Surpresas e Revelações
Um Outro Potter
Estou decepcionada. Só duas pessoas comentando? A minha fic tá tão ruim assim?
Capítulo Dois – Surpresas e Revelações
Harry passou o dia arrumando o malão, procurando o material espalhado pelo quarto. U m pouco antes do jantar, ele verificou novamente se tinha esquecido de algo e um ronco por parte de sua barriga o fez se tocar que não tinha comido nada o dia inteiro. Quando entrou na cozinha, encontrou Tia Petúnia terminando o jantar e tomou coragem para fazer algo que sempre fora proibido.
--- Tia – ela olhou para Harry e voltou a preparar a refeição. – A senhora sabia que eu tinha uma irmã?
A Sra.Dursley enrijeceu à pergunta e se virou pálida para Harry.
--- Como disse? – ela perguntou fracamente.
--- Eu perguntei se a senhora sabia que eu tinha uma irmã – Harry repetiu, cauteloso.
--- Como você soube? Como soube que ela estava viva, mesmo vivendo do outro lado do mundo? – Petúnia parecia que ia desmaiar a qualquer minuto.
--- A senhora sabia? – Harry sussurrou.
--- Como poderia não saber, se Lílian me pedia para tirar o bebê do país? – ela mexia e retorcia o pana que tinha em mãos, nervosa. – Fui eu que levei a menina com apenas alguns meses para o Japão, poucos dias antes de minha irmã morrer.
--- A senhora sabia? – Harry cerrou os punhos, tremendo de raiva. – Sabia e não me contou? – a cena soava vagamente familiar.
--- Eu não podia contar! – a campainha tocou. – Lílian me fez prometer que não contaria a ninguém! Principalmente se algo acontecesse com ela!
De repente, Duda entrou correndo na cozinha e guinchando “Eles chegaram! Eles chegaram!” e ouviram uma voz grave cumprimentar:
--- Boa noite. O senhor deve ser o senhor Dursley. Creio que Harry tenha avisado que viríamos buscá-lo.
Harry fulminou a tia com o olhar antes de se dirigir ao hall de entrada. Qual não foi sua surpresa ao se deparar com Sirius, de pé, ao lado de Dumbledore.
--- Ah. Oi, Harry. Feliz aniversário!
Ele sorriu. Estava completamente diferente. Mais jovem, o cabelo e a barba aparados, o rosto saudável, além de uma aparência de quem havia passado um bom tempo no sol, sem aquele ar sombrio que adquirira em Azkaban. Harry não conseguia falar. Como ele poderia estar vivo?
--- S... Sirius? – Harry perguntou, rouco, finalmente encontrando a voz. - Mas... mas como?
--- Digamos que uma certa Potter me ajudou – Sirius piscou. – O véu era um portal que levava a outras dimensões.
--- Não quero ser grosseiro... – Tio Valter começou, em um tom que ameaçava se tornar grosseiro a cada sílaba.
--- ...contudo, a grosseria acidental ocorre com alarmante freqüência – Dumbledore terminou a frase sério. – é melhor não dizer nada, meu caro. Ah, e esta deve ser Petúnia.
Tia Petúnia tinha acabado de entrar no hall, o rosto cavalar era a máscara do nervosismo.
--- Alvo Dumbledore e Sirius Black – informou o bruxo, já que Tio Valter não o apresentara. – Temos nos correspondido, claro. E esse deve ser seu filho Duda, não?
Duda aparecera na sala, a boca aberta de medo. Dumbledore e Sirius esperaram um momento, aparentemente para ver se os Dursley iam dizer algo, mas, mediante o silêncio se seguiu, o diretor sorriu.
--- Posso presumir que os senhores tenham nos convidado a sentar em sua sala de estar?
Os dois bruxos mais velhos entraram na sala e se sentaram nas poltronas da lareira. Dumbledore sacou rapidamente a varinha; a um gesto displicente, o sofá arremessou-se para a frente, atingiu os joelhos dos Dursleys, que tinham acabado de entrar, e os fez perder o equilíbrio e desmontar nele. A um segundo gesto da varinha, o sofá voltou rapidamente à posição inicial.
--- É melhor sentarem, tenho muita coisa a explicar – Dumbledore guardou a varinha. – É melhor sentar também, Harry. Bem, - o diretor se virou para os Dursley, - esta madrugada Harry se correspondeu comigo – Tio Valter fuzilou Harry com o olhar. – Curiosamente, ele se projetou em um templo no Japão onde uma jovem estava prestes a ser morta, e a salvou. Essa jovem é sua outra sobrinha, a senhorita Chrystine Potter, filha mais nova de Lílian e Tiago Potter, mais conhecida como Ísis Okasha. Ela teve que ser tirada ás pressas do país, uma vez que foi marcada como uma vidente no instante em que nasceu. E ela sobreviveu por todos esses anos.
---Outra aberração? – Tio Valter cuspiu. – Por acaso querem que cuidemos de outra aberração?
--- Ora seu... – Sirius se levantou. – É por causa dessa aberração que estão vivos!
--- Sirius, sente-se – o animago se sentou, furioso. – Realmente, é graças a Harry que vocês têm se mantido protegidos. Então, como os senhores sabem, o bruxo chamado Lord Voldemort voltou ao país. Atualmente a nossa comunidade está em guerra declarada. Harry, a quem Lord Voldemort já tentou matar em várias ocasiões, está passando por um perigo maior do que no dia em que o deixei à sua porta, há quinze anos, com uma carta explicando que seus pais tinham sido assassinados e manifestando a esperança de que os senhores cuidassem dele como se fosse um filho - embora sua voz continuasse leve e calma, e não deixasse transparecer raiva, Dumbledore emanava uma certa frieza, fazendo os Dursleys se encolherem.- Os senhores não fizeram o que pedi. Nunca trataram Harry como um filho. Nas suas mãos, ele só conheceu o descaso e muitas vezes a crueldade. O máximo que se pode dizer a seu favor é que ele escapou do enorme dano que os senhores causaram a este pobre menino sentado entre os dois.
--- Nós nunca fizemos nada de mal ao Duda – Tio Valter se levantou.
--- Não serei eu a lhes dizer o que fizeram – o olhar de Dumbledore fez o Sr.Dursley se sentar. – A mágica que evoquei há quinze anos significa que Harry contará com uma forte proteção enquanto puder considerar esta casa dele. Por mais infeliz que tenha sido aqui, por mais mal recebido, por mais destratado, os senhores lhe concederam pelo menos um abrigo, ainda que de má vontade. A mágica cessará no instante em que Harry fizer dezessete anos; em outras palavras, no momento em que ele se tornar maior de idade.
--- Dois – Tia Petúnia murmurou.
--- Como disse? – Dumbledore se voltou para a mulher.
--- Dois anos. Ele é um mês mais novo que o Duda, e meu filho só vai fazer dezoito anos daqui a dois anos – ela falou.
--- No mundo bruxo – os tios se encolheram a essa menção – a maioridade é aos dezessete – Sirius explicou com desdém.
--- Por isso só peço uma coisa: que os senhores deixem Harry voltar mais uma vez a esta casa, antes de seu aniversário de dezessete anos, o que garantirá que a proteção se manterá em vigor até aquela data. Quanto a Chrystine, apesar de só ter quinze anos, ela é independente e não precisa vir para cá. Vá pegar suas coisas, Harry – Dumbledore olhou o garoto. – Tenho que ir na frente para uma reunião – e se virou para Sirius. – Ajude-o, sim, Sirius?
--- Claro – Sirius se levantou.
--- Até mais ver. Harry. Sirius. Senhor e Sra. Dursley.
Ele cumprimentou-os e sumiu, sob o olhar atônito dos Dursleys. Sirius se virou para o afilhado:
--- Onde estão suas coisas, Harry?
--- Lá em cima – Harry, que estava olhando para a tia, virou-se para o padrinho. – Pode me ajudar a trazê-las, Sirius?
--- Claro.
Os dois rapidamente trouxeram o malão de Harry para o hall de entrada. Quando já estavam do lado de fora, Harry se virou para a tia, que estava parada na porta, e disse:
--- Obrigada por ter ajudado minha irmã.
Por incrível que pareça, Tia Petúnia sorriu, triste, mas sorriu.
--- Era a única coisa que eu podia fazer por Lilly e nossa raça.
E fechou a porta. Sirius balançou a cabeça enquanto ia até um porsche amarelo* parado na rua.
--- Ela não devia ter falado sobre isso – ele murmurou, enquanto colocava o malão no banco traseiro do carro.
--- Esse carro é seu, Sirius? – Harry perguntou surpreso.
--- Quê? – Sirius olhou para Harry enquanto entrava no carro. – Ah! Sim, é meu – o animago sorriu enquanto observava o afilhado sentar no banco do passageiro e dava a partida. – A primeira coisa que fiz ao ser inocentado foi comprar ele. Bonito, não?
--- Sim – Harry sorriu, mas logo depois ficou sério. – O que minha tia queria dizer com nossa raça, Sirius?
--- Eu pensei que eram só você, sua mãe e a Chrys. Mas, pelo visto, sua tia também é.
--- Nós somos o que, Sirius? – Harry pressionou o padrinho.
--- Tenshikurôs** – o garoto olhou confuso para Sirius. – Um povo mágico há muito perdido. Eles sumiram na época da Inquisição por serem chamados de anjos caídos. Mas você e a Chrys são meio - Tenshikurôs, meio - Elfos Negros. Duas das chamadas raças perdidas – o carro ia a toda velocidade.
--- Eu? – Harry sorriu descrente. – Um elfo negro? Onde estão as orelhas pontudas características de um elfo?
--- Disfarçadas por um feitiço – Sirius deu de ombros. – Se Voldemort soubesse sobre isso, ele teria mais um motivo pra te matar. Você e a Chrys são Supremes Lord e Lady, respectivamente, do povo élfico negro.
--- Depois você me explica isso. Como, afinal, te tiraram do véu?
--- Como eu disse, o véu é um portal e me levou direto para o Egito. Para ser mais preciso, para a pirâmide onde fica a escola de Chrys, que já estava me esperando. Segundo a baixinha, ela modificou o véu no momento da queda para que eu fosse parar em Osíris, em vez de outra dimensão. Se ela não tivesse feito isso, com certeza eu ficaria perdido em outra dimensão e teria morrido – ele estremeceu. – Depois de um tempo escondido, eu soube que o Ministério havia capturado Rabicho. Ele ficou preso tempo suficiente para me inocentar – o animago deu uma pausa. – Você não lê jornal?
--- Desde que começaram a me chamar de doido, Escolhido e todo o resto, não – depois de um longo silêncio, Harry chamou. – Sirius?
--- Hn?
--- Como é a Chrystine?
--- Um conselho. Nunca a chame de Chrystine – Sirius sorriu divertido. – Ela odeia. Chame de Chrys ou Ísis, que é o nome sob o qual ela tem se escondido. A Chrys tem um gênio infernal e age como os sonserinos nojentos.
--- Sonserinos? – o garoto estranhou.
--- Na frente de todos, ela é sempre impassível, cínica, elegante e cruel, se bem que cruel é pouco para ele. Na frente dos mais íntimos ela é doce, gentil, compreensiva. Ela me contou que age assim porquê seria fraca se mostrasse tudo o que sentia e o que era. Deve ser por isso que ela é uma grande oclumente e nada passa pelo rosto ou pelos olhos dela quando ela quer.
--- Diferente de mim – Harry afundou no banco.
--- Ela é assim porquê foi treinada para agir dessa maneira, Harry – Sirius olhou o afilhado, compreensivo. – Com apenas quatorze anos ela ficou conhecida como uma das maiores duelistas do mundo. A infância dela foram aulas e mais aulas de magia dos mais variados níveis. Ela nunca teve com quem brincar, e só teve contato com crianças da sua idade quando entrou em Osíris. Brilhar, ou simplesmente sobreviver, naquela escola não é para qualquer um. E ela conseguiu brilhar.
--- Que escola é essa? Osíris? – Harry olhou intrigado para o padrinho.
--- Uma das escolas de magia africanas. Osíris, Ísis e Seth. Elas são como Hogwarts, Beaxbatons e Durmstrang, respectivamente. Pelo menos quanto a seleção de alunos, já que ambas são extremamente severas no ensino. Artes das Trevas é uma matéria obrigatória nas três, além de Oclumência, Legilimência, Esgrima e Duelos. Pode-se dizer que lá é o Inferno – Sirius estremeceu.
--- E eu achando que minha vida com os Dursley era ruim – Harry olhou para fora. – Como ela agüentou tudo isso:
--- Sabendo que um dia iria se encontrar com o irmão que sempre sonhara conhecer pessoalmente – Sirius respondeu e completou. – Porque ela sempre acompanhou sua vida através das visões.
Harry sorriu, mas logo uma coisa lhe veio a cabeça.
--- Se ela é uma vidente e é tão poderosa, - ele franziu o cenho, - como ela não contra-atacou Belatriz?
--- Ela tinha uma tatuagem na testa? – Sirius também franziu o cenho.
Harry forçou a lembrança.
--- Não – disse, por fim.
--- Então Belatriz se aproveitou que Chrys tinha acabado de sair de uma visão e a atacou. Toda vez que ela tem uma visão, fica totalmente fraca e indefesa, uma vez que o Olha da Deusa suga boa parte de sua energia e magia.
--- Olho da Deusa?
--- É o nome do símbolo que todo profeta élfico carrega. Normalmente é no braço, no mesmo lugar da Marca Negra. A Chrys carrega o olho na testa. Por isso ela é tão afetada.
--- Que vida terrível – Harry voltou a afundar no banco.
--- No Natal você vai ver o que é vida terrível – Sirius sorriu. – Já que você já sabe que é meio-élfico, irei te levar, você e a Chrys, para uma visita a Anagura, o Reino Negro. E já que hoje é dia de revelações grandiosas, vou te contar logo. Tiago não era filho único.
--- Agora só Voldemort de camisola rosa com rendinhas dançando can-can me surpreende – Harry revirou os olhos.
--- Essa é boa, Harry – Sirius gargalhou. – Bem... Tiago tinha uma gêmea, Siara. Ela sumiu para se casar com um elfo branco quem ninguém conhecia, nem quem era. Tiago sempre achou que ela tinha ido para Atziluth, o Reino Branco. Mas Chrys me disse que ela estava em Anagura. Você vai gostar delas. Siara é idêntica ao Tiago.
---
Continua...
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*N/a: 1)dêem só uma olhada no carrinho do Sirius: http://www.wallpaperbase.com/wallpapers/cars/porsche/porsche_4.jpg
**N/a: 2)tenshikurô significa literalmente anjo negro em japonês. Tenshi =anjo, kuro = negro, preto.
N/a: 3) QUERO COMENTS!!!!!!!E eu num disse que esse capítulo seria maior?
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