Convencendo o vovô



Numa casa simples em um vilarejo próximo à cidade de Sevilla...

- Não Julius, já está decidido. É absolutamente inconcebível que o Mateus possa ir com você à Escola! Ele tem a escola dele. Além do mais os pais deles não iriam deixar.

- Mas ora vovô, eu sei muito bem que o Senhor consegue convencer qualquer um de qualquer coisa. Como quando não havia mais ingressos para aquele espetáculo em que o Alfredo queria tanto ir. Você apenas disse ao porteiro que nos deixasse passar e que não se preocupasse que não haveria problemas.

- Ora Leo, o nosso Julius é bem observativo hem?- diz a avó Mafalda piscando o olho para o garoto. Nem parece que tem apenas sete anos. Tenho certeza que quando ele começar as aulas entenderá pq. o seu amiguinho de Sevilla não pode acompanhá-lo ao colégio.

- Não vovó, não vale. Eu quero que o Mateus vá comigo para a Escola e a Mamãe prometeu. Essa foi a condição para que eu viesse para cá, ela prometeu que ele viria comigo- diz por fim julius fechando-se numa cara de poucos amigos e afundando-se na cadeira-almofada do vovô.

-Julius! Pare com isso. Não faça cara feia! Não se preocupe meu neto, eu tenho certeza que vc. fará muitos bons amigos novos na escola- fala o vô suavizando a voz- olha foi na escola que eu conheci sua avó mafalda por exemplo.

- Mas o Mateus é o único que não ri de mim e que não me acha esquisito vovô!
O avô olha para o menino com um olhar de simpatia, porém sem mudar de idéia quanto à ida de Mateus à escola preparatória para bruxos. Onde já se viu, um trouxa em uma escola para magos? Mas o neto percebe que não haveria jeito então resolve apelar.

- Tudo bem! Mas a minha mãe prometeu, e se vcs não mudarem de idéia em dois dias eu acharei uma maneira de voltar pra casa de meus pais, enquanto isso vcs. não me verão. Não adianta me procurarem pois se eu me sentir ameaçado eu fugirei.

Dizendo isso Julius ficou absolutamente invisível. Nem mesmo Leo, um dos melhores bruxos de Sevilla, se não de toda Espanha, poderia vê-lo sem a ajuda de algum instrumento mágico. Não se conhece registro de nenhum mago que possuísse tal qualidade inata. Não foi todavia o primeiro caso na família, o tataravô de Julius possuía o mesmo dom que ficou entretanto em segredo do resto da comunidade bruxa. Agora o dom reaparecera na Família.

Julius foi criado pelos pais que não tem nenhuma habilidade mágica. Sua mãe foi adotada pelos seus avós e era uma trouxa, seu pai aparentemente não tem nenhum bruxo em sua arvóre genealógica. Mas apenas Leo e Mafalda sabem que a mãe de Julius foi adotada. Mas isso é história para outro capítulo, ou outra fanfic. Queríamos dizer que Julius foi criado por pais trouxas que nunca souberam bem como controlá-lo. Desde os cinco anos Julius fazia sucesso nas brincadeiras de esconde-esconde. E muitas vezes o avô teve de ser chamado as pressas para que pudesse descobrir onde estava Julius. O avô lançou um encantamento para que Julius não conseguisse fazer magia em casa. Porém era impossível limitar um habilidade inata, e, portanto, sempre que queria chantagear os pais ele ficava invisível.

-Julius, ouça bem! Pode ficar invisível. Eu vou conversar com seu avô em nosso quarto e não quero que vc nos siga nem tente nos ouvir. Depois disso lhe contraremos o que ficou decidido.

Julius reapareceu imóvel ainda sentado na cadeira-almofada do vô.

@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@

No quarto...

-Ora leo, sabemos que o Julius está passando por uma fase difícil. Roberta nos prometeu que se ele não melhorar quando voltar do primeiro semestre na Escola ela o levará para o que eles chamam de psicológo. Imagine que vergonha, nosso neto indo ao médico trouxa para doentes da cabeça! E além do mais ela prometeu ao menino. Nós podemos mandá-lo a força, não tenho dúvidas que vc. conseguiria fazer isso, mas o ponto é, isso seria melhor para ele? Talvez ele voltasse mais chateado ainda com tudo em volta. E acabaria tendo problemas em casa. Isso poderia mesmo afetar o seu status por aqui. Vc. sabe como os bruxos são preconceituosos, vc se lembra do Arnoldo não é* ?

- Ah Mafalda, vc está dando atenção demais a esse garoto. Nós precisamos impor limites. Além do mais eu não me preocupo com status. Nem sou um Arnoldo. Vc. não é uma trouxa e está para nascer um bruxo nessas redondezas que possa me desafiar. Meu status vem do meu poder e não o contrário, portanto não preciso me preocupar com ele. Não agirei pensando no que os outros irão pensar.

-Tudo bem Leo mas pense. Podemos mandar o garoto apenas por uma semana. Para facilitar o entrosamento de Julius na escola. O menino tem uma vida sofrida. A Roberta é uma pessoa muito boa mas afinal ela é uma trouxa. Vc já pensou como deve ser triste ser criado por trouxa?

- E como vc imagina que eu poderia mandar um trouxa para a escola preparatória para Bruxos?

- Ora Leo, essa é a parte mais fácil. Crie um Departamento de Relações com Trouxas, e inicie um programa de bom relacionamento entre nossos mundos. A cada dez anos um trouxa irá visitar nossas Escolas e conhecer um pouco de nosso mundo. E se vc achar que a experiência não foi boa desta feita é só cancelar o programa antes de findo os dez anos.

- É... como representante do ministério da magia em Espanha eu posso fazer isso. Mas eu realmente gostei da idéia. E talvez eu mantenha isso, mas vou pôr uma peridiocidade menor. Será de 5 em 5 anos. E o trouxa poderá ficar de uma semana a um mês na Escola. ou até que o Secretário do Interior, Sir Edwald Malfoy baixe uma portaria cancelando meu ato.- Leo fala isso sem esconder um leve sorriso maroto ao mencionar o nome do Malfoy.



*O caso Arnoldo: Arnoldo era um jovem bruxo que se apaixonou por uma trouxa maluca que se vestia de excentricamente achava que era uma bruxa e se dizia filha da lua. Arnoldo só descobriu que ela era uma trouxa após terem feito um casamento bruxo e já quando estavam em lua de mel. Tiveram três filhos que foram proibidos de estudar na escola preparatória de Espanha, um deles era um aborto, porém a menina e o outro garoto tiveram de ir estudar na Escola de Hogwarts, bom talvez não se possa dizer que isso tenha sido falta de sorte, todavia.... Outra coisa que ocorreu é que Arnold foi para a reserva e depois retirado da seleção de quadribol da Espanha, embora fosse sem dúvida o melhor jogador de quadribol da espanha em três séculos. Mudou-se para portugal onde passou a ganhar a vida como treinador de um time juvenil de quadribol.


-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=- Essa é minha primeira fanfic. Tentei ao máximo me afastar do cenário habitual de Harry Potter. Até pq. não sou um leitor assíduo, li apenas uma vez cada livro, na versão em português, e foi uma leitura corrida doido pra saber o que aconteceria na página seguinte, nada atencioso o suficiente para fixar bem personagens secundários, nomes, datas, etc... até por isso sentia-me obrigado a fugir do cenário principal.

Bom se alguém teve a paciência de ler até aqui eu seria realmente grato se vc pudesse deixar um comentário dizendo o que achou e estando livre para criticar.... Vamos ver se isso aqui terá algum futuro...

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.