"Much too Much"
Harry abriu o pedaço de papel que Edwiges havia acabado de jogar em sua cama. Era uma carta, na realidade era um convite, da Sra. Weasley para que passasse o natal na Toca junto com os outros Weasleys. Encarou o pedaço de papel duvidoso.
- Você vai não é? – perguntou Rony, ao ver o amigo observar o papel em silêncio.
- Eu não sei... Vou? – questionou num tom cauteloso. Apesar da amizade recém reatada com o amigo, não tinha muita certeza se deveria passar o natal na casa dele, com a família dele... Além é claro, do fato de que simplesmente deixara todos e fora embora, sem nem ao menos uma satisfação apropriada, para ninguém... O que significava que o convite, partido deles era, pra dizer o mínimo, inesperado.
- Eu disse a ela que já ia te chamar, mas... Acho que ela queria reforçar o convite... - parando um momento e se voltando para o amigo o acalmou. – Olhe... Todo mundo vai esperar por você, não seja estúpido. – acrescentou, como se adivinhasse os pensamentos de Harry.
- É eu suponho que sim... – respondeu Harry, agora se perguntando se Hermione também estaria lá. Mais uma vez, meio que adivinhando os pensamentos do amigo, ele continuou:
- Eu a convidei também... – comentou com falso descaso. – Ela ainda não deu resposta...
Harry se postou por trás estante mais próxima em silêncio. Observando a cena respirou fundo reunindo coragem suficiente para ir até lá.
Ela estava em pé do outro lado do salão. Tinha um livro em uma das mãos e a outra na prateleira à sua frente, apesar de manter os olhos baixos, visivelmente concentrados no conteúdo. Lentamente caminhou para o lado e puxou um livro, voltando para a mesa e sentando-se novamente.
Harry ao sabia exatamente o que dizer a Hermione, sabia que deveriam conversar. Até mesmo porque, depois da sua última experiência com a amiga na semana anterior, qualquer suspeita que ele possuía de que a garota não estava bem, havia se confirmado naquela noite.
Além do mais... – pensou tentando avaliar as possibilidades. – Não era como se agora ele corresse o risco de ser enxotado ao tentar uma aproximação... Certamente as coisas ainda não estavam tão boas quanto poderia estar, mas mesmo assim... Ele sentia que apesar de continuar sendo evitado por ela ultimamente, qualquer que fosse a raiva que ela guardava dele, (se é que guardava alguma) parecia ter desaparecido completamente naquele encontro. De fato, era como se certa barreira houvesse acabado entre os dois... E agora ele poderia finalmente...
- Não.
- Eu... O qu...? – Harry piscou surpreso ao ver seu caminho ser bloqueado por Giny, saída sabe lá Deus de onde.
- Nem pense em fazer isso. – disse ela num tom rígido, que tinha um livro nas mãos e nem ao menos levantara os olhos.
- Eu não ia... – começou Harry, mas a ruiva o interrompeu logo em seguida.
- Ia sim! – sibilou.
- Eu não...! – insistiu Harry. Mas obviamente era uma batalha perdida.
- Fique longe da minha amiga. – insistiu Giny fincando o pé e tomando a visão de Harry, que agora se esforçava para se desviar da garota.
- Ela é minha amiga também! – exclamou Harry num murmúrio indignado. E com não pareceu fazer muito efeito, argumentou. – Eu... Eu só quero saber se ela está bem...
- Claro que ela não está bem! – falou a garota exasperada. – O que você esperava?! Olhe... Não faça isso, você não tem mais o direito! – e respirando fundo continuou com ar de quem explica algo para uma pessoa extremamente obtusa.
- Mas eu... Ela...
- Eu sei que você não consegue ver isso porque você também está envolvido Harry, mas... Você não pode ajudá-la... Ela está tentando o melhor que ela pode com o que ela tem, e não é muito ok? Agora se vocês dois pudessem dar o mínimo de espaço pra ela seria ótimo! – concluiu com um ar de impaciência.
Estava claro para Harry que ele não havia sido o único a tentar uma aproximação com Hermione. Dando mais uma olhada na amiga que mantinha ainda completa atenção no livro, e completa alienação com relação à esquentada discussão que Harry mantinha agora com Giny do outro lado da biblioteca.
- Então? – insistiu Giny impaciente. – Vai embora, vamos, fora! Fora! – reclamou aos murmúrios enquanto enxotava Harry porta a fora. Este, sem absoluta reação, deu as costas a contragosto e seguiu pelos corredores em direção ao dormitório.
Hermione caminhou pelos jardins em direção às estufas. Ultimamente passava a maior parte de seu dia ali, pelo menos se sentia útil. Diferente de quando estava com Rony, ou Giny, ou até mesmo durante as aulas, nas quais, nem ao menos podia praticar mágica... – acrescentou mentalmente com azedume. Nem ao menos se trocara. Era sábado, e já que ela não pretendia ir até Hogsmead naquele fim de semana, se decidira por ficar com as crianças... Era sempre agradável passar a tarde ali, dadas obviamente às outras opções...
Hermione levantou os olhos, Francis esperava por ela na porta da estufa. Mandara uma carta dizendo que viria naquele dia... Obviamente a mulher esperava por ela. Acenando fracamente Hermione avisou que a havia visto. A senhora retribuiu com um sorriso que ela pode ver com metros de distância. Ela gostava de Francis, na realidade, nos últimos dias, ela era definitivamente a pessoas com quem mais conversava. E não foi à toa que Francis foi a primeira a notar uma súbita mudança no comportamento da menina na última semana. O último desabafo que tivera com Harry a afetara muito mais do que ela esperava. Havia acordado na manhã seguinte certa de que por mais que tentasse esconder tanto para si mesma quanto para os outros, qualquer mágoa ou até mesmo raiva que sentira por ele, já se esvaíra há muito tempo... Ela ainda não sabia como agir com relação aquilo... Entretanto sabia que teria que tomar uma decisão, e depois de tanto tempo, vinha agora a descobrir que ainda havia resquícios de dúvida em sua mente.
- Querida você não parece bem... – falou Francis observando a menina com o cenho franzido.
- Eu estou bem... – retrucou Hermione baixando os olhos. – Olhe! Eu trouxe um livro de histórias para as crianças! – com uma tristeza mal disfarçada. Não funcionou.
- Você já disse isso tantas vezes que nem ao menos é uma sentença. – rebateu a senhora simplesmente. – As crianças vão adorar o livro e você sabe disso... Mas mesmo elas vieram me perguntar o que havia de errado com você Hermione... – esta levantou os olhos sem saber o que dizer. De algum modo Francis sempre sabia o que ela estava pensando. Mais de uma vez Hermione se perguntara se a mulher não tinha alguma habilidade com legitimância... Ou talvez, simplesmente era experiente o suficiente para compreender o que a garota estava passando.
- Porque Rony não está aqui hoje? – arriscou a mulher num tom que Hermione reconheceu desconfortavelmente como sugestivo.
- Ele não pôde... Trabalhos de Monitor-chefe... – explicou com uma nota de azedume na voz. Todo episódio da toada do cargo voltara a sua mente. Não sentia mágoa nenhuma com relação ao amigo por ele ter assumido. Mas era completamente injusta a forma com a qual eles a haviam tirado, e ainda para completar... Proibir-lhe de usar mágica?! Completamente insano, de alguma forma ela ainda tinha esperanças de que aquilo fosse acabar e que tanto McGonnagal quanto Dumbledore, (que por sinal ainda lhe evitava qualquer contato) fossem vir até ela e desfazer o mal entendido... – pensou sentindo uma onda de raiva e indignação tomar conta de si, de tal modo que se sentiu esquentar...
- Hermione! Você está sangrando! – exclamou a mulher ao olhar para as mãos da garota. Hermione baixou os olhos. Suas mãos estavam completamente ensangüentadas, e o frasco que segurava estava em pedaços no chão.
- Eu... Eu não sei...? – titubeou Hermione, obviamente fizera aquilo com mágica. Mas não fora sua intenção... Francis voltava com um lenço branco nas mãos, que amarrou imediatamente nos pulsos da garota. Hermione se manteve calada.
- Eu achei que você não podia praticar mágica Hermione, como o próprio Dumbledore me aconselhou... – disse a mulher num tom de repreensão.
- Eu sei... E - eu não... Foi sem querer... Um acidente. – disse Hermione.
- Claro... Junto com as vidraças... – lembrou-lhe a mulher. De fato aquele não era o primeiro incidente no qual ela se envolvia. Na segunda feira, quebrara as vidraças inteiras de uma das estufas após uma das crianças dar lhe um susto. O garotinho, obviamente ficou terrivelmente assustado, e foi um grande custo para Hermione explicar-lhe que tudo não passara de um grande acidente... – Querida... Você já tentou conversar com alguém...?
- Sobre? - retrucou levantando-se e se tornando rapidamente fria. Ela sabia sobre o que... Não podia simplesmente se abster de qualquer tipo de mágica por não ser capaz de se controlar... Entretanto, algo dentro dela dizia que ela não deveria ir pedir ajuda, não a Dumbledore. Não sabia exatamente o que, só sabia que entre ir até ele e se manter distante, preferia se manter distante...
Uma batida de leve se fez ouvir na recepção. Levantando-se de onde estava ajoelhada Francis seguiu para atender, quem quer que esteja ali. Hermione voltou-se e observou os jardins pelos vidros. Estava ensolarado, e ameno lá fora. Dali ela podia ver vários estudantes deitados e se divertindo pelos jardins. Dois minutos depois, Francis retornou com uma expressão estranha no rosto:
- Tem alguém aqui... Procurando por você... – disse sem esconder um pequeno sorriso.
- Eu? – retrucou Hermione se virando. Ela não tinha muita certeza de qual expressão atingiu, mas sabia que era algo muito próximo de surpresa e embaraço que tomava conta de seu rosto enquanto observava Harry em pé logo ali, na sua frente.
Ela não disse nada, o que iria dizer? Passara a semana inteira evitando o amigo, pra que ele aparecesse assim do nada? – o momento de silêncio que se seguiu foi o suficiente ara que os olhos do garoto corressem até os pulsos atados dela, até os cacos de vidro que se encontravam jogados no chão:
- O que houve com as suas mãos? – perguntou com preocupação nos olhos.
- Um acidente... – murmurou Hermione desconecta. Francis percorreu o olhar de um canto a outro da sala, deduzindo logo em seguida:
– Você deve ser Harry! Ele disse que veio até aqui para ajudar. – explicou se voltando para Hermione, que parecia ter acordado de repente:
- Ajudar?
- Isso! Bom, nós certamente estamos precisando... – apoiou Francis com um sorriso ainda maior. E com um tom mais prático acrescentou. – Porque você não vai apresentando ele Às crianças, enquanto eu arrumo essa bagunça?
- Eu... Mas, o... – mas a enfermeira já tinha dado meia volta e saído do local deixando os dois ali sozinhos. Hermione respirou fundo e se empertigou. – Se você estiver fazendo isso por que...
- Eu não estou. – disse Harry e após um momento acrescentou honestamente. – Não totalmente... Eu quero ajudar, de verdade... – completou novamente ao perceber que a resposta não fora muito satisfatória. A garota encarou-o por um momento:
- A única razão por eu estar fazendo isso, é porque eu sei que as crianças vão ficar encantadas em te ver aqui...
- Certo... – respondeu Harry. Mas sabia que a amiga estava mentindo...
- Essa é a ala das crianças... No total agora temos doze, e já estamos lotados...
- E o que eu faço? – questionou ao olhar pela vidraça par a s doze crianças que se encontravam espalhadas pelo local.
- Você conversa com elas... – respondeu Hermione. – São crianças que perderam a família, ou tiveram a casa atacada de alguma forma... Tudo que precisam é que alguém ponha a mente delas distante lá de fora... – continuou, agora, Harry pode notar com um ar mais triste. – Você não vai ter muito trabalho... – ela o tranqüilizou. – Assim que elas te virem não vão precisar de mais nada...
E para a surpresa de Harry, ele veio a descobrir logo que entraram na sala que a amiga estava absolutamente certa. Não que ele não estivesse acostumado com certa atenção a mais por parte de gente que ele próprio nem conhecia... Entretanto, ele nuca se mostrara favorável a isso, de fato, sempre achara absolutamente desconcertante e desconfortável. Mas nunca recebera tal assédio de crianças antes... Na verdade não esperava que fosse reconhecido por elas, até que foi. Mas agora... Ao invés de desconfortável, era... Divertido...
- Cuidado com isso, ou você vai acabar quebrando Andrew! – avisou Hermione.
- Não se preocupe... Tudo bem. – disse Harry, que se esforçava para enxergar a menina, visto que o garoto, de não mais que seis anos, havia usurpado seus óculos e agora corria pelo local usando-os numa imitação, que apesar de inverídica, era extremamente engraçada dele.
- Conta de novo do basilisco Harry! – pediu uma das meninas, que se encontrava agora sentada no colo de Harry.
- De novo? Bem... – Harry levantou os olhos e fitou a amiga que passou por eles com um sorriso no rosto.
- Não! Faz outro patrono pra gente! – exclamou outra garotinha saindo de onde estava e correndo em direção a ele sentando-se do outro lado.
- Bem, eu... – começou Harry.
- Você fez um patrono? Aqui? – perguntou Hermione exasperada. – Harry! Você vai acabar quebrando alguma coisa!
- Bom, não foi nada demais... Só...
- É, apoiou um outro garoto que se apressou para o lado de Harry.
- O que é isso? Uma revolta? - questionou Hermione boquiaberta. Harry sorriu, e seus olhos se encontraram por um momento... Uma risada relutante começou a surgir no rosto da menina, que desviou os olhos e replicou:
- Bem que seja... – disse, apesar de ter um tom leve na voz. – Só maneirem nos pedidos, porque Harry não pode se transformar em dez! – brincou ela, e sorriu. Apesar de Harry notar que ela se distanciara mais. E após alguns minutos, saiu, alegando ter que resolver algumas coisas...
Hermione fechou a porta atrás de si e saiu para os jardins. Era final de tarde e o sol já estava se pondo. Ela podia ver Harry brincando com as crianças dali...
- As crianças parecem estar se divertindo... – Hermione reconheceu a voz de Francis atrás de si. Dando um pequeno sorriso ela acrescentou:
- É elas parecem sim... – um momento de silêncio se seguiu até que Francis falou novamente:
- Ele é mais bonito que por fotos... – Hermione não respondeu, apesar de sentir um ligeiro corado subir pelas bochechas. Dado o silêncio da garota, ela continuou com um tom mais cauteloso. – Mas aquele seu outro amigo... Ele também parece ser um bom garoto... – Hermione baixou a cabeça respirando fundo:
- Francis... Me diga o que fazer... – pediu num tom de desabafo.
- Querida... Eu não posso te dizer o que fazer... – replicou a senhora.
- Porque isso tem que ser tão difícil?
- Não é difícil... É doloroso, mas não é difícil. – tentou a mulher. – Você já sabe o que quer fazer... Se não soubesse, não seria tão doloroso.
- Hermione deu um pequeno sorriso... Ela estava certa... Hermione já sabia o que queria.
Harry levantou os olhos ao ouvir a amiga voltando. Ela caminhou até ele e retirou uma das crianças do seu colo, ela mesma pondo-a em seguida em uma das camas, alegando que já estava tarde, e tanto ela quanto Harry, deveriam voltar para o castelo.
A criança, acompanhada dos colegas protestou veementemente. Sob exigências de mais um tempo com os dois, Hermione retrucou:
- Não, não! Já está tarde, e vocês têm que dormir! – de fato, já havia escurecido, e tanto ele quanto a amiga já deveriam estar no castelo, pos o jantar certamente havia acabado.
- Harry! Você vai voltar amanhã? – questionou Andrew, que agora se via forçado por Francis a devolver os óculos de Harry junto com a sua varinha. Harry fitou a amiga frente À pergunta da menina:
- Claro que ele vai voltar... – disse Hermione, fazendo Harry abrir um sorriso que quase se comparava ao da garotinha.
Os dois caminhavam agora pelos jardins já escuros, em direção ao castelo. Em completo silêncio. Harry se perguntava se ele havia deixado passar qualquer acontecimento aquela tarde, pois havia algo de diferente na atitude da menina... Não que ela estivesse fazendo nada... Era só que, bom, ela parecia...
- Você não precisa fazer isso...
- O que? – questionou Harry subitamente arrancado de seus pensamentos.
- Ficar me vigiando assim...
- Eu não estou te vigiando! – retrucou Harry ligeiramente ofendido. – Eu só... Eu estou preocupado... – explicou, com a sensação de que aquilo estava se tornando extremamente repetitivo.
- Não tem por que. Eu estou bem. – tentou com firmeza.
- É eu notei... – comentou num impulso. Ela sabia que ele estava se referindo àquela noite...
- Eu...
- Hagrid disse que Dumbledore estava preocupado com você... Por quê?
- Eu já disse que...
- Você está mentindo... – disse Harry calmamente.
- Olha quem está falando! – rebateu começando a se irritar.
- Isso não...
- O que? Não tem nada haver é? Ou talvez você só não queira dizer! – retrucou parando e dando-lhe as costas. Estava óbvio que ela precisava jogar aquilo em cima dele havia muito tempo... – pensou Harry aliviado, ao considerar que devido ao horário, os jardins estavam completamente vazios. – Porque você foi embora? – perguntou de repente. Harry não respondeu.
- Ok... – ele pode ver a amiga respirar fundo e perguntar novamente. – Onde você esteve?
- Vários lugares... – murmurou ele em resposta.
- Como quais? – Harry ponderou medindo as palavras:
- Londres, Gales... – aqui ele parou e considerou por um momento antes que continuasse. – Irlanda.
- Irlanda? – questionou com óbvia surpresa no olhar. – Por quê? – um momento de silêncio se instalou até que ele respondesse:
- Eu... Eu precisava ver... Alguém.
- “Alguém.” - repetiu a menina com descrença. – Quem? Você não conhece ninguém na Irlanda.
- Eu... Eu fui ver um Oráculo... – pela expressão no rosto da amiga, Harry teve certeza absoluta que diferente dele, ela sabia o que era um Oráculo:
- Por quê? – perguntou num murmúrio, com a expressão agora extremamente preocupada. Harry ao respondeu. – O que ele disse...? – questionou novamente ele não respondeu. – Harry. O qu...? O que há de tão horrível que você não possa me contar? – perguntou se aproximando num tom confidente e preocupado. Harry desviou os olhos, evitando-lhe o olhar. Ele não podia contar...
- E-eu sinto muito... Mas eu não posso dizer... – respondeu num tom baixo, quase inaudível. Ele levantou os olhos e encarou a amiga, que agora chorava copiosamente, com um sentimento insuportável de culpa.
- B-bom... – sua voz tremia. – E eu sinto muito por estar ouvindo isso...
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