EPÍLOGO – Fugitiva morta





Cinco anos se passaram, os marotos completaram a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts e todos eles, exceto Pedro, tornaram parte da Ordem da Fênix. Pedro se afastara dos amigos e como todos já sabem, virou Comensal da Morte. Tiago casou-se com Lílian, Lupin continuou solteiro e Sirius estava há uns quatro meses afastado de Roxy.

Tiago encostou a caneca e foi abrir a porta. Era Sirius que parecia um pouco triste.

- Oi. – Cumprimentou Tiago. – O que houve?

- Não houve nada. – Sirius respondeu simples.

- Sente a falta dela, não é?

- Acho que sim. – Respondeu. – Faz alguns meses que não há vejo.

- Entre. – Pediu. – Lily não está em casa.

- Ainda bem! – Sirius caçoou.

- Idiota.

- Só vim aqui para usar o banheiro.

Enquanto o rapaz entrava no banheiro, Tiago ouviu algum barulho do lado de fora da casa. Era uma coruja que trazia o jornal. Foi até a janela e a deixou entrar.

- Obrigado. – Colocou o nuque na bolsa presa à coruja e esta levantou voou.

Na primeira página, nada importante. Algumas brigas entre rebeldes que queriam o fim do uso de pó de flu, algumas fotos de curandeiros que acharam a cura para alguma doença grave...

Mas quando abriu o jornal, Tiago notou uma pequena noticia no canto da página:

FUGITIVA MORTA

Roxy White, exilada em Azkaban à alguns dias foi morta ontem por um feitiço de maldição imperdoável. Ninguém sabe o verdadeiro assassino ou o motivo do assassinato. White foi presa por praticar a mesma maldição imperdoável em duas pessoas há algumas semanas e agora que estava foragida foi pega de surpresa por alguém. Aurores foram chamados ao local do homicídio, mas tudo o que conseguiram descobrir era que a jovem estava grávida de quatro meses.



Assim que Tiago levantou os olhos do jornal, ouviu a porta do banheiro se abrindo.

- Porque esse olho vidrado? – Perguntou Sirius. – Alguma coisa chocante no Profeta?

- Ah...não! – Tiago balançou a cabeça. – Só porcaria. – E amassou a folha jogando-a em seguida na lareira.

- Bem, nos vemos por ai então.

Tiago acenou levemente com a cabeça e sentou-se em uma cadeira. Não sabia com qual dos fatos descritos na noticia ficava mais chocado.

Mas ao ver seu amigo desaparecendo na curva da rua pode certificar-se de algo:

Sirius não sabe e nunca saberá.

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