A mãe desentendida




A sra. Granger fervia a água e pensava como sua filha podia ter amigos tão velhos. Talvez o amigo fosse o loirinho e os outros fossem o pai e...bem, quem sabe o outro não era o tio ou era um casal de gays!
- Mãe, pelo amor de Deus, a senhora enlouqueceu! Não é assim de deixar entrar qualquer um que se diga meu amigo!!!
- Por que, você disse que eram seus amigos!
- Não, por favor, agora não me interrompa! Sabe o meu amigo Harry Potter? Lembra que eu falei que ele era famoso?
- Sim, você disse que era porque ele derrotou um bruxo malvado quando era bebê.
- Pois, é, agora esse bruxo voltou e quer matar todas as pessoas mais uma vez!
- Matar, como assim? Até nós?
- Claro que até nós! Eu sou a melhor amiga de Harry, que é seu principal alvo!
- Alvo? Mas ele não tinha morrido?
- Quem, o Harry?
- Não, o Alvo Dumbledore, seu diretor. Ou ex-diretor se ele morreu, mas se você está dizendo que ele está vivo...
Hermione tentou recuperar a calma. Não podia estrangula-la, era sua mãe, mas vontade não faltou. Será que era tão difícil entender que corriam risco de vida?
Por fim ela saiu da cozinha enquanto a mãe terminava o chá e correu para a sala. Parou atrás da porta para ouvir a conversa dos três:
- Seremos curtos e grossos, pai, não vamos perder tempo. Ou essa sangue ruim nos dá o paradeiro do Potter de uma vez ou ...
- Ou vamos tortura-la até ela confessar, Draco. Aliás, Severo, eu acho que devemos dar as honras da tortura ao meu filho, pois você já teve sua vez com o Dumbledore, não? Já se divertiu e eu quero deixar meu herdeiro feliz, como sempre.
Hermione entrou a tempo de ver o largo sorriso de Draco e, quando os três a viram, deram um olhar bem Avada Kedavra. Ela retribuiu, mas estava morrendo de medo.
- Boa tarde, Granger. – começou Snape – viemos saber se você vai cooperar ou vai nos dar um pouquinho de diversão.
- Vocês querem o Harry, não é, então vão atrás dele porque eu não tenho idéia de onde ele esta!- era mentira pq ele estava na cidade onde morava com seus pais- E mesmo se encontrarem ele vai acabar com vocês!
Os três riram feito doidos e ela sentiu o rosto queimar. Lúcio logo se recompôs e ameaçou:
- Olhe, se você não nos falar nós mataremos toda a sua família, sem falar no seu namoradinho Weasley! Mas se você quiser nos ajudar não contaremos a ninguém quem dedurou o lugar e tudo fica bem. O que nos diz?
Ela nem pensou, pois nunca denunciaria o amigo. Mas falar de Rony deixou-a preocupada. Como sabiam que eles realmente estavam namorando se nem o próprio Harry se dera conta? Logo afastou o pensamento da cabeça e gritou com os três:
- Eu não vou cooperar com ninguém que venha de Você-sabe-quem, muito menos vocês três, que são os piores comensais que existem!
- Sou tão ruim que matei seu querido diretor, não foi? – disse Snape, com aquele velho sorrisinho nojento.
- Olá, estão se divertindo? – interrompeu a Sra. Granger, trazendo chá e parando no meio do caminho como se tivesse percebido algo. Hermione aguardou que caísse a ficha dela. – Ah, meu Deus!!! Esqueci de fazer uns bolinhos para acompanhar o chá!!!
Os três riram e Hermione enfiou o rosto nas mãos, prestes a chorar. O que eu fiz, Senhor, que foi tão ruim que eu mereço isso??
- Eu vou tratar de fazer agora mesmo, mas o chá vai esfriar até eu terminar!
- Não se preocupe, Sra. Granger, posso esquenta-lo depois com um toque de minha varinha. – disse Lúcio.
- Ah, é mesmo, como é bom ser bruxo mais velho, não é? Poder fazer magia sem receber uma cartinha do ministério...
- Ah, ta bom, mãe, vamos lá então fazer seus bolinhos.
E foram para a cozinha.

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