Reencontro a Meia Noite (ALTER
Todos tinham medo daquela menina com cara de poucos amigos. Ela andava pelos corredores de Hogwarts sem rumo, encarando todos que a olhassem. Porém, para ela, aquela tarde ensolarada parecia muito, mais muito sombria.
-O que... - Uma menina ruiva encostada na parede falava para uma amiga, e essa fitava a garota de que todos tinham medo, que olhou pelo canto do olho, mais decidiu passar reto - O que essa louca está lendo!?
-A única louca aqui vai ser você, se ficar me enchendo mais o saco!
A ruiva se espantara com a reação da garota, e por causa disso, saiu correndo aos berros para que todos a ouvissem gritando "ELA VAI ME MATAR!"
Ela olhou a cena com desprezo, e continuou andando.
Ela tinha nas mãos uma carta, muito amaçada. Se notava que poucas palavras haviam nela, porém poucas para causar pânico a garota.
"Meia Noite, Grande Salão.
Esteja lá ou vai morrer.
Abraços de alguém que te quer perto."
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Alguma coisa quebrava o silêncio de Hogwarts aquela madrugada.
- Lumos! - Sussurou uma voz fina, que acabara de sair detrás de uma estátua de um corvo.
A menina corria desesperadamente, ofegando por todo o caminho que percorria. Seus cabelos curtos e bem pentiados faziam uma dança graciosa pelo vento que batia em seu rosto. Estava apenas usando uma camiseta da banda "Sex Pistols" e uma calcinha com o desenho de uma vaquinha.
- Será que é verdade? - A menina se perguntava baixinho, com medo que Filch, que rondava alí perto, ouvisse.
Por cada porta e cada estátua que a menina passava, sua espressão ia ficando mais branca e quase uma lágrima fria escorreu pelo seu rosto.
- AHHHHHHHH! ESTOU CEGA MEU DEUS! - Uma mulher de um dos quadros do corredor gritava para que todos a ouvicem.
- Shiiiu! Não Grita! Você não está cega, é a minha varinha...
- Eeeer... Dona Mary Kelly, o que Senhora está fazendo nesse corredor a essa hora da noite?
- Não é da sua conta velha. Volta a dormir que pessoas anciãs que nem você já deveriam estar dormindo faz tempo!
Mary saiu correndo pelo corredor, enquanto a mulher voltava a dormir resmungando e xingando até a sétima geração de sua família.
Para ela, os segundos pareciam horas, e os minutos eternidades. Desceu as escadas principais com uma velocidade inabalável, quando finalmente chegou ao seu destino : o Grande Salão. Ela abriu as portas devagarinho, tentando fazer o mínimo de barulho.
- Achei que não ia vir meu doce. - Uma figura medonha se materializara na escuridão.
- Hááá, mais é muita cara de pau! Como você conseguiu entrar?
- Não e dá sua conta. Não vim aqui para falar disso. Vim aqui porque estou morrendo de saudades de você...
- HIPÓCRITA! - Mary balançou a cabeça frenéticamente - Você sempre me usou e sempre vai me usar para conseguir o que quer! Ainda mais que ele voltou...
- Quem?! - A figura começara a se movimentar - Voldemort?
- Sim! Voldmort, aquele grande bosta!
A figura parou e mediu Mary por alguns estantes.
- O que você falou menina?
- Isso mesmo que você ouviu, aquele bosta, aquele nada, aquele viadinho do Voldemort! Ou você acha que eu tenho medo de falar dele assim!?
- Pois deveria ter! Afinal, ele...
- Blá, blá, blá! Chega dessa baboseira! O que você quer de mim?
A figura começou a se mecher, bem devagar, em direção a Mary K.
- Quero você perto dele! PRECISAMOS DELE!
- NUNCA! Você não irá me usar para pega-lo!
- O que? Hahahahahaha! - A figura gargalhava com prazer. - Eu sempre vou conseguir tudo o que eu quero.
- Porque você não vai...
- Nào vou aonde? Olha bem como você fala com seu...
- CALA A BOCA!
Por um minuto, o silêncio reinou no grande salão. Mary K. ofegava de raiva daquela pessoa, enquanto ela permanecia com um sorriso frio e calculista.
- Você não vai fazer o que eu estou mandando? - Disse a figura, que já estava muito próxima de Mary.
- Eeeer, não?
A Figura pegou Mary pelo pescoço de repente, e a levantou, não podendo fazer nada.
- Você quer acabar que nem sua mãe!? Debaixo da terra, morta?
Aquela pessoa arremessou Mary no chão, a fazendo bater a cabeça em um banco.
- Nunca... - Mary tentava se levantar, porém além de sua cabeça e boca estarem sangrando, estava também muito tonta - Nunca. ouviu bem? Nunca ouse tocar no nome da minha mãe!
- Hahaha, aquela mulherzinha que só me dava problemas e que me deu uma filha que estuda na Corvinal? Que desgosto...
- EU NÃO SOU SUA FILHA!
- Não? Então quem fez sexo com ela, e sem querer engravidou aquela vadiazinha?
- AHHHHHHHHHHHH! - Mary quis se jogar em cima de seu pai, porém este a pegou pelo pescoço antes de que ela pulasse em cima dele.
- Você continua a mesma coisa que 5 anos atrás...
- E você continua a mesma horrivel pessoa de sempre.
Mary conseguiu se soltar e se afastou um pouco, até que a luz da lua que entrava por uma das janelas do Grande Salão iluminasse seu pai.
Eduard Mistrelis, famoso Comensal da Morte, era o seu nome. Homem magro e bem alto, nariz pontudo, barba malfeita e queixo para frente. Coberto de cicatrizes no rosto, a mais aparente era uma que crusava seu olho esquerdo, da testa até metade da sua bochecha. Vestia vestes longas preta bem comum.
- Toda nossa família na Sonserina, e você e sua mãe na Corvinal? Que desgosto... Bom que seja, você irá chegar perto dele e trazer ele até mim!
- Quantas vezes eu vou ter que dizer não?
- Larga de ser criança filha. Ou vai acabar morta como sua mãe, já disse...
- CALA A BOCA VELHO MALDITO! - Mary agora apontava sua varinha para o rosto de Eduard, que gargalhava uma risada de arrepiar os pêlos da nuca. - O unico que vai morrer aqui é você...
- Vai então... Duvido! - Um pai encarava a própria filha com o maior rancor. - Você parece mesmo igual aquela...
- ESTUPEFAÇA!
Houve um lampejo no Grande Salão. Um corpo agora estava caido, todo ensanguentado.
- Hahahaha! Muito Obrigado, chegou bem a tempo! - Eduard gargalhava para outra figura que agora estava na porta. - Mas não temos tempo... Tenho que sair logo daqui... Venha comigo, sei um caminho secreto para a sua sala comunal!
A figura caminhava calmamente, e quando passou do lado de Mary, pisou forte em sua cabeça.
- Perdedora.
A figura tirou seu pé, e foi até o lado de Eduard. Os dois se comprimentaram, e olharam a menina no chão.
- Realmente, poderoso feitiço estuporante! - Eduard falava com muito orgulho, e colocando sua mão no ombro da outra outra pessoa, sussurou - Até que para um Malfoy você é um ótimo bruxo!
Os dois riram, e desapareceram pela escuridão do Grande Salão.
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