No MC Pedágio



Após a discussão os quatro amigos deram-se conta que estavam famintos. Os chicletes da Rouge sabor balbie – que Hermione escondera em sua calçinha – já haviam acabado a mais de três dias.

Hermione tentou oferece-los uma taça com conteúdo branco e viscoso ( de onde ela havia tirado aquilo, ninguém sabe até hoje) que todos acharam por bem recusar.
Estavam mergulhados no silêncio, ouvindo o roncar de suas tripas (menos Harry, este apenas pensava, muito satisfeito, na salsicha ao molho branco que havia engolido na noite anterior).

- Fora da minha proprierdarde! – gritou uma voz rouca, envelhecida e gagá.

O coração de Harry deu um salto, seu c* uma piscadela.

- DUMBLEDORE? – “O que esse velho gagá está fazendo aqui?”

- Ali! – gritou Hermione apontando pra pedra.

Pedra? Bem não era bem isso. Era – na verdade – um balcão secretamente secreto da única franquia que teria uma loja em qualquer lugar do mundo: MC Donald’s

- Professor Dumbledore? – perguntou Harry, se aproximando do balcão aberto na pedra.- O que o senhor faz aqui, nesse deserto? O snape matou o senhor! Eu vi!

- Nóis te enterrô naquela tumba barata, aê... Até me lembro de ter fumado uma pena de fênix, aê... Maneraço ela! – Falou Rony, bastante abalado, logo tentou acender seu cachimbo recheado de cabelo.

- HO-HO!!! Feliz Na... Ergh...*cof* - riu Dumbledore, quase cuspindo seu coração – Aquele marica do Snape não me matou, eu não tenho culpa se aquela bicha teve um ataque e saiu correndo.

- Mas porque o senhor fez isso? – Gina perguntou com seus olhos emo’s, borrados de rímel.

- Ah, hem hem... *cof* não agüentava mais aquela vida de pai-de-santo, com aquela Drag do Voldemort me atazanando... Não, não *cof* - ele cuspiu um chiclete velho enrolado em um maço de cabelos, depois disso parou de tossir – Eu conheci a mulher da minha vida e decidi fugir com ela para longe de tudo, para um horizonte horizontalmente horizontal distante...

-Quem? – a jovem emo continuou seu questionário – a fêssora Zergonagal?

-Não! Nunca! Aquela pilantra que usurpou minha empresa? Nada disso! Deixe-lhes apresentar a minha amada... Bia Falcão!


FONTE DE MEL
NUNS OLHOS DE GUEIXA
KABUKI, MÁSCARA
CHOQUE ENTRE O AZUL
E O CACHO DE ACÁCIAS
LUZ DAS ACÁCIAS
VOCÊ É MÃE DO SOL
A SUA COISA É TODA TÃO CERTA
BELEZA ESPERTA
VOCÊ ME DEIXA A RUA DESERTA
QUANDO ATRAVESSA
E NÃO OLHA PRA TRÁS





- Mas, professor...- Hermione falou cautelosamente – Isso é um pôster...

- Quê!?!? – ele disse, ajeitando os óclinhos de lua nova. – Ela me enganou!

- Ah, tudo bem professor – consolou Harry.

- Nós estamos morrendo de fome...- Falou Rony, mais uma vez demonstrando sua amplitude emocional tão pouco extensa – Têm alguma coisa pra comer?

-Já que vocês perguntaram... O que vão querer? – disse o velho diretor, pegando uma bandeja.


Comer, comer,
Comer, comer,
É o melhor para poder crescer!



- Hãã... Me estufei! – fala Rony, acendendo o resto de seu BIG MAC® *já reparou que tem a cor da Jamaica?*

- Porco! – disse Gina, procurando o brinquedinho na caixinha do MC LANCHE FELIZ® - OBAAAA!!!! Completei a MINHA coleção dos “emo-ranger”! Me invejem!

- Oh... Com licença... – Dumbledore aproximou-se – deu 200 gozões.

- Ahn...Hermione, você tem dinheiro?

- Não...- ela mentiu descaradamente, escondendo o pouco que Rony lhe dera na sua tanguinha rosa da Balbie.

- Então...-Harry encarou os amigos – CORRAM!


Os quatro dispararam em direção aos Upa-upa. Dumbledore tentou correr, mas a esclerose travaou-o em posição de corrida.

- Eu pego! Eu pego! – As mãos do velho tentavam agarrar o ar.

- Depressa, vamos soltar os Upa-upa! – gritou Hermione.

- Rápido! – disse Gina, deixando o I-pod cair. “E agora fujo, ou pego o MEU ‘rosinha’? Aí... Já sei!” – ela lançou a franja para alcançar o aparelho (em um movimento só), antes que tornasse a enfiar os fones no ouvido, um grito de Hermione cortou o ar.

- O que foi! - Rony olhava da irmã para os amigos.

- Gina, Rony... Eles morreram!

- Quê?

Chorando, caído na areia, Harry beijava o upa-upa virado de pernas-pro-ar, que murchava lentamente.

- NÃO! POR QUÊ? POR QUÊ?????????????????

- Quem faria um mal tão maldoso como este?

- Olhem ali – aponta Hermione secando as lágrimas – Parece um monte de celofane...

- Não, não – falou Gina, pegando o que quer que fosse – É uma asinha de fada, bem ordinária por sinal!

- Que estranho...- falou Harry, o velho gosto pelo mistério subindo por sua espinha.

- É, não é?

- Estranho você falar algo que preste.

Antes que Gina protestasse, Rony pegou alguma coisa entre os cavalinhos derrubados.

- Olhem só isso! Um tufo de cabelo!

- Que cor que é? Que cor que é? – adiantou-se Hermione (ansiosamente, dando uma de Balbie detetive)

- Ih... Já fumei!

- Har! Peguei vocês! – Dumbledore finalmente alcançara o grupo. – Agora vocês terão que pagar.

- Ih, o que a gente faz? – murmurou Gina para os amigos, alisando a franja.

- Já sei!

I got the power



Hermione jogou seus cabelos para trás em um “slow-motion”, se aproximando do velho.

-Vovô, porque não conversamos reservadamente?

Com um sorriso malicioso o velho bruxo a guiou até o MC Pedágio, repentinamente curado da esclerose. Rony choramingou:

- Por que ela faz isso comigo?

Harry o abraçou, cheio de segundas intenções. Rony afastou-se com alguns passos, desconfiado.


Duas horas e meia depois...


- HARRY! RONY! GINA!- Hermione saiu da pedra toda lampeira, limpando algumas manchas grudentas e esbranquiçadas espalhadas por seu rosto. – ESTÁ TUDO RESOLVIDO!

- Preferia que não estivesse...-murmurou Rony, enciumado.

- A conta está paga? – Perguntou Gina, guardando os emo-rangers na sua bolsinha preta-e-vermelha.

- Não só paga! – disse uma voz triunfante e rejuvenescida – Como vocês também ganharam uns brindes.

- O que é? - perguntou Harry, os olhinhos verdes brilhando de curiosidade.

- Duas coisas – disse Dumbledore, aproximando-se com os braços atrás das costas – Essas quatros Schrables® que substituirão os upa-upas e...

- E...- completaram, naquela curiosidade.
- E uma “Snape’s Bar”!

- O QUÊ?!?!

- Isso! – ele ofereceu uma barra de chocolate embrulhada em papel rosa com letras coloridas e desenhos de fadinhas com pisca-pisca, acenando “Oi” para eles.
- Pera aê! – Falou Harry, enquanto abria a barra (rosa - por sinal sabor morango balbie ) e repartia com os amigos.

- Quer dizer que o Snape tinha uma fábrica de doces?

- Aonde você acha que fica o covil da maior bicha do mundo?

- Argh! – Disse Gina, observando seu chocolate – O que é essa coisa branca e gosmenta recheando o chocolate?

- Hmm...- disse Harry, engolindo a barra sem mastigar – Gostinho familiar, não é Mi?
- Ô! Peraí... Esse chocolate... É GAY!!!

- Como eu já disse: de onde esse veio, há muitos... – Dumbledore falou cheio de mistério, enquanto sumia nas trevas da pedra rindo freneticamente.

Ria, ria, ria até que sua voz dissolveu-se no silêncio da escura pedra.

-Eu hein... Sinistro... Aê....- falou Rony – Pior que a macumba dos mano da Jamaica...

- Mas veja – apontou Hermione – Ele deixou as Schrabbles®

***


Assim os quatro heróis entraram nas bolhas e seguiram rolando pelo deserto.

Rolando... Não era bem isso. A cada volta, Hermione tropeçava nos próprios pés e caia. com o impulso causado pela queda, a bolha rolava uns bons metros; mas a garota repetia o processo toda vez que tentava se levantar. Mesmo assim, seguia quiacando atrás dos garotos. Garotos? Um deles eu tinha certeza que pertencia à “coluna do meio termo”.

Nisso, não demorou para que Gina ficasse para trás (dos dois sentidos).


Já é tarde demais pra correr atrás e me expressar...
É tanta coisa que eu queria te falar pra te
Conquistar... Pra te conquistar... Pra te conquistar...



- Que coisa mais triste! – murmurou a ruiva. – Ai, vou chorar!

Ela chorou.

E chorou tanto, que a Schrabble® ficou completamente embaçada e cheia d’agua.

- Não chore, menininha – disse uma voz étera. O estranho é que além de não combinar nada com o próprio timbre, era uma voz conhecida.

- Chorar faz mal?

- Não, porra! Você vai se afogar, a água tá no seu pescoço!

Gina secou os olhos e fungou um bocado de ranho que escorria até seus lábios, misturando-se com a franja. Piscou uma vez. Bolinhas subiram, um cheiro desagradável tomou conta da Schrubble®. Agora ela tinha motivos pra chorar. Bateu na parede da bolha.

-Socorro! Quero sair!!!

A água estava ficando marrom-escura, detritos subiam para a superfície.

-Me tira daqui!

Através da parede embaçada, a garota viu um vulto rosa com asinhas se aproximando.

-AHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Tudo o que ela viu foi uma nuvem de purpurina multi-colorida.

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