Rabicho e Aluado




A cerimônia foi farta e cheia de abóboras com velas dentro. Após o jantar Sirius foi falar com Tiago, Pedro e Lupin.
-Posso contar uma coisa? Eu... Eu contei à Roxy.
-O que você contou? – Perguntou Tiago.
-Sobre os animagos e tudo mais...
-TUDO MAIS O QUE? – Perguntou Lupin nervoso.
-Gente, vocês não precisam desconfiar dela... Não tem nada de mais.
-Porque não é com você não é mesmo?
-Desculpa Lupin, não achei que fosse ficar assim... – Disse Sirius descontraidamente.
-Agora ela já pode entrar pro clube. – Lupin debochou.
-Ah, qual é? Eu só queria que ela estivesse lá quando nós nos transformarmos, porque vai ser legal.
-Nossa, que emoção! – Riu Tiago.
-Agora já convidei... Mas enfim, quando nós vamos beber a poção?
-Pode ser hoje ainda, não pode? – Pedro perguntou.
-Chama a sua amiguinha então que estamos indo pro sétimo andar.
-Está bem Lupin, vou chamar minha n-a-m-o-r-a-d-a.

Já na Sala Precisa.
-Prontos? – Perguntou Lupin.
-Vamos logo com isso! – Disse Tiago.
-Aqui está. - Lupin estendeu a cada um seu respectivo copo com o líquido.
-Estou nervoso. – Disse Pedro apreensivo.
-Vamos beber essa droga logo!
Mas quando Tiago terminou de falar, olhou para o lado e havia um enorme cão preto parado olhando para ele.
-O Sirius já tomou! – Exclamaram ao mesmo tempo em que Sirius se transformava de volta.
-Agora é a minha vez. – Disse Tiago.
Um belo cervo tomou seu lugar e encarou os quatro. No minuto seguinte Tiago estava de volta.
-Até que você deu um belo viadinho! – Sirius ironizou.
-Não enche! Vai Pedro, só falta você.
Ele bebeu, estremeceu e virou um rato numa fração de segundo. Correu pela sala e se escondeu embaixo de uma estante.
-Ele é um rato? – Perguntou Roxy fazendo uma careta.
-Pois é. – Concordou Tiago. - Cada maluco com a sua idéia...
-Agora todos ja podem se transformar em animagos. Mas utilizem esse recurso apenas quando precisarem e. DA PARA PRESTAREM ATENÇÃO?!
Lupin agora havia se irritado com o fato dos três amigos estarem se transformando e voltando ao normal só por diversão.
-Ai! Você pisou no meu rabo!
-É impossível não pisar no seu rabo, Pedro. Ou melhor, rabicho.
-Rabicho?
-É.
-Que coisa mais idiota. – Comentou Sirius.
-Não achei, eu gostei, agora só vou chamar o Pedro assim.
-Pronto, quando chegar a lua cheia, na semana que vem, nós já vamos estar prontos. Todos conseguem controlar a hora de se transformar e destransformar?
-Claro né, não é difícil.
-É Tiago, mas você se esqueceu de que EU não sei como é...
-Ah, é.
-Cara, vai ser legal ficar em companhia de um lobisomem sem que ele te mate. - Disse Pedro, que já deixara de ser um rato.
-É, e você poderá entrar no banheiro feminino e assustar todas as meninas, Pedro.
Todos riram da piada de Sirius. Lupin estava observando a lua pela janela. Daqui a uns dias eles sairiam para a casa dos gritos.
-Lupin, pare de olhar para a lua crescente. – Disse Pedro.
-É Lupin, você está fora do ar ou coisa assim?
- Não Tiago, é que ele está ‘aluado’ hoje.
Lupin parou de observar a janela e riu também.
-Seu apelido pode ser Aluado, Lupin.
-Aluado? – disse Lupin fazendo uma careta.
-É você tá sempre virado pra lua.

Todos aproveitaram seus minutos como animais e depois, bem tarde, quando todos já estavam saindo para dormir, Pedro saiu na frente, seguido de Lupin e depois Tiago, que olhou para trás e viu a Sala Precisa se reformando e dois adolescentes ainda dentro. Pôde adivinhar quem eram.

Algumas semanas se passaram, e já era véspera de Natal. Os Nom's estavam cada vez mais próximos e os 4 amigos já estavam cansados de estudar.
-Potter! -Foi você que fez a armadura do 5º andar xingar cada pessoa que passa?
-Não, Lily...
-NÃO MINTA PARA MIM!
-Mas eu não...
-Detenção!
-Ela é muito enjoada - comentou Pedro em voz baixa.
-VOCÊ QUER UMA DETENÇÃO TAMBÉM PETTIGREW??
-Não, eu não...
Mas antes que pudesse terminar, ela virou as costas e saiu pelo corredor bufando.
-É, pelo visto ela não está de bom humor. - Riu Tiago.
Mas do mesmo jeito saiu correndo atrás da menina. Alcançou-a no fim do corredor.
-O quê você perdeu por aqui, Potter?
-Lily, eu não enfeitiçei a armadura.
-A não? - Ela estava vermelha de raiva.
-Não. Mas posso saber uma coisa?
-Depende Potter.
-Por que está com raiva de mim? Mesmo que eu tivesse feito isso, não é motivo para estar vermelha da cor do seu cabelo!
-Não é da sua conta porque eu estou com raiva! Se não enfeitiçou a armadura, tudo bem, eu retiro sua detenção! Agora se já acabou, tenho muitas coisas para fazer.
-Coisas a fazer, é? Nossa, mas a nossa monitora-chefe está bem ocupadinha, heim? Será que pode me dizer de ficará aqui em Hogwarts para o Natal?
-Não te interessa se vou ficar no Natal, Potter
-Ah, você não sabe como interessa. - Disse ele sorrindo e encarando-a em seus olhos verdes.
-O que você quer? - Ela desviou o olhar.
-Eu? Acho que já sabe, não é?
-Bom, a não ser que tenha mudado, presumo que irá me convidar para o Natal.
-Em parte está certa. Sobre o convite, mas... A gente não tem se visto muito, como sabe que não mudei?
-Diria pela sua arrogância. E pela sua cara de inocente. - Completou.
-Nesses últimos minutos eu fui arrogante?
Ela se calou.
-Acho que implicância tem limites, Lily. Eu mudei sim, você deveria ter percebido, mas está muito ocupada gritando comigo.
Ela ficou novamente sem palavras. Mas não foi preciso palavras, Tiago se aproximou e num segundo estavam se beijando. Ninguém pôde presenciar o momento, estavam sozinhos. Ao abrir os olhos, ele viu-a tão envergonhada que não teve coragem de dizer nada. Retirou da mochila a varinha e recitou baixinho:
-Orchideous! - Pegou a bela flor, deu para ela, virou-se e foi embora.


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