foi um sucesso. Agora, todos sabiam o motivo dos sumiços repentinos do grupo. Dumbledore anunciou que era a hora de dançar. Todos os pares foram para o centro, exceto Laura, que ficou sentada.
****
Severus estava sentado quando uma mão pousou em seu ombro:
-Não se martirize meu amigo. Venha comigo.-Era Dumbledore. Ele se levantou a contragosto e seguiu o velho diretor. Tinha um mau pressentimento, estavam indo na direção da mesa onde se encontrava Laura. Isso não seria bom...ou...seria?
****
Estava em outro mundo, quando de repente, escutou uma voz calma que a chamava, quando se virou, lá estavam eles, Albus e Snape:
-Vocês poderiam me dar a honra de uma dança juntos?- Ela não acreditava no que o diretor estava pedindo. Ele queria que ela e Snape dançassem aquela musica melosa e romântica? Ele estava louco.- Então? Severus? Laura?- Ele cutucou Snape, que logo se moveu para ficar de frente para a garota. Estendeu sua mão, e ela, timidamente tocou a dele. Energias foram trocadas com aquele simples gesto.- Ótimo, se me dão licença, Minerva me espera.-Fez uma reverência e foi ao encontro da professora, deixando o casal sozinho.
-Vamos?-Perguntou Snape com um tom de voz bem mais rude do que pretendia.
-Vamos.-Ela disse tentando conter o nervosismo.
Foram até o centro, de braços dados. Começou outra música, mais lenta e mais parecia uma valsa. Começaram a dançar. Lupin dançava com Tonks, Sirius, com Andie, Kingsley com Sarah, Eryck com Hannah e os demais casais. Laura e Snape dançavam sem olhar um nos olhos do outro. Ele resolveu quebrar o gelo:
-A srta. cantou muito bem hoje.-Disse ainda seco.
-Obrigado professor. O senhor dança muito bem.- Tímida.
-Obrigado. A srta. também.- A dança continuou, Laura gostou da sensação de estar nos braços de seu professor, mas não disse nada. Um misto de frio e calor a atingiram. Ele notou e perguntou:
-Quer ir tomar um ar lá fora?
-Quero.-Foram até o parapeito que dava vista para o lago. Ficaram em silêncio. Até que:
-Aqui é tão bonito, não acha?
-Acho. A srta gostou?
-Gostei muito. Mas não precisa me chamar de srta. fora da sala de aula. Todos os professores me chamam de Laura.
-Eu não sou todos os professores.- Disse em tom contrariado.
-Mas é um dos. E eu prefiro assim. O senhor consegue?-Resolveu provocar.
-Está brincando comigo? Vai perceber que isso não é prudente.-Mais provocante ainda. Ele a estava imprensando no parapeito.
-Isto é uma ameaça?-Perguntou simplesmente.
-Não. Isto é uma ameaça.-A enlaçou pela cintura e a beijou novamente. Ela se apertava mais ainda nele e ele, nela.O beijo foi intenso, mas ao mesmo tempo, suave. Se
separaram para respirar:
-Pra quem disse que isso não iria acontecer de novo. Esse foi bem melhor.-Disse ainda procurando ar.
-Cuidado com o que diz. Pode ser perigoso. Posso querer ameaça-la novamente.- Disse com um canto dos lábios virado para cima.
-Esteja à vontade.-Dizendo isso, não houve espaço para mais nada. Se beijaram mais ainda. E ficaram se beijando por muito tempo. Quando notaram a hora, já deviam ter voltado para o salão. Ficaram se olhando por alguns segundos e foram andando para o baile. Ao chegar, ela avistou, na mesa em que estava, Tonks, Remus, “White”, Hannah, Kingsley, Sarah e...e...TIA ANDIE!!! Pediu licença ao “seu par” e foi encontrar Andrômeda, que já tinha lágrimas nos olhos. Snape se juntou aos professores na mesa deles. Quando as duas se abraçaram, tiveram medo de quebrar os ossos uma da outra tamanha era a saudade:
-Ah, meu bem. Você está linda, cantou como um anjo...-Disse emocionada olhando a menina à sua frente.
-Se é que aquela letra poderia ser cantada por um anjo...-Brincou Remus. Ela sorriu.
-Gostaram? Desafinei?- Perguntou receosa.
-O que? Você estava magnífica, querida. Aliás, vocês duas estavam maravilhosas.- Sarah dizia para a filha e para a aluna, que coraram.
Remus se levantou e ajudou Laura e Andie a se sentarem.
-Então Laura? Como foi o seu passeio com o Snape?-Perguntou maldosamente White, que recebeu olhares de reprovação de toda a mesa.
-Mas é verdade. Como foi? Ele não te ofendeu, ofendeu? Eu acho que vou ter uma conversa com meu irmão em b....
-Tá tudo bem, Sarah. Ele não disse nada que me afetasse.-“Nããããão...só fez....rsrsrs”.- Ele só estava cumprindo as ordens de Dumbledore.- “Siiiiiiim”.
-Dumbledore pediu que o titio dançasse com você?
-Não. Ele só nos induziu a fazer isso. Vocês sabem como ele é...-A hora foi passando, mas sempre que podia, observava a mesa dos professores. Ele já havia se retirado. Teve vontade de dormir, e assim o fez, como em muito tempo não fazia.
Laura se despediu de todos, Hannah tinha ficado radiante com a presença de Sirius, e ela também. Estava louca para chegar o dia seguinte, os dois primeiros horários seriam de poções. Foi dormir pensando em que o destino havia aprontado...e mal sabia ela, eram muitas surpresas...
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N/A: Bom...desculpem a demora, não me esqueci da fic, não. É que a escola tá me puxando pra todos os lados, tô atolada com as peças que eu vou apresentar no festival, as aulas de canto e teclado também estão ocupando um tempo bem grande, mas vou continuar com a fic e por favor, mandem reviews. Ah, me esqueci de pôr a tradução da música do capítulo anterior, mas ela diz" Eu atravessaria milhas e milhas por você."
Hannah, valeu por ter aparecido, vc sabe que é muito importante pra mim, JK brasileira. rsrsrsr *o apelido pegou, né?*
Eryck, meu grande amigo desde menina, fica tranqüilo. Vou deixar "aquela" cena pra vc me ajudar, senão eu vou exagerar, rsrsrsrs.
Valeu a todos. Beijinhos,
♥^*^♥ Bella ♥^*^♥

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